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1. INTRODUÇÃO

2.2. Metodologia

2.2.6. Ensaios para validação

2.2.6.1. Ensaios simulados

Pode-se simular o funcionamento real de operação da máquina a partir de um modo de operação de simulação do SEC. Este modo de operação permite que o usuário force valores nas variáveis que compõem o programa, simulando o comportamento dos componentes físicos da máquina, tais como o sensor de velocidade, as lógicas de partida e o sensor de deslocamento.

Tendo isso em vista, ativa-se no SEC, o modo de operação de simulação e em seguida inicia-se a operação da IHM no Xvision. Neste modo de operação é iniciada a tela de operação da IHM e pode-se observar o funcionamento da mesma conforme os dados do SEC. Para simular a operação da máquina, conforme comentado anteriormente, é possível forçar um valor nas entradas das variáveis dos programas do SEC, com isso vê-se a resposta da IHM ao receber um sinal. Foi possível verificar que os gráficos apresentaram os resultados de forma adequada, tornando a visualização do andamento do ensaio ágil e prática. Na figura 36 vê-se o resultado de uma simulação na tela de gráficos.

Figura 36 - Simulação tela gráficos

Fonte: Autor (2021).

Além da tela do gráfico, observou-se um comportamento adequado dos mostradores com ponteiros. Ainda na tela dos mostradores com ponteiros, foi possível visualizar os dados de referências definidos pelo usuário e também realizar a partida e a parada da máquina com os botões posicionados na lateral direita da tela. Na tela de setpoint, foi possível alterar os dados de entrada, observando que os valores foram corretamente inseridos no SEC. Além disso, foi realizado o teste de parada automática. Ao atingir a referência definida pelo usuário, observou-se que o sinal de controle é levado a zero realizando assim a parada automática da máquina.

Validado o comportamento do software projetado no SEC e da IHM, tornou-se possível iniciar os ensaios funcionais. Estes ensaios consistem em validar o

funcionamento dos softwares com a CPX, garantindo que todos os sinais se comportem da forma esperada, conforme definido em projeto. Para dar início a esta atividade, fez-se, no primeiro momento, o processo de embarcar o novo programa aplicativo no controlador da Reivax, a CPXcan 3.0. Com o software instalado, fez-se a montagem e cabeamento do circuito de ensaio. Foi feita uma montagem em protoboard das placas ESP 32 e do potenciômetro que substitui o sensor indutivo. Em seguida, conectou-se a saída de tensão da placa ESP 32, na ISO02 e por fim as conexões elétricas desta com a CPX.

Feitas todas as conexões elétricas, inicia-se a operação do software embarcado na CPX com a utilização do SEC. Nesta etapa, objetiva-se verificar o estado de cada sinal que faz parte do programa projetado. Para realizar a comunicação entre a CPX e o laptop que opera o SEC é feita a conexão destes por meio de um cabo Ethernet. Para realizar a comunicação ambos devem estar configurados com o mesmo IP. Verificada a comunicação entre a CPX e o laptop com o SEC, pode-se iniciar a operação do ensaio. O primeiro sinal verificado é o de velocidade. Com o SEC operando, verifica-se, ao realizar o movimento do motor da máquina, a variação da leitura e consequente ganho de sinal na variável conectada à entrada digital que, por sua vez, conecta-se ao sensor indutivo de velocidade. O sinal foi corretamente lido pelo SEC, confirmando o funcionamento desta etapa do software. Verificou-se a leitura de deslocamento que neste momento é simulada com um potenciômetro em bancada. Novamente foi possível ler o sinal no SEC, o qual é recebido em uma das entradas analógicas da CPX. Foi possível comparar o sinal lido no SEC com o sinal de tensão no multímetro, conforme mostrado na figura 37, onde é possível ver a forma em que o sinal foi lido pelo multímetro, conectando-o diretamente ao ISO02. Ademais, vale observar que se faz o ajuste da saída de tensão da ISO02 para que este sinal seja adequado a leitura pela CPX. Este ajuste é feito em um conjunto de chaves instaladas no corpo do equipamento. Vale ressaltar que este sinal é relacionado a leitura de deslocamento do pêndulo.

Figura 37 - Ensaio com ISO02 e multímetro

Fonte: Autor (2021).

Além dos sinais lidos pela CPX, fez-se os testes com o sinal enviado pela CPX ao sistema. Este sinal, conforme comentado anteriormente, consiste em um sinal analógico, o qual, por sua vez, é responsável pelo controle de velocidade da máquina, bem como a partida e parada do inversor. O sinal de partida e parada da máquina está conectado a uma variável no SEC, a qual pode ser forçada a mudar de estado, fazendo com que o estado da saída mude, iniciando o procedimento de controle de velocidade. Para verificar esta mudança de sinal foi utilizado um multímetro conectado à saída analógica, observando a mudança da tensão ao alterar o estado da variável de partida e parada no SEC.

Em seguida, a fim de revalidar os ensaios com a IHM operando a CPX, inicia- se a mesma, define-se os pontos de limite de velocidade e deslocamentos teóricos. Após isto, ativa-se o botão de partida da máquina, verificando no SEC se foi alterado o valor da variável referente a esta operação. Com isso, inicia-se a variação do potenciômetro, verificando se há leitura em todas as telas da IHM. Verificada a leitura do sinal do potenciômetro, faz-se o teste do botão de parada de máquina, acionando o botão na tela da IHM observando a variação da variável relacionada a esta operação.

Para verificar o funcionamento da leitura de velocidade, repetiu-se a operação explicada nos parágrafos anteriores e constatou-se, na tela da IHM, que a leitura de velocidade é adequada. Este teste deu-se iniciando a operação da máquina com a verificação dos parâmetros e o sinal de partida no SEC. Observa-se que neste momento não foi feita a instalação do cabeamento para a operação automática do inversor, com isso liga-se o inversor de frequência de forma manual. Com a máquina operando, observa-se a leitura da velocidade nas telas projetadas, sendo que se vê a leitura nas três telas, confirmando o funcionamento da leitura de sinal pela CPX e correta integração entre ambos os softwares. Ao atingir a velocidade de disparo ocorre corretamente a alteração do sinal da variável responsável pela parada da máquina.

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