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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3. MATERIAIS E MÉTODOS

4.2. EFICIÊNCIA E TAXA DE OXIDAÇÃO

4.2.1. Ensaio 1 (solo do aterro sanitário; h:40 cm; Sr:46,3%)

Como detalhado no item 3.2 o ensaio 1 consistiu na utilização do solo de cobertura do Aterro Sanitário de Biguaçu – SC, em uma camada de 40 cm e com um grau de saturação de 46,3%. A duração do ensaio foi de 65 dias, sendo a taxa de aplicação mínima de 12,38 g CH4/m².dia, com uma eficiência de oxidação de 63% e a taxa de

aplicação máxima de 50,29 g CH4/m².dia, com uma eficiência de

oxidação de 16,2%.

O ensaio 1 teve início com a aplicação de 12,38 g CH4/m².dia e

137,4 g O2/m².dia. Conforme mostrado na Figura 27 durante os

primeiros 49 dias de coleta as taxas de aplicação de CH4 foram

aumentando gradualmente até chegar à taxa de aplicação máxima de 50,29 g CH4/m².dia no dia 49. Durante o período de ensaio houve um

constante aumento nas taxas de aplicação de gases, com pequenas diminuições quando se observou uma queda de eficiência, como pode ser verificado nos dias 11, 29, 52 e 65 (Figura 27).

Para cada diminuição o sistema respondeu rapidamente com um aumento na taxa de oxidação e na eficiência da oxidação do CH4.

eficiência caiu quase que imediatamente, mesmo com um alto fluxo de ar (Figura 27). A taxa de oxidação máxima foi de 19,83 g CH4/m².dia

no dia 53, com uma eficiência de 73,35% (Figura 28). Os fluxos de entrada de CH4 e O2 variaram e foram ajustados durante o ensaio de

acordo com a resposta da coluna.

Figura 27 – Taxa de aplicação de CH4 e O2 e taxas de eficiência

Figura 28 – Taxa de aplicação e oxidação de CH4 e eficiências do ensaio 1

O fluxo descendente de ar atmosférico, o fluxo ascendente de biogás, o grau de saturação e volume de ar no substrato facilitaram a penetração de O2 e N2 em todo o perfil da coluna. Na Figura 29 pode-se

observar o perfil das concentrações de gases para o dia 53, onde ocorreu a maior taxa de oxidação de CH4. Quanto mais próximo a superfície as

concentrações de CH4 e CO2 foram menores, enquanto as concentrações

de O2 e N2 foram menores quanto mais profundos na coluna.

Figura 29 – Perfil da concentração dos gases no solo (dia 53, ensaio 1)

Observa-se que devido à baixa umidade, em torno de 26,5% e o teor de ar no substrato contribuíram para que o O2 e N2 penetrassem em

todo o perfil da coluna.

Durante a realização deste primeiro ensaio o nível de sensibilidade para ajustar e adequar os fluxos às atividades das bactérias metanotróficas ainda era baixo, permanecendo muito tempo com baixos fluxos de entrada de gases sem buscar aplicações maiores como as que foram realizadas nos ensaios 2 e 3.

Conseqüentemente, acredita-se que este fato tenha acarretado em valores mais baixos quanto à taxa de oxidação máxima.

4.2.2. Ensaio 2 (solo com o lodo de estação de tratamento de água e esgoto com um acréscimo de 15% de cal; h:40 cm; Sr:40,1%)

Como detalhado no item 3.2 o ensaio 2 consistiu na utilização de uma mistura de solo com o lodo de estação de tratamento de água e esgoto com um acréscimo de 15% de cal, em uma camada de 40 cm e com um grau de saturação de 40,1%.

A duração do ensaio foi de 38 dias. A taxa de aplicação mínima de CH4 foi de 8,25 g/m².dia, com uma eficiência de oxidação de 100% e

a taxa de aplicação máxima de CH4 foi de 203,36 g/m².dia, com uma

eficiência de oxidação de 24%.

O ensaio 2 iniciou com a aplicação de 8,25 g CH4/m².dia e

355,76 g O2/m².dia. Conforme mostrado na Figura 27, durante os 38

dias de coleta as taxas de aplicação de CH4 foram aumentando

gradualmente até chegar à taxa de aplicação máxima de 203,36 g CH4/m².dia no dia 35. Durante o período de ensaio houve um constante

aumento nas taxas de aplicação de gases, com ligeiras diminuições quando se observou uma queda de eficiência, como pode ser verificado nos dias 19,24, 29 e 37 (Figura 30).

Para cada diminuição das taxas de entrada o sistema respondeu rapidamente com um aumento na taxa de oxidação e da eficiência da oxidação do CH4. Similarmente, quando ocorreu um alto fluxo de

biogás (dia 35), a eficiência caiu quase que imediatamente, mesmo com um alto fluxo de ar (Figura 30). A taxa de oxidação máxima foi de 107,60 g CH4/m².dia no dia 34, com uma eficiência de 67,11% (Figura

31). Os fluxos de entrada de CH4 e O2 variaram e foram ajustados

Figura 30 – Taxa de aplicação de CH4 e O2 e eficiências do ensaio 2

Figura 31 – Taxa de aplicação e oxidação de CH4 e eficiências do ensaio 2

O fluxo descendente de ar atmosférico, o fluxo ascendente de biogás, o grau de saturação e volume de ar no substrato facilitaram a penetração de O2 e N2 em todo o perfil da coluna. Na Figura 32 pode-se

observar o perfil das concentrações de gases para o dia 34, onde ocorreu a maior taxa de oxidação de CH4. Quanto mais próximo a superfície as

concentrações de CH4 e CO2 foram menores, enquanto as concentrações

Figura 32 – Perfil da concentração dos gases no solo (dia 34, ensaio 2)

Observa-se que devido à baixa umidade, em torno de 33,43% e o teor de ar no substrato contribuíram para que o O2 e N2 penetrassem

em todo o perfil da coluna. Durante a realização deste segundo ensaio o nível de sensibilidade para ajustar e adequar os fluxos às atividades das bactérias metanotróficas já estava mais afinado, com aplicações expressivas nos fluxos de entrada dos gases, superiores aos realizados no ensaio 1 e semelhantes aos fluxos inseridos no ensaio 3. Consequentemente a taxa de oxidação máxima alcançada por este substrato foi a mais alta, superior aos resultados das taxas encontradas nos ensaios 1 e 3.

4.2.3. Ensaio 3 (solo com o lodo de estação de tratamento de esgoto com um acréscimo de 30% de cal; h:40 cm; Sr:41,1%)

Como detalhado no item 3.2 o ensaio 3 consistiu na utilização de uma mistura de solo com o lodo de estação de tratamento de esgoto com um acréscimo de 30% de cal, em uma camada de 40 cm e com um grau de saturação de 41,1%. A duração do ensaio foi de 42 dias. A taxa de aplicação mínima de CH4 foi de 13,85 g/m².dia, com uma eficiência

de oxidação de 92,4% e a taxa de aplicação máxima de CH4 foi de

113,92 g/m².dia, com uma eficiência de oxidação de 36,9%.

O ensaio 3 começou com a aplicação de 13,85 g CH4/m².dia e

465,19 g O2/m².dia. Conforme mostrado na Figura 33, durante os 42

dias de coleta as taxas de aplicação de CH4 foram aumentando

gradualmente até chegar à taxa de aplicação máxima de 113,92 g CH4/m².dia no dia 40. Durante o período de ensaio houve um constante

aumento nas taxas de aplicação de gases, com ligeiras diminuições quando se observou uma queda de eficiência, como pode ser verificado nos dias 10, 23 e 36.

Para cada diminuição o sistema respondeu rapidamente com um aumento na taxa de oxidação e da eficiência da oxidação do CH4.

Similarmente, quando ocorreu um alto fluxo de biogás (dia 40), a eficiência caiu quase que imediatamente, mesmo com um alto fluxo de ar (Figura 33).

A taxa de oxidação máxima foi de 55,9 g CH4/m².dia no dia 39,

com uma eficiência de 52,3% (Figura 34). Os fluxos de entrada de CH4

e O2 variaram e foram ajustados durante o ensaio de acordo com a

resposta da coluna. O fluxo descendente de ar atmosférico, o fluxo ascendente de biogás, o grau de saturação e volume de ar no substrato facilitaram a penetração de O2 e N2 em todo o perfil da coluna.

Figura 34 – Taxa de aplicação e oxidação de CH4 e eficiências do ensaio 3

Na Figura 35 pode-se observar o perfil das concentrações de gases para o dia 39, onde ocorreu a maior taxa de oxidação de CH4.

Quanto mais próximo a superfície as concentrações de CH4 e CO2 foram

menores, enquanto as concentrações de O2 e N2 foram menores quanto

mais profundos na coluna. Observa-se que devido à baixa umidade, em torno de 25,5% e o teor de ar no substrato contribuíram para que o O2 e

N2 penetrassem em todo o perfil da coluna.

Durante a realização deste terceiro ensaio o nível de sensibilidade para ajustar e adequar os fluxos às atividades das bactérias metanotróficas estava ainda mais afinado, com aplicações expressivas nos fluxos de entrada dos gases, superiores aos realizados no ensaio 1 e mais próximos as aplicações do ensaio 2.

Em vista disto e de acordo com as características de cada substrato a taxa de oxidação máxima deste ensaio foi superior ao resultado encontrado no ensaio 1 e inferior ao resultado encontrado no ensaio 2. Não tendo a ordem de utilização de cada substrato um fator de interferência nos resultados alcançados

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