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TRATAMENTO DOS DADOS CONSTRUÍDOS

5 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

5.3 O ENSINO SUPERIOR DE GRADUAÇÃO NO IFFAR – CAMPUS JÚLIO DE CASTILHOS

Considerando as finalidades dos Institutos Federais, previstas no Art. 7º da Lei. 11.892/2008, a saber:

[...] I - ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados [...]; II - ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores [...]; V - estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional; e VI - ministrar em nível de educação

superior [...]. (grifo nosso)

Evidencia-se que a EPT também tem por finalidade a oferta do Ensino Superior, seja ele licenciatura, tecnologia ou bacharel, estando, inclusive, sujeitos às avaliações já previstas pelo Ministério da Educação, fvato este que evidencia o quanto o Instituto também necessita estar adaptado a essa realidade e atender as peculiaridades que esse nível de ensino exige.

Considerando a realidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) – Campus Júlio de Castilhos, o Campus já possuiu seis cursos superiores, sendo que desses, atualmente cinco cursos estão em atividade, uma vez que o Curso Superior de Bacharelado em Sistemas de Informação com início em 2012 teve sua oferta suspensa e está em processo de extinção, devido a baixa demanda de público. Abaixo segue uma tabela contando com as informações dos cinco cursos em atividade:

Tabela 1 – Cursos em atividade no IFFar – Campus Júlio de Castilhos

Nome do Curso Ano de Criação Portaria Reconhecimento MEC Bacharelado em Administração 2013 421 de 08 de maio de 2017.

Tecnólogia em Gestão do Agronegócio 2011 495 de 29 de junho de 2015.

Tecnólogia em Produção de Grãos 2010 297 de 09 de julho de 2013.

Licenciatura em Ciências Biológicas 2013 794 de 26 de julho de 2017

Licenciatura em Matemática 2009 297 de 09 de julho de 2013. Fonte: Adaptado de Planos Pedagógicos de Curso.

Organizado dentro dos Eixos Tecnológicos e/ou áreas de atuação do Campus Júlio de Castilhos, considerando os arranjos locais, o ensino superior no IFFar é orientado e regulamentado pelas Diretrizes Curriculares Institucionais Gerais e as Diretrizes Curriculares da Organização Didático-Pedagógica para os cursos superiores de graduação no Instituto Federal Farroupilha, previstas na Resolução do Conselho Superior Nº 13/2014 (IFFar, 2014b).

No IFFar o ingresso dos estudantes acontece através do SISU19 e editais complementares, atendendo a legislação vigente acerca das ações afirmativas para ingresso no Ensino Superior, buscando de fato atender a demanda local/regional e promover uma formação integral e que possibilite ao estudante seu imediato ingresso no mundo do trabalho ou prosseguir com seus estudos.

Ainda, devido a oferta da educação superior, o IFFar também passa pelo avaliação de curso conforme determina o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), o qual compreende a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes, sendo que dentro de todo esse contexto, a figura do Coordenador de Curso é não apenas essencial como indispensável para uma boa avaliação e funcionamento do curso, uma vez que, conforme a Portaria Normativa nº 040, de 12 de Dezembro de 2007, a qual institui o e-MEC20 e os procedimentos utilizados para avaliação do curso, há competências exclusivas do Coordenador de Curso no processo avaliativo.

Nesse sentido, para demonstrar os dados obtidos pelo Campus através dos relatórios de avaliação de curso, faz-se uma demonstração das notas auferidas em

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Sistema de Seleção Unificada é o sistema informatizado do Ministério da Educação por meio do qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem.

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Sistema eletrônico de fluxo de trabalho e gerenciamento de informações relativas aos processos de regulação, avaliação e supervisão da educação superior no sistema federal de educação.

cada Dimensão21 da avaliação do SINAES, bem como conceito final de cada curso, desde 2012, quando fora avaliado o primeiro curso. Friza-se que o Conceito de Curso está graduado em cinco níveis, cujos valores iguais ou superiores a três indicam qualidade satisfatória:

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Dimensões avaliadas: Dimensão 1 – Organização didático-pedagógica; Dimensão 2 – Corpo docente e tutorial; Dimensão 3 – Infraestrutura.

Figura 11 – Dimensões da Avaliação SINAES

A partir dos dados acima é possível perceber a evolução que o Campus Júlio de Castilhos atingiu desde sua primeira avaliação, especialmente na Dimensão 3 (Infraestrutura) que em 2012 alcançou nota muito baixa, mas que nas avaliações posteriores logrou quase nota máxima, demonstrando que houve investimento e preocupação em melhorias, destacando-se a infraestrutura da biblioteca, a qual conta com acervo completo para todos os cursos.

Ainda, a Dimensão 1 (Organização didático-pedagógica) é aquela que recebeu mais vezes notas três, a qual representada pelo Projeto Pedagógico de Curso, perfil do egresso, estrutura curricular e outros, questões que dependem do estudo e aprimoramente advindo das ações do Núcleo Docente Estruturante de cada curso, em conjunto com a Reitoria.

O objetivo central do processo avaliativo de curso é promover a realização do projeto Institucional, indo ao encontro da ideia de satisfação pública, orientação de políticas internas e externas, autoconhecimento Institucional, ao passo que dentre os desafios Institucionais encontra-se o foco em manter e melhorar sempre as avaliações, com busca à excelência em todos os indicadores.

A avaliação Institucional precisa ser encarada como impulsionadora de mudanças e aprimoramentos no processo estudantil de promoção do conhecimento, engajando-se na formação de cidadãos e profissionais éticos e comprometidos com o meio social. Trata-se, pois, de sustentar as ações em prol de uma gestão democrática e autônoma, consolidando os valores Institucionais e, a partir da avaliação do SINAES, obterem subsídios para ações internas e (re)formulações do Projeto de Desenvolvimento Institucional, estudando-se quais os pontos a serem aprimorados e de que maneira a qualidade dos cursos pode ser assegurada.

Assim, ante esse breve histórico do Ensino Superior no Campus Júlio de Castilhos, bem como a experiência da pesquisadora frente à Coordenação de Registros Acadêmicos, é possível auferir que a oferta e desenvolvimento das ações que ensino que repercutem diretamente na formação discente estão sendo plenamente atendidas e sempre que necessário revistas, com o intuito de promover uma educação para todos e que contribua com o êxito dos estudantes.

6 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA COORDENAÇÃO DE CURSO SUPERIOR