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Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA SERETONINA (SSRIS) Paroxetina

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não foram estudados os efeitos de Telzir em associação com ritonavir sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. O perfil de reações adversas de Telzir deve ser tido em consideração quando se considera a capacidade do doente em conduzir ou operar máquinas (ver secção 4.8). 4.8 Efeitos indesejáveis

Deve referir-se que Telzir suspensão oral não foi avaliado clinicamente em adultos e que os efeitos indesejáveis detalhados nesta secção são baseados na experiência em adultos com Telzir

comprimidos revestidos.

Resumo do perfil de segurança

O perfil de reações adversas foi similar em todos os respetivos estudos em adultos: doentes sem tratamento prévio antirretrovírico (APV30002, ESS100732), doentes com tratamento prévio com

inibidores da protease (posologia duas vezes por dia, APV30003). Este resumo é baseado em dados de segurança de um total de 864 doentes expostos a fosamprenavir/ritonavir nestes três estudos. As reações adversas mais notificadas (>5% de indivíduos adultos tratados) com a associação fosamprenavir/ritonavir foram reações gastrointestinais (náusea, diarreia, dor abdominal e vómitos) e dor de cabeça. A maioria das reações adversas associadas com terapêuticas de combinação fosamprenavir/ritonavir foram ligeiras a moderadas em gravidade, precoces na manifestação e raramente limitativas quanto à terapêutica. As reações adversas mais graves, como erupções cutâneas graves e elevações das transaminases hepáticas, têm também sido notificadas (conforme parágrafo Descrição de reações adversas selecionadas).

Resumo tabelado de reações adversas

As reações adversas estão listadas segundo a base de dados MedDRA, por classes de sistemas de órgãos e frequência absoluta. As frequências são definidas como: Muito frequentes (≥ 1/10), Frequentes (≥ 1/100, < 1/10), Pouco frequentes (≥ 1/1000, < 1/100), Raros (≥ 1/10000, < 1/1000) ou Muito raros (< 1/10000), ou Desconhecido.

As categorias de frequência para as reações abaixo indicadas foram baseadas em dados de ensaios clínicos e da experiência pós-comercialização.

A maioria das reações adversas abaixo indicadas foi notificada a partir de três grandes estudos clínicos em adultos, onde as reações adversas foram, pelo menos, de intensidade moderada (Grau 2 ou superior) ocorrendo em 1% ou mais dos doentes e notificados pelos investigadores como atribuíveis à medicação utilizada nos estudos.

Sistema de órgãos Reação adversa Frequência

Doenças do sistema nervoso Cefaleias, tonturas, parestesia oral

Frequentes

Doenças gastrointestinais Diarreia Muito frequentes

Fezes moles, náuseas, vómitos, dor abdominal

Frequentes

Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos

Síndrome Stevens Johnson Angioedema

Erupção cutânea (ver texto em baixo “erupções cutâneas / reações cutâneas”) Raros Pouco Frequentes Frequentes Perturbações gerais e alterações no local de administração Fadiga Frequentes Exames complementares de diagnóstico Colesterol no sangue aumentado Triglicéridos no sangue aumentados Alanino aminotransferase aumentada Muito Frequentes Frequentes Frequentes

Aspartato aminotransferase aumentada

Lipase aumentada

Frequentes

Frequentes

Descrição de reações adversas selecionadas

Erupção cutânea/reações cutâneas: durante o tratamento pode ocorrer erupção cutânea, eritematosa ou maculopapular, com ou sem prurido. A erupção cutânea resolve-se, geralmente,

espontaneamente, sem necessidade de suspender o tratamento com fosamprenavir com ritonavir. Casos de erupção cutânea grave ou com risco de vida, incluindo o síndrome de Stevens-Johnson, são raros. O tratamento com fosamprenavir com ritonavir deverá ser permanentemente

interrompido em caso de erupção cutânea grave ou em caso de erupção cutânea de intensidade ligeira ou moderada acompanhada de sintomas sistémicos ou envolvimento das mucosas (ver secção 4.4).

Alterações bioquímicas: as alterações bioquímicas (Grau 3 ou 4) possivelmente relacionadas com o tratamento com fosamprenavir com ritonavir e notificadas em 1 % ou mais dos doentes adultos incluem: aumento da ALT (frequentes), da AST (frequentes), da lipase sérica (frequentes) e dos triglicéridos (frequentes).

Parâmetros metabólicos: o peso e os níveis de lípidos e glucose no sangue podem aumentar durante a terapêutica antirretrovírica (ver secção 4.4).

Rabdomiólise: tem sido notificado com os inibidores da protease, mais especificamente em associação com análogos dos nucleósidos, um aumento da CPK, mialgia, miosite e, raramente, rabdomiólise.

Síndrome de Reativação Imunológica: em doentes infetados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data de início da terapêutica antirretrovírica combinada (TARC), pode ocorrer uma reação inflamatória a infeções oportunistas assintomáticas ou residuais. Tem sido relatada a ocorrência de doenças autoimunes (tais como Doença de Graves) na configuração de reativação imunológica; contudo, o tempo relatado para o início é mais variável e estas situações podem ocorrer vários meses após o início do tratamento (ver secção 4.4).

Osteonecrose: foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com fatores de risco identificados, doença pelo VIH avançada ou exposição prolongada a TARC. A sua frequência é desconhecida (ver secção 4.4).

População pediátrica/outras populações

Crianças e adolescentes: o perfil de reações adversas em crianças e adolescentes é baseado em dados de segurança integrados a partir de dois estudos (dados à Semana 24 do APV29005 e dados à Semana 168 [dados finais] do APV20003) nos quais 158 doentes infetados com VIH-1, com idades entre os 2 e os 18 anos de idade receberam fosamprenavir com ritonavir e terapêutica base com nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa (ver secção 5.1 para informação sobre os regimes posológicos aplicados para cada grupo etário). 79% dos doentes receberam mais de 48 semanas de exposição.

No geral, o perfil de segurança destas 158 crianças e adolescentes foi similar ao observado na população adulta. Ocorreram mais frequentemente vómitos entre os doentes pediátricos. Reações adversas relacionadas com medicamentos foram mais comuns no APV20003 (57%), estudo no qual os doentes receberam fosamprenavir/ritonavir uma vez por dia quando comparado com APV29005 (33%) onde os doentes receberam fosamprenavir/ritonavir duas vezes por dia.

Não foram identificadas novas preocupações de segurança na análise de dados à Semana 48 dos estudos APV29005 ou APV20002, nos quais 54 indivíduos de 4 semanas até <2 anos de idade receberam fosamprenavir/ritonavir duas vezes por dia com terapêutica base com nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa e 5 indivíduos receberam apenas doses únicas de fosamprenavir com ou sem ritonavir.

Doentes hemofílicos: tem sido notificado aumento da hemorragia espontânea em doentes hemofílicos tratados com antirretrovíricos inibidores da protease (ver secção 4.4). Notificação de suspeitas de reações adversas

A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V.

4.9 Sobredosagem

Não existe antídoto conhecido para Telzir. Não se sabe se o amprenavir pode ser removido por diálise peritoneal ou hemodiálise. Caso ocorra sobredosagem, o doente deve ser monitorizado quanto à evidência de toxicidade (ver secção 4.8), procedendo-se ao tratamento de suporte padrão conforme necessário.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: Antivíricos para uso sistémico, inibidor da protease, código ATC: J05AE07

Mecanismo de ação

A atividade antivírica observada in vitro com fosamprenavir deve-se à presença de vestígios de amprenavir. O amprenavir é um inibidor competitivo da protease do VIH-1. O amprenavir bloqueia o local ativo da protease VIH-1, prevenindo assim a progressão da gag vírica e das poliproteínas precursoras gag-pol, resultando na formação de partículas víricas imaturas não infeciosas. A administração de 700 mg de fosamprenavir duas vezes por dia com 100 mg de ritonavir duas vezes por dia resulta em concentrações plasmáticas de amprenavir (dados provenientes do estudo APV30003 em doentes sujeitos a terapêutica prévia com antirretrovíricos) que resulta, após ajuste de proteínas, num rácio médio Cmin/IC50 e Cmin /IC95 de 21,7 (intervalo de 1,19-240) e 3,21

(intervalo de 0,26-30,0), respetivamente. Atividade antivírica in vitro

A atividade antivírica in vitro do amprenavir foi avaliada relativamente ao VIH-1 IIIB em linhas celulares de linfoblastos com infeção aguda e crónica (MT-4, CEM-CCRF, H9) e em linfócitos de sangue periférico. A concentração inibitória 50 % (CI50) do amprenavir varia entre 0,012 a 0,08 µM

em células com infeção aguda e foi de 0,41 µM em células cronicamente infetadas (1 µM = 0,50 µg/ml). A relação entre a atividade anti-VIH1 in vitro do amprenavir e a inibição da replicação de VIH-1 em humanos não foi definida.

Resistência

In vivo

a) doentes sem tratamento prévio com TAR ou sem tratamento prévio com IP Foram avaliados vários regimes, em programas de desenvolvimento com

amprenavir/fosamprenavir, com ou sem coadministração de ritonavir. A análise de amostras de falência virológica durante estes regimes, definiu quatro principais vias de resistência: V32I+I47V, I50V, I54L/M e I84V. As mutações adicionais observadas que podem contribuir para a resistência foram: L10V/F/R, I13V, K20R/T, L33F/V, M36I, M46I/L, I47V/L, Q58E, 162V, L63P, V77I, 185V e 193L.

Quando os doentes adultos sem tratamento prévio com TAR foram tratados com as doses

atualmente aprovadas de fosamprenavir/ritonavir, assim como com outros regimes IP potenciados com ritonavir, as mutações descritas foram observadas pouco frequentemente.

Dezasseis dos 434 doentes sem tratamento prévio com TAR, que receberam fosamprenavir 700 mg/ritonavir 100 mg duas vezes ao dia no estudo ESS100732, apresentaram falência virológica às 48 semanas com 14 isolados genotipados. Três dos 14 isolados tinham mutações de resistência à protease. Foi observada uma mutação de resistência em cada um dos 3 isolados: K20K/R, I54I/L e I93I/L respetivamente.

Entre os 81 doentes pediátricos sem tratamento prévio com IP tratados com

fosamprenavir/ritonavir, 15 doentes cumpriram a definição protocolada de falência virológica às 48 Semanas no APV29005 e até às 108 Semanas no APV20003. Mutações maiores emergentes do tratamento ou mutações da protease associadas ao amprenavir foram observadas em vírus isolados de 2 doentes. Os padrões de resistência foram idênticos aos observados em adultos.

b) doentes com tratamento prévio com IP Amprenavir

Nos estudos em doentes adultos com tratamento prévio com IP, PRO30017 (600 mg de amprenavir com 100 mg de ritonavir, duas vezes por dia no subestudo A e B com 80 e 37 doentes

respetivamente), surgiram as seguintes mutações em doentes com falência virológica: L10F/I/V, V11I, I13V, K20R, V32I, L33F, E34Q, M36I, M46I/L, I47V, G48V, I50V, I54L/M/T/V, Q58E, D60E, I62V, A71V, V77I, V82A/I, I84V, I85V, L90M e I93L/M.

Fosamprenavir

Nos estudos em doentes adultos com tratamento prévio com IP, APV30003 e a sua extensão, APV30005 (700 mg de fosamprenavir/100 mg de ritonavir duas vezes por dia: n=107), surgiram as seguintes mutações em doentes apresentando falência virológica ao longo de 96 semanas: L10F/I, L24I, V32I, L33F, M36I, M46I/L, I47V, I50V, I54L/M/S, A71I/T/V, G73S, V82A, I84V, I85V e L90M.

Nos estudos pediátricos APV20003 e APV29005, 77 doentes com tratamento prévio com IP foram tratados com regimes base de fosamprenavir/ritonavir e 43 doentes cumpriram o critério de falência virológica definido pelo estudo durante as 48 Semanas no APV29005 e até às 108 Semanas no APV20003. Mutações maiores da protease emergentes do tratamento ou associadas ao amprenavir foram observadas em vírus isolados de 1 doente no APV29005 e 6 doentes no APV20003.Os padrões de mutação foram semelhantes aos descritos em adultos com tratamento prévio com IP e tratados com fosamprenavir/ritonavir.

Testes de resistência genotípica

Sistemas de interpretação genotípica podem ser utilizados para estimar a atividade de

amprenavir/ritonavir ou fosamprenavir/ritonavir, em indivíduos com isolados resistentes a IP. O atual (julho 2006) algoritmo ANRS AC-11 para fosamprenavir/ritonavir define resistência como a presença das mutações V32I+I47A/V, ou I50V, ou pelo menos quatro mutações entre: L10F/I/V, L33F, M36I, I54A/L/M/S/T/V, I62V, V82A/C/F/G, I84V e L90M, e está associado a resistência fenotípica aumentada a fosamprenavir com ritonavir, bem como a reduzida probabilidade de resposta virológica (resistência). Conclusões relativas à relevância de determinadas mutações ou padrões mutacionais, estão sujeitas a alteração através de dados adicionais, e está recomendado que se consulte sempre os atuais sistemas de interpretação, para a análise dos resultados dos testes de resistência.

Testes de resistência fenotípica

Sistemas de interpretação fenotípica clinicamente validados podem ser utilizados em conjunto com os dados da análise genotípica para estimar a atividade de amprenavir/ritonavir ou

fosamprenavir/ritonavir, em doentes com isolados resistentes a IP. Companhias dos testes de diagnóstico de resistência desenvolveram limites fenotipicos clínicos máximos para FPV/RTV que podem ser usados para interpretar os resultados dos testes de resistência.

Experiência clínica

A experiência clínica com fosamprenavir potenciado com ritonavir baseia-se essencialmente em dois estudos abertos. Um em doentes sem tratamento prévio com antirretrovíricos (estudo ESS100732) e, um estudo em doentes com tratamento prévio com antirretrovíricos (estudo APV30003). Ambos os estudos compararam fosamprenavir/ritonavir com lopinavir/ritonavir. Doentes Adultos sem Tratamento Prévio com Antirretrovíricos

Num estudo aberto e randomizado (ESS100732 - KLEAN), em doentes sem tratamento prévio com antirretrovíricos, fosamprenavir (700 mg) administrado concomitantemente com doses baixas de ritonavir (100 mg) num regime duas vezes por dia incluindo a administração uma vez por dia da associação dose fixa abacavir/lamivudina (600 mg/300 mg) demonstrou uma eficácia comparável, durante 48 semanas, a lopinavir/ritonavir (400 mg/100 mg) administrado duas vezes por dia em associação com abacavir/lamivudina (600 mg/300 mg uma vez por dia).

A demonstração de não inferioridade, entre fosamprenavir administrado concomitantemente com ritonavir e lopinavir/ritonavir, foi baseada na proporção de doentes que alcançaram níveis plasmáticos de ARN VIH-1 < 400 cópias/ml na semana 48 (objetivo primário). Na análise do Tempo Decorrido até à Perda de Resposta Virológica, para a população com Intenção de Tratar, a proporção de doentes que atingiu níveis plasmáticos de ARN VIH-1 < 400 cópias/ml foi de 73% (315/434) no grupo fosamprenavir com ritonavir, comparativamente a 71% (317/444) dos doentes que receberam lopinavir/ritonavir, com um intervalo de confiança de 95% (-4,84%; 7,05%). Os resultados de eficácia por subgrupos estão descritos na tabela abaixo.

Tabela 1 – Resultados de eficácia à semana 48 no ESS100732 (Doentes Sem Tratamento Prévio com Antirretrovíricos)

FPV/RTV 700 mg/100 mg BID (n= 434) LPV/RTV 400 mg/100 mg BID (n=444) População ITT-E análiseTLOVR

Todos os participantes 72,5 % 71,4% Valor de base VIH-1

ARN < 100,000 cópias/ml

69,5 % (n=197) 69,4% (n=209)

Valor de base VIH-1 ARN ≥ 100,000 cópias/ml

75,1% (n=237) 73,2% (n=235)

Proporção com VIH-1 ARN < 50 cópias/ml

Todos os participantes 66% 65%

Valor de base VIH-1 ARN < 100,000 cópias/ml

67% (n=197) 64% (n=209)

Valor de base VIH-1 ARN ≥ 100,000 copies/ml

65% (n=237) 66% (n=235)

Variação média a partir do valor de base em células CD4 (células/µl)

ITT-E

Análise observacional

176 (n=323) 191 (n=336)

Após completarem o período de 48 semanas de tratamento, os participantes nos centros Europeus e Canadianos estavam aptos a participarem numa extensão do estudo até à semana 144 mantendo o seu regime terapêutico conforme a aleatorização original. Apenas 22% da população original do estudo KLEAN foi incluída na extensão do estudo.

Os resultados de eficácia estão descritos na tabela abaixo.

Tabela 2 – Resultados de eficácia às Semanas 96 e 144 na extensão ESS100732 (Doentes Sem Tratamento Prévio com Antirretrovíricos)

FPV/RTV 700 mg/100 mg BID (n= 105)

LPV/RTV 400 mg/100 mg BID (n=91)

ITT (Ext) População TLOVR análise

Proporção com VIH-1 ARN < 400 cópias/ml

Semana 96 93% 87%

Semana 144 83% 70%

Proporção com VIH-1 ARN < 50 cópias/ml

Semana 96 85% 75%

ITT(Ext)

Análise observacional

Variação média a partir do valor de base em células CD4 (células/µl)

Semana 96 292 (n=100) 286 (n=84)

Semana 144 300 (n=87) 335 (n=66)

Doentes Adultos Sujeitos a Tratamento Prévio com Antirretrovíricos

Num estudo aberto randomizado (APV30003), realizado em doentes com falência virológica com terapêutica prévia com inibidores da protease (com dois ou menos IP) a associação fosamprenavir com ritonavir (700/100 mg duas vezes por dia ou 1400/200 mg uma vez por dia) não demonstrou ser não inferior a lopinavir / ritonavir relativamente à supressão vírica, como avaliado pela média da área sob a curva (AAUCMB) menos os valores iniciais, do ARN VIH-1 plasmático passadas 48 semanas (parâmetro de avaliação clínica primário). Os resultados foram favoráveis ao braço lopinavir/ritonavir como detalhado abaixo.

Todos os doentes neste estudo apresentaram falência terapêutica com um regime prévio de inibidores da protease (definido como ARN VIH-1 plasmático que nunca diminuiu de

1.000 cópias/ml após, pelo menos, 12 semanas consecutivas de terapêutica, ou supressão inicial de ARN VIH-1 com subsequente retorno a ≥ 1.000 cópias/ml). Contudo, apenas 65 % dos doentes estavam a tomar IP como regime base à entrada do estudo.

A população incluída consistiu principalmente em doentes sujeitos a tratamento moderado prévio com antirretrovíricos. A duração média de exposição prévia a NRTIs foi de 257 semanas para os doentes a receber fosamprenavir com ritonavir duas vezes por dia (79 % foram expostos a ≥ 3 NRTIs) e 210 semanas para os doentes a receber lopinavir/ritonavir (64 % foram expostos a ≥ 3 NRTIs). A duração média de exposição prévia a inibidores da protease foi de 149 semanas para os doentes a receber fosamprenavir com ritonavir duas vezes por dia (49 % receberam mais do que 2 IP) e 130 semanas para os doentes a receber lopinavir/ritonavir (40 % receberam mais do que 2 IP). As médias da AAUCMBs (log10 c/ml) na população ITT (E) (análise observacional) às 48 semanas

(critério de avaliação primário) e outros resultados de eficácia por subgrupo estão descritas nas tabelas abaixo:

Tabela 3 - Resultados de eficácia à Semana 48 da população do APV30003 ITT(E) (Doentes com experiência ART)

FPV/RTV BID (N=107)

LPV/RTV BID (N=103) AAUCMB Análise observacional Média (n) Média (n)

Todos os doentes -1,53 (105) -1,76 (103)

1000 – 10.000 cópias/ml -1,53 (41) -1,43 (43) >10.000 – 100.000 cópias/ml -1,59 (45) -1,81 (46) >100.000 cópias/ml -1,38 (19) -2,61 (14) FPV/RTV BID vs LPV/RTV BID AAUCMB Diferença média (97,5% CI)

1000 – 10.000 cópias/ml -0,104 (-0,550, 0,342) >10.000 – 100.000 cópias/ml 0,216 (-0,213, 0,664) >100.000 cópias/ml 1,232 (0,512, 1,952) AAUCMB Análise observacional Média (n) Média (n)

Todos os doentes -1,53 (105) -1,76 (103) Contagem CD4 <50 -1,28 (7) -2,45 (8) ≥50 -1,55 (98) -1,70 (95) <200 -1,68 (32) -2,07 (38) ≥ 200 -1,46 (73) -1,58 (65) GSS para TBO1 0 -1,42 (8) -1,91 (4) 1 -1,30 (35) -1,59 (23) ≥ 2 -1,68 (62) -1,80 (76) Todos os doentes, Análise2 RD=F n (%) n(%) Participantes (%) com níveis

plasmáticos de VIH-1 ARN <50 cópias/ml

49 (46%) 52 (50%)

Participantes (%) com níveis

plasmáticos de VIH-1 ARN <400 cópias/ml

62 (58%) 63 (61%)

Participantes com >1 log10 alteração a partir da linha de base em níveis plasmáticos de VIH-1 ARN

62 (58%) 71 (69%)

Alteração a partir da linha de base em

células CD4 (células/µl) Mediana (n) Mediana (n)

Todos os doentes 81 (79) 91 (85)

Legenda: 1GSS para TBO: Escala de Sensibilidade Genotípica para Terapêutica de Base

Otimizada. A GSS foi calculada utilizando as orientações ANRS 2007. 2RD=F: Análise interrupção

ou descontinuação igual a falência, que é equivalente a TLOVR. FPV/RTV BID – fosamprenavir com ritonavir duas vezes por dia. LPV/RTV BID – lopinavir/ritonavir duas vezes por dia.

Tabela 4 – AAUCMB à Semana 48 por Escala de Sensibilidade Genotípica para TBO e linha de base de resistência a FPV/RTV

Semana 48 AAUCMB (n)

Sensibilidade

Genotípica para TBO

participantes FPV/RTV < 4 mutações, de acordo com escala ≥ 4 mutações, de acordo com escala 0 -1,42 (8) -1,83 (4) -1,01 (4) 1 -1,30 (35) -1,42 (29) -0,69 (6) ≥ 2 -1,68 (62) -1,76 (56) -0,89 (6) Todos os doentes -1,53 (105) -1,65 (89) -0,85 (16)

Conforme dados da tabela acima, existiam apenas 16 doentes que albergavam à partida virus com resistência a FPV/RTV de acordo com a escala ANRS. Os dados deste número pequeno analisados em maior profundidade pelos subgrupos do GSS necessitam de ser interpretados com precaução. Não existem dados suficientes para recomendar a utilização de fosamprenavir com ritonavir em doentes com terapêutica altamente potente prévia.

Crianças e adolescentes com idade superior a 6 anos

Os comprimidos e a suspensão oral de fosamprenavir com ritonavir em combinação com NRTIs foram avaliados em crianças e adolescentes com e sem tratamento prévio com inibidores da protease. O benefício nesta faixa etária resultou essencialmente do estudo APV29005, um estudo aberto, de 48 semanas no qual se avaliam os perfis de farmacocinética, segurança e atividade antivírica de fosamprenavir com ritonavir administrados duas vezes por dia a doentes com idades entre os 2 e os 18 anos de idade infetados com VIH-1 sem e com tratamento com inibidores da protease prévio. Os resultados obtidos às 48 semanas de tratamento são fornecidos de seguida. O estudo APV29005 incluiu 30 doentes com idades entre os 6 e os 11 anos (a maioria dos quais foi tratada com fosamprenavir/ritonavir 18/3 mg/kg duas vezes por dia ou com o regime posológico de comprimidos para adulto) e 40 doentes com idades entre os 12 e os 18 anos (a maioria dos quais foi tratada com o regime posológico de comprimidos para adulto).

Tabela 5 – Características de base e resultados de eficácia à Semana 48 na população do APV29005 ITT (E)

Doentes dos 6 aos 11 anos

N=30

Doentes dos 12 aos 18 anos

N=40 Características de Base

Status TAR/IP, n (%)

Sem tratamento prévio com TAR 2 (7) 14 (35)

Com tratamento prévio com TAR, sem tratamento prévio com IP

8 (27) 12 (30)

Com tratamento prévio com IP 20 (67) 14 (35)

Duração média de exposição prévia a TAR, semanas

NRTI 386 409

IP 253 209

ARN do VIH-1 plasmático médio log10 cópias/ml

4,6 (n=29) 4,7

>100,000 cópias/ml, n (%) 9 (31) 13 (33)

Média células CD4/μl 470 250

Resultados de Eficácia

Doentes com ARN do VIH-1 plasmático <400 cópias/ml, Análise Instantânea

16 (53%) 25 (63%)

Variação média de células CD4 (células/μl) desde a linha de base, observado em análises

210 (n=21) 140 (n=35)

Estes dados encontram-se consubstanciados pelo estudo de suporte APV20003; no entanto, foi utilizado um regime posológico diferente do do estudo APV29005.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Após administração oral, o fosamprenavir é rápida e quase completamente hidrolisado em amprenavir e fosfato inorgânico, antes de entrar na circulação sistémica. A conversão do fosamprenavir em amprenavir parece ocorrer principalmente no epitélio intestinal.

As propriedades farmacocinéticas do amprenavir, após administração de Telzir com ritonavir, foram avaliadas em indivíduos adultos saudáveis e em doentes infetados pelo VIH, não se tendo

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