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Ensaio dielétrico em motores reenrolados

No documento ABNT NBR 5383-1 2002 (páginas 43-45)

17.3.1 Motores com os enrolamentos totalmente substituídos devem ser ensaiados com a tensão plena de ensaio prevista

para motores novos.

17.3.2 No caso de motores com os enrolamentos parcialmente substituídos ou apenas revisados, se o usuário e o executor

do reenrolamento concordarem em realizar o ensaio dielétrico, recomenda-se proceder como segue:

a) os enrolamentos parcialmente substituídos devem ser ensaiados com 75% da tensão de ensaio prevista para um motor novo. Antes do ensaio, a parte do enrolamento não substituída deve ser cuidadosamente limpa e seca;

b) os motores revisados, após limpeza e secagem, devem ser ensaiados com uma tensão igual a 1,5 vez a tensão nominal, com um mínimo de 1 000 V, se a tensão nominal for igual ou superior a 100 V e um mínimo de 500 V, se a tensão nominal for inferior a 100 V.

Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Tabela 4 - Tensões para o ensaio dielétrico

Item nº Motor ou parte do motor Tensão de ensaio

(Valor eficaz)

1

Enrolamentos isolados de:

a) motores de potência nominal inferior a 1 kW (1,4 cv) e de tensão nominal inferior a 100 V;

500 V + 2 vezes a tensão nominal b) motores de potência nominal inferior a 10 000 kW

(ou 14 000 cv), exceto os de a) 1); 1 000 V + 2 vezes a tensão nominal com um mínimo de 1 500 V (ver nota 2)

c) motores de potência nominal igual ou superior a 10 000 kW (ou 14 000 cv)1);

1

Tensão nominal2)

I) até 24 000 V: 1 000 V + 2 vezes a tensão nominal

II) acima de 24 000 V Sujeita a acordo entre fabricante e comprador

2

Enrolamentos secundários (usualmente de rotores) de motores de indução, não curto-circuitados

permanentemente (destinados a partida com reostato): a) para motores não reversíveis ou para motores reversíveis partindo somente do repouso;

1 000 V + 2 vezes a tensão em circuito aberto com o rotor parado, medida entre os anéis coletores ou entre os terminais secundários, com a tensão nominal aplicada aos enrolamentos primários.

b) para motores que podem ser invertidos ou frenados pela inversão da alimentação primária com o motor em funcionamento.

1 000 V + 4 vezes a tensão secundária em circuito aberto com o rotor parado, como definida em 2-a).

3 Grupo de máquinas e equipamentos novos instalados e ligados em conjunto.

A repetição do ensaio dielétrico nas diversas máquinas deve ser evitada, se possível, mas se um ensaio for realizado sobre tal grupo de equipamentos, em que cada um deles tenha sido submetido previamente a um ensaio dielétrico, a tensão de ensaio a ser aplicada a tal grupo deve ser 80% da tensão mais baixa aplicável a qualquer equipamento do grupo3).

1) O ensaio dielétrico em motores com isolação gradual deve ser objeto de acordo entre fabricante e comprador.

2) No caso de enrolamentos bifásicos com um terminal em comum, a tensão na fórmula deve ser a tensão eficaz mais elevada que

ocorre entre dois terminais quaisquer durante o funcionamento.

3) Para os enrolamentos de uma ou mais máquinas conectadas eletricamente, a tensão a considerar no cálculo da tensão de ensaio é

a tensão máxima para a terra.

18 Determinação do conjugado máximo 18.1 Generalidades

18.1.1 A seção 12 trata do ensaio de partida com o levantamento das curvas conjugado x velocidade e corrente x

velocidade. A primeira curva mostra os conjugados com rotor bloqueado mínimo de partida e máximo. Entretanto, quando o objetivo for apenas determinação do conjugado máximo de um motor de indução, recomenda-se adotar o método de medição direta com a aplicação gradual do conjugado resistente, através de um dinamômetro (freio) quando o motor estiver girando próximo à sua velocidade síncrona.

18.1.2 Para se obter bons resultados recomenda-se que a capacidade de carga nominal do dinamômetro não seja

superior a três vezes a do motor a ser ensaiado.

18.1.3 O valor do conjugado máximo não depende diretamente da temperatura do motor, mas o escorregamento, e

portanto a velocidade em que ele ocorre, dependem da temperatura. Recomenda-se não exceder a classificação térmica do motor durante o ensaio.

18.1.4 Na impossibilidade de se realizar este ensaio com a tensão nominal do motor, a corrente e o conjugado obtidos

com tensão reduzida devem ser corrigidos para a tensão nominal. A corrente é corrigida proporcionalmente à razão das tensões e o conjugado proporcionalmente ao quadrado da razão das tensões. Essa correção não leva em consideração o efeito de saturação do circuito magnético do motor.

NOTA - O conjugado e a corrente assim corrigidos geralmente apresentam valores inferiores aos verdadeiros valores obtidos com tensão nominal.

18.1.5 Para motores de indução de rotor bobinado, o conjugado máximo não depende da resistência de partida inserida

no rotor, e por isso a sua determinação é feita com as extremidades do enrolamento do rotor curto-circuitadas.

18.2 Procedimento de ensaio

18.2.1 Acopla-se o motor a um dinamômetro.

18.2.2 Quando o conjunto motor-dinamômetro estiver girando próximo à velocidade síncrona do motor, inicia-se a aplicação

gradual do conjugado resistente através do dinamômetro.

18.2.3 Para cada velocidade estável, próxima da região onde ocorre o conjugado máximo, são registrados simultaneamente

a tensão de linha, a corrente de linha, a velocidade e o conjugado. Esses registros devem ser feitos tão rapidamente quanto possível, a fim de não aquecer demasiadamente o motor. Recomenda-se a utilização de aparelhos registradores ou sistema de aquisição de dados. O maior valor do conjugado assim obtido é o conjugado máximo. Um pequeno aumento no conjugado resistente acima do conjugado máximo acarreta uma queda abrupta da velocidade de rotação, indicando ter sido ultrapassado o ponto de velocidade correspondente ao conjugado máximo do motor.

18.2.4 No ponto dos registros acima, desligar imediatamente o motor e, com o eixo parado em seguida, medir a resistência

do enrolamento para avaliar a sua temperatura média.

19 Ensaio de sobrevelocidade

Caso este ensaio seja especificado, ver NBR 7094.

20 Ensaio de nível de ruído

Caso este ensaio seja especificado, ver NBR 7565 e NBR 7566.

21 Ensaio de tensão no eixo e medição da resistência de isolamento do mancal

Correntes podem circular no eixo de motores de indução como conseqüência de tensões desenvolvidas eletromagneti- camente no eixo ou na carcaça. Em motores de indução, qualquer desequilíbrio nos circuitos magnéticos ou nas correntes de fase que circundam um eixo pode produzir um fluxo resultante do acoplamento indutivo com o sistema girante. Quando o eixo gira, este acoplamento indutivo pode produzir uma diferença de potencial entre as extremidades do eixo. Esta tensão é capaz de forçar a circulação de corrente num circuito formado pelo eixo, pela carcaça e utilizando os dois mancais para completá-lo. Se o mancal do lado oposto ao acionamento (ou ambos os mancais) é (são) isolado(s) da carcaça, o caminho condutor é interrompido pelo isolamento e a circulação de corrente no eixo desse motor é evitada. Se, entretanto, somente o mancal do lado do acionamento é isolado, a corrente pode ser capaz de circular utilizando o mancal do lado oposto em associação com um mancal não isolado do equipamento interligado para completar o circuito.

No documento ABNT NBR 5383-1 2002 (páginas 43-45)

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