• Nenhum resultado encontrado

ENCONTRO COM OS ENTREVISTADOS

No documento CAIO FLORIANO DOS SANTOS (páginas 74-77)

5 CAPÍTULO 3: A ENCHENTE DE 2008

5.1 ENCONTRO COM OS ENTREVISTADOS

Faremos esta caracterização entrevistado por entrevistado na ordem em que foram realizadas as entrevistas, pois, dessa forma, facilitaremos a compreensão de como aconteceu o processo da entrevista. Vamos a eles:

enchente e ela sempre nos falou que onde morava sofria constantes alagamentos. Durante a enchente a visitamos duas vezes na casa da filha onde ela estava abrigada e tentamos, de alguma forma, ajudá-la. Ela mora no loteamento Jardim Esperança, popularmente conhecido como Brejo, que fica localizado no bairro Cordeiros;

b) A segunda entrevistada foi Joana, que conhecemos por meio de Maria, que após a entrevista nos falou de uma colega de trabalho que havia perdido tudo durante a enchente, inclusive a casa. Posteriormente nos apresentou. Durante a enchente ela morava no bairro Espinheiros e por ter perdido a sua casa, durante a entrevista estava morando no bairro Cidade Nova, popular Promorar. Por escolha, a entrevista foi realizada em seu local de trabalho. Joana perdeu sua casa durante a enchente, mas quando fizemos a entrevista já morava de aluguel em outro bairro, pago com o auxílio moradia concedido pela prefeitura. Apesar desta mudança ter modificado bastante o seu dia a dia (por exemplo, ela ter que percorrer aproximadamente 10 Km de bicicleta para ir ao trabalho) no seu relato sobre a enchente Joana cita de forma vaga e superficial este acontecimento;

c) Conheci Juliana após a enchente, em um trabalho realizado na escola Professor Cacildo Romagnani, localizada no bairro Cidade Nova, popularmente conhecido como Promorar. Durante uma intervenção que foi feita após a enchente com objetivo de melhorar a escola, conheci esta simpática líder comunitária que estava sempre sorridente, apesar de durante a enchente ter perdido tudo, inclusive sua casa;

d) Júnior, durante a enchente, foi levado duas vezes até sua casa com mais ou menos 1,80 metros de água para que se certificasse de que estava tudo bem e que ninguém havia entrado na residência, que fica localizada no bairro Dom Bosco, muito próximo ao rio Itajaí-mirim (canal natural); e) Seu Zé foi uma pessoa que nos ajudou durante o trabalho de resgate.

Após sua família estar em segurança, resolveu sair e ajudar as pessoas que estavam precisando. Mora no Centro, próximo ao Supermercado Angeloni, local que foi bastante afetado pela água;

forma que o seu Zé, os dois moram no mesmo bairro;

g) Rosana, vamos dizer que “conhecemos por acaso”. Um dia estávamos conversando e falamos sobre o trabalho de pesquisa que estávamos desenvolvendo, ofereceu-se para ser entrevistada, uma vez que tinha vivenciado tudo. Ela mora no bairro São Judas, bem próximo ao rio Itajaí-mirim (canal natural);

h) Conheci Mário após a enchente por meio de conversas que tivemos para organizar um evento. Ele fazia parte de uma associação que estava ajudando e após muita conversa descobri que havia perdido todo seu material de trabalho. Ele mora e tem sua microempresa em um local que, em Itajaí, costuma-se dizer que não vai água, que é no bairro São João, próximo ao rio Itajaí-mirim (canal retificado);

i) Daniela, após a enchente, em conversas, contou-nos que havia passado por várias enchentes. Por isto, após algumas conversas marcamos a entrevista, que a pedido dela não foi gravada. Durante a conversa foi necessário parar por ela não estar se sentindo bem. Depois não quis continuar, mas autorizou que utilizássemos o que já havia sido realizado. É importante colocar que esta foi uma das menores entrevistas, tendo em vista um provável desconforto e emoção ao iniciar a conversa. Daniela confidenciou-nos, no entanto, fora da situação da entrevista, que perdera sua filha pequena na enchente de 83/84;

j) A entrevistada Elisa foi indicada por um conhecido que temos em comum. Ela é moradora do Bairro Cordeiros, no loteamento da Murta, região bastante atingida pela água em 2008. Sua entrevista foi realizada em seu local de trabalho, como solicitado, e não foi gravada para evitar o constrangimento da entrevistada, que alegou ter vergonha;

k) Conhecemos Deise por meio da entrevistada Joana, após o trabalho realizado na escola Professor Cacildo Romagnani. A entrevista foi realizada em sua residência que foi totalmente afetada pela água;

l) Conhecemos a entrevistada Susana por meio do entrevistado Junior, que nos apresentou-a. Depois de algumas conversas informais marcamos uma entrevista em sua residência.

direto durante a enchente. Um dia, em uma conversa, ela nos falou sobre o assunto e expusemos nossa proposta de pesquisa. Prontamente se dispôs a realizar a entrevista;

n) O entrevistado Rodrigo conhecemos no dia em que fomos entrevistar a Fernanda, no bairro Cordeiros, no Loteamento Jardim Esperança, chamado popularmente de Brejo. Ele, em tom de brincadeira, falou que também queria falar, então, perguntamos se não queria realizar a entrevista e ele concordou;

o) Neto conhecíamos antes da enchente e a entrevista começou de uma conversa sobre este tema. Quando começou a falar do assunto perguntamos se não poderia fazer uma entrevista, ele prontamente aceitou e naquele momento já a realizamos.

Procurei entrevistar, conforme colocado anteriormente, pessoas (moradoras) de diferentes bairros e/ou localidades do município, sendo eles: Cordeiros, São João, São Judas, Dom Bosco, Cidade Nova (Promorar), Espinheiros e Centro (ANEXO B).

No bairro Cordeiros, que é o mais populoso do município, fiz entrevista em dois loteamentos: Murta e Jardim Esperança. Este último conhecido popularmente como Brejo, por antigamente naquele local existir um banhado, o qual era o habitat de muitos sapos, que segundo se comenta na região, faziam uma espécie de “sinfonia” durante as noites, como comenta uma das entrevistadas.

No documento CAIO FLORIANO DOS SANTOS (páginas 74-77)

Documentos relacionados