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Enquadramento Macro Económico

B. Actividade da Empresa

2. Enquadramento Macro Económico

Os trabalhos de implementação do SGI recomeçarão em Fevereiro de 2009, com o início da prestação de uma nova equipa de consultores, que vem reforçar os recursos e ferramentas disponíveis, sobretudo na vertente da Qualidade, bem como de uma assessoria da Administração para este fim, sendo o objectivo estabelecido pela Administração, submeter a candidatura à certificação nas componentes de Qualidade e Ambiente no final desse ano.

2. Enquadramento Macro Económico

Global

Em 2008 a economia mundial deverá ter crescido ente 3,4% e 3,7% (5% em 2007), como resultado da crise global que assola o mundo. A evidência da sobreavaliação generalizada de activos que suportavam muitas emissões de dívida ocasionaram, numa sequência vertiginosa e assustadora, a fragilidade do paradigma financeiro que sustentou o crescimento económico mundial nos últimos anos. A inevitável e consequente crise de confiança que se instalou, ocasionaram a queda das bolsas e a falência de algumas instituições financeiras e à subsequente intervenção

dos governos americanos e europeus tentando minimizar estes impactos O contágio desta crise na chamada economia real, levou ao desacelerar do crescimento económico em 2008 (com particular incidência no segundo semestre), sendo que as previsões para 2009 são ainda mais negras do que os dados reais já divulgados em 2008. Consequência do decréscimo da actividade económica é a diminuição da procura de petróleo e a inerente descida do seu

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2,000% 2,500% 3,000% 3,500% 4,000% 4,500% 5,000% 5,500% 6,000% 02-01-2008 02-02-200802-03-2008 02-04-2008 02-05-2008 02-06-2008 02-07-2008 02-08-2008 02-09-2008 02-10-2008 02-11-2008 02-12-2008 Euribor 6m TBA OT 10anos

preço nos últimos 5 meses do ano. Saliente-se que tendo em conta apenas os dados do quatro trimestre de 2008, muitas economias se encontram já em situação de recessão técnica.

União Europeia

De acordo com projecções macroeconómicas o PIB da zona Euro em 2008 deverá oscilar entre 0,8% e 1,2% (2,8% em 2007), sendo que as perspectivas no próximo ano serão de crescimento nulo ou negativo. O Banco Central Europeu, à semelhança de outros bancos centrais, no sentido de impulsionar o consumo e o investimento, e assim evitar ao máximo cenários de recessão, baixou por três vezes nos últimos três meses de 2008 as taxas de juro (50 pontos base (p.b) em Outubro e Novembro e 75 p.b. em Dezembro). A taxa de inflação da zona euro em 2008 deverá rondar os 1,6% (2,1% em 2007). O desemprego tem vindo a aumentar nos últimos meses do ano situando-se à volta de 7,8% (7,1% em 2007), e os índices das principais bolsas europeias fecharam o ano com quedas significativas, situações por si só indicativas do “arrefecer” da economia.

Portugal

O Produto Interno Bruto em Portugal deverá ser de aproximadamente 0,3% (1,9% em 2007), no entanto saliente-se que os valores apresentados para o PIB nos últimos meses do ano apresentam crescimentos nulos ou com tendência negativa. A desaceleração do PIB reflecte o abrandamento da procura interna, determinada pelo comportamento do investimento, que diminuiu, tal como as importações e as exportações, que também apresentam um decréscimo. O Banco de Portugal considera que a economia portuguesa entrou em recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de contracção do Produto Interno Bruto (PIB), na segunda metade de 2008.

A taxa de inflação em 2008 registou uma taxa de variação média de 2,6% (2,5% em 2007). Esta evolução é marcada pelo comportamento dos preços ao longo do ano, influenciados pela subida significativa do preço do petróleo até Agosto do corrente ano. No entanto, no final do ano, o índice de preços no consumidor (IPC) apresenta diminuições significativas. A taxa de variação homóloga do IPC em Dezembro situou-se nos 0,8% (1,4% em 2007), e entre Novembro e Dezembro de 2008, a variação foi de -0,5%, reflectindo a crise global que afecta a economia actualmente.

De acordo com inquéritos de opinião da Comissão Europeia, registou-se uma diminuição dos indicadores de confiança dos consumidores, com especial incidência no sector da indústria.

A taxa de desemprego em 2008 deverá ser equivalente à do ano anterior (7,4%), podendo fechar entre 7,6% e 7,8%, no entanto é expectável que este indicador sofra subidas consideráveis nos próximos dois anos.

O PSI20, principal índice da bolsa portuguesa, caiu 51% em 2008, registando a primeira queda em seis anos e a maior descida desde a sua criação. Uma queda que inverte a tendência de ganhos nos anos anteriores. As maiores descidas foram protagonizadas pelo grupo Sonae, com a SGPS a recuar 75%, a Sonae Indústria a desvalorizar 77% e a Sonaecom a perder 70%. Na construção, a Teixeira Duarte e a Mota Engil recuaram 71% e 53%, respectivamente, num ano em que a banca foi um dos sectores mais penalizados. O BCP desceu 69%, o BPI 66% e o BES 56%.

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Alentejo Litoral

Numa análise SWOT para a região Alentejo, o Alentejo litoral surge simultaneamente como um ponto forte e de oportunidade da região do Alentejo, figurado no Porto Sines que dispõe de condições físicas únicas a nível nacional.

O Porto de Sines tem uma localização privilegiada situando-se na confluência das principais rotas marítimas internacionais, constituído desta forma um pólo de oportunidades para os portos do sul da Europa. O porto apresenta características únicas, sendo um porto de águas profundas, aberto ao mar, com fundos naturais não sujeitos a assoreamento, permite a acostagem de navios de grande porte, estando em funcionamento 24 horas por dia, 365 dias por ano. Em simultâneo o porto está dotado de notáveis infra-estruturas marítimas possuindo 5 terminais (petroquímico, petroleiro, multipurpose e carga geral, gás natural e contentores) e 2 portos interiores.

Sines surge assim como uma zona de acolhimento empresarial de dimensão internacional, possuindo uma plataforma industrial e logística servida por uma rede viária, ligada à rede de auto-estradas nacionais e ligada à rede ferroviária nacional e internacional por via ferroviária electrificada.

Figura 56 - Sines como Zona de Acolhimento Empresarial

A zona para instalação industrial e logística, adjacente ao porto, possui um Master Plan, estrategicamente articulado com o desenvolvimento do porto e com os investimentos em infra-estruturas previstos, que surge como instrumento dinamizador e ordenador dos espaços e da localização das diferentes actividades económicas.

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Figura 58 - Pontos

Sines apresenta-se assim como uma solução para se desenvolver um sector de actividade que pode garantir maior eficiência à economia portuguesa, contribuído para o aumento de exportações e consequentemente para o reequilíbrio da balança comercial, com Espanha em particular.

Não podem no entanto ser ignorados os pontos fracos e as ameaças que o Alentejo Litoral apresenta. O passivo ambiental existente em Sines, constituído pelo depósito temporário de lamas Oleosas existente no Aterro de Sines e os eixos das redes fundamentais que faltam construir, são apontados como os principais pontos fracos desta sub-região. A Sustentabilidade da Paisagem e a Concorrência Internacional são apontados como duas potenciais ameaças para a região Alentejo, e das quais a Sub-região Alentejo Litoral não se isenta. Nestas matérias, o pólo industrial de Sines pode ser considerado como um dos agentes mais significativos face ao tipo e dimensão da indústria que acolhe e que só pode ser controlado através de um acompanhamento ambiental contínuo e tecnologicamente apurado que assegure a utilização racional dos recursos naturais e conservação e salvaguarda do património ambiental e paisagístico.

Fontes: INE, Augusto Mateus com base em dados do INE, EP e AICEP.

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