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Os elementos metodológicos strictiore sensu para a concreção constitucional do habeas data indicam que o recorte da realidade so-

cial do RE 673.707 está contemplado no primeiro “espaço de ação” do texto normativo do art. 5o, inciso LXXII, “a”. Isso porque na origem do RE 673.707 se requereu ante o Poder Judiciário (iv-publicidade do pro- cesso) a garantia do conhecimento (iii-faculdade jurídica exigível) das informações (i-objeto) relativas à impetrante (ii-legitimidade ativa) junto a um bancos de dados de entidade governamental- Secretaria da Receita Federal (ii-legitimidade passiva). Ainda que indeferidos pela forma como foram impetrados, verifica-se que nos três primeiros casos submetidos pela ação constitucional do habeas data (RHD22, RHD24, HD18-QO) há

uma coerência argumentativa histórica e genética com o RE 673.707. Foram manjeados ante o Poder Judiciário (iv-publicidade do processo) para se ter a garantia do conhecimento (iii-faculdade jurídica exigível) de informações (i-objeto) relativas aos impetrantes (ii-legitimidade ativa) junto a um bancos de dados de entidade governamental- no caso a SNI (ii- legitimidade passiva). É iniludível que os elementos histórico e genético reforçam o elemento gramatical e apresentam os contornos do âmbito da norma. O elemento sistemático conflui com as inferências protetivas de concretização obtidas mediante o processo estruturante de interpre- tação gramatical, histórica, genética no tratamento do texto da norma. O habeas data está inserto com as demais garantias constitucionais no Capítulo I (Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos) do Título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais) da Constituição de 1988. Tantos os incisos do art. 5o que o antecedem como o inciso que sucede o texto da norma do habeas data se referem às garantias fundamentais (habeas corpus; mandado de segurança, mandado de injunção e ação popular). O status de garantia fundamental do habeas data lhe impinge a qualificação de limite material de reforma constitucional, pois é uma das “cláusulas pétreas” (art. 60, § 4º, inciso IV). A co-constituição do texto da norma com o recorte da realidade suscitado no RE 673.707 parecem indicar uma confluência de “sentido e finalidade” o primeiro “espaço de ação” do texto normativo do art. 5o, inciso LXXII, “a”.

2) As perspectivas dos elementos dogmáticos (doutrina e jurispru- dência do STF) à concretização constitucional do habeas data reforçam, portanto, que o recorte da realidade social co-constitui o primeiro “espaço de ação” do programa normativo do art. 5o, inciso LXXII, “a”. Contudo, tanto o programa da norma como o âmbito da norma e a própria norma de decisão exarada pelo STF não contam com a amplitude de faculdades jurídicas que configurem um “efetivo controle” tal e como defendido pela doutrina.

3) Ao estruturar a concretização do habeas data com os elementos de política constitucional se verá que o direito à proteção de dados pes- soais pode ser lido não só na Lei do habea data, mas principalmente na legislação esparsa. Com a análise de determinadas variantes de solução, cabe examinar que muito embora instituído pelo poder constituinte e

disciplinado pelo poder constituído o habeas data teve e tem importância diminuta na proteção dados pessoais.

4) Objeções processuais, substantivas e uma orgânica desconstituem a hipótese de “vitalização” do habeas data como instrumento/garantia constitucional do direito fundamental à proteção de dados pessoais. Pode-se vislumbrar que o direito a proteção de dados pessoais pode ter o habeas data como uma de suas garantias, mas na atual realidade constitucional, com um papel subsidiário ou residual.

NOTAS

1 Fermín Morales Prats, Catedrático do Departamento de Ciências Políticas e Direito Público da Uni- versidade Autônoma de Barcelona, escreveu varios artigos sobre a proteção penal da intimidade. Em 1997, no dossiê La protección del derecho a la intimidad de las personas (fichero de datos), com o artigo “Protección de la intimidad: delitos e infracciones administrativas” afirmou que a ampliação da tutela da intimidade no Código Penal espanhol de 1995 se deu por fatores político-criminais, dentre os quais destacou: a) o desenvolvimento tecnológico das novas formas de controle do in- divíduo; b) a recepção da cultura anglosaxã sobre o direito à privacy, incluindo o sentido positivo deste derecho e não só o negativo; c) a superação da teoria das esferas; d) o conteúdo amplo da intimidade (domiciliar, liberdade e confidencialidade de comunicações privadas). Aduz que que o art. 18.4 da Constituição Espanhola reconhece assim a dimensão positiva da intimidade, convertida em liberdade informática, a qual constitui um direito de controle sobre os dados pessoais que circulam na sociedade informatizada. Opina pela importância da STC 254/93 de 20 de julho, além de fazer reflexões sobre a Diretiva 95/46, de 24 de outubro de 1995.

2 Nada obstante, Danilo Doneda (2008) não credita a Fermín Morales Prats a expressão habeas

data. Doneda informa que em 1981, Vittorio Frosini identificou uma “liberdade informática”,

correlata à liberdade pessoal, uma exigência no contexto do desenvolvimento tecnológico. Ressalta o habeas corpus para a liberdade pessoal, e, arremata que: “poder-se-ia dizer, com uma paráfrase de caráter metafórico, que na legislação dos Estados modernos é necessário hoje um

habeas data, um reconhecimento do direito do cidadão de dispor dos próprios dados pessoais,

assim como ele tem o direito de dispor livremente do próprio corpo”.

Danilo Doneda (2008) ainda se reporta a Stefano Rodotà, que em 1973 menciona o direito de acesso como um habeas scriptum, um sinônimo do habeas data. As alusões mais remotas ao termo “habeas data”, segundo Doneda (2008), remontam-se a 1970: o artigo de Steven Weber na University of San Francisco Law Review denominado “Habeas data: the right of privacy versus

computer surveillance”; além da afirmação de Alan Westin à revista National Geographic: “Talvez

precisemos hoje de uma espécie de ação de <habeas data> - que obrigue tanto o governo como as corporações privadas a revelar as informações que eles coletaram e que estão utilizando para realizar julgamentos sobre um indivíduo e a justificar o porquê de fazê-lo”.

3 Segundo Fernando Joaquim Ferreira Maia (2012) a proteção de dados pessoais no Brasil se deu basicamente pelo habeas data na Lei 9.507/97, na Argentina a Lei nº 25.326/01, e na Colômbia a Lei Estatutária nº 221/07.13 Entretanto, Maia (2012) observa que a regulação no Brasil não utilizou um dispositivo autônomo de proteção ampla de dados pessoais, como feito no ordena- mento argentino. A tutela se dá com limitações: “conhecer informações e retificá-las, quando erradas, sobre a pessoa, mediante uma garantia individual”.

Victor Bazán (2005) comenta que as Constituições de Brasil (art. 5, LXXII), Paraguai (art. 135), Peru (art. 200, inc. 3), Argentina (art. 43, parágrafo 3o) e Bolívia (art. 23) ressaltam o aspecto instrumental do habeas data.

4 Em apertada síntese, Müller (2005, p. 71-79) sustenta que: a “Praticabilidade” está contida na interpretação teleológica; a “Interpretação a partir do nexo da história das ideias” e o “Quadro global de direito pré-constitucional” fazem parte da interpretação histórica; o “Critério de aferição do efeito integrante”, a “Unidade da Constituição”, o “Nexo de normas de direitos fundamentais e de normas de competência” são subcasos da interpretação sistemática e/ou política constitu- cional; a “Concordância prática” e a “Força normativa” fazem parte do “Efetividade dos direitos fundamentais”, que estão insertos “Unidade da Constituição” (interpretação sistemática e/ou política constitucional.

5 Virgílio Afonso da Silva (2010) no texto “Interpretação constitucional e sincretismo metodo- lógico” questiona a adoção pela doutrina brasileira dos “princípios” de interpretação consti- tucional suscitados por Konrad Hesse em seu manual de direito constitucional e dos métodos de interpretação constitucional relatados por Ernst-Wolfgang Böckenförde. Na sua análise, observa que não há indícios de que Hesse almejasse criar uma “teoria geral da interpretação constitucional” ao elencar no seu manual os “princípios”: (1) unidade da Constituição; (2) concordância prática; (3) conformidade funcional; (4) efeito integrador e (5) força normativa da Constituição. Aduz que tais “princípios” são recepcionados no Brasil como se fossem uma “moeda corrente”, mas que representam a sistematização das ideias de um único autor: Konrad Hesse. Reporta a ressonância de tais princípios da doutrina e na jurisprudências alemãs e relata que quase nenhum autor se depara com esta análise, mas quando há esta preocupação se referem ao “princípio da unidade da Constituição” no sentido de interpretação sistemática. Quando volta a sua atenção para a doutrina brasileira, Virgílio (2012) ressalta que alguns autores nacionais incluíram mais dois outros “princípios”: o da “máxima efetividade” e o da “interpretação conforme a Constituição”. E ao se deter em cada um destes “princípios”, Virgílio (2012) reconhece que alguns deles não se diferenciam dos cânones tradicionais de interpreta- ção, além de não haver possibilidade de “aplicação desses princípios em conjunto com outras práticas ou métodos de interpretação constitucional”.

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Recebido em: 30-8-2016 Aprovado em: 20-6-2018

Marco Aurélio Rodrigues da Cunha e Cruz

Doutor em Direito Constitucional pela Universidad de Sevilla (título revalidado pela UFPE); professor titular do Mestrado em Direitos

Fundamentais da Universidade do Oeste de Santa Catarina (PPGD | UNOESC); professor pesquisador da Escola Superior Associada de Goiânia (ESUP) e da Faculdade Cambury de Goiânia. E-mail: mar.cunhaecruz@gmail.com

Matheus Felipe de Castro

Doutor em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina; professor adjunto do Curso de Graduação em Direito da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, Coordenador Acadêmico Adjunto e Professor Titular do Programa de Mestrado em Direitos Fundamentais da UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina, Pesquisador no Departament de Dret Privat, da UAB - Universitat Autònoma de Barcelona. E-mail: matheusfelipedecastro@gmail.com

Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina

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