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7 COMPARAÇÃO COM COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS A) Comparações sem descontar

7.2 O efeito do tempo

O papel do tempo é uma parte essencial no debate sobre represas hidrelétricas e na questão do efeito estufa em geral. A maioria das decisões, como a decisão de se construir uma hidrelétrica, é baseada em cálculos fi nanceiros da relação custo/benefício que dão um valor explícito ao tempo, aplicando uma taxa de desconto a todos os custos e benefícios futuros. A taxa de desconto é essencialmente o oposto de uma taxa de juros, como, por exemplo, o retorno que um investidor poderia ter ao manter uma caderneta de poupança em um banco. Com uma poupança, quanto mais tempo se espera, maior a quantia monetária na conta, já que o saldo é multiplicado por uma porcentagem fi xa ao término de cada período de tempo e os juros resultantes são acrescentados ao saldo para o próximo período. Com uma taxa de desconto, o valor atribuído a quantidades futuras diminui, em lugar de aumentar, por uma porcentagem fi xa em cada período de tempo. Se um projeto como uma barragem hidrelétrica produz grandes impactos nos primeiros anos, como o tremendo pico de emissões de gás de efeito estufa mostrado aqui, enquanto os benefícios pela substituição de combustível fóssil somente se acumulam a longo prazo, então qualquer taxa de desconto positiva pesará contra a opção hidrelétrica (FEARNSIDE, 1997b).

A evolução temporal das emissões de gases de efeito estufa aumenta mais o impacto da represa quando são contadas as emissões do cimento, aço e combustível fóssil usados na construção da obra. As emissões da construção de barragem começam anos antes de qualquer geração de eletricidade. Uma análise de “cadeia completa de energia”, ou FENCH, incluiria todas essas emissões. Porém, as emissões de construção são uma parte relativamente pequena do impacto total. São mostradas as emissões líquidas anuais descontadas a taxas de até 3% na Figura 7. Se apenas o equilíbrio instantâneo é considerado, o complexo substitui por mais carbono equivalente do que emite começando no ano 16, independente da taxa de desconto. Depois disso, o complexo começa a pagar a sua dívida ambiental referente às grandes emissões líquidas dos primeiros 15 anos.

As emissões cumulativas descontadas chegam a um pico no ano 15, mas não alcançam o ponto de ter um saldo positivo até pelo menos 41 anos após o enchimento do primeiro reservatório (Figura 8). Aplicar uma taxa de desconto alonga substancialmente o tempo necessário para alcançar esse ponto.

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Figura 7. Emissões líquidas anuais descontadas. Em uma base anual, o complexo começa a reembolsar suas emissões iniciais depois do ano 15, independente de taxa de desconto.

Figura 8. Emissões cumulativas descontadas. Com o desconto, amplia-se o tempo necessário para o complexo conseguir um saldo positivo em termos de seu impacto acumulado.

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O efeito de taxas de desconto anuais diferentes é mostrado na Figura 9. Com desconto zero, o impacto líquido médio representa um ganho anual de 1,4 milhões de Mg C (a média de 50 anos na Tabela 7), mas o impacto relativo atribuído à opção hidrelétrica aumenta muito quando o valor tempo é considerado. No caso do complexo Belo Monte/Babaquara, qualquer taxa de desconto anual superior a 1,5% atribui ao projeto um impacto maior sobre o efeito estufa do que a alternativa a combustível fóssil. São mostradas taxas de desconto de até 12%. Embora este autor não defenda o uso de taxas de desconto tão altas como essas (FEARNSIDE, 2002b,c), um contingente importante nos debates sobre a contabilidade de carbono (por exemplo, o Instituto Florestal Europeu) defende o uso das mesmas taxas de desconto para carbono e para dinheiro e as análises fi nanceiras para Belo Monte usam uma taxa de desconto de 12% para dinheiro (ELETRONORTE, 2002).

Figura 9. Efeito de taxa de desconto em emissões líquidas anuais médias ao longo de um horizonte de tempo de 50 anos. Se for usada uma taxa de desconto anual de 1,5% ou mais, o complexo tem um impacto maior sobre o efeito estufa do que a alternativa de combustível fóssil.

Em termos de efeito estufa, uma série de argumentos fornece uma razão para se dar um valor ao tempo nos cálculos sobre emissões de gases de efeito estufa (FEARNSIDE, 1995b, 1997, 2002b,c, FEARNSIDE; LASHOF; MOURA-

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47 COSTA, 2000). O efeito estufa não é um evento pontual, como uma erupção vulcânica, já que uma mudança de temperatura seria essencialmente permanente, aumentando as probabilidades de secas e de outros impactos ambientais. Qualquer adiamento nas emissões de gases de efeito estufa e, por conseqüência, no aumento conseqüente da temperatura, representa um ganho em vidas humanas, evitando-se ainda outras perdas que teriam acontecido. Isso dá ao tempo um valor que independe de qualquer perspectiva “egoísta” da geração atual. Apesar dos benefícios evidentes de se atribuir valor ao tempo para favorecer decisões que adiem o efeito estufa, chegar a um acordo político sobre os pesos apropriados para o tempo é extremamente difícil. O curso de menor resistência nas primeiras rodadas de negociações sobre o Protocolo de Kyoto foi o de se usar um horizonte de tempo de 100 anos, sem descontar, ao longo desse período, como no padrão para comparações entre os diferentes gases de efeito estufa, ou seja, o potencial de aquecimento global de 21 adotado para o metano pelo Protocolo, para o período 2009-2012, um valor ainda maior como 25, calculado no relatório mais recente do IPCC (FORSTER et al., 2007, p. 212) ou o valor de 34 incluindo-se os efeitos de interações gás-aerossol (SHINDELL et al., 2009). Se fossem usadas formulações alternativas que dão um peso ao tempo, o impacto do complexo Belo Monte/Babaquara aumentaria e, mais importante ainda, aumentaria o impacto de hidrelétricas comparadas a outras possíveis opções para provisão de energia. 8 IMPLICAÇÕES PARA A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO

A conclusão do atual estudo, segundo a qual a proposta de construção das barragens de Belo Monte e Babaquara (Altamira) produziriam emissões líquidas signifi cativas de gases de efeito estufa durante muitos anos, é uma consideração importante para os debates atualmente em curso no Brasil e em outros países que precisam tomar decisões semelhantes. A emissão adicional de gás de efeito estufa de 11,2 milhões de Mg de carbono CO2-equivalente por ano durante os primeiros dez anos representa mais que a emissão atual de combustível fóssil queimado na área metropolitana de São Paulo, que tem 10% da população do Brasil. A tomada racional de decisões sobre propostas para a construção de represas hidrelétricas, assim como para qualquer projeto de desenvolvimento, requer uma avaliação abrangente dos impactos e dos benefícios das propostas, de forma que os prós e contras possam ser comparados e publicamente debatidos antes da decisão fi nal. Gases de efeito estufa representam um impacto que, até agora, tem recebido pouca consideração na tomada de decisões desse tipo.

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No caso de Belo Monte e Babaquara (Altamira), é importante reconhecer que os benefício advindos dessas hidrelétricas são consideravelmente menos atraentes do que aqueles que constam do quadro frequentemente pintado por proponentes de projeto. A eletricidade a ser produzida destina-se a uma rede que apoia um setor sempre crescente de indústrias eletrointensivas subsidiadas, tais como o benefi ciamento de alumínio para exportação. Apenas 2,7 pessoas são empregadas por GWh de eletricidade consumida no setor de alumínio no Brasil, recorde apenas ultrapassado por usinas de ferro-liga (1,1 emprego/GWh), que também consomem grandes quantidades de energia para um artigo de exportação (BERMANN; MARTINS, 2000). Uma discussão nacional sobre o uso que é feito da eletricidade do país deveria ser uma condição prévia para qualquer grande decisão que visasse aumentar a capacidade geradora, como no caso da construção de barragens no Rio Xingu. O contraste entre os custos sociais de barragens e os escassos benefícios que elas proveem por meio das indústrias eletrointensivas é particularmente pertinente no que diz respeito aos planos para o Rio Xingu (FEARNSIDE, 1999; BERMANN, 2002).

Do ponto de vista da emissão de gases de efeito estufa, o fato de que a energia é usada para uma indústria de exportação subsidiada mostra que a linha de base contra a qual são comparadas as emissões das hidrelétricas deveria incluir a opção de simplesmente não produzir parte da energia esperada das barragens, em lugar da linha de base aqui usada para se gerar em cheio o equivalente da energia das barragens por meio de combustíveis fósseis. O Brasil poderia escolher não se expandir ou manter as suas indústrias de exportação eletrointensivas, uma linha de base alternativa desse tipo faria com que os resultados sobre emissões fossem até mesmo menos favoráveis para a energia hidrelétrica do que os resultados calculados neste estudo.

As barragens do Rio Xingu representam um desafio ao sistema de licenciamento ambiental por causa da grande diferença entre o impacto da primeira barragem (Belo Monte) e o das represas subsequentes, especialmente a de Babaquara (Altamira). Atualmente, o sistema de licenciamento ambiental só examina os impactos de um projeto de cada vez, não o impacto combinado de projetos interdependentes como estes. Tendo em vista o fato de que os maiores impactos (inclusive as emissões de gases de efeito estufa) de uma decisão para construir Belo Monte seriam causados pela represa ou represas que seriam construídas rio acima, o sistema de licenciamento deve ser reformulado para lidar com esse tipo de situação.

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CONCLUSÕES

A complexa hidrelétrica Belo Monte/Babaquara (Altamira) teria um impacto signifi cativo sobre o efeito estufa, embora a grande quantidade de energia produzida compensasse, eventualmente, as altas emissões iniciais. As hipóteses aqui discutidas indicam que 41 anos seriam necessários para que o complexo chegasse a ter um saldo positivo em termos de impacto sobre o aquecimento global, isso com base no cálculo mais favorável a hidrelétricas, sem aplicação de nenhuma taxa de desconto. Apesar da alta incerteza sobre vários parâmetros fundamentais, a conclusão geral parece ser sólida: o complexo teria impacto signifi cativo e o nível de impacto a longo prazo, embora muito mais baixo do que nos primeiros anos, seria mantido em níveis apreciáveis. O valor usado neste estudo trabalho para converter o impacto de metano em equivalentes de CO2 é de 1 t de metano igual a 21 t de CO2,, valor usado no Protocolo de Kyoto. No entanto, valores atuais indicam 1 t metano como equivalente a 34 t de CO2, um aumento de 62% sobre o valor usado neste trabalho. Sendo o metano o principal gás de efeito estufa emitido de forma líquida pelas hidrelétricas, o impacto dessas obras é muito pior do que indicam os cálculos aqui apresentados.

A presente análise inclui várias suposições conservadoras relativas às porcentagens de metano emitidas por caminhos diferentes. Valores mais altos para esses parâmetros estenderiam ainda mais o tempo necessário para o complexo ter um saldo positivo em termos de aquecimento global.

O impacto atribuído a represas é altamente dependente de qualquer valor dado à evolução temporal das emissões: qualquer taxa de desconto ou outro mecanismo, de preferência temporal, aplicado aumentaria mais o impacto calculado para hidrelétricas em comparação com aquele causado pela geração com combustíveis fósseis. O valor de 41 anos para uma emissão de gases de efeito estufa dessa magnitude é signifi cativo até mesmo a zero desconto. O complexo Belo Monte/Babaquara não terá um saldo positivo até o fi nal do horizonte de tempo de 50 anos com taxas de desconto anuais superiores a 1,5%.

O caso de Belo Monte e das outras barragens do Xingu ilustra a necessidade absoluta de se considerar as interligações entre projetos de diferentes infraestruturas como uma condição prévia para autorizar ou construir quaisquer dos projetos. Adiar a análise dos mais controversos não é uma solução.

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AGRADECIMENTOS

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq AI 470765/01-1) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA PPI 1-3620) apoiaram fi nanceiramente a realização deste estudo. A maior parte do trabalho foi atualizada com base em uma discussão mais ampla sobre as barragens no Rio Xingu (FEARNSIDE, 2005c). Agradeço a Neusa Hamada, Reinaldo Barbosa, Glenn Switkes e a seu sogro pelos comentários.

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