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•••• Barba Branca (Gilberto Reis Ferreira dos Santos Silva – 27/03/1955)

Foi iniciado na capoeira angola na Liberdade, aos 13 anos de idade, com Mestre Traíra, aluno do Mestre Waldemar. Após a morte de Traíra morre, Barba Branca continuou sua formação com Mestre João Pequeno, aluno de Mestre Pastinha, onde foi formado Mestre. Fundou o Grupo de Capoeira Angola Cabula e participou da segunda fundação da ABCA, da qual foi presidente.

•••• Cobra Mansa (Cinésio Feliciano Peçanha – 17/05/1960)

Nascido em Duque de Caxias, foi iniciado na capoeira em 1973 por Mestre Josias da Silva, tendo passado a treinar com Mestre Moraes em 1975. Participou ativamente da formação do GCAP baiano na década de 1980, e na década de 1990 criou a FICA (Fundação Internacional de Capoeira Angola), maior grupo de capoeira angola do mundo.

•••• Curió (Jaime Martins dos Santos - 23/01/1937)

Nascido em Patos, na Paraíba, foi iniciado na capoeira aos seis anos por seu avô, em Santo Amaro. Em 1968 entrou no Ceca de Mestre Pastinha, e foi responsável pelas aulas nos últimos tempos da academia. É presidente da Escola de Capoeira Angola Irmãos Gêmeos do Mestre Curió, e foi presidente da ABCA.

• Frede Abreu (Frederico José de Abreu - 12/07/1946)

Natural de Salvador, da região da Garibaldi, ex-militante do Partido Comunista, contribuiu com a articulação da capoeira baiana através da Divisão de Folclore do Departamento de Assuntos Culturais da Prefeitura, na década de 70. Foi um dos organizadores do I Seminário Regional de Capoeira e ajudou a criar a academia do Mestre João Pequeno no Forte Santo Antônio. É fundador e guardião do Instituto Jair Moura, maior acervo individual de capoeira do mundo.

•••• Geni (José Serafim Ferreira Junior – 24/05/1947)

Nascido no bairro de Itapagipe, em Salvador, iniciou-se na capoeira ainda na infância, nas rodas de rua do Mestre Israel e com Moreno, aluno do Mestre Pastinha. Em 1955 entrou na academia de Mestre Canjiquinha, tendo sido um dos primeiros mestres formado por ele. Na década de 1970 entrou na academia de Mestre Bimba, sendo formado em capoeira regional. Preside o Grupo de Capoeira Zambiacongo. Participou do processo de fundação da ABCA.

•••• Gildo Alfinete (Gildo Lemos Couto–16/01/1940)

Nascido no bairro de Tororó, em Salvador, iniciou-se na capoeira aos 18 anos com Mestre Pastinha, na Joana Angélica, e passou a treinar com o mesmo no Pelourinho. Participou de diversas viagens com o Mestre Pastinha, inclusive a do Festival Mundial de Artes Negras em Dakar, Senegal. Participou da refundação da ABCA na década de 1990. Possui o maior acervo existente sobre Mestre Pastinha e o Centro Esportivo de Capoeira Angola.

•••• Itapoan (Raimundo César Alves de Almeida – 13/08/1947)

Começou a praticar Capoeira em 1964, com Mestre Bimba. Em 1965 se formou recebendo o lenço azul, e em 1967 recebeu o lenço amarelo por ter terminado o curso de especialização. Em 1972, com a mudança de Mestre Bimba e para Goiás, fundou junto com Hélio Xaréu a Ginga Associação de Capoeira. Em 1980 Mestre Itapoan fundou a Associação Brasileira dos Professores de Capoeira (ABPC), da qual é presidente. Fundou ainda a Federação Baiana de Capoeira em 1983.

•••• Jaime de Mar Grande (Jaime Santos Lima – 24/05/1956)

Um dos primeiros alunos do Mestre Paulo dos Anjos, em Mar Grande, ficou responsável pela condução dos trabalhos quando este foi morar em São Paulo. Foi um dos idealizadores e organizadores dos Encontros de Capoeira Mestre Paulo dos Anjos, nas décadas de 1980 e 1990, em Mar Grande. Fundou o Grupo de Capoeira Escrava Anastácia, posteriormente transformado em Grupo de Capoeira Angola Paraguassu, com sede na Gamboa, na Ilha de Itaparica, e filiais em São Paulo, onde reside atualmente.

•••• Jair Moura (Jair Moura - 27/08/1938)

Devido ao seu físico franzino, teve frustradas suas pretensões de treinar com Mestre Bimba.

Iniciou-se então na capoeiragem com a velha guarda do Gengibirra, circulando pela capoeira de rua até voltar e ser aceito como aluno na Academia de Mestre Bimba, onde foi um dos primeiros a receber o lenço de seda. Foi um dos primeiros capoeiristas pesquisadores da Bahia, e produziu em 1968 o filme Dança de Guerra. Escreveu livros como Capoeira - a luta regional baiana (1979), Capoeiragem, arte & malandragem (1980), Mestre Bimba: a crônica da capoeiragem (1993), A capoeiragem no Rio de Janeiro através dos séculos (2009).

•••• João Angoleiro (João Bosco Alves da Silva – 27/07/1961)

Natural de Belo Horizonte, iniciou-se na capoeira em rua em 1975, com o Mestre Dunga. Em 1982, começou a fazer yoga como autodidata, dança africana com o Mestre Mamour Ba e capoeira angola com o Mestre Rogério. Fez parte do GCAP na década de 1980, sob orientação do Mestre Moraes, e treinou com os mestres João Pequeno e Curió. Participou da refundação do Grupo Iúna em 1989. É fundador e presidente da Companhia Primitiva de Arte Negra e da Associação Cultural Eu Sou Angoleiro.

•••• Jorge Satélite (Jorge Sátiro da Conceição – 23/04/1947)

Iniciado na década de 1960 por Jaime, em Mar Grande, é reconhecido como um dos principais discípulos do Mestre Paulo dos Anjos. Foi um dos idealizadores e organizadores dos Encontros de Capoeira Mestre Paulo dos Anjos, nas décadas de 1980 e 1990, em Mar Grande. É fundador e presidente da Associação Cultural de Capoeira Clips. Reivindica seguir à risca a tradição do Mestre, e continua a jogar capoeira descalço e com cordões

•••• Lua Rasta (Gilson Fernandes – 28/071950)

Iniciou-se na capoeira com o Mestre Bimba, migrando em seguida para o Mestre Canjiquinha. Integrou o grupo folclórico Viva Bahia e no Rio de Janeiro fez parte do Grupo Senzala. Por influência de Augusto Boal e José Celso Martinez, dentro outros, inicia no Rio um movimento de capoeiragem de rua. Depois de circular pela Europa e, de volta a Salvador, participar da refundação da ABCA, cria o movimento soteropolitano de capoeira angola de rua, do qual é a maior referência.

•••• Moraes (Pedro Moraes Trindade – 09/02/1950)

Nascido em Ilha de Maré, começou a treinar por volta dos oito anos com João Grande na

academia de Mestre Pastinha. Ex-fuzileiro naval, passou a década de 1970 no Rio de Janeiro, onde fundou em 1980 o GCAP (Grupo de Capoeira Angola Pelourinho). Em 1983 transferiu- se para Salvador, onde ocupou uma sala no Forte Santo Antônio e foi um dos protagonistas de um amplo movimento de reorganização da capoeira angola.

•••• Nô (Norival Moreira de Oliveira – 22/06/1945)

Iniciou-se com seu avô Olegário, em 1949, em Itaparica. Foi aluno dos mestres Nilton, Pirrô e Zeca do Uruguai. Este primo dos mestres Cobrinha Verde e Gato Preto, foi quem ensinou Mestre Canjiquinha a tocar berimbau. Mestre Nô foi um dos convidados, em 1990, para o festival de arte negra em Atlanta, quando seguiu com João Grande para NY e lá criou raízes. O mestre coordena o Grupo de Capoeira Angola Palmares, com sedes por todo o Brasil e em diversos países. Tem uma postura polêmica na capoeira angola, sendo um dos poucos a conservar o uso de graduações.

•••• Pelé da Bomba (Natalício Neves da Silva – 25/12/1934)

Se iniciou na capoeira em 1946, na rampa do antigo Mercado Modelo. Teve como mestre Bugalho, um dos maiores tocadores de berimbau da Bahia. Fez história nas rodas de capoeira das festas de largo da Conceição da Praia, Boa Viagem, Lavagem do Bonfim. É conhecido como o “gogó de ouro da Bahia”. Mantém uma loja de artigos de capoeira na sede da ABCA.

•••• Raimundo Dias (Raimundo Dias – 15/09/1954)

Se iniciou capoeira aos 10 anos, com Mestre Bobó, no Dique Pequeno. Participou de grupos folclóricos como o Grupo Oxum, de Mestre Geni. Desfilava com o Mestre Bobó e seus camaradas na Escola de Samba Diplomatas de Amaralina, na década de 1970. Embora pessoalmente não use cordões de graduação, os adota em seu grupo, sendo um dos poucos angoleiros a conservar seu uso.

•••• Renê (Renê Bitencourt – 08/07/1959)

Nascido em Teodoro Sampaio, foi iniciado na capoeira por Jorge Satélite em 1978, passando a treinar em seguida com Mestre Paulo dos Anjos. Em 1986 fundou a ACANNE – Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro, na Fazenda Grande do Retiro, promovendo ainda os Encontros dos Guardiões da Capoeira Angola. Foi um dos idealizadores e organizadores dos

Encontros de Capoeira Mestre Paulo dos Anjos, nas décadas de 1980 e 1990, em Mar Grande. Foi também um dos protagonistas do processo de fundação da ABCA na década de 1980, e o grande articulador da capoeira com a imprensa neste período.

• Tony Pacheco (Antônio Carlos Pacheco – 14/08)

Jornalista e radialista, participou da fundação da ACANNE em 1986, na sede da Empresa Gráfica da Bahia, na Fazenda Grande do Retiro, época em que trabalhava no Diário Oficial do Estado e no Jornal A Tarde. No A Tarde, criou uma coluna semanal de capoeira que ajudou a articular politicamente a capoeiragem de Salvador. Posteriormente, envolveu-se com a divulgação da música negra baiana, utilizando espaço no mesmo jornal, em tempos do início da axé-music.

•••• Virgílio de Ilhéus (José Virgílio dos Santos - 27/06/1934)

Membro da velha guarda da capoeiragem ilheense, Virgílio foi aluno dos mestres Caranha, Chico da Onça, Claudemiro, Álvaro, Elíscio, João Valença e Barreto. Sua iniciação, aos 9 anos, se deu em uma época que ainda não existiam grupos ou escolas de capoeira, e se aprendia diretamente nas rodas, por oitiva (observação), num terreno de chão batido no alto da Tapera. Na década de 1950, foi formado Contramestre de capoeira por Mestre João Grande, (conhecido na região como João Bate-Estaca, por seu ofício na construção civil). Foi fundador e primeiro presidente da UCASUB (União de Capoeira do Sul da Bahia). Atualmente dirige a Associação de Capoeira Angola Mucumbo.

•••• Virgílio da Fazenda Grande (Virgílio Maximiano Ferreira – 03/12/1944)

Foi iniciado na capoeira angola por seu pai, o célebre Mestre Espinho Remoso, na década de 1950, na Jaqueira do Carneiro, atrás do Retiro. Tendo treinado brevemente com Mestre Caiçara, Virgílio recebeu o título de Mestre de Capoeira Angola das mãos do finado Mestre Paulo dos Anjos, discípulo de Mestre Canjiquinha. Após o falecimento de seu pai, ele começou a dar aulas de capoeira na comunidade da Fazenda Grande do Retiro, na Escola Profissional 1º de maio. Foi homenageado na Câmara Municipal de Salvador em 2008, e é o atual presidente da ABCA.

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