• Nenhum resultado encontrado

6. MATERIAL E MÉTODOS

6.6 Ensaio de resistência da madeira de Hevea brasiliensis ao cupim de madeira seca

Cryptotermes brevis.

Os insetos selecionados correspondem aos cupins da madeira seca -

Cryptotermes brevis, da família Kalotermitidae. Eles foram coletados em mobiliário de

madeira Cordia trichotom (Louro-Pardo), numa fazenda localizada no município de Bofete/SP e também de colonias pré-estabelecidas em peças de madeira de Eucalyptus grandis fornecido pelo Departamento de Defesa Fitossanitária, Laboratório de Insetos Sociais-Pragas da UNESP/FCA de Botucatu/SP conforme mostra a Figura 13. Os insetos foram mantidos, em sala climatizada a uma temperatura de (25 ± 2)oC e umidade relativa de ar de (70 ± 5) %, seguindo as recomendações da norma ASTM 3345 (2008).

Figura 13. A) Procedimento da abertura das madeiras infectadas por Cryptotermes brevis; B) Detalhe da retirada do C. brevis dentro das galerias da madeira Eucalyptus grandis e C) Insetos inseridos na placa de petri para o reconhecimento entre indivíduos antes do ensaio cupim x madeira.

Foram coletados aproximadamente 6 colônias de cupins de madeira seca, apresentando em média cada uma de 100 a 250 indivíduos totalizando 1600 indivíduos. Os cupins foram retirados dos blocos de madeira colocados em placas de Petri, mantidas no escuro por aproximadamente 24 horas. E posteriormente, serem montados os ensaios sobre os corpos de prova de madeira controle e preservadas de seringueira.

6.6.1 Confecção e Preservação dos corpos de prova para experimento de cupim de madeira seca

A montagem do experimento baseou-se no Método IPT – N 0 1157 –

D/D2 DIMAD – 1980 Ensaio Acelerado de Laboratório da Resistência Natural ou de Madeira Preservada ao Ataque de Térmitas do Gênero Cryptotermes (Família Kalotermitidae) e na metodologia proposta em critérios de avaliação adptado pela norma ASTM 3345 - D (ASTM, 1990), perda de massa e danos causados a exposição aos termitas.

Para cada tipo de lenho (juvenil e/ou adulto) da madeira de Hevea

brasiliensis foram confeccionados corpos de prova cujo dimensionamento baseou-se na norma

(IPT, 1980), resultando nas dimensões de 23mm largura x 70mm comprimento x 10mm espessura, evidenciado em detalhes na Figura 7 da pg 60. Para cada tipo de lenho foram utilizados 20 corpos de prova pareados, perfazendo 10 repetições cada tratamento e determinado seus respectivos teores de umidade.

Para a determinação da umidade dos corpos de prova adotou-se o método gravimétrico, conforme NBR 6230 (ABNT, 1990). Foram selecionados 60 corpos de prova para determinar a massa no estado seco e úmido. O estado seco corresponde à constância de massa após a permanência em estufa na temperatura de (103 ± 1) oC. Utililou-se uma balança de precisão duas casas de centésimo de gramas, sendo determinada pelo cálculo percentual do teor de umidade através da equação (1) da pg 57.

Posteriormente parte dos corpos de prova tanto do lenho juvenil quanto do lenho adulto foram tratados com ingrediente ativo Ciflutrina (Tratamento 5 ) e com o ingrediente ativo Cipermetrina (C-10) (Tratamento 6), ambos apresentando soluções aquosa incolores.

A aplicação dos produtos presevantes sobre os corpos de prova foi realizada de acordo com as instruções da norma DIN 68800 (DIN, 1988), relativa à obtenção de retenção mínima de 75 g/m2. Para tal, realizaram-se imersões, de 60 segundos cada, como evidenciado anteriormente na Figura 10 da pg 66.

O período de absorção dos produtos químicos sobre os corpos de prova, estendeu-se por 7 dias, para garantir a fixação do preservante aplicado.

Após as etapas de tratamento químico, os corpos-de-prova já dimensionados com 70 mm x 23 mm x 10 mm foram inseridos em placas de Petri com diâmetro interno (d) de 88 mm, altura interna líquida (h) de 15 mm e volume interno líquido (V) de 116700 mm3, sendo unido aos pares sobre dois bastões de vidro com 3mm de diâmetro externo, para o lenho juvenil e adulto controle e os tratamentos químicos, para a instalação do experimento (madeira x cupim), como detalhado na Figura 14.

Figura 14. A) Inserção dos cupins de madeira seca no lenho juvenil e o detalhe dos corpos de prova unidos ao pares sobre os bastões de vidro e B) Contagem dos cupins para o ensaio inseridos no lenho adulto da madeira de Hevea brasiliensis.

Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente ao acaso, composto pelo Tratamento 5, Tratamento 6 e Controle (testemunha), sendo 10 repetições cada tratamento químico em seus respectivos lenhos juvenil e adulto.

Em cada repetição foram colocados 40 cupins, na proporção de 38 ninfas para 2 soldados por placa, na condição de câmara climatizada, ausente de fotoperíodo, sob a temperatura de (27 ± 2)0C e umidade relativa de (70 ± 2) %, por um período de 60 dias com observações em intervalos periódicos de dois dias.

6.6.2 Avaliação quantitativa e qualitativa do experimento (madeira x cupim)

Os resultados foram avaliados quantitativamente por perda de massa dos corpos de prova do Lenho Juvenil e Adulto da madeira de H. brasiliensis, antes e após o ensaio de resistência natural ao C. brevis conforme a equação (5).

100

¸

¹

·

¨

©

§



mi

mf

mi

PM

(5) Onde: PM= perda de massa, em %;

mi= massa inicial absolutamente seca (antes da exposição ao C. brevis), em g; e

mf= massa final absolutamente seca (após 60 dia de exposição ao C. brevis), em g.

E qualitativamente classificados por danos ocasionados por C. brevis de acordo com a norma IPT – N 0 1157 – D/D2 DIMAD – 1980, sendo considerados os

seguintes critérios para avaliação da eficácia dos produtos preservantes; mortalidade dos cupins e perfuração dos corpos de prova tratados, atribuindo notas que variam de 0 (zero) a 4 (quatro), com a seguinte relação: 0 = nenhum dano; 1 = dano superficial; 2 = dano moderado; 3 = dano acentuado; e 4 = dano profundo – correspondente ao desgaste observado na testemunha, para o dano provocado pelos cupins às madeiras. A variável resposta analisada foi o dano provocado pelos cupins.

Para a avaliação do comportamento e números dos cupins mortos, foi submetida à análise de variância. As comparações múltiplas das médias dos tratamentos químicos nos lenhos juvenil e adulto, tanto do número de cupins mortos, como dos danos causados, foram obtidas com aplicações de teste estatístico.