• Nenhum resultado encontrado

4 MATERIAL E MÉTODO

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.2 Ensaios definitivos

A análise da composição fenólica por HPLC para uma dada varietal pode demonstrar diferenças importantes entre vinhos, bem como identificar compostos característicos ou predominantes em determinadas varietais (ARCHIER; COEN; ROGERO, 1992). Considerando os dois grupos de compostos fenólicos, flavonóis (quercetina e rutina) e estilbenos (trans-resveratrol), verifica-se, na tabela 8, que os maiores teores foram registrados para os vinhos produzidos com uvas Petit Syrah, concordando com Adrian et al. (2000), no que diz respeito ao trans-resveratrol, ao afirmarem que as espécies Vitis e suas variedades diferem na habilidade para sintetizá-lo.

Tabela 8. Teores dos compostos bioativos em vinhos do Vale do São Francisco.

Compostos Bioativos (mg/L)**

Vinícolas Varietais Ano

de Produção Rutina Quercetina Trans - Resv.

1 CS 2002 - 2002 8,7 ± 0.5 ND*** 1,50 ± 0,04 2 CS - 2,2 ± 0,05 4,0 ± 0,2 1,08 ± 0,03 1 PS 2001 - 2002 57,4 ± 1,2 8,9 ± 0,5 2,50 ± 0,06 3 PS - 13,9 ± 0,3 13,1 ± 0,7 2,16 ± 0,05 4 PS 2001 - 2002 18,1 ± 0,4 ND 3,53 ± 0,09 5 PS 2001 - 2001 22,5 ± 0,5 3,0 ± 0,2 2,15 ± 0,05 2 PN 2003 - 2003 14,8 ± 0,3 ND ND * CS - Cabernet Sauvignon, PS- Petit

Syrah, PN, Pinot Noir

** Média de nove determinações *** ND – Não Detectado

Neste contexto, verifica-se que os vinhos de uvas Petit Syrah apresentaram teor mais elevado(3,53 mg/L) deste composto que os de Cabernet Sauvignon. Estes resultados também foram superiores aos referidos por Goldberg et al. (1996), em vinhos produzidos com a mesma cultivar, na Austrália e na Califórnia: 2,62 mg/L e 2,30 mg/L, respectivamente, embora Frankel e Teissedre (1995) tenham encontrado, em pesquisa anterior, teor de 2,24mg/L em vinhos da Califórnia, tanto nos produzidos a partir de Pinot Noir como de Cabernet Sauvignon (Figura 14).

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Espa nha Trans-Resveratrol (mg/L)

Cabernet Sauvignon Petit Syrah Pinot Noir

Figura 14 – Comparação entre os teores (mg/L) de Trans-resveratrol

encontrados em vinhos de diferentes regiões geográficas.

Por outro lado, estes resultados discordam das afirmações de Lamuela- Raventós et al. (1995) e Roggero e Archier (1994), segundo os quais vinhos produzidos com Pinot Noir e Cabernet Sauvignon costumam ser muito ricos em trans-resveratrol, embora esta contradição possa ser explicada pela influência das práticas enológicas (SIEMANN; CREASY, 1992) e aptidão genética, aliadas às

condições climáticas (ADRIAN et al. 2000) e, sobretudo, pelo fato de apenas um tipo de vinho dessa cultivar ter sido analisado nesta pesquisa.

A tabela 8 também evidencia uma variação nos teores dos compostos analisados entre as unidades produzidas pelas diferentes vinícolas, em relação à Petit Syrah. Estas variações podem ser decorrentes do estádio de maturação da uva, época da colheita (safras: 2001, 2002 e 2003), bem como das práticas enológicas empregadas.Segundo Jeandet et al.(1995) uma maceração durante sete dias com as cascas, a 25°C chega a aumentar em até dez vezes o teor de trans resveratrol, enquanto a utilização de PVPP(polivinilpirrolidina) na filtração pode diminuí-lo em até 90% (agliconas) e 10% (glicosídeos)(VRHVSEK, 1997). Diferenças também foram registradas entre vinhos das diferentes varietais quanto ao teor de quercetina, rutina e trans-resveratrol.

Concentrações elevadas de flavonóis geralmente são observadas em uvas não sensíveis (pele grossa), caracterizadas pela maior proporção entre pele e polpa, como Cabernet Sauvignon e Petit Syrah que, em condições adequadas de luminosidade, têm o amadurecimento favorecido (McDONALD et al. 1998). Entretanto, Price et al. (1995) encontraram teores de 35,0, 14,0 e 0,5 mg/L de quercetina em uvas expostas, moderadamente expostas e sombreadas, confirmando a influência da luz solar sobre a formação desse composto. Também em uvas de pele fina desta cultivar, o único vinho analisado (Tabela 8) apresentou 14,8 mg/L de rutina (glicosideo de quercetina), valor superior aos encontrados para a variedade Cabernet Sauvignon, inferior, no entanto, aos vinhos produzidos pela Petit Syrah. Estes resultados também foram inferiores aos encontrados por Frankel e Teissedre (1995) para vinhos de Cabernet Sauvignon (26,1 mg/L) (Figura 15), e 17,1 mg/L de

quercetina em vinhos da Califórnia (Figura 16) e para vinhos de Pinot Noir (4,4 mg/L de rutina e 12,9 mg/L de quercetina). Os vinhos produzidos com uvas Petit Syrah apresentaram teores de rutina que variaram entre 13,9 e 57,4mg/L, superando as concentrações encontradas nas demais cultivares estudadas e nos vinhos produzidos na Califórnia. Segundo Spayd et al,(2002), uvas Merlot expostas aos raios solares apresentaram teores maiores (quase dez vezes) de glicosídeos de quercetina(rutina), em relação às não expostas.

Figura 15 Comparação entre os teores (mg/L) de rutina encontrados em vinhos da

Califórnia(USA) e Vale de São Francisco (Brasil).

0 10 20 30 40 50 60 70 Rutina (mg / L)

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Afric a do Su l Chile Espanha Quercetina (mg/L)

Cabernet Sauvignon Petit Syrah Pinot Noir

Figura 16 Comparação entre os teores (mg/L) de quercetina encontrados em

vinhos de diferentes regiões geográficas

Goldberg et al. (1998) referem teores de 9,2 mg/L e 7,0 mg/L de quercetina em vinhos de Cabernet Sauvignon da Austrália e da Califórnia, respectivamente, ambos superiores aos encontrados nesta pesquisa. No que diz respeito a este composto, os valores encontrados (3,0 mg/L a 13,1 mg/L) nos vinhos de Petit Syrah são semelhantes aos referidos por Frankel e Teissedre (1995), em vinhos da Califórnia (13,2 mg/L) e superior aos da Austrália (10,8 mg/L) e da África do Sul (9,2 mg/L). Este fato decorre possivelmente da similaridade entre as condições climáticas, preponderantemente da luz solar, fator determinante na composição das bagas, que também se encontram na dependência da sensibilidade das varietais. De acordo com Goldberg et al. (1998), os países do Novo Mundo são notáveis pelas condições climáticas favoráveis para este cultivo, como calor, luz do sol e pouca

água; o que explica os elevados teores de fenólicos encontrados nos vinhos produzidos naqueles países. Sabe-se que, dependendo da cultivar, a atividade da PAL (enzima-chave na síntese de fenólicos) é estimulada pela exposição à luz do sol, contribuindo para o aumento de fenólicos (SMART, 1987).

Desta forma, as características sensoriais de qualidade e tipicidade dos vinhos são determinadas pela varietal e sua interação com o ambiente: condições edafo-climáticas e zona geográfica (BOBET, 2003; JACKSON; LOMBARD, 1993).

A interação da videira com este conjunto estável de traços ambientais naturais permite ao produtor melhorar e assegurar a qualidade do produto, safra após safra, identificando as varietais de maior adaptabilidade e aptidão genética com potencial para a biossíntese dos compostos fenólicos que conferem ao vinho propriedades funcionais.

6 CONCLUSÕES

A análise dos dados obtidos nas condições utilizadas nesta pesquisa permite concluir que:

• os vinhos tintos finos produzidos no Vale do São Francisco, com as varietais Cabernet Sauvignon e Petit Syrah apresentam teores consideráveis de quercetina, rutina e trans-resveratrol;

• os vinhos produzidos com a varietal Petit Syrah caracterizam-se por apresentar maior concentração de polifenóis de interesse biológico, independentemente da vinícola que os produziu;

• A concordância entre os resultados obtidos nesta pesquisa e os referidos para produtos similares de países com idênticas condições climáticas demonstram o potencial dos vinhos do Vale do São Francisco, em especial os produzidos com Petit Syrah como fonte dos compostos bioativos .

7 BIBLIOGRAFIA

ADRIAN, M. et al. Assay of resveratrol and derivative stilbenes in wine by direct injection HPLC. American Journal of Enology and Viticulture. v. 51, n. 1, p. 37- 41, 2000.

ARCHIER, P.; COEN, S.; ROGGERO, J. P. Composition phènolique de vins issues de monocépages. Sciences des Aliments, v. 12, p. 453-466, 1992.

BELGUENDOUZ, L.; FRÉMONT, L; GONZZELINO, M. T. Interaction of trans- resveratrol with plasma lipoproteins. Biochemical. Pharmacology. v. 55, p. 811- 816, 1998.

BOBET, R. Perspectivas de la industria alimentaria: bebidas derivadas de la

fermentación. Disponível em: http://www.acenologia.com/ciencia1.htm. Acesso em:

6/jun /2003.

BRAVO, J. M.; BRAVO, F. Valor higiênico – terapeutico de la quercetina y otros bioflavonoides del vino. Alimentaria, v, p.97-l3l, 1997.

BURNS, J. et al. Relationship among antioxidant activity, vasodilation capacity, and phenolic content of red wines. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 48, n. 2, p.220-230, 2000.

CREASY, L. L.; CREASY, M. T. Grape chemistry and significance of resveratrol: an overview. Pharmaceutical Biology, v. 36 (Supl.), p. 8-13, 1998.

CROZIER, A. et al. Antioxidant flavonols from fruits, vegetables and beverages: measurements and bioavailability, Biological Research, v. 33, n. 2, p. 1-24, 2000.

CROZIER, A. et al. Quantitative analysis of flavonoids by HPLC. Journal of

Chromatography A, v. 761, p. 315-321, 1997.

DARIAS-MARTIN, et al. Effects of skin contact on the antioxidant phenolics in white wine. Food Chemistry, v. 71, p. 483-487, 2000.

DELOIRE, A. et al. Grapevine berry phenolic compounds in relation with plant status.

Eco. Fru. Viti. Disponível em: http://infodienstmlr.bwl.de/la/lvwo/ecofruvit/contributions.htm>

Acesso em: 25 de jul 2002.

DOKOOZLIAN, N. K.; KLIEWER, W. M. The light environment within grapevine canopies description and seasonal changes during fruit development. American

DOKOOZLIAN, N.K. Influence of light on grape berry growth and composition varies during fruit development. Journal of American Society for Horticultural Science .n. 121,p. 869-874,1996.

DOUILLET-BREUIL, A.C. et al. Changes in the phytoalexins content of various Vitis ssp in response to ultraviolet C elicitation. Journal of Agricultural and Food

Chemistry ,v.47,p. 4456-4461,1999

DURÁN, R. M.; PADILHA, R. B. Actividad antioxidante de los compuestos fenólicos.

Grasas y Aceites, v. 44, n. 2, p. 101-106, 1993

ENOLOGIA sensorial. ACE. Disponível em: <http://www.rubes.es/ace/ dossier53.htm> Acesso em: 04.07.2002

FRANKEL, E. N. et al. Inhibition of oxidation of human low-density lipoprotein by phenolic substances in red wine. Lancet, v. 341, p. 454-457, 1993.

FRANKEL, E. N.; MEYER, A. S. Antioxidants in grapes and grape juices and their potential health effects. Pharmaceutical Biology, v. 36, (suppl), p. 14-20, 1998.

FRANKEL, E. N.; WATERHOUSE, A. L.; TEISSEDRE, P. L. Principal phenolic phitochemicals in selected California wines and antioxidant activity in inhibiting

oxidation of human low density lipoproteins. Journal of Agricultural and Food

Chemistry, v. 43, p. 890-894, 1995.

FRÈMONT, L. Minireview. Biological effects of resveratrol. Life Sciences, v. 66, n. 8, p. 663-673, 2000.

GAZZIANO J.M. et al. Moderate álcool intake, increased levels of high density lipoprotein and its subfractions, and decreased risk of myocardial infarction.The New

England Journal of Medicine, v.329, n.25, p.1829-1834, 1993.

GIBAULT, T. Des interactions bénéfiques entre les antioxidants, APRIFEL. Disponível em http://www/art_dev.php?rubrique=PREVENTION&s_rubrique= Biodisponibilité&index=60. Acesso em: 20 jan 2002.

GLORIES, Y. Caracterisation du potentiel phènolique: Adaptation de la vinification.

Progrès Agricole et Viticole, v.118, p. 347-351, 2001.

GOLDBERG, D. M. et al. Method to assay the concentrations of phenolic constituents of biological interest in wines. Analytical Chemistry, v. 68, p. 1688- 1694, 1996.

GOLDBERG, D. M. et al. Quercetin and p-coumaric acid concentrations in commercial wines. American Journal of Enology and Viticulture, v. 49, n. 2, p. 142-151, 1998.

GRYGLEWSKI, R. J. et al. On the mechanism of antithrombotic action of flavanoids.

Biochemical Pharmacology, v. 36, n. 3, p. 317-322, 1987.

GU, X. et al. Capillary eletrophoretic determination of resveratrol in wines. Journal

Agricultural and Food Chemistry, v. 47, p. 3223-3227, 1999.

HASLER, C. M. Alimentos funcionais: seu papel na prevenção de doenças e na promoção da saúde. Quackwatch Disponível em: <http://www.geocities.com/ guackwatch/dga.html> Acesso em: 18 ago. 2002.

HERTOG, M. G. L.; HOLLMAN, P. C. H. Potential health effects of the dietary flavonol quercetin. European Journal of Clinical Nutrition, v. 50, p. 63-71, 1996.

HOLLMAN, P. C. H. et al. Absorption and disposition kinetics of the dietary antioxidant quercetim in man. Free Radical Biology and Medicine, v. 21, n. 5, p. 703-707, 1996.

HOLLMAN, P. C. H.; HERTOG, M. G. L.; KATAN, M. B. Role of dietary flavonoids in protection against cancer and coronary disease. Bioactive Components of Food, v. 24, p. 785-789, 1996.

HUMMEL, A. K.; FERRE, D. C. Interaction of crop level and fruit cluster exposure on Seyval Blanc fruit composition. Journal of American Society for Horticultural

Science, v. 123, n. 5, p.755-761, 1998.

JACKSON, D. I.; LOMBARD, P. B. Environmental and management practices affecting grape composition and wine quality- a review. American Journal of

Enology and Viticulture, v. 44, n. 4, 1993.

JANG, M. et al. Cancer chemopreventive activity of resveratrol, a natural product derived from graps. Science, v. 275, p. 218-220, 1997.

JEANDET, P. et al. Effect of enological practices on the resveratrol isomer content of wine. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.43, p. 316-319, 1995.

JEANDET, P. et al. HPLC analysis of grapevine phytoalexin coupling photodiode array detection and fluorometry. Analytical Chemistry, v.69, p.51-72,1997

KANNER, J. et al. Natural antioxidants in grapes and wines. Journal of Agricultural

KENNEDY, J. Understanding grape berry development. Practical winery. Disponível em: <http://www.practicalwinery.com/julyaugust02/julyaug02p.14.htm. Acesso em: 2 nov. 2002.

KINSELLA, J. E. et al. Possible mechanisms for the protective role antioxidants in wine and plant foods. Food Technology, n.47, p.85-89, 1993.

KLIEWER, W. M. Influence of temperature, solar radiation and nitrogen on coloration and composition of emperor grapes. American Journal of Enology and

Viticulture, v. 28, n. 2, p. 96-103, 1977.

KOVAC, V.; ALONSO, E.; REVILLA, E. The effect of adding supplementary quantities of seeds during fermentation on the phenolic composition of wines.

American Journal of Enology and Viticulture, v. 46, n. 3, p. 363-367, 1995.

LAKATOS, A.; HEGEDUS, L.; SOUZA, A. H. Viti-vinicultura na região tropical. Recife: SEBRAE, 1996. 169p.

LAMUELA-RAVENTÓS, R. M.; ROMERO-PÉREZ, A. J.; TORRE-BORONAT, M. C.

Physiological properties of resveratrol isomers in wine: composition changes during processing. In: Chèze, C.; Vercauteren, J.; Verporte, R. Poliphenoles, wine

LAMUELA-RAVENTÓS, R. M.; ROMERO-PEREZ, A.; WATERHOUSE, A. L.; TORRE-BORONAT, M. C. Direct HPLC analysis of cis and trans resveratrol and piceid isomers in Spanish red vitis vinifera wines. Journal of Agricultural and Food

Chemistry, n.43, p.281-283, 1995.

LEIGHTON, F. P. et al. Vino y salud. Estudios epidemiologicos y posibles mecanismos de los efectos protectors. Revista Médica do Chile, n. 125, p. 483-491, 1997.

LÓPEZ, M. et al. Analysis of phenolic constituents of biological interest in red wine by HPLC. Journal of Chromatograpfy A, v. 922, p. 359-363, 2001.

LOUW, A. The occurrence of bitterness in wine: an overview. Winboer, 1999. Disponivel em: http://www.Winboer.co.za/. Acesso em: 7 jun 2002.

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.Lei n˚ 7678 .Diário Oficial da

República Federativa do Brasil, Brasília, 31 out.1988

MALÍK, F. Modern enology: quo vadis? Agriculturae Conspectus Scientificus, v. 66, n.1, p. 49-51, 2001.

MARTÍNEZ–ORTEGA, M. V.; CARCIA-PARRILLA, M. C.; TRONCOSO, A. M. Resveratrol content in wines and must from the South of Spain. Nahrung, v. 44, n. 4, p. 253-256, 2000.

MARTINEZ-VALVERDE, I.; PERIAGO, M. J.; ROS, G. Significado nutricional de los compostos fenólicos de la dieta. Archivos Latinoamericanos de Nutricion, v. 50, n. 1, p. 5-18, 2000.

McDONALD, M. S. et al. Survey of the free and conjugated myricetin and quercetin content of red wines of different geographical origins. Journal of Agricultural and

Food Chemistry, v. 46, p. 368-375, 1998.

MATTIVI, F.; RENIERO, F.; KORHAMMER, S. Isolation, characterization and evolution in res wine vinification of resveratrol monomers. Journal of Agricultural

and Food Chemistry, n. 43, p. 1820-1823,1995.

MELZOCH, K. et al. Resveratrol in parts of vine and wine originating from Bohemian and Moravian Vineyard regions. Agriculturae Conspectus Scientificus, v. 66, n.1, p. 53-57, 2001.

MILLER, A. L. Antioxidants flavonoids: structure, function and clinical usage. Alt.

Med. Rev., v. 1, n. 2, p. 103-111, 1996.

MIYAGI, Y.; MIWA, K.; INOWE, H. Inibition of human low-density lipoprotein oxidation by flavanols in red wine and grape juice. The American Journal of

PACE-ASIAK, C. R. et al. The red wine phenolics trans-resveratrol and quercetin block human platelet aggregation and eicosanoid sythesis implications for protection against coronary heart disease. Clinica Chimica Acta, v. 235, p. 207-219, 1995.

PAGANGA, G.; RICE-EVANS, A. The identification of flavonoids in human plasma.

FEBS Letters, n.401, p.78-82, 1997.

PALAZON, J.; CUSIDÓ, R. M.; MORALES, C. Metabolismo y significación biológica de los polifenoles del vino. ACE. Disponível em: <http:www.rubes.es/ace/ ciencia55_2.htn. Acesso em: 16 maio 2002.

PALOMINO, O. et al. Study of polyphenols in grape berries by reversed-phase high- performance liquid chromatography. Journal of Chromatography A, v. 870, p. 449- 451, 2000.

PAUL, B. et al. Biological control of Botryttis Cinerea causing grey mould disease of grapevine and elicitation of stilbene phytoalexin (resveratrol) by a soil bacterium.

FEMS Microbiology Letters, n.165, p. 65-70, 1998.

Pilar-Viñas , et al. Determination of phenols in wines by liquid chromatography with photodiode array and fluorescence detection. Journal of Chromatography A, v. 871, p. 85-93, 2000.

PEYNAUD, E. Conhecer e trabalhar o vinho, Lisboa: LDA, 1982.

POIKOLAINEN, K.; VARTIAINEN, E.; KORTHONEN, H. J. Alcohol intake and subjective health. American Journal of Epidemiology, v. 144, n. 4, p. 346-350, 1996.

PRICE, S. F. et al. Cluster sun exposure and quercetin in Pinot noir grapes and wine. American Journal of Enology and Viticulture, v. 46, n. 2, p. 187-194, 1995.

RAYERO, J. R. et al. Influencia del riesgo excessivo en la producion y en el contenido polifenólico de diferentes variedades viníferas. Enólogo. Disponível em: <http.//www.enologo.com/revista/n3/dossier.html.2002. Acesso em: 29 dez. 2002.

RENAUD, S.; LORGERIL, M. de. Wine, alcool, platelets, and the French paradox for coronary heart disease. Epidemiology, v. 339, p. 1523-1526, 1992.

REVILLA, E.; RYAN, J. M. Analysis of several phenolic compounds with potential antioxidant properties in grapes extracts and wines by high-performance liquid chromatography-photodiode array detection without sample preparation. Journal of

RICE-EVANS, C. A.; MILLER, N. J. Antioxidants activities of flavonoids as bioactives components of food. Biochemical Society Transactions, v. 24, p. 790-795, 1996.

RICE-EVANS, C. A.; MILLER, N. J.; PAGANGA, G. Antioxidant propertie of phenolic compounds. Trends Plant Science, v. 2, n. 4, p. 152-159, 1997.

RICE-EVANS, C. A.; MILLER, N. J.; PAGANGA, G. Structure antioxidant activity relationships of flavonoids and phenolic acids. Free Radical Biology and Medical, v. 20,n. 7, p. 933-956, 1996.

ROGGERO, J. P.; ARCHIER, P. Dosage du résveratrol et de l’um de sés glycosides dans lês vins. Sciences des Aliments, v. 14, p. 99-107, 1994.

ROGGERO, J. P.; ARCHIER, P.; COEN, S. Etude par CLHP des compositions phènolique et anthocyanique d’un mout de raisin en fermentation. Sciences des

Aliments, v. 12, p. 37-46, 1992.

ROGGERO, J. P.; ARCHIER, P.; COEN, S. Wine Phenolics analysis via direct injection: enhancement of the method. Journal of Liquid Chromatography, v.14, p. 533-538, 1991.

SCHULER, A. Controle estatístico. 4. ed. Recife: UFPE, Departamento de Engenharia Química, 2002a.

SCHULER, A. Cromatografia a gás e a líquido. 7 ed. Recife: UFPE: Departamento de Engenharia Química, 2002b.

SCHULTZ, H. R. et al. Is grape composition affected by current levels of UV- radiation? Vitis, n. 37, p. 141-192, 1998.

SERAFINI, M.; MAIANI, G.; LUZZI, A. F. Effect of etanol on red wine tanninprotein (BSA) interactions. Journal of Agricultural and Food Chemisty. n. 45, p. 3148- 3151, 1997.

SIEMANN, E. H.; CREASY, L. L. Concentration of the phytoalexin resveratrol in wine.

American Journal of Enology and Viticulture, v. 43, n.1, p. 49-52, 1992.

SMART, R. E. Influence of light on composition and quality of grapes. Acta

Horticulturae, v. 206, p. 37-45, 1987.

SMART, R. E.; SMITH, S. M. ; WINCHESTER, R. V. Light quality and quantity effects on fruit rippening for Cabernet Sauvignon. American Journal of Enology and

SMITH, H.; HOLMES, M.G. The function of phytochrome in the natural environment- 111. Measurement and calculation phytochrome photoequilibria. Photochemistry

and Photobiology, v. 25, p. 547-550, 1977.

SMITH, H. Light quality, photoreception, and plant strategy .Annual Review of

Plant Physiology v.33, p. 481-518,1982

SOLEAS, G. J.; DIAMANDIS, E. P.; GOLDBERG, D. M. Wine as biological fluid; history, production, and role in disease prevention. Journal of Clinical Laboratory

Analysis, v. 11, p. 287-313, 1997.

SPAYD, S. E. et al. Separation of sunlight and temperature effects on the composition of Vittis Vinifera cv. Merlot Berries. American Journal of Enology and

Viticulture,v. 53, n.3, p.170-182, 2002.

TEISSEDRE, P. L. et al. Inhibition of In vitro human LDL oxidation by phenolic antioxidants from grapes and wines Journal of the Science of Food and

Agriculture, v. 70, p. 55-61, 1996.

TODA FERNÀNDEZ, F. M. Viticultura de calidad: factores que afectam al contenido de compuestos fenólicos. ACE. Disponível em:<http:www. acenologia .com/ciencia59_1.htm. Acesso em: 26 dez. 2002.

VILLAINE, A. The 1998 vintage: climatic conditions and harvest. Disponivel em:http://www.wilsondaniels.com. Acesso em: 30 jul. 2002.

VIÑAS.,P. et al. Determination of phenols in wines by liquid cromatography with photodiode array and flourescence detection. Journal of chromatography A. v. 871, p. 85-93, 2000.

VINES and climate Disponível em: <http://jensenliquors.com/iclimate.htm>. Acesso em: 26 jun. 2002.

VRHOVSEK, U.; WENDELIN, S.; EDER, R.; Effects of various vinification techniques on the concentration of cis and trans – resveratrol and trans-resveratrol glycoside isomers in wine. American Journal of Enology and Viticulture, v.48, n.2, p. 214- 219, 1997.

WATERHOUSE, A. L.; LAMUELA-RAVENTÓS, M. R. The occurrence of piceid stilbene glucoside in grapes berries. Pergamon, v.37, n.2, p. 171-173, 1994.

ZHU, Q. Y.; HUANG, Y.; CHEN, Z. Y. Interaction between flavanoids and α – tocoferol in human low density lipoprotein. Journal of Nutritional Biochemistry, v. 11, p. 14-21, 2000.

ZOU, J. et al. Effects of resveratrol on oxidative modification of human low density lipoprotein. Chinese Medical Journal,v. 113, n.2, p. 99-102, 2000.

ANEXOS

ANEXO A

Tabela 9. Compostos encontrados em várias regiões geográficas

Composto Região CS PS PN Chile 7,3 ± 0,4 - 6,5 ± 0,4 França 4,6 ± 0,1 - 2,6 ± 0,1 Califórnia 7,1 ± 0,3 - 3,8 ± 0,2 Austrália 5,5 ± 0,1 - - Nova Zelândia 1,9 ± 0,1 - - Bulgária 1,2 ± 0,1 - - Espanha 3,0 ± 0,1 - - Oregon - - 1,9 ± 0,1 Quercetina Romênia - - 3,0 ± 0,1

Fonte: MCDONALD et al.1998.

Tabela 10. Compostos encontrados em várias regiões geográficas

Composto Região CS PS PN Australia 9,2 ± 1,0 10,8 ± 1,2 1,8 ± 0,6 Califórnia 7,0 ± 0,6 5,8 ± 0,9 5,0 ± 0,8 Canadá 3,1 ± 0,6 - 7,0 ± 0,1 Itália 2,1 ± 0,4 - - Midi e Provence - 5,8 ± 0,8 - África do Sul 5,8 ± 0,8 9,2 ± 1,3 2,7 ± 0,4 Quercetina América do Sul 6,4 ± 0,4 - -

Fonte: GOLDBERG et al. 1998.

Tabela 11. Compostos determinados em várias regiões geográficas

Composto Região CS PS PN

Penedes 1,55 - 8,0

Costers de Segre - - 2,26

Trans Resv.

Navarra - - 5,13

Fonte: LAMUELA – RAVENTOS et al .1995.

Tabela 12. Compostos determinados em várias regiões geográficas

Região Cultivar Rutina Quercetina Trans Resv.

CS 26,1 17,1 2,24

PS 31,7 13,2 2,24

Califórnia

PN 4,4 12,9 0,9

ANEXO B

Figura 17 – Estrutura dos flavonóides: X = OH; Quercetina: R1 = OH,

R2 = H; Kaempferol: R1 = H, R2 = H; Myricetina: R1 = R2 = OH. Flavonas: X = H; Apigenina: R1 = H, R2 = H; Luteolina: R1 = OH, R2 = H.

Fonte: HERTOG; HOLLMAM, 1995

Figura 18- Estrutura dos polifenóis: quercetina, rutina e trans-resveratrol estimados nesta pesquisa.

Fonte: GOLDBERG et al. 1996.

APÊNDICE A

APÊNDICE B

Amostras Trans - Resveratrol Cabernet

Documentos relacionados