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As emoções são sempre afetadas quando há possessão A ansiedade, os temores e as fobias foi possível remontá-las,

No documento Possessão Espiritual-Dra. Edith Fiore.pdf (páginas 56-64)

em muitos casos, aos possessores, sem impedimento de te

rem os pacientes, de início, assumido a responsabilidade pelas reações. Tenho ouvido, reiteradamente, comentários co

mo estes: "Sempre gostei de dirigir, mas agora, quando me

aproximo da estrada, entro em parafuso!" Ou "Esperei an

siosamente a nossa sessão a semana inteira, mas, quando vi-

nha para cá, quase desmaiei e mal pude dominar-me para não sair correndo da sala de espera! Esse não pode ser eu!" Uma conversação com os espíritos medrosos revelou quais eram, de fato, os ansiosos.

As fobias relacionam-se muito logicamente com as ver dadeiras circunstâncias da experiência de morte anterior, de que a entidade se lembra com clareza. Quando a pessoa que ela está possuindo se encontra em situações semelhan tes, os temores srcinais voltam à tona, e o possesso, sentin- do-os, presume que as reações vêm de si mesmo, sem com preender que está possuído.

Foi esse o caso de uma paciente particularmente sen sível, Lynn, médium conhecida, que não alcançava compreen der o que lhe acontecera. Por sete anos, logo depois de umacirurgia eletiva, vira-se incapaz de dirigir o automóvel em razão do pânico que a senhoreava. Se outra pessoa estivesse dirigindo, ela se livrava da ansiedade, a não ser que o carro percorresse a estrada costeira vizinha, muitos metros acima da água. Essa situação a deixava desorientada, já que uma das suas antigas alegrias na vida era justamente guiar carros de corrida!

Sob a ação da hipnose, ela sintonizou com facilidade o espírito de uma moça que, desejando suicidar-se após o fim de um caso de amor, precipitara o carro no mar, saltan do daquela mesma estrada. Sentira-se aterrorizada ao cair no oceano, muito embaixo. Seu corpo fora levado para o mesmo hospital em que Lynn se internara. Não tendo gos tado do frio do necrotério, e sentindo-se confuso e assusta do, o espírito vagueara pelos corredores até chegar a um an dar superior e encontrar o quarto de Lynn, que não tardara a possuir.

Até quando tentávamos libertar uma entidade amedron tada de um paciente que se presumia possesso, este ainda achava difícil experimentar o pânico e renegá-lo como não sendo seu. Quanto mais pudesse o paciente acreditar que Q pânico pertencia à entidade, tanto melhor e mais depres sa conseguia controlá-lo.

As depressões não raro se atribuem a espíritos melan cólicos, geralmente incapazes de compreender que tinham morrido. Como deixamos explicado no capítulo 5, alguns espíritos que se haviam suicidado permaneciam presos ao mundo físico porque os aterrava a perspectiva de irem pa ra o inferno. Muitos continuavam tão deprimidos que não viam os auxiliares espirituais e os entes queridos. E porque continuavam propensos ao suicídio, representavam amea ças reais à própria vida dos possuídos! Regressões a existên cias passadas mostravam que, em certas ocasiões, essas enti dades atormentadas haviam levado os hospedeiros a dar ca bo da própria vida.

INCLINAÇÃO PARA AS DROGAS E PARA O ÁLCOOL

Depois da depressão, o sintoma mais devastador da pos sessão do espírito é o abuso das drogas e do álcool. Quan do os espíritos viciados obtêm ingresso, exercem uma for ça opressora sobre as vítimas. Os hospedeiros interpretam, então, o impulso para usar drogas como inteiramente seu. Sob a influência da substância, abdicam ainda mais do con trole sobre a própria vida. Isso faculta aos espíritos — geral mente há possessões múltiplas — satisfazerem-se a conten to. Eles não têm de pagar o preço de relacionamentos rom pidos, da saúde destruída, de empregos perdidos e até da diminuição da estima e do respeito próprios. O uso conti nuado da droga debilita a aura, permitindo a fácil possessão por outros ainda que andam à cata de uma boneca, de uma galinha morta ou de um "alvo fácil", como os descrevem os possessores.

Por ser a personalidade srcinal esmagada pelos espíri tos viciados, a terapia é muito difícil — as entidades não se sentem motivadas a deixarem-se ajudar! Em sua ignorância, não desejam abrir mão de uma "boa coisa". Afortunadamen te, em casos excepcionais, tenho podido ajudar alguns pa cientes a livrarem-se da escravidão - até em uma ou duas sessões! Via de regra, entretanto, é uma longa luta em que o paciente, repetidas vezes, sucumbe e larga o tratamento.

Esse tipo de possessão pode ser uma ameaça à vida — des de uma dose excessiva ou um desastre de automóvel. Muitos de meus pacientes escaparam da morte por um triz, como o ilustra o exemplo seguinte.

Glen, corretor de fundos públicos de cinqüenta e tan tos anos, procurou ajuda porque sofrerá de insônia durante vinte anos. O prosseguimento das conversações revelou um grave problema de bebida, que surgira de improviso quatro anos antes. Após umas poucas sessões, descobrimos uma enti dade alcoólica, John, que, quatro anos antes, o possuíra du rante uma hospitalização. Aparentemente, John se fora em companhia da amada, depois de uma despossessão inteira mente descomplicada.

Poucos dias depois, todavia, Glen telefonou pedindo uma consulta de emergência, explicando à minha secretária que não podia esperar pelo dia do seu tratamento.

Quando ele entrou no consultório, no dia seguinte, seu aspecto era terrível! Depois de deixar-se cair na poltrona re- clinável, falou sem hesitar: "Dormi a noite inteira pela pri meira vez em vinte anos — a noite do nosso encontro! Mas quando acordei de manhã, senti-me enjoado! Mal consegui chegar à cozinha para fazer o café. Minha cabeça estava me matando! Eu não conseguia acreditar naquilo! Ali, em cima do aparador, dei com a garrafa de vodca. Um litro inteiro completamente vazio! Eu o deixara fechado na véspera. De vo tê-la bebido até o fim. Ali também — ao lado da garrafa — havia um quartilho inteiro de queijo ricota - devorado, não sobrara sequer uma colher! Fiquei realmente em pâni co. Era assombroso que eu não tivesse morrido! Graças a Deus, comera toda a ricota. E — você sabe — não me lem bro de coisíssima nenhuma."

Glen continuou, contando-me que, depois disso, con fuso e extremamente deprimido, ficara aterrado com a idéia de ver-me outra vez e, imediatamente, desmarcara a consulta seguinte. Em seguida, começando a refletir, entrara a imagi nar se John realmente partira. Pegara o telefone e pedira para falar comigo o mais breve possível.

Sob a ação da hipno se, tornou-se manifesto que. John não fora para a outra vida, mas apenas deixara temporaria mente a aura de Glen. Como ele mesmo disse: "Eu fora des coberto e me sentia acuado." Admitiu que a despossessão o perturbara profundamente. E não demorou muito para es- gueirar-se de volta no corpo de Glen.

"Ele estava dormindo, mas eu não estava. Tudo o que eu queria era uma bebida! Achava-me em pânico! Desci à co zinha e bebi a garrafa de vodca. Depois pensei: Eu poderia ter-nos matado! Por isso comi o queijo."

Após tranqüilizar John, tentei outra despossessão. Des ta feita me certifiquei de que ele estava segurando com for ça a mão da falecida esposa e, finalmente, partiu com ela. Funcionou! Glen perde u to do o desejo de vodca a partir desse momento.

INCLINAÇÃO PELO FUMO

À diferença do abuso de drogas, a inclinação pela nico tina não causa tamanho enfraquecimento da aura e não pro voca distorções importantes da consciência. Seus efeitos são menos destrutivos mental e emocionalmente mas, em com pensação, minam grande parte da saúde do indivíduo. Tenho tratado de pessoas que se queixavam de um enfisema inci piente ou da ameaça de um câncer no pulmão, que tinham todas as razões para parar de fumar, mas não vingavam fa zê-lo. As entidades viciadas estão pouco ligando para a saúde dos hospedeiros. Imaginam poder encontrar outra "vítima" se o hospedeiro morrer. Que alívio experimen tam os pacientes quando as despossessões são bem-sucedi- das. Elas sentem imediatamente não só a ausência da von tade de fumar, mas também a libertação dos sintomas da retirada.

PROBLEMAS DE PESO E OBESIDADE

Um dos problemas mais comuns com que lidam os tera- peutas (médicos e psicólogos), todos os dias, é o excesso de peso ou obesidade.

Claro está que a possessão é apenas uma das muitas cau sas da crescente preocupação nacional com a saúde.

Tenho tido pacientes que encontraram entidades na srcem dos seus problemas com o controle do peso. Não so

mente eram os espíritos responsáveis pelo aumento de peso, mas- também estavam totalmente desinteressados pelo regi me — ou melhor — estavam determinados a não desistir do prazer de comer o que lhes apetecia. Às vezes, nossas pis tas eram claras, porque o aumento de peso ocorria logo de pois de uma situação em que a possessão era especialmen te possível: após uma cirurgia, a morte de um ente queri do, etc.

Syívia, mulher encantadora, que andava pela casa dos quarenta, ficou arrebatada de alegria quando o seu desejo ardente, prolongado e obsessivo, de comer doces — o malo gro da sua luta crônica contra o excesso de peso — se foi de pois da nossa primeira sessão, durante a qual eu realizara uma despossessão generalizada. No começo da reunião seguinte, ela explicou: "Não tenho mais nenhum interesse por doces. Não posso acreditar nisso! Você não faz idéia de como esse interesse dominou a minha vida. A única coisa em que eu pen sava era comer alguma coisa doce — e quando a comia, não me satisfazia — e tinha de exercitar todo o controle que po dia ajuntar. E fui assim desde que me conheço por gente! E agora nem sequer penso nisso!" Os espíritos trazem e levam consigo os seus desejos ardentes!

Uma vontade maluca de comer chocolates desapareceu com o falecido sogro da minha paciente, que a possuía des de a sua morte. Ele era conhecido na família como "chocoó- lico"!

Outra paciente contou que, na manhã em que se em penhou deveras em iniciar uma dieta, uma voz em sua cabeça lhe disse: "Não a deixarei fazer regime. Esqueça-se disso! Quem manda agora sou eu." A entidade possessora, que a domina ra por muitos anos, só partiu quando convencida de que po deria comer tudo o que quisesse no mundo espiritual. A com pulsão para comer demais desapareceu com ela.

PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO

Os relacionamentos sofrem realmente em conseqüência

da possessão, porque se instala um insuspeitado ménage à

trois — ou mais — nessa ocasião. Uma criança desagradável pode acolher um espírito vicioso cujos valores diferem dos da família da criança. Um marido pode estar relacionado com um espírito do sexo masculino que lhe possui a esposa. A ação recíproca dos espíritos envolvidos entre companhei ros ou parceiros resulta amiúde numa relação sexual extra vagante. Até as relações entre empregado e empregador po dem ser perturbadas pela mesma razão, como o ilustra o es tudo do caso de Anne, no capítulo 8.

PROBLEMAS SEXUAIS

Desde que muitos espíritos já estavam velhos ao mor rer, as pessoas possessas deles experimentavam freqüente mente sintomas de envelhecimento, incluindo notável dimi nuição do impulso sexual.

Vários problemas psicológicos fazem parte do reper tório que as entidades trazem consigo. Seus próprios pro blemas e predisposições manifestam-se quando o possesso se entrega à atividade sexual. Num caso extremo, os hospe deiros podem até ser impedidos de aproximar-se dos parcei ros! Foi esse o caso de Paolo, cuja história vocês lerão no capítulo 11.

Uma das causas da homossexualidade é a possessão de espíritos do sexo oposto. Se a possessão começa antes da puberdade, o desenvolvimento heterossexual é mui tas vezes atalhado e os possessos crescem acreditando de sejar parceiros sexuais do mesmo sexo, quando, na ver dade, as entidades é que lhes determinam as escolhas. To dos os pacientes homossexuais, nos quais levei a cabo uma despossessão, tinham tido pelo menos uma entidade do sexo oposto excessivamente dominante que lhes determi nava a preferência sexual. Esses pacientes, não raro, confes savam ter a sensação de estar "presos" em corpos do sexo errado.

Algumas pessoas chegavam a cogitar de operações transe xuais irreversíveis por causa da tentativa desesperada do espí rito de tornar o corpo do possesso tão parecido quanto pos sível com o do falecido.

Tratei de certo número de travestis, todos com espí ritos possessores do sexo oposto, os quais compravam as rou pas e se vestiam a fim de satisfazer à sua fantasia, para gran de confusão e constrangimento das vítimas.

Este capítulo lhes deu uma visão geral do modo com que os espíritos possessores deformam a vida dos indivíduos. Das categorias e esboços acima vocês depreenderão que os efeitos da possessão podem ser desastrosos e, por vezes, fatais.

Os cinco capítulos seguintes — cada um dos quais é o es tudo completo de um caso — proporcionam uma visão em profundidade não só dos resultados devastadores da posses são, mas também do modo com que ela se realizou srcinal mente. Vocês verão como a despossessão beneficiou essas pessoas sofredoras — os possessos, bem como os possessores.

Esses casos foram tirados dos arquivos que organizei de centenas de pacientes', para dar-lhes uma idéia das angús tias que se seguem à possessão, das próprias pessoas que são - na maior parte dos casos — vítimas conscientemente relu tantes e confiantes de espíritos.

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