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7 Ana Luiza Barreto Zapponi; Florence

5.3 O ENFERMEIRO COMO EDUCADOR EM SAÚDE

Segundo o estudo de Guerreiro e cols. (2014), associar o cuidado com as ações educativas objetiva compartilhar práticas e saberes em uma relação horizontalizada, onde o enfermeiro possa exercer seu papel de cuidador e educador, agregando ao seu saber-fazer o saber-fazer popular.

A partir disso, foi possível entender que para o autor, a educação em saúde é importante para o cuidado de enfermagem, uma vez que ela pode determinar como os indivíduos e as famílias são capazes de ter comportamentos que conduzam a um ótimo autocuidado.

Vale ressaltar que Zapponi e cols. (2015), em sua pesquisa, enaltece a importância no âmbito da detecção precoce do câncer de mama, que as ações dos profissionais enfermeiros se fazem mais do que necessárias pois o processo de trabalho que se observa nos dias de hoje desconhece o sujeito pleno que traz consigo além de um problema de saúde, certa subjetividade, uma história de vida, que são também determinantes do seu processo de saúde e doença.

Segundo o autor, o enfermeiro deve ter uma visão holística do cliente, fazendo prevalecer a solidariedade e benevolência para com o próximo, fazendo com que a humanização seja a base da profissão de enfermagem.

Para Guerreiro e cols. (2012), a educação em saúde é citada como necessária para um pré-natal de qualidade, principalmente, em gestantes primíparas, tendo em vista que essas não tenham experiência e careçam de muitas informações.

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Foi possível compreender que o autor acredita na importância do enfermeiro como educador em saúde, atuando no intuito de preparar o indivíduo para o autocuidado, respeitando as individualidades dos sujeitos envolvidos.

Em sua pesquisa, Kassada e cols. (2014), entendem que o enfermeiro, como integrante da equipe de saúde e como coordenador da equipe de enfermagem, está qualificado para realização do acolhimento das gestantes usuárias de drogas de abuso e deve preparar a equipe de enfermagem e os agentes comunitários de saúde para o enfrentamento deste fenômeno na comunidade, visando à promoção da assistência à saúde e à redução de danos.

Cabe salientar que a realização da educação em saúde é referenciada como papel do enfermeiro em grande parte dos relatos presentes no estudo. O conhecimento teórico, ou seja, o saber científico que o enfermeiro possui, permite que ela desenvolva atividades educativas mais detalhadas e aprofundadas, na obtenção de melhores resultados de prevenção de agravos à saúde da mulher.

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6 CONCLUSÃO

Considerando os resultados obtidos nesta pesquisa e com base na literatura utilizada, pode-se dizer que embora as revisões integrativas possibilitem a síntese de resultados de pesquisas relevantes, neste estudo foram encontradas poucas publicações que enfatizem às ações realizadas pelos enfermeiros no rastreamento e nas detecções precoces de agravos a saúde da mulher e as demais ações preconizadas pelo Ministério da Saúde.

Cita-se como limitação deste estudo a realização da busca em apenas duas bases de dados. Em grande parte dos artigos selecionados para a discussão onde ação foi referida, evidenciou-se a ênfase do papel educativo do enfermeiro no que diz respeito à orientação dessa prática.

Observou-se, então, que esse profissional pouco o executa e, que quando o faz, não segue todos os passos propedêuticos. Não houve menção de intervenções da enfermagem relacionadas à busca ativa ou à mulher como fator de risco elevado para o câncer.

A análise dos dados permite concluir que as ações do enfermeiro no rastreamento e detecção precoce ainda são frágeis devido à falta de sensibilização desses profissionais para a importância de se planejar de forma estruturada com relação a essas ações. A inclusão de saberes técnico-científicos faz-se necessária tanto nos cursos de graduação quanto nos processos de educação permanente, de forma a valorizar as ações propostas pelo Ministério da saúde para o controle desses agravos.

Dessa forma, é importante conhecer quem efetivamente é o sujeito do cuidado, para que a assistência possa ser oferecida de forma eficaz e satisfatória. Sugere-se que o enfermeiro assuma na sua prática assistencial a responsabilidade de participar na detecção precoce de anormalidades como parte da sua atribuição e compromisso profissional com a saúde.

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8 OBRAS CONSULTADAS

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Apresentação de trabalhos monográficos de conclusão de curso. 10ª edição. Niterói: EdUFF, 2012.

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