• Nenhum resultado encontrado

3. Apresentação e Análise de Dados

3.1. Entrevista à docente

A entrevista (Apêndice II) efetuada à professora titular de uma turma do 1º ano do 1º

Ciclo do Ensino Básico tinha como objetivo conhecer a utilização das TIC como recurso

para a aprendizagem da leitura e da escrita, no contexto de uma sala de aula do 1º ano do

1º Ciclo do Ensino Básico.

Através das primeiras questões inseridas no Bloco II do guião (primeiro objetivo), a

obtiveram-se informações como a idade da mesma, os anos de serviço que possui, a sua

formação de base e os anos em que se encontra a trabalhar na escola atual.

Neste sentido, de seguida são apresentadas por tema com as categorias que derivaram,

bem como subcategorias e a frequência das respetivas unidades de registo do resultado

da entrevista (complemento em Apêndice III).

Tema: Aspetos referentes à formação na área das TIC

Do Bloco II, as questões que abordam a formação especifica na área das TIC deram

origem ao primeiro tema que diz respeito aos aspetos referentes à formação da docente

na área das TIC. Na Tabela 8 (à semelhança da Tabela 3 que apresenta a frequência das

unidades de registo), mostram-se duas categorias. Uma denominada de “Formação

específica”, da qual deu origem à subcategoria “Inexistente”, uma vez que a inquirida

respondeu que nunca teve formação na área das TIC, que tudo o que aprendeu foi por

iniciativa própria e ajuda dos filhos, “Não tive. Foi de cabeçada (…). O meu filho também

me ajudou”. Acrescentou que não tem igualmente formação no âmbito da integração das

TIC no processo de ensino-aprendizagem aprendizagem de alunos do 1º ano do 1º Ciclo

do Ensino Básico, à qual a resposta foi igualmente negativa, “Também não.”.

A segunda categoria identificou a necessidade de formação, onde a docente, apesar de ter

demonstrado que esse tipo de formações não seria das suas prioridades, respondeu que

tem essa necessidade, mas que no entanto preferia que esta fosse numa vertente mais

prática e menos a nível de conhecimentos teóricos, para que quando terminasse a

formação soubesse como aplicar os adquiridos, “Sim, mais virada para a prática e não

tanto para o conhecimento empírico.” e completou “(…) ajudaria em muito se fizessem

as formações para os professores numa vertente mais prática, porque um professor ao ir

a uma formação procura adquirir formas de execução e não de teorização.”.

Tabela 3 – Frequência de aspetos referentes à formação da docente na área das TIC

Categoria Subcategoria Frequência de Unidades de Registo

Formação específica Inexistente 2

Necessidades de

formação

Virada para a prática 2

Fonte: Entrevista à docente.

Tema: As TIC na atividade letiva do 1º Ciclo do Ensino Básico

As questões pertencentes ao Bloco III foram repartidas por três temas: as TIC na atividade

letiva do 1º Ciclo do Ensino Básico; utilização de recursos TIC no desenvolvimento da

leitura e da escrita nos alunos do 1º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico; propostas a

introduzir que facilitem a ação educativa da docente.

Relativamente ao primeiro tema (Tabela 9, à semelhança da Tabela 4 que apresenta a

frequência das unidades de registo), derivaram cinco categorias, cada uma com as suas

respetivas subcategorias. A primeira categoria referente à importância das TIC no 1º ano

do 1º Ciclo do Ensino Básico, onde se obteve como resposta a valorização das TIC neste

contexto, “Atribuo algum valor (…)”. A segunda categoria diz respeito a situações

pedagógicas, onde a inquirida referiu que que utiliza o computador, eventualmente o

leitor de CD e utilizou uma única vez o projetor. As finalidades do uso destes recursos

foram diversos, tais como:

¾ Computador – para mostrar, explicar e pesquisar alguma coisa, para os alunos

utilizarem o processador de texto, ouvirem uma história ou uma música.

¾ Leitor de CD – para os alunos ouvirem uma música.

¾ Projetor – para a exposição de uma mãe que foi à sala falar sobre Angola.

“Utilizo o computador para mostrar alguma coisa (…), explicar (…), o leitor de cd para

ouvirem música (…), o projetor só recorri uma vez para a exposição da mãe de um dos

alunos que veio falar sobre Angola.”

A terceira categoria diz respeito às área curriculares em que as atividades com recurso às

TIC decorrem, que são o Estudo do Meio, “(…) principalmente para o Estudo do Meio,

para mostrar ou pesquisar qualquer coisa.”, e o Português, “(…) o Português para ouvirem

Contudo, não foi referida como sendo das preferidas, mas ao recorrer a músicas, de forma

mais ou menos direta, também se desenvolve a área da Expressão Musical.

Na quarta categoria, a docente mencionou que utiliza este tipo de recursos porque lhe é

favorável fazê-lo quando quer contar uma história não precisa fazê-lo, recorre ao

computador, “O contar uma história não preciso ser eu a contá-la (…)”; o mesmo acontece

quando quer utilizar uma música em vez de cantá-la, usa ou o computador ou o leitor de

CD, “Como não tenho jeito para cantar também é mais fácil vir ao computador e pôr a

música ou utilizar mesmo o leitor de cd.”. Uma outra das razões referidas pela inquirida,

é o facto de ser no 1º ano que os alunos têm os primeiros contactos com objetos, materiais

e conteúdos, e para facilitar a aprendizagem precisam de uma representação real/concreta,

“(…) é mais fácil para eles terem uma visão do que se está a falar, do que fazer só uma

descrição e eles como não conhecem ficarem na mesma sem perceber.”, e, ao recorrer ao

computador, aos alunos aperceberem-se de que este não serve só para os jogos, “(…)

apercebem-se que não tem só parte lúdica.”.

A última categoria refere-se à organização/planeamento das atividades com o recurso às

TIC, onde a docente mencionou fazer dois tipos de posturas de planeamento: pré ativa e

interativa. A primeira diz respeito a um planeamento previsto e estruturado previamente,

“Se for para mostrar qualquer coisa já trago preparado.”, que á baseado em lógica, ciência

e experimentação e que se pode controlar os efeitos que o futuro causa na organização

(Certificação Digital Nº 0116497/CA

7

). A segunda surge no momento de forma

espontânea para auxiliar o desenrolar de um conteúdo, geralmente emerge de uma

insatisfação com o estado atual, “Se for de momento, uma dúvida que surja também

utilizo.”, procurando eliminar problemas e criar oportunidades de aprendizagem para os

alunos (Certificação Digital Nº 0116497/CA

8

).

Tabela 4 – Frequência da TIC na atividade letiva do 1º Ciclo do Ensino Básico

Categoria Subcategoria Frequência de Unidades de Registo

Importância das

TIC

Valorização 2

Fonte: Entrevista à docente.

7 Certificação Digital Nº 0116497/CA. Consultado a 10 de julho de 2014 através de http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/3625/3625_4.PDF.

Tabela 4 - Frequência da TIC na atividade letiva do 1º Ciclo do Ensino Básico (Cont.)

Categoria Subcategoria Frequência de Unidades de Registo

Situações

pedagógicas

Demonstração 1

Explicação 1

Audição de música 1

Exposição 1

Áreas Curriculares Estudo do Meio 2

Português 1

Razões para utilizar Ajuda na atividade

docente

3

Contar histórias 1

Facilitação das

aprendizagens

2

Organização de

atividades com o

recurso às TIC

Planificação pré ativa 1

Planificação

interativa

1

Fonte: Entrevista à docente.

Tema: Utilização de recursos TIC no desenvolvimento da leitura e da escrita nos alunos

do 1º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico

O terceiro tema (Tabela 10, à semelhança da Tabela 5 que apresenta a frequência das

unidades de registo) é específico na abordagem da leitura e da escrita com recurso às TIC

no 1º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico, que é apresentado em três categorias. A primeira

diz respeito à importância destes recursos para a aprendizagem da leitura e da escrita e

respeita à primeira questão do Bloco IV, à qual a inquirida afirmou que considera

importante, “Acho importante (…)”. A segunda categoria, inserida ainda no Bloco III,

diz respeito especificamente à leitura e à escrita, a docente referiu que no

ensino-aprendizagem do Português recorre ao computador para o promover, “(…) para ouvirem

uma história, utilizarem o processador de texto que poucas, mas chegaram a utilizar.”.

Por último, é referida como categoria as dificuldades sentidas na realização de atividades

para desenvolver a leitura e a escrita, onde a inquirida mencionou o número de alunos, a

existência de poucos recursos, a inacessibilidade à sala de computadores, os poucos

conhecimentos dos alunos e o facto da própria docente ter as suas próprias limitações,

“São muitos alunos (…), poucos recursos (…)”, “(…) não existe uma sala de

computadores acessível.”, “Os conhecimentos deles também são muito poucos.” e “(…)

as minhas próprias limitações.”.

Tabela 5 - Frequência da utilização de recursos TIC no desenvolvimento da leitura e da escrita nos alunos do 1º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico

Categoria Subcategoria Frequência de Unidades de Registo

Importância Valorização 1

Leitura e Escrita Recurso ao

computador

1

Dificuldades Número de alunos 1

Número de recursos 1

Sala de computadores 2

Conhecimentos dos

alunos

1

Conhecimentos da

docente

1

Fonte: Entrevista à docente.

Tema: Propostas a introduzir que facilitem a ação educativa da docente

O último tema denominado de “Propostas a introduzir que facilitem a ação educativa da

docente” (Tabela 11, à semelhança da Tabela 6 que apresenta a frequência das unidades

de registo), deriva da última questão do Bloco III, a mesma deu como resposta que a sua

principal alteração seria quanto ao tamanho das turmas, “A principal que gostaria era as

turmas serem mais pequenas.”, e que também ajudaria se os alunos que não tivessem

adquirido os conhecimentos necessários não transitassem (salva as situações de

reprovação por faltas), “(…) aqueles alunos que não adquiriram as competências

Tabela 6 - Frequência de propostas a introduzir que facilitem a ação educativa da docente

Categoria Subcategoria Frequência de Unidades de Registo

Modificações/Adapt

ações

Tamanho das turmas 1

Reprovação de alunos 1

Fonte: Entrevista à docente.

Documentos relacionados