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X2 108 100,0±0,0a2 3,03(2,43-3,47) Y=2,20+5,81*Logx 1,45 107 100,0±0,0a 4,06(3,81-4,34) Y=2,09+11,64*Logx 1,09 106 68,0±0,0b 4,83(4,49-5,20) Y=2,17+4,13*Logx 1,64 105 48,0±0,0b 6,02(5,61-6,46) Y=5,28+13,19*Logx 3,70 Metarhizium anisopliae 104 0,8±0,4bc - - - Test. _ 0,0±0,0c - - - 1C= Concentrações

2Média ± E.P. Seguida da mesma letra na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey P>0,05).

Na determinação da TL50, as concentrações de 108, 107,106 e 105 conídios/mL apresentaram 3,03, 4,06, 4,83 e 6,02 dias respectivamente e a concentração letal ideal para se obter 50% de mortalidade larval foi de 1,2 x 106 conídios/mL, salientando-se portanto,

as duas primeiras concentrações com morte de lagartas no menor espaço de tempo após a aplicação. Optou-se por uma análise de variância com teste de comparação de médias das mortalidades em cada concentração, com regressão polinomial, para determinar a equação de tempo das diferentes concentrações e calcular a CL50 (Tabela 1).

Verificou-se a ocorrência de mortalidade crescente, gradativa e significativa em todas as concentraçõesde conídios do fungo, exceto para 104 conídios/mL, mostrando baixa infectividade de M. anisopliae var. anisopliae, não alcançando 10% de mortalidade no decorrer do tempo em que foi avaliado nesse experimento, mostrando assim baixa infectividade nesta concentração nas condições testadas. De um modo geral, para todas as concentrações usadas e testadas nos diferentes períodos de avaliação, observou-se um aumento significativo na percentagem de mortalidade das lagartas (Tabela 2 ).

Tabela 2. Percentagem de mortalidade de lagartas Dione juno juno em horas, nas concentrações 108, 107,106,105 e 104 conídios/mL de Metarhizium anisopliae var. anisopliae sob condições experimentais de campo.

24 48 72 96 120 Tratamento 1C

(horas)

108 0,0±0,0c2 30,0±2,6a 66,0±1,8a 86,0±1,8a 100,0±0,0a 107 0,0±0,0c 0,0±0,0c 33,0±1,2b 58,0±1,2b 100,0±0,0a 106 0,0±0,0c 0,0±0,0c 34,3±1,8b 50,0±1,6b 68,0±0,0b 105 0,0±0,0c 0,0±0,0c 24,0±1,3b 38,0±1,7b 48,0±0,0b Metarhizium anisopliae 104 0,0±0,0c 0,0±0,0c 0,0±0,0c 0,0±0,0c 0,8±0,4c Test. _ 0,0±0,0c 0,0±0,0c 0,0±0,0c 0,0±0,0c 0,0±0,0c 1C= Concentrações

A capacidade de sobrevivência e virulência desse agente foi citada por Alves (1998), quando relatou que M. anisopliae var. anisopliae é o melhor agente fúngico contra insetos nas condições climáticas brasileiras, devido principalmente à variabilidade genética (Azevedo 1998) que resulta no aparecimento de muitas linhagens, com diferentes níveis de agressividade, especificidade, produção de conídios, resistência à radiação ultravioleta e patogenicidade a vários insetos; desse modo, as condições ambientais exercem grande influência sobre os fungos entomopatogênicos, quando essas condições são adversas, o controle microbiano torna-se prejudicado, justificando-se as pesquisas com a finalidade de se selecionar (Marques et al. 2005) induzir e melhorar linhagens que apresentem características úteis para o êxito de seu emprego no campo (Azevedo & Pizzirani-Kleiner 2002).

O efeito in vitro de M. anisopliae sobre lagartas de Alabama argillacea, foi analisado por César filho et al. (2000), que obtiveram mortalidade superior a 53,3%. Embora trabalhando com outro inseto, Figuerêdo et al. (2002) nas mesmas condições, avaliaram a concentração de 108 conídios/mL de M. anisopliae e obtiveram valores de 83,3% de mortalidade sobre Castnia licus, mesmo não sendo experimentos de campo, os resultados desses autores foram significativos estatisticamente com relação aos dados encontrados neste trabalho de pesquisa, para a concentração de 108 conídios/mL nas 96 horas de avaliação, quando foi alcançado 86% de mortalidade.

A infectibilidade de M. anisopliae var. anisopliae sobre lagartas de D. juno juno foi comprovada quando os insetos apresentavam corpo mumificado e conidiogênese (Figura 4) verificada pelo desenvolvimento da massa de conídios de cor verde.

Figura 4. Lagarta de Dione juno juno infectada por Metarhizium anisopliae var. anisopliae

Agradecimentos

À Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), pela facilidade de acesso aos Laboratórios de Pesquisa. Aos Professores Rosimar dos Santos Musser e Edmilson Jacinto Marques, por terem disponibilizado o Campus, laboratórios e sugestões para a realização desse trabalho. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio financeiro e pela concessão da bolsa de Doutorado ao primeiro autor.

Conclusão

● Metarhizium anisopliae var. anisopliae URM 3185 têm ação patogênica e elevada infectibilidade sobre Dione juno juno, à praga do maracujazeiro, podendo ser utilizados em programas de controle biológico aplicados em experimentos de campo, sendo indicada como importante alternativa de controle para esta praga.

● As concentrações de 108 e 107 conídios/mL são as mais eficientes, com relação ao índice de mortalidade das lagartas de Dione juno juno atingindo 100% de mortalidade no quinto dia de avaliação.

● O menor TL 50 encontrado foi na concentração 108 conídios/mL que foi de 3,03 dias e a concentração ideal foi de 1,2x106 conídois/mL.

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