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Verificou-se através do ensaio de dureza Brinell o efeito da soldagem na junta soldada. Realizou-se 5 impressões em cada região utilizando penetrador de 2,5 mm de diâmetro, segundo a norma ABNT NBR NM ISO 6506-1 de 2010. A Tabela 6 demostra os valores encontrados em cada região.

Tabela 6 – Resultados das impressões de dureza Brinell (HB)

Fonte: Autor, 2016.

Pode-se visualizar que a região da ZTA tornou-se a região mais dura da junta em relação as demais regiões, devido a fusão do metal de adição e do metal de base, o que causou modificação na estrutura cristalina, tornando-se mais dura, o material é suscetível a tempera mesmo sendo resfriado de forma extremamente lenta, como pode visualizar-se no diagrama TTT na Figura 26, o que causa o aparecimento de martensita, que é uma estrutura tetragonal de corpo de centrado (TCC) que em seus interstícios acumula carbono em excesso elevando a dureza do material. O metal de base também sofreu alteração dureza, em relação a nominal que é cerca de 170 HB, nota-se então um aumento de 65% na sua dureza, portanto pode-se afirmar que o material sofreu alteração na sua estrutura cristalina, o que causou o aumento de dureza do mesmo. Ponto 1 203 247 247 258 194 Ponto 2 212 237 247 247 212 Ponto 3 219 286 258 258 203 Ponto 4 212 286 237 243 212 Ponto 5 212 258 237 258 203 Media 211,6 262,8 245,2 252,8 204,8 Região 5 (HB) Região 4 (HB) Região 3 (HB) Região 2 (HB) Região 1 (HB)

5 CONCLUSÃO

Ao finalizar esta pesquisa, nota-se que o processo de soldagem adotado foi eficaz, e que os objetivos inicialmente propostos foram atendidos, pois através da análise dos dados obtidos nos ensaios mecânicos, perceber-se que o procedimento de solda adotado é valido e eficiente, segundo a norma de qualificação AWS D1.1.

Foram feitos cinco ensaios de dobramento, sendo que três dos corpos de prova testados, neste quesito, não apresentaram trincas na inspeção visual, e foram aprovados, porém os outros dois corpos de prova testados reprovaram, devido a ruptura da seção, que foi causada pela propagação de uma trinca gerada a partir de porosidades internas no cordão de solda. Notou-se que o procedimento adotado promoveu um aumento da resistência a trincas nos testes de dobramento, que inicialmente foram uma problemática apresentada como objetivo, pois trata-se de um material nobre, que quando submetido a processos de soldagem, tende a tornar- se frágil e suscetível a trincas, neste ensaio.

Nos ensaios de tração, percebeu-se um aumento significativo da tensão máxima de todos os corpos de prova, sendo que a ruptura destes foi no metal de base, demonstrado a resistência mais elevada do cordão de solda, o que aumenta a confiabilidade do procedimento adotado, e todos os provetes testados foram aprovados segundo a norma de qualificação adotada.

Nas impressões de dureza realizadas ao longo da seção transversal da junta, pode notar um aumento gradual da dureza, sendo que a região mais dura foi a região da ZTA, devido a fusão do metal de base com o metal de adição. No cordão de solda a dureza foi inferior à da ZTA, pois a concentração de carbono no eletrodo é menor que no metal de base, porém no metal de base notou-se aumento de dureza em relação ao valor nominal do material, causado devido a recristalização da microestrutura, o que a tornou mais dura, conforme mostrado no diagrama transformação tempo-temperatura (TTT).

Os valores de dureza obtidos determinam aplicação especifica, o que satisfaria, por exemplo, sua aplicação em pás de rotores de hidrelétricas, termoelétricas e de tubinas a jato, pois são locais onde exigem-se peças com elevado grau de resistência ao desgaste.

Este trabalho promoveu o desenvolvimento de uma metodologia eficaz de soldagem para os aços inoxidáveis martensíticos classe AISI 410, pois após analisar os resultados obtidos e julga-los segundo a norma de qualificação adotada, verificou-se a qualidade do método, e sua viabilidade na aplicação industrial.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO A

ANEXO B

DISCO DE CORTE FINO PARA AÇO INOX E MATERIAIS ENDURECIDOS 4.1/2"

Descrição

Utilizado no corte de aço inox, a linha de discos de corte fino da Tramontina Master é produzida e testada para garantir segurança e resistência. A ferramenta certa para você que trabalha na construção civil ou com pequenos reparos.

/ficha-tecnica-click">Ver Ficha Técnica deste produto (medidas, cores disponíveis, entre outros)

Dimensões extras (mm)

Referência Complemento A B C Peso s/ embalagem

(kg) Peso c/ embalagem (kg) 42592004 Tamanho: 4.1/2" 1,0 115,0 22,2 0,03 0,03 42592007 Tamanho: 7" 1,6 180,0 22,2 0,10 0,10 42592009 Tamanho: 9" 1,9 230,0 22,2 0,18 0,18 42592010 Tamanho: 10" 3,0 255,0 25,4 0,35 0,36 42592012 Tamanho: 12" 3,0 305,0 25,4 0,50 0,52 Orientações Gerais

- Use óculos, luvas de segurança, protetor auricular, máscara de proteção contra poeira e vestimentas adequadas de acordo com a tarefa a ser executada.

- Sempre manuseie e armazene os discos com cuidado.

- Antes da utilização, faça uma avaliação visual certificando-se que não haja danos ou trincas nos discos.

- Certifique-se que a velocidade do equipamento não exceda a velocidade máxima marcada nos discos. - Utilize flanges de tamanho igual e modelo apropriado para cada tipo de disco.

- Sempre utilize o protetor de segurança do equipamento.

- Sempre que utilizar discos novos, antes da operação trabalhe com a máxima rotação, sem carga, por um minuto em área protegida. Tal procedimento tem o objetivo de verificar a integridade dos discos. - Utilize apoio para os braços, se necessário.

- O ambiente de trabalho deve ser ventilado para evitar doenças respiratórias. - Não utilize discos que foram expostos a umidade e temperaturas extremas. - Não utilize discos que sofreram quedas ou que apresentem danos.

- No momento da montagem, não force os discos contra o equipamento ou altere o tamanho do furo central.

- Não aperte as flanges excessivamente.

- Não fique diretamente em frente aos discos durante a operação.

- Não utilize os discos para outros fins a não ser para os que foram projetados. - Armazene em local limpo e seco

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