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ENVELHECIMENTO E SEXUALIDADE

ENCONTRO COM ESPECIALISTAS

22 de março de 2019

O SEXO TEM IDADE, MAS, O DESEJO NÃO...

Simone Ganem Assmar Santos Considerando o que mostra a pirâmide das idades com relação ao aumento progressivo da população idosa, marcadamente, nos países que conseguiram aumentar a esperança de vida do sujeito, por intermédio dos progressos científicos, tecnológicos e do cuidado com o meio ambiente, surge um novo olhar voltado para essa camada da população que passa a exigir maior atenção de toda a sociedade. Outrossim, existe uma particularidade marcante nessa etapa da vida que é o modo com o qual o sujeito vivencia, de forma heterogênea, as suas experiências já que cada pessoa constrói a sua história com suas próprias características. Falar sobre a sexualidade da pessoa idosa é colocar a questão envolta em várias nuances que, se por um lado, vem sendo motivo de estudos e discussões em várias áreas do conhecimento, por outro lado, nesse século de tantos avanços e igualmente de tantos retrocessos, esse tema está contaminado por preconceitos e ideias culturais interiorizadas que, ao persistirem, podem recalcar os desejos do indivíduo. Diante de uma moral sexual ainda tão paradoxal, falo de um lugar no qual está implícito um projeto político de corpo e de atitudes comportamentais e psicológicas que vem construindo novas formas de subjetivações. Reporto-me às subjetividades aí inclusas com relação ao corpo e da mesma maneira à psique dessas pessoas. São condições que influenciam pensamentos, sentimentos, ações, interações e que interferem na saúde física e mental do sujeito. Por conseguinte, a meu ver, a sexualidade é uma energia que nos motiva a ir em busca do contato, do prazer, do desejo, da ternura, da intimidade, do amor, do gozo e que se integra ao modo como sentimos, tocamos e como somos por ela tocada. É do reconhecimento do desejo e do objeto desejado que a pessoa vive a experiência erótica, por intermédio do seu corpo, ao sentir que é tocada pelas mãos da pessoa desejada. Com tais ideias fiz a escolha do título dessa apresentação, entendendo que o sexo tem idade, já que o tema sexualidade vem sendo estudado nas diferentes etapas de vida do ser humano, da infância ao envelhecimento, mas, o desejo não obedece a tal acepção. Ele está no cerne do indivíduo e independe da idade cronológica. É por conta dele que o indivíduo, aliado às suas fantasias, se move, se transforma e cria uma nova linguagem dando sentido à sua própria vida.

ENCONTRO COM ESPECIALISTAS

22 de março de 2019

ENVELHECIMENTO, DISPAURENIA E A SEXUALIDADE

Virginia Lucia Costa Neves Cristina Maria de Souza Brito Dias Universidade Católica de Pernambuco

Resumo. Dentro do escopo que abrange a sexualidade, as disfunções sexuais femininas causam

impacto negativo na qualidade de vida. O envelhecimento está associado à diminuição da resposta sexual, da atividade sexual e da libido. A redução dos níveis de estrógeno na menopausa provoca atrofia vulvo-vaginal com diminuição da lubrificação e dispareunia/dor gênito-pélvica, entre outras comorbidades. O objetivo dessa comunicação foi discutir a dispareunia/dor gênito-pélvica como um sintoma complexo e importante no envelhecimento e suas repercussões biopsíquicas na qualidade de vida das mulheres. Observou-se que as disfunções sexuais femininas são multifatoriais têm sido um tema universalmente pesquisado e estudado pela sua relevância e necessidade de uma abordagem multidisciplinar e carece maior conscientização dos profissionais acerca da importância de falar e investigar o assunto por ocasião dos atendimentos a essas mulheres.

SESSÃO DE PÔSTERES

23 de março de 2019

SEXUALIDADE NA LONGEVIDADE: O IDOSO E SUA VIVÊNCIA NA SEXUALIDADE ATRAVÉS DOS TEMPOS

Francisco Fabrício Firmino de Oliveira Objetivou-se analisar a sexualidade na longevidade, abordando como esta geração vivenciou e vivencia a sua sexualidade em sua trajetória de vida. Participaram da pesquisa 44 idosos, todos frequentadores do Projeto Sabadinho Bom, localizado na Praça Rio Branco, no centro de João Pessoa – PB. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa e qualitativa, fundamentada nos aportes teóricos e metodológicos da Teoria da Sexualidade e Longevidade. Os dados foram coletados mediante entrevista com questionários, e para análise dos resultados recorreu-se a técnica de análise de conteúdo temático. Através dos resultados pode-se perceber que a grande maioria dos pesquisados idosos compreendem o significado da sexualidade, estão conscientes das mudanças decorrentes do próprio envelhecimento e adotam uma postura positiva em relação a essa nova fase da sexualidade em suas vidas. Algumas mulheres, reprimidas como foram durante tantos séculos, ainda permanecem incapazes de se expressarem sexualmente e de falar tão abertamente sobre prazer no sexo, mas compreendem a possibilidade de vivenciar sua sexualidade até o fim da vida, embora com algumas mudanças que devem ser consideradas como natural do processo de envelhecer.

SESSÃO DE PÔSTERES

23 de março de 2019

ENVELHECIMENTO E SEXUALIDADE: UMA ABORDAGEM DO IDOSO MASCULINO Rogério Rosa da Silva Elaine Pedreira Rabinovich

O envelhecimento é um processo gradativo que a população brasileira vem, aceleradamente, experimentando. A velhice, no mundo ocidental, é caracterizada por aspectos negativos, estando relacionada a declínio e perdas. A dimensão da sexualidade na vida dos idosos deve ser vista como um aspecto inerente à pessoa, todavia, ao longo do tempo, a sociedade conceituou a sexualidade nos idosos de forma negativa, fomentando o surgimento de mitos e tabus que impossibilitam os idosos a uma vivência saudável de sua sexualidade. Estudos sobre envelhecimento constataram que não é mais possível falar sobre uma velhice homogênea, mas sobre velhices heterogêneas, indicando novas formas de se viver. Por isso, no debate sobre o assunto, é necessário trazer à tona os gêneros masculino e feminino, ambos tentam reinventar a sexualidade. Assim, o presente estudo deseja identificar as significações que o idoso homem apresenta sobre seu envelhecimento, como também conhecer os significados dados à sua sexualidade. Foram entrevistados 4 homens de idade entre 64 e 77 anos. A abordagem foi o de pesquisa qualitativa e os dados foram coletados utilizando-se de um roteiro de entrevista semi-estruturada, com perguntas abertas. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas pelo pesquisador, e devidamente, autorizadas pelos entrevistados. Os resultados indicam que os idosos fazem confusão quanto ao uso dos termos “sexo” e “sexualidade”. Contudo, ainda existe a prática do sexo genital, todavia, em menor proporção em relação à juventude. Há novas formas presentes da vivência da sexualidade, estando atreladas a manifestações de carinho e amor.

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