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SUMÁRIO

2) Elementos intangíveis:

• Cultura: há dois exemplos centrais: i) os valores culturais da sociedade local que afetam a formação das pessoas inovadoras; e ii) os próprios valores dessas pessoas inovadoras. Além disso, é importante a existência de um clima favorável de negócios e que haja uma consciência social sobre aspectos envolvendo pequenas empresas, cooperação competitiva, empreendedorismo, investimento de risco, etc.

• Integração: há elementos tangíveis que são integrados por ligações invisíveis como fluxos de informações, dinheiro, tecnologia e pessoas que transitam entre firmas. Esses elementos indiretos de ligação são indispensáveis para um aglomerado maduro.

• Qualidade de vida: cidades com alta qualidade de vida atraem em geral inovadores, profissionais habilidosos, empreendedores, etc. A qualidade de vida é dependente da percepção do indivíduo, apesar de haver de uma maneira geral índices que possam ser empregados para determiná-la.

Meyer-Stamer (2001)

Assim como Porter (1998), Meyer-Stamer (2001) atribui aos aspectos competição e cooperação o sucesso dos aglomerados de empresas de base tecnológica. Para o autor, a cooperação refere-se às ações coletivas utilizadas para alcançar e melhorar as características dos produtos/processos produtivos do sistema de produção local. Já a competição direciona as empresas a buscarem novas tecnologias, ferramentas, materiais, etc.

Stuchtey (2001)

Quatro fatores de sucesso principais de aglomerados são apontados por esse autor:

1) Presença de recursos humanos hábeis e qualificados: empresários, cientistas, engenheiros e técnicos com novas idéias são o núcleo para o desenvolvimento (crescimento) do negócio;

2) Fluxo de idéias: novas idéias não são suficientes para fazer um negócio. Os recursos humanos com novas idéias e tecnologia têm que ser apoiados, elaborando um plano de negócio para a obtenção de financiamento, etc. 3) Cadeia de valor: existência de diversidade de fornecedores, redes de

4) Capital inteligente: a implementação de idéias requer o contínuo investimento de dinheiro na equipe que a realiza.

Rosenfeld (2002)

Rosenfeld (2002), apud Rosabeth Moss Kantor (sem data) atribui o sucesso econômico dos aglomerados no mercado aos seguintes fatores:

1) Conceitos como inovação, imitação, competição e energia empresarial são fatores que podem impulsionar a competitividade dos aglomerados;

2) Conexões: redes de comunicação, conexões e intermediários. A maioria dos aglomerados mais bem-sucedidos construiu mecanismos que podem transferir rapidamente idéias, inovações e informação de empresa para empresa e por toda a economia. As dinâmicas dos aglomerados (não de realizações individuais) criam o conhecimento regional e inovação nesses aglomerados;

3) Qualificações: força de trabalho especializada, empresas líderes, talento e conhecimento tácito e sua transferência. Embora muitos fatores afetem as vantagens competitivas dos aglomerados, nenhum é tão importante como as qualificações que eles expressam.

Siqueira (2003)

Com base na experiência internacional de aglomerados de empresas de tecnologia bem-sucedidos, em localidades já com uma infra-estrutura apropriada (com transportes, telecomunicações e saneamento) e com qualidade de vida satisfatória, Siqueira (2003) identificou que a presença dos seguintes elementos propicia o florescimento dos aglomerados: a existência de centros de ensino e

pesquisa de excelência, incubadoras de empresas, agências governamentais, instituições financeiras, fornecedores, distribuidores e assistência técnica.

Humphrey (2003)

Segundo Humphrey (2003), qualificação em inovação e melhoria, que se baseia em um conhecimento implícito abrangendo a confiança e estruturas institucionais, são dois aspectos difíceis de reproduzir fora do aglomerado. Essa qualificação é considerada um conhecimento localizado e que não está disponível para os competidores potenciais dessas empresas.

Zhang (2003)

Esse autor sintetiza em dois os fatores de sucesso:

1) Comportamento empreendedor: muitos aglomerados de empresas de tecnologia têm emergido devido às histórias de sucesso de empresas individuais.

2) Iniciativa de rede: esta pode ser um impulso individual ou de um instituto que reconhece o potencial de uma determinada região no estabelecimento de aglomerados.

Carvalho et al. (2003)

Além dos fatores apontados por Bollinger e Utterback (1983), esses autores consideram os seguintes elementos:

1) Aprendizado e interação: nos aglomerados de alta tecnologia, o aprendizado e a interação entre empresas e agentes são duas dimensões que merecem

serem destacadas. Estudar esse tipo de aglomeração possibilita a formação de uma cultura industrial, estimulando assim o interesse na criação de novos negócios e investimento em inovações. Assim, o aprendizado é apontado como um fator relevante para a compreensão da dinâmica e do funcionamento dos aglomerados;

2) Recursos humanos: essenciais à obtenção de uma vantagem competitiva empresas de tecnologia, envolvendo a qualificação em extrair o conhecimento individual de especialistas em atividade colaborativa ou administrativa com significativa parcela de informalidade;

3) Desempenho das empresas: há necessidade de estudos voltados à essa questão. Os estudos que apresentam resultados a respeito dos fatores críticos de sucesso de determinadas empresas de tecnologia não estão voltados ao desempenho das empresas diretamente.

Morosini (2004)

Esse autor aponta o conhecimento como uma variável fundamental para o entendimento da força e da dinâmica de um aglomerado setorial. Para tanto, várias dimensões sociais, abrangendo a integração do conhecimento e de um escopo global da competição. Isso pode possibilitar, segundo esse autor, o entendimento de grande parte da estrutura e do funcionamento dos aglomerados.

A partir da existência de evidências empíricas, Morosini (2004) sugere que o grau de integração de conhecimentos e o escopo da competição são aspectos desenvolvidos simultaneamente, além de serem cruciais à explicação do desempenho econômico dos aglomerados:

1) Cooperação e competição: menciona esses fatores assim como Porter (1998) e Meyer-Stamer (2001). Para Morosini (2004) a ocorrência simultânea da cooperação e competição empresarial em uma área geográfica delimitada requer uma estrutura social altamente desenvolvida que empregue e facilite a integração de conhecimento e troca de comunicação. Além disso, um senso comum de identidade entre os agentes econômicos também pode ser estimulado.

2) Comunidades sociais unidas: com base em (PYKE; BECATTINI E

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