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CAPÍTULO 3: METODOLOGIA

3.15. E STRATÉGIA DE A NÁLISE DA I NFORMAÇÃO

3.15.3. Ementas (Programas)

Tabela 3.36: Pré-análise das Ementas (Programas)

Componente

Curricular/Disciplina Ementa

Tecnologias da Informação e Comunicação em Educação

Análises teóricas e práticas que permitam ao aluno elaborar e avaliar estratégias para educação atual na sociedade tecnológica e informatizada. Oferecimento de subsídios ao aluno para uma prática pedagógica consciente, que integre aspetos tecnológicos aos socioculturais de sua comunidade escolar. Vivências e explorações dos recursos da linguagem informatizada em situações de ensino e de aprendizagem. Levantar junto aos parâmetros curriculares nacionais do ensino fundamental o envolvimento da tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico.

Educação à distância e Tecnologia da Comunicação e Informação

Fundamentos teóricos. Comunicação como fenómeno social e científico. Processo de comunicação. Língua, linguagem e cultura. Uso e implicações no ensino. Características da educação à distância: formas e processos de implementação. Meios para a educação à distância: seleção, potencialidades e limites. Recursos rádio televisivos (rádio, TV, vídeo, tele e vídeo conferência) e recursos computacionais (CD-ROM, internet, robótica). Tecnologia, ética e educação. Tecnologias educacionais, pesquisa e formação de professores. Interação em novos ambientes de aprendizagem construtivista e cooperativista.

Educação e Novas Tecnologias

Fundamentos teóricos. Comunicação como fenómeno social e científico. Processo de comunicação. Língua, linguagem e cultura. Uso e implicações no ensino. Características da educação à distância: formas e processos de implementação. Meios para a educação à distância: seleção, potencialidades e limites. Recursos rádio televisivos (rádio, TV, vídeo, tele e vídeo conferência) e recursos computacionais (CD-ROM, internet, robótica). Tecnologia, ética e educação. Tecnologias educacionais, pesquisa e formação de professores. Interação em novos ambientes de aprendizagem construtivista e cooperativista.

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Continuação da Tabela 3.36

Educação e Novas Tecnologias

Principais conceitos das novas tecnologias de informação e comunicação, contribuições e desafios atuais para educação. Papel das NTIC’s no Mundo globalizado. Relação entre a Prática Pedagógica e as NTIC’s. Meios Audiovisuais. Informática na Educação. Multimídia da Educação. Educação à Distância e Internet na Educação.

Mediações didáticas

Mediações didáticas e Aprendizagem da criança. Definições e características dos produtos/artefatos: recursos didáticos, livros, brinquedos, softwares. Pressupostos psicológicos e pedagógicos na elaboração e recepção de mídias didáticas pela criança. Exercícios metodológicos de apresentação e elaboração de mediação didática.

Orientação e Prática de Projetos na Infância

A profissão docente e os desafios da educação infantil. Competências e habilidades requeridas para o ato pedagógico. A organização da dinâmica da prática pedagógica na educação infantil. As relações entre sociedade/educação/escola. A atuação profissional do pedagogo na formação e aprendizagem da criança.

Fundamentos e metodologia da educação infantil

Fundamentos políticos da Educação Infantil. Políticas económicas para a Educação Infantil. Fundamentos sociais da Educação Infantil no Brasil. Conceitos de infância, família e sociedade. Historicidade da Educação Infantil no Brasil. Funções da Educação Infantil. Políticas de atendimento à infância. Instituições públicas. Instituições privadas. Creches e pré- escolas. Relações entre Educação Infantil e Ensino Fundamental. Articulações dos conteúdos. A didática e seus fundamentos; (Re)significação da didática para as demandas contemporâneas. O Perfil do Educador nas discussões atuais. A prática docente na educação infantil e a construção do currículo. Educação infantil e diversidade cultural. Propostas para o desenvolvimento integral do educando. Metodologias e práticas docentes para a Educação Infantil. Questões sobre a Educação Ambiental para a sustentabilidade da Amazônia.

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Continuação da Tabela 3.36

Fundamentos e metodologia da educação infantil

Conceito de alfabetização, aspetos políticos e ideológicos do processo de alfabetização no brasil. Formação do professor de alfabetização. A linguagem como sistema simbólico representativo das interações humanas. Processos de alfabetização e alternativas metodológicas. A função social da escrita. A produção e apropriação da leitura e da escrita. Letramento em texto didático: como definir, como avaliar, como medir. Dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita. Sessões práticas nas oficinas pedagógicas.

Metodologia de alfabetização

Análise da ação alfabetizadora no contexto educacional brasileiro. Compreensão das principais teorias e métodos que alicerçam as práticas alfabetizadoras: o método sintético (soletração, fônico, silabação), o método analítico (palavração, sentenciação, o método global, a proposta construtivista, a proposta sócia histórica). Os fatores sociais, históricos, culturais, linguísticos, sociolinguísticos e psicolinguísticos que interferem na aprendizagem da leitura e da escrita. A escrita como produção social. Práticas discursivas e alfabetização. Alfabetização, letramento, leiturização: perspetivas investigativas e metodológicas para o processo de aquisição da leitura e da escrita. Planejamento e avaliação.

A criança, a natureza e a sociedade.

O desenvolvimento da curiosidade e da capacidade do professor e da criança. A construção de representações sobre o mundo natural, sobre as pessoas e sobre si mesma pela criança. A apropriação das noções de natureza e sociedade. A atividade da criança, a construção de hipóteses e a capacidade de expressar suas próprias opiniões. Valorização do meio ambiente, da proteção aos animais e da qualidade de vida humana. Planejamento e avaliação

Teoria e prática da educação infantil

Estudos dos conceitos relacionados à Educação infantil tomando por base as diversas questões presentes nos estudos sobre a infância numa dimensão interdisciplinar, experiências que privilegiem práticas pedagógicas a metodológicas com as crianças em diversos contextos de aprendizagem.

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Continuação da Tabela 3.36

Metodologia e Prática do Ensino de matemática e Ciências.

Organização e sistematização do ensino de Matemática e Ciências a partir de abordagens metodológicas e teóricas que subsidiam os currículos de educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental no Brasil. Estudo sobre a compreensão e construção do conhecimento matemático e científico com base nos aspetos epistemológicos, históricos e curriculares.

Fundamentos e metodologia do ensino de ciências naturais

Alternativas metodológicas do ensino de Ciências Naturais nos anos iniciais do Ensino Fundamental e sua problematização. Análise crítica do processo de ensino-aprendizagem das ciências, envolvendo objetivos, conteúdos, materiais didáticos e avaliação. Perspetiva do ensino na dimensão da construção do conhecimento. Parâmetros Curriculares Nacionais. Inserção de atividades lúdicas no ensino de Ciências naturais. Questões sobre a Educação Ambiental para a sustentabilidade da Amazônia.

Metodologia e Prática das Ciências e Matemática

A Matemática na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Seleção e estruturação dos conteúdos dos livros didáticos de Matemática e de Ciências para a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais. Programas com bases teórico- metodológicas para o ensino da matemática e ciências no contexto atual, e para formação de um professor reflexivo e pesquisador. Construção e elaboração de materiais e procedimentos didáticos para a redescoberta dos conhecimentos matemáticos abordando diferentes metodologias e inter-relações com os demais componentes disciplinares. Visão geral sobre as conceções epistemológicas do Ensino de Ciências: tradicional e construtivista. Observação e prática do Ensino de Ciências e Matemática nas oficinas pedagógicas nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

Ciências da natureza na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental

Conteúdos básicos para o ensino de ciências naturais na educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental. O ambiente e os seres vivos. Água. O ar. O solo. O ciclo vital de animais e plantas: classificação, características, tipos de alimentação e habitat. O equilíbrio ecológico. O corpo humano: estudo anatômico das partes do corpo humano. Os alimentos: tipo e origens; seleção, armazenamento, prepara e consumo. Saúde e higiene ambiental: coleta e reciclagem de lixo; saneamento básico. Recursos técnicos e tecnológicos. Eletricidade: obtenção e distribuição.

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Tabela 3.37: Análise temática das Ementas (Programas) das componentes curriculares.

Categorias Referenciação dos índices Indicadores

(01) Comunicação educativa

Comunicação 05

Novas Tecnologias da Informação e

Comunicação (NTIC) 08

Mediações (recursos) 05

(02) Formação Inicial

Perfil do Educador nas discussões atuais 01

Professor reflexivo 02

Relações Sociedade, Educação e Escola. 01

(03) Ensino de Ciências

Organização e Sistematização do ensino de Matemática e Ciências a partir de abordagens

metodológicas e teóricas 01

Alternativas Metodológicas do ensino das

Ciências Naturais 02

Perspetiva do ensino na dimensão da construção

do conhecimento 01

(04Q) Educação Infantil Educação Infantil e Diversidade Cultural. 01 Os fatores sociais, históricos, culturais,

linguísticos, sociolinguísticos e psicolinguísticos que interferem na aprendizagem da leitura e da escrita.

02

Da categoria Comunicação Educativa, as NTIC foram as mais referidas, seguindo-se a Comunicação e Mediação, de acordo com os indicadores. Na Formação Inicial, a análise revelou que o professor reflexivo detém o maior indicador. No ensino das Ciências, o destaque foi para Alternativas Metodológicas e, por fim, na categoria Educação Infantil, os fatores sociais, históricos, culturais, linguísticos, sociolinguísticos e psicolinguísticos que interferem na aprendizagem da leitura e da escrita foram os mais destacados.

Nos dados dos discentes, recolhidos através do inquérito por questionário, foi preponderante a dimensão da abordagem quantitativa, enquanto nas entrevistas realizadas com os docentes, na análise das ementas (programas) das componentes curriculares e na observação se destacou a dimensão da abordagem qualitativa, ratificando a escolha metodológica pela pesquisa mista ou quantiqualitativa que presidiu a este trabalho.

Com o intuito de analisar de que modo a Comunicação Educativa tem sido abordada nos cursos de Formação Inicial de Professores, nomeadamente no Curso de

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Pedagogia, e a sua incidência no ensino das Ciências ao nível da Educação Infantil, a estratégia privilegiada para validar as informações obtidas de discentes e docentes relativamente às ementas (programas) das componentes curriculares foi a da triangulação, que revelou uma preferência clara por currículos onde constem temas relacionados com Comunicação Educativa, Ensino das Ciências e Educação Infantil.

Embora o estudo tenha sido feito em cinco contextos distintos, a triangulação envolveu os estudantes, os professores e as ementas (programas) curriculares das cinco IES. Essa escolha deveu-se às similaridades das informações dos contextos das Instituições pesquisadas, no que se refere à carga horária, matriz curricular e ementas (programas).

Figura 3.5: Síntese dos elementos para triangulação.

A intenção de utilizar a estratégia de triangulação foi motivada pelo desejo de consolidar a ligação e a qualidade das informações obtidas através dos instrumentos de recolha de dados.

A triangulação (em inglês multi-method approach) é uma metodologia que combina métodos (análise documental e questionário) e fontes secundárias (documentos/atividades produzidos pelos professores) (Gillham, 2000; Cohen & Arato, 1994; Manion, 1994), sendo, por vezes, designada como metodologia entre métodos (between methods). Denzin & Lincoln (2006, p. 15) defendem que o “uso de múltiplos

Discentes

Docentes

Triangulação

Ementas das IES

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métodos, ou da triangulação, reflete uma tentativa de assegurar uma compreensão em profundidade do fenómeno em questão”. Eles consideram a triangulação como um caminho seguro para a validação um estudo.

Günther (2006, p. 21) define triangulação como a utilização de diferentes abordagens metodológicas do objeto empírico para prevenir possíveis distorções relativas quer à aplicação de um único método, quer a uma única teoria ou um investigador.

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