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SIGLAS, ABREVIATURAS E ÍNDICES DE EQUAÇÕES

1. Introdução e Justificação

1.4. Medidas de Prevenção e Proteção

1.4.2. Equipamentos de Proteção Individual

A eliminação dos riscos com recurso à proteção coletiva pode não ser total. Nestas circunstâncias é então necessário recorrer a medidas de proteção individual [43]. A proteção individual deverá assumir, face à prevenção, uma natureza supletiva ou complementar, quando a proteção coletiva é insuficiente [30].

Os equipamentos de proteção individual (EPI) são dispositivos ou meios destinados a ser envergados ou manuseados com vista a proteger o utilizador contra riscos suscetíveis de constituir uma ameaça à sua saúde ou à segurança [43].

A Directiva 89/656/CEE refere que a entidade patronal deve informar previamente o trabalhador dos riscos contra os quais o equipamento de proteção individual o protege e deve assegurar uma formação sobre o porte dos equipamentos de proteção individual e, caso necessário, organizar sessões de treino para esse efeito [44].

Efetivamente o êxito das medidas de proteção individual baseia-se no uso sistemático dos equipamentos de proteção e está muito dependente da consciência e do sentido da responsabilidade de cada trabalhador. Havendo necessidade de recorrer ao uso de equipamentos de proteção individual, seja para proteger a cabeça, os membros ou outra área anatómica. Estes, devem responder a algumas exigências gerais e ter algumas características específicas que, para cada tipo de equipamento, se procuram discriminar [43].

Introdução e Justificação

Todos os trabalhadores devem conhecer as potencialidades, as limitações e o método correto de utilização e manutenção do EPI [2].

Os EPI’s devem, de acordo com o Decreto-Lei n.º 348/93 de 1 de Outubro, no seu artigo 4.º, ser utilizados quando os riscos existentes não puderem ser evitados ou suficientemente limitados por meios técnicos de proteção coletiva ou por medidas, métodos ou processos de organização do trabalho [42].

Os EPI`s podem ser de diversas marcas ou provir de fabricantes diferentes, no entanto, devem satisfazer as normas de homologação que garantam a sua qualidade, ou seja, devem ser submetidos a ensaios que comprovem o seu bom desempenho, Portaria n.º 1131/93 [45].

Os dispositivos ou equipamentos de proteção individual são sempre um acessório de trabalho que, para ser suportável pelo trabalhador e adotado pelo empregador, devem ter algumas características gerais que convém sejam consideradas na sua seleção [43].

A seleção dos dispositivos deverá ter em conta os riscos a que está exposto o trabalhador e a parte do corpo a proteger [18].

Os requisitos a atender no desenho e conceção destinam-se a garantir que o EPI é eficaz, robusto, de utilização prática, de fácil conservação, cómodo, pouco volumoso, leve e perfeitamente adaptável/regulável [2].

Os equipamentos de proteção individual como botas, luvas, vestuário adequado ou colete refletor devem ser utilizados para evitar o risco a que estão sujeitos os trabalhadores das Juntas de Freguesia. O uso do capacete de proteção, auriculares e máscara devem ser utilizados em situações pontuais, dentro de cada atividade exercida.

Estes equipamentos têm como finalidade a proteção das diversas áreas anatómicas. Devem proteger tão pouco quanto possível, mas tanto quanto o necessário [18].

Introdução e Justificação

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1.4.2.1. Proteção do Corpo

A proteção do corpo contra os efeitos indesejáveis que resultam dos diferentes riscos é feita com vestuário adequado. Estes, têm de garantir algum poder de retenção de calor e por outro lado devem ter algum poder de absorção e de evaporação de sudação, devendo, ainda, permitir o arejamento do corpo [43].

O vestuário de proteção que deve ser utilizado pelos trabalhadores das Juntas de Freguesia é o “fato-macaco” e o colete refletor.

O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para evitar prisão pelos órgãos em movimento, adequados e confortáveis, mas sem dificultar os movimentos do trabalhador [18].

Para seleção e utilização do vestuário de proteção mais adequado é necessário ter em atenção, para além das exigências já referidas, o seguinte:

• A roupa deve reter o calor, desde que permita o transporte de sudação e um arejamento satisfatório, para evitar riscos de irritação na pele, inflamações e inclusive dermatoses;

• Deve ser adquirido em função do tipo ou tipos de risco, tendo sempre em consideração a informação fornecida pelo fabricante e

• O vestuário de proteção deve ser utilizado somente no local de trabalho.

A NP EN 471 (2003) especifica os requisitos para vestuário de proteção (colete refletor) capaz de sinalizar visualmente a presença do trabalhador, providenciando-o distinguir em situações de perigo [46].

1.4.2.2. Proteção das Mãos

As mãos, ferramenta essencial para a execução das tarefas, são os órgãos com a sensibilidade e a coordenação mais elaborada e, estando em contacto com os

Introdução e Justificação

objetos e materiais, estão muito expostas a acidentes. Daqui resulta a necessidade da sua proteção em muitas atividades e circunstâncias [43].

Bento e carvalho referem ainda que os ferimentos das mãos constituem o tipo de lesão mais frequente [18].

A proteção das mãos é efetuada através do uso de luvas, existindo no mercado diversos tipos, em função do fim a que se destinam e não devem obstruir o seu livre movimento.

A Norma NP EN 420 (2005) estabelece os requisitos gerais para luvas a utilizar para a proteção dos riscos de origem mecânica, química, térmica, elétrica e biológica [47]. Os trabalhadores das Juntas de Freguesia devem utilizar luvas para riscos de origem mecânica.

1.4.2.3. Proteção do Pés

Os pés, por estarem fora do alcance do campo de visão, são suscetíveis a acidentes, causados, fundamentalmente, por riscos de origem mecânica.

Os acidentes dos pés representam 10,6 % do total dos acidentes de trabalho (1.º semestre de 2005). A medida de prevenção e de proteção contra estes acidentes é o uso de calçado adaptado ao trabalho a executar, e aos riscos existentes [43]. Durante a atividade laboral deve ser utilizado calçado de segurança segundo a norma europeia EN ISO 20344:2004 [48].

Introdução e Justificação

2. Objetivos