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ENUMERAÇÃO DOS ORGANISMOS CULTIVÁVEIS DE RLCNC100 E DE RLCNC50

4.3. ENSAIO DE BIOLIXIVIAÇÃO

4.3.6. ENUMERAÇÃO DOS ORGANISMOS CULTIVÁVEIS DE RLCNC100 E DE RLCNC50

4.3.6.1. AMOSTRA RLCNC100

A amostra RLCNC100 é caracterizada por, na sua constituição, conter 1000 ml da amostra original (RLCNC), e ainda 10 g do concentrado de cobre proveniente da exploração mineira do caso de estudo. Ao contrário dos resultados obtidos aquando da caracterização da amostra original (RLCNC), no dia 0, a amostra RLCNC100 apresentou menor abundância de bactérias quimio-organo-heterotróficas (PCA, 8,0x102 UFC/ml) do que quimio-lito-autotróficas (DSMZ 71, 2,3x105 UFC/ml). Uma vez que as

amostras RLCNC e RLCNC100 apenas diferem na data da análise, 30 de março de 2015 e 17 de abril de 2015, respetivamente, estes dados parecem sugerir que durante o armazenamento da amostra no laboratório, geraram-se condições que favoreceram o desenvolvimento dos organismos quimio-lito- autotróficas cultiváveis, que aumentaram cerca de duas ordens de grandeza nesse intervalo de tempo. Em oposição, as condições de armazenamento pareceram desfavorecer a população quimio-organo- heterotróficas, que nesse período de tempo decresceu cerca de uma ordem de grandeza de (PCA, 5,4x103

UFC/ml) para a contagem (PCA, 8,0 x102 UFC/ml) (tabelas 6 e 13). A seguinte tabela indica as

contagens realizadas para ambos os meios de cultivo.

Tabela 13 - Contabilização das unidades formadoras de colónias por ml de amostra RLCNC100 no instante t=0

dias para os diferentes meios de cultivo para tempos de incubação de um, cinco e dez dias.

Tempo de incubação (dias) Meio de Cultivo PCA (UFC/ml) Meio de Cultivo DSMZ 71 (UFC/ml)

1 6,0x102 <1

5 8,0x102 2,1x104

10 8,0x102 2,3x105

A morfologia colonial da amostra RLCNC foi semelhante à das colónias da amostra RLCNC100, visto que a única diferença reside no fato de que estas foram sujeitas a espalhamento em datas diferentes. Porém, poderiam existir diferenças tendo em conta de que, no período de tempo entre os espalhamentos, a amostra armazenada poderia sofrer alterações relativamente aos organismos então presentes.

4.3.6.2. AMOSTRA RLCNC50

Esta amostra (RLCNC50) apresenta relativamente à amostra anterior metade da quantidade da amostra de estudo (RLCNC), 500 ml de meio mineral e ainda 10 g de concentrado de cobre. Identicamente ao realizado anteriormente, após a técnica de espalhamento em meio PCA e meio mineral e posterior tempo de incubação para a possibilidade de crescimento bacteriano. Visto que esta amostra é bastante idêntica à anterior tendo apenas como diferença o facto de estar diluída (pela colocação de 500 ml de meio mineral), os resultados das contagens para cada diluição realizada à partida deveriam ser diferentes das contagens da amostra anterior. Este facto foi verificado visto as contagens realizadas para esta amostra apresentarem uma abundância de bactérias quimio-organo-heterotróficas menor do que na amostra RLCNC100, o que não foi verificado para o meio onde crescem bactérias quimio-lito-autotróficas. A tabela seguinte indica as contagens efetuadas para a amostra aqui estudada.

Tal como descrito acima para a amostra RLCNC100, verificou-se que o número de unidades formadoras de colónias da amostra RLCNC50 baixou para níveis inferiores a 10 UFC/mL ao longo do período de incubação, em ambos os meios.

Tabela 14 - Contabilização das unidades formadoras de colónias por ml de amostra RLCNC50 no instante t=0

dias para os diferentes meios de cultivo para tempos de incubação de um, cinco e dez dias.

Tempo de incubação (dias) Meio de Cultivo PCA (UFC/ml) Meio de Cultivo DSMZ 71 (UFC/ml)

1 3,8x102 <1

5 4,0x102 1,9x105

10 4,0x102 2,6x105

4.3.6.3. AMOSTRA RLCNC_CONTROLO

A amostra RLCNC_CONTROLO é caracterizada por conter exclusivamente 1000 ml de meio mineral líquido e 10 g de concentrado de cobre. Esta solução foi desenvolvida com o objetivo primordial de servir como controlo na quantificação de metais em solução no processo de biolixiviação e ainda para certificar a ausência de crescimento de comunidades bacterianas em meio de cultivo, de forma a descartar a existência de possíveis contaminações.

Para esta amostra foram efetuados três espalhamentos, espalhamentos esses que tiveram como fator diferenciador entre si a diluição utilizada, para a o primeiro foi usada a amostra pura (sem diluição), no segundo o fator de diluição utilizado foi 1:10 e por fim o terceiro e último espalhamento teve como fator de diluição 1:100.

Findo o período de incubação previamente estabelecido, como expectável e pretendido verificou-se que não existiu atividade nem crescimento bacteriano em nenhuma das placas sujeitas a espalhamento. Este processo foi efetuado para o dia 0 de incubação e para o dia 40 de incubação, ambos mostraram os mesmos resultados.

Relativamente à abundância dos organismos cultiváveis ao longo do ensaio de biolixiviação, podemos constatar que estes diminuíram ao longo do período de incubação. Esta tendência verificou-se quando foram efetuados espalhamentos destas mesmas amostras para o dia 20 e para o dia 40 de incubação. Os resultados das enumerações nesta seção dizem respeito ao dia 0 de incubação. Os espalhamentos realizados no dia 20 do período de incubação não se mostraram conclusivos, visto que apenas se formaram seis colónias de bactérias na primeira diluição em meio PCA (colónia que foi devidamente isolada mas sem resultado válido no processo de eletroforese efetuado), ou seja, é confirmada a tendência da diminuição da quantidade de organismos tanto para meio mineral como a para meio PCA. Em relação às colónias desenvolvidas, constatou-se que estas apresentavam um tamanho muito inferior relativamente às colónias desenvolvidas anteriormente. Nas placas com mineral não foi observado, a olho nu, o desenvolvimento de cultiváveis. Para o dia 40 de incubação, tanto para meio mineral como para meio PCA não foram observados o crescimento de cultiváveis. Estes resultados parecem confirmar a tendência de decréscimo dos organismos quimio-organo-heterotróficos durante o processo de biolixiviação e do aumento de organismos quimio-lito-autotróficos.

4.3.7. ISOLAMENTO DOS ORGANISMOS CULTIVÁVEIS DE RLCNC100 E DE

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