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MATRICULADOS  na  1ª   série  em  2007   Número  de   estudantes           CONCLUINTES  em   2009  

EE  ANITA  BRINA  BRANDÃO   115   121  

EE  CAMINHO  A  LUZ   312   144  

EE  DJANIRA  RODRIGUES  DE  OLIVEIRA   443   224  

EE  DONATO  WERNECK  DE  FREITAS   247   74  

EE  GOV.  MILTON  CAMPOS   1.365   777  

EE  JUSCELINO  K  DE  OLIVEIRA   392   222  

EE  PROF  AFFONSO  NEVES   97   50  

EE  PROF  AGNELO  CORREIA  VIANA   141   44  

EE  PROF  FRANCISCO  BRANT   383   203  

EE  PROFA  INÊS  GERALDA  DE  OLIVEIRA   128   82  

Fonte: Dados da Diretoria de Informações Educacionais da SEE/MG obtidos por e-mail em 26 de jan. de 2013.

QUADRO 8 – Percentual de aprovação, reprovação e abandono de estudantes do ensino médio das escolas da rede estadual participantes do Provoc na UFMG - 2007 a

2009.

ESCOLA  DA  REDE  ESTADUAL  

Percentual  (%)  -­‐  Ensino   Médio  

Percentual  (%)  -­‐   Ensino  Médio  

  Aprovação   Reprovação   Abandono  

EE  ANITA  BRINA  BRANDAO   79,80   12,60   7,61  

EE  CAMINHO  A  LUZ   64,88   19,65   15,47  

EE  DJANIRA  RODRIGUES  DE  OLIVEIRA   68,32   14,89   16,78   EE  DONATO  WERNECK  DE  FREITAS   57,20   16,71   26,08  

EE  GOV  MILTON  CAMPOS   69,43   23,96   6,62  

EE  JUSCELINO  K  DE  OLIVEIRA   73,29   13,01   13,70  

EE  PROF  AFFONSO  NEVES   63,79   12,64   23,56  

EE  PROF  AGNELO  CORREIA  VIANA   64,23   15,37   20,40   EE  PROF  FRANCISCO  BRANT   68,43   17,58   14,00   EE  PROFA  INES  GERALDA  DE  OLIVEIRA   71,72   9,46   18,82  

Fonte: Dados da Diretoria de Informações Educacionais da SEE/MG obtidos por e-mail em 26 de janeiro de 2013.

Os dados dos altos índices de reprovação e abandono apresentados nos quadros acima dão indícios do grande desafio das escolas da rede estadual que enfrenta múltiplos fatores sociais que levam os jovens a desistir da escola.

Realizamos, entre janeiro e fevereiro de 2010, uma pesquisa-piloto com os egressos que participaram do Provoc na UFMG entre 2007 e 2009, no intuito de levantar alguns aspectos socioeconômicos e hábitos de cultura e lazer, tais como as condições familiares (sociais e econômicas) e os hábitos de cultura e lazer individuais. Procuramos também conhecer as possíveis interferências da participação no Provoc na UFMG para o estímulo à continuidade dos estudos e em atividades de pesquisa.

Encaminhamos, a todos os estudantes que participaram do programa no referido período (152 estudantes), um questionário on-line estruturado, contendo 22 questões (Apêndice A). Para os 152 questionários enviados, obtivemos um retorno de 21,7% (n=33) que consideramos significativo frente aos dados de estudos que avaliam o uso de questionários eletrônicos em pesquisas científicas conforme demonstra Vasconcelos e Guedes36.

Apresentamos alguns resultados desses questionários, sem intenção de, neste momento, aprofundarmo-nos em sua análise, uma vez que eles se constituíram em um instrumento utilizado para selecionar os estudantes que entrevistamos37. Além disso, embora os resultados obtidos apontem questões importantes sinalizadas em nossa publicação (SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011)38, não era esse o objetivo central desta tese.

Os índices de retorno obtido dos estudantes de cada escola participante no Provoc na UFMG no período de 2007 a 2009 estão expostos no gráfico 7.

36

Pesquisa publicada na web sem referência do ano de publicação. A citação completa encontra-se na Bibliografia.

37 Reiteramos que os estudantes que entrevistamos participaram voluntariamente, tendo sido consultados se aceitariam nos receber. Porém, para chegarmos a esses estudantes, enviamos o questionário-piloto, contatando somente aqueles que nos deram retorno, dispondo-se a participar da entrevista.

38 SILVEIRA, D. C. S.; SILVA, T. S.; SANTOS, V. S.; MATOS, V. B.; OLIVEIRA, G. B. M. de. “Perfil socioeconômico e hábitos de lazer e cultura de egressos do programa de Iniciação Científica Júnior – Provoc na UFMG”. XX Semana de Iniciação Científica da UFMG, Belo Horizonte, 17 a 21 de outubro de 2011. As duas primeiras autoras deste trabalho (Daniela Silveira e Tatiane Silva) eram estudantes de ensino médio de escolas estaduais vinculadas ao Provoc na UFMG, bolsistas BIC-Júnior/FAPEMIG – 2009-2010. Foram coorientadas, respectivamente, pelas estudantes de Psicologia (Vanise Santos e Vanessa Matos) que, na ocasião, eram monitoras do programa sob minha orientação.

Fonte –SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011.

Com base na análise das perguntas do Bloco I, relativas ao perfil de gênero, idade e condição racial declarada, percebemos que do grupo de estudantes da rede estadual (n=13), 46% (n=6) dos respondentes declararam estar com 19 anos, 38% (n=5) declararam estar com 18 anos e 8% (n=1) declararam estar com 17 e 21 anos. Quanto aos estudantes da rede federal (n=20), 40% (n=8) dos respondentes declararam estar com 19 anos, 30% (n=6) declararam estar com 18 anos e 15% (n=3) declararam estar com 17 e 20 anos.

No que se refere ao gênero, dos estudantes da rede federal (n=20), 55% são do sexo feminino e 45% do masculino. Já no grupo de estudantes da rede estadual (n=13), 61% declararam ser do sexo feminino e 39% do sexo masculino, conforme demonstramos no gráfico 8.

Fonte –SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011.

No que se refere à etnia declarada pelos estudantes da rede federal, 75% dos respondentes se declararam pardos (n=15). Para os declarantes como negros e brancos obtivemos o mesmo índice de retorno (10%, n=2) e somente 5% (n=1) se declarou amarelo. Entre os respondentes oriundos da rede estadual, 54% (n=7) se declararam pardos e 46% (n=6) brancos, não havendo nenhum declarante que se autoidentificou como amarelo e negro conforme demonstramos no gráfico 9.

Fonte –SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011.

Com as questões do Bloco 2, tivemos a intenção de verificar se o trabalho compartilhado com outro jovem de condição escolar próxima (mesma escola) influenciou ou não na forma como o estudante finalizou sua participação no programa, ou seja, concluiu plenamente a pesquisa, concluiu parcialmente a pesquisa ou desistiu da pesquisa.

Os dados obtidos demonstram que 30% (n=10) dos estudantes desenvolveram a sua pesquisa sozinhos, 42% (n=14) dos estudantes desenvolveram suas pesquisas em parceria com outro jovem de ensino médio/profissional da mesma escola e 27% (n=9) dos estudantes juntamente com estudante de outra escola, como demonstramos no gráfico 10.

Fonte –SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011.

Quanto à forma de finalização no programa, dos 13 estudantes da rede estadual que responderam ao questionário, 77% (n=10 ) declararam ter concluído plenamente, 15% parcialmente (n=2) e 8% (n=1) desistiu. Já no grupo dos 20 estudantes da rede federal, o índice de conclusão plena sobe para 85% (n=17), mas para as demais condições se mantém igual ao da rede estadual. No gráfico 11 demonstramos tais dados de forma agrupada.

Fonte –SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011.

Aqui cabe esclarecer que os estudantes que declararam concluir parcialmente o programa justificaram marcar essa opção por não terem conseguido entregar o relatório final de pesquisa, o que necessariamente não significa que esses estudantes não tenham finalizado suas pesquisas.

Dos estudantes respondentes da pesquisa, 3 disseram ter desistido da participação do programa, sendo 2 da rede federal e 1 da rede estadual. As principais alegações para a desistência se relacionam, respectivamente, a problemas familiares; falta de atividades atribuídas pelo grupo de pesquisa; dificuldade de deslocamento semanal para o campus da UFMG.

No Bloco 3, as questões tiveram a intenção de situar a condição atual do estudante quanto ao estado civil, se constituiu família ou não, qual a atual condição profissional e se continua a atuar em atividades de pesquisa.

Quanto ao estado civil, 97% (n=32) dos respondentes alegaram estar solteiros e 3% (n=1) casado, sendo que este era estudante da rede federal. Quanto à constituição de família, 100% dos respondentes disseram não ter filhos.

Os dados que mais nos chamaram a atenção referem-se à atual condição profissional dos egressos no Provoc na UFMG. Do total de respondentes (n=33), 79% (n=26) deram continuidade aos estudos de alguma forma.

Dos 22 jovens (66,7%) que declaram estar no ensino superior, 9 (34,6%) disseram estar em instituição particular. Destes, 2 da rede federal e 7 da rede estadual. Dentre os 13 (65,4%) estudantes que declararam ingressar em cursos de graduação da UFMG, 10 eram oriundos da rede federal e 3 da rede estadual. (Gráfico 12).

Fonte –SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011.

Quanto à continuidade em atividades de pesquisa científica, dos 22 estudantes que declararam estar no ensino superior, 40,9% (n=9) afirmaram continuar em atividades de Pesquisa Científica, sendo que, destes, 5 são oriundos da rede federal e 2 da rede estadual. Os índices dessa continuidade apresentamos no gráfico 13.

Fonte –SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011.

No Bloco 4, as questões objetivaram traçar um perfil da condição econômica familiar

dos estudantes do período entre 2007 e 2009 e relacioná-la ao grau de escolaridade dos pais. Para isso, perguntamos qual era o tipo de moradia do estudante, a renda mensal da família e o nível máximo de escolaridade dos pais na ocasião em que atuaram no programa.

Quanto ao tipo de moradia, dos respondentes (n=33), 26% declararam morar em residência própria, 6 em residência alugada e 1 declarou morar em habitação coletiva.

No que se refere à condição econômica da família, na ocasião em que responderam ao questionário, dos estudantes oriundos da rede federal de ensino (n=20), 8 declararam que a renda mensal da família estava entre dois e cinco salários mínimos; 2 um salário mínimo; 4 acima de dez salários; para as faixas situadas entre um e dois e de cinco a dez salários mínimos, obtivemos 3 respondentes cada. No grupo oriundo da rede estadual (n=13), a faixa de dois a cinco salários mínimos foi declarada por 6 estudantes; 1 acima entre dez salários; 4 para a faixa de um a dois salários e 3 para cinco a dez. Esses dados apresentamos agrupados no gráfico 14.

Fonte –SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011.

No gráfico 15 apresentamos o cruzamento dos dados obtidos da renda mensal da família com a escolaridade dos pais. Em geral, verificamos que quanto maior o nível escolar dos pais, maior a renda mensal da família.

A faixa de 2 a 5 salários mínimos foi a de maior índice entre os pais que possuíam até educação básica incompleta, ou seja, até ensino fundamental I.

No grupo de 7 estudantes que declararam que seus pais possuem formação escolar até o ensino fundamental II (antiga nomenclatura para o período de 5ª a 8ª série), três declararam que variava entre 1 a 2 salários mínimos, três entre 2 a 5 e um estudante declarou ser de 1 salário mínimo a renda familiar.

No grupo de 13 estudantes que declararam que seus pais possuem até o ensino médio completo (n=13), a maior renda familiar variava entre 2 e 5 salários mínimos (54%). Essa mesma faixa salarial foi declarada por 100% dos estudantes que disseram ter os pais com ensino médio incompleto (n=1).

A renda familiar sobe para 5 a 10 salarios mínimos para a maioria (38%) dos estudantes cujos pais tinham ensino superior completo (n=8), e para 10 a 30 salários em 100% dos jovens cujos pais têm pós-graduação (n=1).

Fonte –SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011.

Outra característica que consideramos importante nas respostas desses estudantes referia-se à frequência e ao acesso aos meios de informação e hábitos de lazer e cultura

(Bloco 5).

Procedemos, também, ao cruzamento dos dados obtidos da renda familiar e à frequência com que os estudantes acessavam diferentes meios de busca de informações. Os resultados referentes aos estudantes da rede federal apresentamos no gráfico 16 e os da rede estadual no gráfico 17. Na questão 20 do questionário online a que se referem os dados dos gráfico 16 e 17, os estudantes tinham a possibilidade de assinalar mais de uma opção.

Fonte –SILVEIRA; SILVA; SANTOS; MATOS; OLIVEIRA, 2011.

A questão 21 do questionário online perguntou acerca dos hábitos de lazer e cultura, nesta, também os respondentes podderiam assinalar mais de uma opção. A análise bruta dos dados demonstram que 85% dos estudantes que responderam ao questionário da rede estadual (n=13) e 60% da rede federal (n=20) assinalaram que frequentam shoppings pelo menos uma vez por mês. Em geral, esse é o espaço mais frequentado por ambos os grupos.

Dentre os estudantes da rede estadual que responderam à pesquisa (n=13), 61,5% assinalaram nunca ter frequentado um teatro, 30,8% declararam que nunca foram a museus e 23,1% nunca foram ao cinema. Na análise do grupo da rede federal (n=20), 50% dos entrevistados declararam nunca terem frequentado museu, assim como 35% nunca foram ao teatro.

Os resultados que obtivemos com essa nossa publicação nos auxiliaram nas escolhas e contatos com os estudantes entrevistados, bem como nos induziram a um desejo ainda maior de resgatar os percursos e as reflexões acerca da experiência no Provoc na UFMG, aspectos que tratamos no próximo capítulo deste trabalho.

CAPÍTULO

3 – Estudantes provocados: percursos e reflexões no Provoc na