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4 DESCRIÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

4.1 Descrição e Análise dos Dados de cada Empresa Pesquisada

4.1.2 Empresa B

A empresa B, fundada há 32 anos, atua no mercado Norte Americano e Europeu tendo como principais produtos: armários para TV, estantes e criado mudo.

Possuía em dezembro de 2000: 378 funcionários, dos quais 10 técnicos de nível médio.

Quadro 10: Empresa B – Percentual em relação ao total de funcionários.

2000 2001 2002 2003 2004

Engenheiros + Tecnólogos 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6%

Técnicos de nível médio 3,3% 3,7% 3,7% 2,9% 3,0%

Engenheiros + Tecnólogos +

Técnicos 3,3% 3,7% 3,7% 2,9% 3,7%

Observa-se no quadro 10 que em termos percentuais em relação ao total de funcionários o número de técnicos, tecnólogos e engenheiros tem se mantido praticamente inalterado, em 3,7%. Há uma pequena redução em 2000 (3,3%) e em 2003 com 2,9%. Outro fato observado é que só em 2004 a empresa passa ter em seus quadros engenheiros ou tecnólogos e a relação entre o número de técnicos de nível médio para cada engenheiro ou tecnólogo é de 4,7 em dezembro de 2004.

O quadro 11 mostra um crescimento de 54,0% no número de funcionários de 2004 em relação a 2000, enquanto que a equipe técnica apresenta um crescimento de 70% de 2004 em relação a 2000.

Quadro 11: Empresa B – Crescimento em relação ao ano base 2000.

2001 2002 2003 2004

Funcionários -10,3% 17,7% 61,7% 54,0%

Engenheiros + Tecnólogos+Técnicos 0,0% 30,0% 40,0% 70,0%

Faturamento 16,7% 76,2% 111,7% 133,4%

Faturamento / Funcionário 30,1% 49,8% 31,0% 51,5%

Fonte: Dados da Pesquisa

O faturamento da empresa B, de 2004, foi 133,4% maior que o faturamento de 2000. Neste mesmo período houve um crescimento no faturamento por funcionário de 51,5%, conforme quadro 11.

Conforme o quadro 12, houve crescimento de faturamento todos os anos em relação ao ano anterior, destacando-se o crescimento 51,1% de 2002 em relação a 2001. Quanto a relação faturamento por funcionário o maior crescimento ocorreu em 2001 com 30,1% em relação a 2000, mas foi registrado um decréscimo de -12,6% em 2003 com relação a 2002.

Na área de recursos humanos os maiores crescimentos no número de funcionários ocorrem em 2002 em relação a 2001 com 31,2% de crescimento e em 2003 em relação a 2002 com 37,4%, enquanto que os maiores crescimentos no corpo técnico ( engenheiros + tecnólogos + técnicos) ocorre em 2002 em relação a 2001 com 30,0% e 2004 em relação a 2003 com 21,4%,

conforme quadro 11. E houve redução no número de funcionários em 2001 em relação a 2000 (- 10,3%) e 2004 em relação a 2003 com -4,7%.

Quadro 12: Empresa B – Crescimento em relação ao ano anterior.

2001 2002 2003 2004

Funcionários -10,3% 31,2% 37,4% -4,7%

Engenheiros + Tecnólogos + Técnicos 0,0% 30,0% 7,7% 21,4%

Faturamento 16,7% 51,1% 20,1% 10,2%

Faturamento / Funcionário 30,1% 15,1% -12,6% 15,7%

Fonte: Dados da Pesquisa

Na administração dos recursos humanos estimula-se o aprendizado dos técnicos da empresa pelo compartilhamento de conhecimentos entre os setores e unidades e pela ampliação dos contatos e interações com outras pessoas dentro e fora da empresa. A educação e o treinamento estão associados às necessidades da área imediata de trabalho do técnico e/ou às necessidades estratégicas da empresa. As habilidades e os conhecimentos recém adquiridos são aplicados e reforçados na prática do trabalho e avaliados quanto a sua eficácia. A evolução do salário dos técnicos está associada a aquisição de competências e não ao cargo ocupado e o escopo das responsabilidades dos cargos técnicos é, para a maioria, bastante abrangente.

Os processos de produção são executados, analisados e melhorados através do envolvimento de técnicos, de forma a assegurar que os produtos atendam aos requisitos operacionais e do cliente. Os processos de produção são monitorados por técnicos, gerando indicadores e são realizadas análises críticas para a melhoria do desempenho.

Para a empresa B a influência dos técnicos nos resultados da empresa e na redução dos custos do produto está na melhoria de processos e na construção de máquinas e equipamentos específicos para o processo produtivo, resultando em ganhos significativos de produtividade.

A empresa B não possui Sistema da Qualidade certificado por um órgão certificador, mas possui procedimentos de gestão da qualidade implantados e os indicadores são acompanhados pelos técnicos.

A empresa B acompanha os indicadores de retrabalho e refugo e os técnicos são envolvidos na análise e proposta de melhoria.

Como comentários gerais, a empresa B coloca que 10% dos funcionários trazem 90% dos resultados. O desafio é criar um grupo técnico capaz. Na empresa B a equipe é tudo, conseguir manter a equipe em tempo de crise, baixar a ansiedade durante este período, evitar ao máximo as demissões das pessoas capacitadas, garantirá o sucesso na retomada e um maior comprometimento da equipe.

4.1.3 Empresa C

A empresa C, fundada há 60 anos, atua nos Estados Unidos e na Europa, tendo como principais produtos: dormitórios, salas de jantar, estantes, armários para televisão e peças para sala de estar.

Apresentava, em dezembro de 2000, 774 funcionários, dos quais 1 engenheiro e 6 técnicos de nível médio.

Quadro 13: Empresa C – Percentual em relação ao total de funcionários.

2000 2001 2002 2003 2004

Engenheiros + Tecnólogos 0,1% 0,2% 0,4% 0,7% 0,9%

Técnicos de nível médio 0,8% 2,5% 3,2% 3,2% 4,3%

Engenheiros + Tecnólogos +

Técnicos 0,9% 2,7% 3,6% 3,9% 5,1%

Fonte: Dados da Pesquisa

Observa-se no quadro 13 um crescimento relativo acentuado do número de técnicos, tecnólogos e engenheiros, passando de 0,9% em relação ao total de funcionários, em 2000, para

5,1% em 2004. Quando comparado em relação a 2000 o crescimento do corpo técnico é de 757,1%, enquanto que o número total de funcionários cresceu 51,3% de 2000 para 2004, conforme quadro 14.

A relação entre o número de técnicos de nível médio para cada engenheiro ou tecnólogo passou de 6,0 em dezembro de 2000 para 5,0 em dezembro de 2004.

Quadro 14: Empresa C – Crescimento em relação ao ano base 2000.

2001 2002 2003 2004

Funcionários 25,2% 28,0% 47,7% 51,3%

Engenheiros + Tecnólogos+Técnicos 271,4% 414,3% 542,9% 757,1%

Faturamento 41,5% 104,6% 154,9% 194,3%

Faturamento / Funcionário 13,0% 59,8% 72,6% 94,5%

Fonte: Dados da Pesquisa

O quadro 14 mostra que o faturamento da empresa C, quando comparado a 2000, cresceu todos os anos, sendo que em 2004, foi 194,3% maior que o faturamento de 2000. Neste mesmo período, o faturamento por funcionário também cresceu todos os anos e em 2004 foi 94,5% maior que em 2000.

Houve crescimento de faturamento todos os anos, quando comparado ao ano anterior, conforme o quadro 15, destacando-se o crescimento de 2002 em relação a 2001, 44,5% e o crescimento de 2001 em relação a 2000 de 41,5%. Neste período também houve crescimento, todos os anos, no faturamento por funcionário, destaca-se o maior crescimento em relação ao ano anterior, 2002 com 41,3% maior que 2001.

Na área de recursos humanos o maior crescimento no número de funcionários ocorre em 2001 em relação a 2000 com 25,2% de crescimento, enquanto que os maiores crescimentos no corpo técnico (engenheiros + tecnólogos + técnicos) ocorrem em 2001 em relação a 2000 com 271,4% e 2002, conforme quadro 15.

Quadro 15: Empresa C – Crescimento em relação ao ano anterior.

2001 2002 2003 2004

Funcionários 25,2% 2,3% 15,3% 2,4%

Engenheiros + Tecnólogos + Técnicos 271,4% 38,5% 25,0% 33,3%

Faturamento 41,5% 44,5% 24,6% 15,5%

Faturamento / Funcionário 13,0% 41,3% 8,0% 12,7%

Fonte: Dados da Pesquisa

Na administração dos recursos humanos estimula-se o aprendizado dos técnicos da empresa pelo compartilhamento de conhecimentos entre os setores e unidades e pela ampliação dos contatos e interações com outras pessoas dentro e fora da empresa. A educação e o treinamento estão associados às necessidades da área imediata de trabalho do técnico e/ou às necessidades estratégicas da empresa. As habilidades e os conhecimentos recém adquiridos são aplicados e reforçados na prática do trabalho e avaliados quanto a sua eficácia. A evolução do salário dos técnicos está associada à aquisição de competências e não ao cargo ocupado e o escopo das responsabilidades dos cargos técnicos é, na maioria da vezes, bastante abrangente.

Os processos de produção são executados, analisados e melhorados através do envolvimento de técnicos, de forma a assegurar que os produtos atendam aos requisitos operacionais e do cliente. Os processos de produção são monitorados por técnicos, gerando indicadores e são realizadas análises críticas para a melhoria do desempenho.

Para a empresa C as evidências da influência dos técnicos nos resultados da empresa estão na melhoria dos indicadores de produtividade e redução de custos. A contribuição na redução de custos dos produtos se dá através da análise de valor dos produtos, da melhoria de processos e identificação de equipamentos que reduzem o consumo de energia.

A empresa C possui sistema da qualidade e os técnicos colaboram implantação e manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade, participando da padronização e melhoria de normas em processo.

A empresa C acompanha os indicadores de retrabalho e refugo e é percebida a redução nestes indicadores pela atuação dos técnicos.

Como comentários gerais a empresa coloca que os técnicos são profissionais que melhoram o nível intelectual da empresa.

4.1.4 Empresa D

A empresa D, fundada há 80 anos, atua no mercado interno (5%) e no mercado externo (95%), sendo que deste mercado 60% Estados Unidos e 40% Europa, tendo como principais produtos: beliches, camas, dormitórios, cômodas e estantes.

Em dezembro de 2000, contava com 312 funcionários, dos quais 13 técnicos de nível médio.

Quadro 16: Empresa D – Percentual em relação ao total de funcionários.

2000 2001 2002 2003 2004

Engenheiros + Tecnólogos 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Técnicos de nível médio 4,2% 7,5% 7,9% 9,6% 8,0%

Engenheiros + Tecnólogos +

Técnicos 4,2% 7,5% 7,9% 9,6% 8,0%

Fonte: Dados da Pesquisa

Observa-se no quadro 16 que a empresa D, no intervalo 2000 a 2004, não possui engenheiros e tecnólogos. O crescimento relativo do número de técnicos de nível médio em relação ao total de funcionários passou de 4,2% em 2000, para 8,0% em 2004.

O crescimento do número de técnicos de 2000 a 2004 é de 146,2%, enquanto que o número total de funcionários cresceu 28,8% de 2000 para 2004, conforme quadro 17.

Quadro 17: Empresa D – Crescimento em relação ao ano base 2000. 2001 2002 2003 2004 Funcionários -10,3% 17,3% 17,3% 28,8% Engenheiros + Tecnólogos+Técnicos 61,5% 123,1% 169,2% 146,2% Faturamento 14,1% 93,6% 84,6% 102,0% Faturamento / Funcionário 27,1% 65,1% 57,4% 56,8%

Fonte: Dados da Pesquisa

O faturamento da empresa D em 2004 foi 102% maior que o faturamento de 2000 e o faturamento por funcionário foi 56,8% maior neste mesmo período, como mostra o quadro 17.

Destaca-se o crescimento do faturamento de 2002 em relação a 2001 de 69,8% e o faturamento por funcionário de 29,9% neste mesmo período, quadro 18.

Houve redução de faturamento de 2003 em relação a 2002 de -4,7%, acontecendo também a redução de -4,7% no faturamento por funcionário, neste mesmo período, quadro 18.

Quadro 18: Empresa D – Crescimento em relação ao ano anterior.

2001 2002 2003 2004

Funcionários -10,3% 30,7% 0,0% 9,8%

Engenheiros + Tecnólogos + Técnicos 61,5% 38,1% 20,7% -8,6%

Faturamento 14,1% 69,8% -4,7% 9,4%

Faturamento / Funcionário 27,1% 29,9% -4,7% -0,4%

Fonte: Dados da Pesquisa

Na administração dos recursos humanos o escopo das responsabilidades dos cargos técnicos é, em geral, bastante abrangente. Estimula-se o aprendizado dos técnicos da empresa pelo compartilhamento de conhecimentos entre os setores e unidades e pela ampliação dos contatos e interações com outras pessoas dentro e fora da empresa. A educação e o treinamento estão associados às necessidades da área imediata de trabalho do técnico e/ou às necessidades estratégicas da empresa. As habilidades e os conhecimentos recém adquiridos são aplicados e reforçados na prática do trabalho, mas nem sempre avaliados quanto a sua eficácia. A evolução

do salário dos técnicos na maioria das vezes está associada a aquisição de competências e não ao cargo ocupado.

Os processos de produção são executados, analisados e melhorados na maioria das vezes com o envolvimento de técnicos, de forma a assegurar que os produtos atendam aos requisitos operacionais e do cliente. Os processos de produção são, na maioria das vezes, monitorados por técnicos, gerando indicadores e são realizadas análises críticas para a melhoria do desempenho.

Para a empresa D as evidências da influência dos técnicos nos resultados da empresa estão na melhoria da qualidade dos produtos e na produtividade. Também contribuem na redução de custos dos produtos, através da melhoria contínua nos processos, na diminuição de set-up de máquinas e na agilidade nos processos.

A empresa D possui sistema da qualidade e os técnicos colaboraram na implantação e manutenção do sistema. Como exemplo o acompanhamento do processo de produção evitando ou diminuindo problemas no produto acabado.

A empresa, com o apoio dos técnicos, implantou acompanhamento de indicadores de retrabalho e refugo.

Como comentários gerais a empresa coloca que os técnicos são o elo de ligação entre a direção (gestão) e a produção, são os profissionais que propõem e executam ações buscando a melhoria no processo e melhor resultado. A empresa implantou o PPR, participação nos resultados da empresa, como política de incentivo a melhoria dos resultados da empresa.

4.1.5 Empresa E

A empresa E, fundada há 35 anos, atua no mercado interno, nos Estados Unidos e na Europa, tendo como principais produtos: dormitórios, cozinhas, bancos de canto, cômodas e buffets.

Apresentava, em dezembro de 2000, 291 funcionários, dos quais 12 técnicos de nível médio.

Quadro 19: Empresa E – Percentual em relação ao total de funcionários.

2000 2001 2002 2003 2004

Engenheiros + Tecnólogos 0,0% 0,0% 0,3% 0,3% 0,9%

Técnicos de nível médio 4,1% 3,5% 3,2% 3,6% 3,7%

Engenheiros + Tecnólogos +

Técnicos 4,1% 3,5% 3,5% 3,9% 4,6%

Fonte: Dados da Pesquisa

Observa-se no quadro 19 que o número relativo de técnicos, tecnólogos e engenheiros, apresentou um pequeno crescimento, pois em 2000 o percentual é de 4,1% em relação ao total de funcionários, e em 2004 é 4,6%.

O crescimento do corpo técnico é de 33,3%, enquanto que o número total de funcionários cresceu 19,2% de 2000 para 2004, conforme quadro 20.

A relação entre o número de técnicos de nível médio para um tecnólogo que não existia em dezembro de 2000 passou a ser de 4,3 em dezembro de 2004.

Quadro 20: Empresa E – Crescimento em relação ao ano base 2000.

2001 2002 2003 2004

Funcionários 6,5% 19,2% 15,5% 19,2%

Engenheiros + Tecnólogos + Técnicos -8,3% 0,0% 8,3% 33,3%

Faturamento 23,9% 59,8% 94,5% 73,9%

Faturamento / Funcionário 16,3% 34,0% 68,5% 45,9%

Fonte: Dados da Pesquisa

O faturamento da empresa E, em 2004, foi 73,9% maior que o faturamento de 2000 e o faturamento por funcionário 45,9% maior no mesmo período, quadro 20.

Houve crescimento de faturamento superior a 20% todos os anos de 2001 a 2003, destacando-se o crescimento de 2002 em relação a 2001 de 29% e houve um decrescimento de 2004 em relação a 2003 de -10,6%, conforme quadro 21. Para o faturamento por funcionário, também apresentou crescimento de um ano para outro de 2001 a 2003, destacando-se 2003 com

crescimento de 25,7% em relação a 2002, mas apresentou redução em 2004 de -13,4% em relação a 2003.

Quadro 21: Empresa E – Crescimento em relação ao ano anterior.

2001 2002 2003 2004

Funcionários 6,5% 11,9% -3,2% 3,3%

Engenheiros + Tecnólogos + Técnicos -8,3% 9,1% 8,3% 23,1%

Faturamento 23,9% 29,0% 21,7% -10,6%

Faturamento / Funcionário 16,3% 15,2% 25,7% -13,4%

Fonte: Dados da Pesquisa

Na administração dos recursos humanos o escopo das responsabilidades dos cargos técnicos é, em geral, bastante abrangente. Estimula-se o aprendizado dos técnicos da empresa pelo compartilhamento de conhecimentos entre os setores e unidades e pela ampliação dos contatos e interações com outras pessoas dentro e fora da empresa. A evolução do salário dos técnicos está associada à aquisição de competências e não ao cargo ocupado. As habilidades e os conhecimentos recém adquiridos são aplicados e reforçados na prática do trabalho, mas nem sempre avaliados quanto a sua eficácia. A educação e o treinamento nem sempre estão associados às necessidades da área imediata de trabalho do técnico e/ou às necessidades estratégicas da empresa.

Os processos de produção são executados, analisados e melhorados através do envolvimento de técnicos, de forma a assegurar que os produtos atendam aos requisitos operacionais e do cliente. Os processos de produção são normalmente monitorados por técnicos, gerando indicadores e são realizadas análises críticas para a melhoria do desempenho.

Para a empresa E as evidências da influência dos técnicos nos resultados da empresa está na melhoria da produtividade e qualidade. Também contribuem na redução de custos dos produtos, através das melhorias realizadas nos processos gerando ganho de produtividade.

A empresa E não possui certificação do sistema da qualidade, mas internamente utiliza as ferramentas do sistema de gestão da qualidade e os técnicos participam nos ajustes contínuos do sistema.

A empresa acompanha os indicadores de retrabalho e refugo, mas não é percebida a relação entre a redução destes indicadores e a contratação de técnicos.

Como comentários gerais a empresa coloca a necessidade de os técnicos possuírem maior capacidade de liderança, iniciativa e pró- atividade.

4.1.6 Empresa F

A empresa F, fundada há 33 anos, atua no mercado interno (20%) e mercado no externo (80%), Estados Unidos e na Europa, tendo como principais produtos: dormitórios, dormitórios infantis, estofados e cadeiras de balanço.

Tinha, em dezembro de 2000, 138 funcionários, dos quais 1(um) tecnólogo e 2(dois) técnicos de nível médio.

Quadro 22: Empresa F – Percentual em relação ao total de funcionários.

2000 2001 2002 2003 2004

Engenheiros + Tecnólogos 0,7% 0,9% 1,6% 1,5% 1,5%

Técnicos de nível médio 1,4% 1,8% 2,4% 2,3% 3,0%

Engenheiros +

Tecnólogos+Técnicos 2,2% 2,6% 4,0% 3,8% 4,5%

Fonte: Dados da Pesquisa

Observa-se no quadro 22 um crescimento relativo significativo no número de técnicos, tecnólogos e engenheiros, passando de 2,2% em relação ao total de funcionários, em 2000, para 4,5% em 2004.

O corpo técnico apresentou um crescimento de 100% em 2004 quando comparado a 2000, enquanto que o número total de funcionários decresceu -2,9% de 2000 para 2004, conforme quadro 23.

A relação entre o número de técnicos de nível médio para cada engenheiro ou tecnólogo em dezembro de 2000 e em dezembro de 2004 manteve-se em 2,0.

Quadro 23: Empresa F – Crescimento em relação ao ano base 2000.

2001 2002 2003 2004

Funcionários -17,4% -10,1% -5,8% -2,9%

Engenheiros + Tecnólogos+Técnicos 0,0% 66,7% 66,7% 100,0%

Faturamento -3,5% 17,6% 27,5% 60,0%

Faturamento / Funcionário 16,8% 30,9% 35,3% 64,8%

Fonte: Dados da Pesquisa

O faturamento da empresa F, em 2004, foi 60,0% maior que o faturamento de 2000, neste mesmo período o faturamento por funcionário cresceu 64,8%, como mostra o quadro 23.

Houve crescimento no faturamento todos os anos, de 2002 a 2004, destacando-se o crescimento de 2004 em relação a 2003 de 25,6%, havendo redução em 2001 de -3,5% em relação a 2000. Quanto ao faturamento por funcionário houve crescimento todos os anos, destacando-se o ano de 2004 com 21,8% em relação a 2003, como mostra o quadro 24.

Quadro 24: Empresa F – Crescimento em relação ao ano anterior.

2001 2002 2003 2004

Funcionários -17,4% 8,8% 4,8% 3,1%

Engenheiros + Tecnólogos + Técnicos 0,0% 66,7% 0,0% 20,0%

Faturamento -3,5% 22,0% 8,3% 25,6%

Faturamento / Funcionário 16,8% 12,1% 3,3% 21,8%

Fonte: Dados da Pesquisa

Na administração dos recursos humanos o escopo das responsabilidades dos cargos técnicos é, em geral, bastante abrangente. Estimula-se o aprendizado dos técnicos da empresa

pelo compartilhamento de conhecimentos entre os setores e unidades e pela ampliação dos contatos e interações com outras pessoas dentro e fora da empresa. A evolução do salário dos técnicos está associada a aquisição de competências e não ao cargo ocupado. A educação e o treinamento estão na maioria das vezes associados às necessidades da área imediata de trabalho do técnico e/ou às necessidades estratégicas da empresa. As habilidades e os conhecimentos recém adquiridos são aplicados e reforçados na prática do trabalho, mas nem sempre avaliados quanto a sua eficácia.

Os processos de produção são executados, analisados e melhorados através do envolvimento de técnicos, de forma a assegurar que os produtos atendam aos requisitos operacionais e do cliente. Os processos de produção são monitorados por técnicos, gerando indicadores e são realizadas análises críticas para a melhoria do desempenho.

Para a empresa F a influência e a contribuição dos técnicos nos resultados da empresa e na redução de custos do produto está na melhoria da capacidade de produção, nas propostas de mudanças nos produtos e processos e na facilidade de comunicação e acompanhamento.

A empresa F não possui Sistema da Qualidade certificado por um órgão certificador, mas possui procedimentos de gestão da qualidade implantados e os indicadores são acompanhados pelos técnicos.

A empresa F acompanha os indicadores de retrabalho e refugo e os técnicos são envolvidos na melhoria destes indicadores.

Como comentários gerais, a empresa reitera que sem os técnicos fica muito mais difícil a gestão da fábrica. São as pessoas-chave.

4.1.7 Empresa G

A empresa G, fundada há 59 anos, atua no mercado dos Estados Unidos, da França, da Holanda e da Alemanha, tendo como principais produtos: dormitórios e estantes.

Apresentava, em dezembro de 2000, 202 funcionários, dos quais 6 tecnólogos e 10 técnicos de nível médio.

Quadro 25: Empresa G – Percentual em relação ao total de funcionários.

2000 2001 2002 2003 2004

Engenheiros + Tecnólogos 3,0% 2,6% 3,3% 4,0% 3,8%

Técnicos de nível médio 5,0% 4,4% 5,7% 6,0% 6,7%

Engenheiros +

Tecnólogos+Técnicos 7,9% 7,0% 9,0% 10,0% 10,5%

Fonte: Dados da Pesquisa

Observa-se no quadro 25 um crescimento relativo do número de técnicos, tecnólogos e engenheiros, passando de 7,9% em relação ao total de funcionários, em 2000, para 10,5% em 2004.

O corpo técnico apresentou crescimento, em 2004, de 37,5% em relação a 2000 enquanto que o número total de funcionários cresceu 4% de 2000 para 2004, conforme quadro 26.

A relação entre o número de técnicos de nível médio para cada engenheiro ou tecnólogo passou de 1,7 em dezembro de 2000 para 1,8 em dezembro de 2004.

Quadro 26: Empresa G – Crescimento em relação ao ano base 2000.

2001 2002 2003 2004

Funcionários 13,4% 5,0% 23,8% 4,0%

Engenheiros + Tecnólogos+Técnicos 0,0% 18,8% 56,3% 37,5%

Faturamento 5,7% -7,1% 22,9% 6,0%

Faturamento / Funcionário -6,7% -11,5% -0,7% 2,0%

Fonte: Dados da Pesquisa

O faturamento da empresa G, de 2004, foi 6,0% maior que o faturamento de 2000 e o faturamento por funcionário cresceu 2% no mesmo período, quadro 26.

Quando analisada a variação de um ano para outro, quadro 27, observa-se crescimento no faturamento em 2001 e 2003, destacando-se 2003 com crescimento de 32,3% em relação a 2002 e decréscimo em 2002 e 2004, destacando-se 2004 com -13,7% em relação a 2003. Enquanto que o faturamento por funcionário apresentou crescimento em 2003 e 2004, destacando-se 2003 com 12,2% em relação a 2002.

Quadro 27: Empresa G – Crescimento em relação ao ano anterior.

2001 2002 2003 2004

Funcionários 13,4% -7,4% 17,9% -16,0%

Engenheiros + Tecnólogos + Técnicos 0,0% 18,8% 31,6% -12,0%

Faturamento 5,7% -12,1% 32,3% -13,7%

Faturamento / Funcionário -6,7% -5,1% 12,2% 2,7%

Fonte: Dados da Pesquisa

Na administração dos recursos humanos estimula-se o aprendizado dos técnicos da empresa pelo compartilhamento de conhecimentos entre os setores e unidades e pela ampliação dos contatos e interações com outras pessoas dentro e fora da empresa. A educação e o treinamento estão associados às necessidades da área imediata de trabalho do técnico e/ou às necessidades estratégicas da empresa. A evolução do salário dos técnicos na maioria das vezes está associada à aquisição de competências e não ao cargo ocupado. As habilidades e os conhecimentos recém adquiridos são aplicados e reforçados na prática do trabalho, mas nem sempre avaliados quanto a sua eficácia.. O escopo das responsabilidades dos cargos técnicos é, em geral, não abrangente.

Os processos de produção são executados, analisados e melhorados através do envolvimento de técnicos, de forma a assegurar que os produtos atendam aos requisitos operacionais e do cliente. Os processos de produção são monitorados pelos operadores do processo.

Para a empresa G a influência dos técnicos nos resultados da empresa está na aplicação das metodologias, no entendimento e análise da produção e melhoria dos indicadores. Também contribuem na redução de custos dos produtos.