4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 1 Indicações terapêuticas
4.8 Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança
O perfil de segurança de Rasilamlo apresentado abaixo é baseado em estudos clínicos realizados com Rasilamlo e no perfil de segurança conhecido dos componentes individuais aliscireno e amlodipina.
A informação de segurança de Rasilamlo em doentes com 75 anos de idade ou mais é limitada.
As reações adversas mais frequentes para Rasilamlo são hipotensão e edema periférico. As reações adversas anteriormente notificadas com um dos componentes individuais de Rasilamlo (aliscireno ou amlodipina) e incluídas na lista tabelada de reações adversas podem ocorrer com Rasilamlo.
Lista tabelada de reações adversas:
As reações adversas são apresentadas por frequência, encontrando-se a mais frequente em primeiro lugar, utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (≥1/10); frequentes (≥1/100, <1/10); pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100); raros (≥1/10.000, <1/1.000); muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis). As reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. As reações adversas observadas com Rasilamlo ou em monoterapia com um ou ambos os componentes estão incluídas na tabela abaixo. Para as reações adversas observadas com mais de um componente de uma associação de dose fixa, a frequência mais alta é listada na tabela abaixo.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Muito raros Leucopeniaam, trombocitopeniaam
Doenças do sistema imunitário
Raros Reação anafiláticaa, reações de
hipersensibilidadea
Muito raros Reações alérgicasam
Doenças do metabolismo e da nutrição
Muito raros Hiperglicemiaam
Perturbações do foro psiquiátrico
Pouco frequentes Insóniaam, alterações de humor (incluindo ansiedade)am, depressãoam
Raros Confusãoam
Doenças do sistema nervoso
Frequentes Sonolênciaam, cefaleias (especialmente no início
do tratamento)am
Pouco frequentes Tremoram, disgeusiaam, síncopeam, hipostesiaam, parestesiaam
Muito raros Hipertoniaam, neuropatia periféricaam
Afeções oculares
Pouco frequentes Alteração da visão (incluindo diplopia)am
Medicamento
já não autorizado
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes Acufenosam
Desconhecido Vertigensa
Cardiopatias
Frequentes Tonturasa,am, palpitaçõesa,am, edema
periféricoc,a,am*
Muito raros Enfarte do miocárdioam, arritmia (incluindo
bradicardia, taquicardia ventricular, e fibrilhação atrial)am
Vasculopatias
Frequentes Ruboram, hipotensãoc,a,am
Muito raros Vasculiteam
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes Dispneiaa,am, riniteam, tossea,am Doenças gastrointestinais
Frequentes Diarreiaa, dor abdominalam, náuseasa,am
Pouco frequentes Vómitosa,am, dispepsiaam, alterações do trânsito intestinal (incluindo diarreia e obstipação)am, boca secaam
Muito raros Pancreatiteam, gastriteam, hiperplasia gengivalam Afeções hepatobiliares
Muito raros Hepatitea,am, icteríciaa,am, aumento das enzimas hepáticas (principalmente consistente com colestase)am
Desconhecido Afeção hepáticaa,**, insuficiência hepáticaa,***
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes Reações adversas cutâneas graves (RACG)
incluindo síndrome de Stevens-Johnsona, necrólise epidérmica tóxica (NEP)a, reações da mucosa orala, erupção cutâneaa,am, pruridoa,am, urticáriaa,am, alopéciaam, púrpuraam, descoloração da peleam, hiperidroseam, exantemaam
Raros Angioedemaa, eritemaa
Muito raros Eritema multiforme am, dermatite exfoliativaam, dermatite exfoliativaam, edema de Quinckeam, fotosensibilidadeam
Afeções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Frequentes Artralgiaa,am, Edema dos tornozelosam
Pouco frequentes Mialgiaam, cãibrasam, lombalgiaam Doenças renais e urinárias
Pouco frequentes Insuficiência renal agudaa, compromisso renala, distúrbios de micçãoam, nictúriaam,aumento da frequência urináriaam
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Pouco frequentes Impotênciaam, ginecomastiaam
Medicamento
já não autorizado
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes Fadigaam
Pouco frequentes Dor no tóraxam, asteniaam, doram, mal-estaram Exames complementares de diagnóstico
Frequentes Hipercaliemiaa
Pouco frequentes Aumento das enzimas hepáticasa, aumento de pesoam, perda de pesoam
Raros Diminuição da hemoglobinaa, diminuição do
hematócritoa, aumento dos níveis de creatinina no sanguea
Desconhecido: Hiponatremiaa
c Reação adversa observada com Rasilamlo
a Reação adversa observada em monoterapia com aliscireno
am Reação adversa observada em monoterapia com amlodipina
* Edema periférico é uma reação adversa conhecida da amlodipina, relacionada com a dose, e tem sido notificada em terapêutica com aliscireno na experiência após a comercialização. A reação adversa mais frequentemente notificada com Rasilamlo em ensaios clínicos foi edema periférico, que ocorreu com uma frequência menor ou igual à verificada com doses correspondentes de amlodipina, mas superior à de aliscireno.
** Casos isolados de afeção hepática com sintomas clínicos e evidência laboratorial de disfunção hepática mais grave.
*** Incluindo um caso de ‘insuficiência hepática fulminante’ notificado após a comercialização, para o qual a relação de causalidade com aliscireno não pode ser excluída.
Informação adicional sobre os componentes individuais
Reações adversas notificadas anteriormente com cada um dos componentes individuais podem ocorrer com Rasilamlo mesmo se não observadas nos ensaios clínicos.
Aliscireno
Descrição de reações adversas selecionadas:
Observou-se reações de hipersensibilidade incluindo reações anafiláticas e angioedema durante a terapêutica com aliscireno.
Em ensaios clínicos controlados, o angioedema e as reações de hipersensibilidade ocorreram
raramente durante a terapêutica com aliscireno com taxas comparáveis às do tratamento com placebo ou comparadores.
Foram também notificados casos de angioedema ou sintomas sugestivos de angioedema (inchaço da face, lábios, garganta e/ou língua) durante a experiência após a comercialização. Alguns destes doentes tinham antecedentes de angioedema ou sintomas sugestivos de angioedema, nalguns casos no seguimento da utilização de outros medicamentos que podem causar angioedema, incluindo
inibidores do SRAA (IECA ou ARA).
Na experiência após comercialização, foram comunicados casos de angioedema ou reações tipo-angioedema quando o aliscireno foi administrado conjuntamente com IECA e/ou ARA.
Reações de hipersensibilidade incluindo reações anafiláticas foram também notificadas na experiência após comercialização (ver secção 4.4).
Na eventualidade de quaisquer sinais sugestivos de uma reação de hipersensibilidade/angioedema em particular dificuldade em respirar ou engolir, erupção cutânea, prurido, urticária ou edema da face, extremidades, olhos, lábios e/ou língua, tonturas) os doentes devem interromper o tratamento e contatar o médico (ver secção 4.4).
Medicamento
já não autorizado
Foi comunicada artralgia na experiência após comercialização. Nalguns casos ocorreu como parte de uma reação de hipersensibilidade.
Foram notificados casos de disfunção renal e insuficiência renal aguda na experiência pós-comercialização em doentes em risco (ver secção 4.4).
Resultados laboratoriais
Em ensaios clínicos controlados, a administração de aliscireno raramente esteve associada a alterações dos parâmetros laboratoriais normais. Em ensaios clínicos com doentes hipertensos, aliscireno não teve efeitos clinicamente importantes no colesterol total, colesterol HDL, trigliceridos em jejum, glucose em jejum ou ácido úrico.
Hemoglobina e hematócrito: observaram-se reduções ligeiras da hemoglobina e hematócrito (reduções médias de aproximadamente 0,05 mmol/l e 0,16% de volume, respetivamente). Nenhum doente interrompeu a terapêutica devido a anemia. Este efeito é também observado com outros medicamentos com ação sobre o SRAA, tais como IECA e ARA.
Potássio sérico: foram observados aumentos no potássio sérico com aliscireno e estes podem ser exacerbados pelo uso concomitante de outros agentes com ação sobre o SRAA ou por AINE. De acordo com a prática médica padrão, se a coadministração for considerada necessária, aconselha-se a determinação periódica da função renal incluindo dos eletrólitos séricos.
População pediátrica
Com base na quantidade limitada de dados de segurança disponíveis a partir de um estudo
farmacocinético de tratamento com aliscireno em 39 crianças hipertensas com 6-17 anos de idade, a frequência, tipo e gravidade das reações adversas esperadas em crianças são semelhantes ao
observado em adultos hipertensos. Quanto a outros inibidores do SRAA, cefaleia é um acontecimento adverso frequente em crianças tratadas com aliscireno.
Amlodipina
Foram notificados casos excecionais de síndrome extrapiramidal.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V.
4.9 Sobredosagem