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Relatar histórias, seja por via oral ou por escrito, é uma necessidade que a sociedade humana vem desenvolvendo desde tempos imemoriais, por isso, é importante que o professor também trabalhe uma produção textual onde os alunos devem contar uma história.

A sugestão de produção textual que será apresentada aqui está relacionada com uma história de caráter motivacional. Como atividade introdutória, o professor pode perguntar

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se os alunos costumam ler histórias motivacionais com frequência e qual a reação que eles têm após a leitura delas.

Logo depois, o professor pode comentar a importância dessas histórias em sala de aula para os seus alunos, pois eles, na condição de futuros professores, terão a responsa- bilidade de motivar e inspirar os seus alunos para o estudo da língua inglesa, principal- mente pelo fato dessa disciplina ainda ser tão estigmatizada ou menosprezada nas escolas regulares conforme evidenciado nos PCN (1998), ou simplesmente por ser uma maneira de despertar o desejo de aperfeiçoamento contínuo que cada aluno deve ter em sua vida.

O texto sugerido nessa proposta tem como título “Making a difference” (Fazendo a diferença), e parte do princípio de que um ato, por mais simples que seja, pode provocar uma grande diferença no meio onde se vive, e isso por si só já serve como incentivo para que outros sigam o mesmo exemplo em suas respectivas vidas, mesmo que esse ato seja apenas retirar estrelas-do-mar da praia e arremessá-las de volta ao mar. Segue abaixo o seguinte texto:

Making a difference (CANFIELD; HANSEN, 1993)

I remember something that happened during my vacation in Ceara, in the northeast of Brazil. The sun was rising and I was taking a walk along one of those lovely desert beaches. While I was walking down the beach, I began to see a man in the distance.

As I came nearer, I noticed the man was bending down, picking something up and throwing it out into the water. He did that many times. Time and again he continued throwing things out into the ocean. As I came even closer, I saw that he was a fisherman. He was picking up starfish that had been washed up on the beach and, one at a time, he was throwing them back into the water. I was curious. I approached the fisherman and said, “Good morning, friend. I was wondering what you are doing.”

“I’m throwing these starfish back into the ocean. You see, it’s low tide right now and all of these starfish are up here on sand. If I don’t throw them back into the water, they’ll die up here from lack of oxygen.”

“I understand”, I said, “but there are thousands of starfish on this beach. You can’t possibly get to all of them. There are simply too many. And don’t you realize that at this time this is probably happening on hundreds of beaches all up and down this coast? Can’t you see that you can’t probably make a difference?”

The man smiled, bent down one more time and picked up another starfish. He threw it back into the sea and answered, “I made the difference to that one!”

Antes de tudo, o professor deve enfatizar a importância das imagens para compreender o texto. Logo depois, o professor pode enfatizar a importância do uso do simple past e do past

continuous tense no texto para se referir a um relato que aconteceu em um momento defini-

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também irão contar uma história de caráter motivacional baseado na vida deles ou na vida de outra pessoa, o professor precisa enfatizar a importância do uso desses tempos verbais na elaboração da produção textual que cada um deles irá produzir.

Outro procedimento didático que contribuirá bastante para a produção textual dos alu- nos é a apresentação dos discourse markers (marcadores de discurso), ou seja, aquelas ex- pressões que são fundamentais para manter a coesão do texto e que são muito utilizadas em relatos de histórias. Para introduzir a história, por exemplo, o professor pode sugerir o uso das expressões at the beginning (no início), at first (a princípio). Ao dar continuidade ao relato, o professor pode apresentar as expressões after that (depois disso), then (então), however (en- tretanto), furthermore (além do mais), entre outras. E para finalizar o texto, expressões como

eventually (finalmente), finally (finalmente) e at the end (no fim) são bastante sugestivas.

É fundamental, também, que o professor apresente as expressões mais comuns quando se tem o propósito de contar uma história, reforçando a ideia de que os alunos sempre precisam aprender vocabulário focando os blocos de linguagem com suas combinações, e não apenas palavras isoladas, correndo o risco de utilizá-las fora do contexto. Algumas delas são I’ll never

forget the time (nunca vou me esquecer quando), The other day (um dia desses, outro dia), This was in (isso foi em), I was on my way to (estava a caminho de), I was coming back from (estava

voltando de), at one point (em algum momento), right when that happened (bem quando isso aconteceu), it happened so fast (aconteceu tão rápido), and I thought to myself (e pensei comigo) e it seemed like a good idea at the time (na hora, me pareceu uma boa ideia), entre outras.

Logo depois, o professor pode explicar a respeito da utilização do Reported Speech (Discurso Direto e Indireto) na produção textual dos alunos ao relatarem suas respectivas histórias. É possível que muitos deles optem pelo envolvimento direto dos personagens da história como, por exemplo, na apresentação das falas proferidas pelos próprios personagens, enquanto outros prefiram apenas fazer apenas uma citação indireta da fala de determinado personagem da história. Assim, é extremamente importante o professor treinar os alunos a respeito do uso das quotation marks (aspas), caso eles quei- ram demonstrar a fala exata dos personagens de sua história, tal qual acontece com o texto “Making

a difference” em frases como “I’m throwing these starfish back into the ocean” (Eu estou jogando

estas estrelas-do-mar de volta para o oceano) e “Good morning, friend. I was wondering what you

are doing” (Bom dia, amigo. Eu estava me perguntando o que você estava fazendo).

Por sua vez, caso o aluno utilize o discurso indireto, o professor pode sugerir exemplos de verbos que possam ser utilizados dentro desse contexto, tais como he thought (that) (ele pensou que), she admitted (that) (ela admitiu que), she explained (that) (ela explicou que), he

answered (that) (ele respondeu que), she asked (if) (ela perguntou se, ela pediu), entre outros.

É importante que especificamente essa atividade de produção textual seja individual, já que se refere a uma história relacionada a um evento especial e inspirador na vida de cada aluno. O professor precisa acompanhar o processo de preparação de cada produção, fazendo as devidas correções e propondo sugestões para aprimorar as produções textuais dos alunos e depois de avaliá-las, o professor pode sugerir a criação de um blog relacionado ao aprendizado de língua inglesa daquela turma, postando os textos produzidos pelos alunos e inserindo-os em uma seção especial do blog destinada a textos de

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motivação. Logicamente a criação do blog será um estímulo maior para que os alunos produzam os seus textos, sabendo que eles poderão ser lidos posteriormente por aqueles internautas que buscam aperfeiçoar o conhecimento da língua inglesa por meio do estudo de diferentes gêneros, além de ser um espaço especial onde poderão ser armazenados todos os trabalhos de produção oral e escrita feito pelos alunos durante o período em que eles estiverem estudando na faculdade.

Esse registro de atividades e de produções presentes no blog poderia auxiliar tanto os próprios alunos que produziram esses textos, pois eles poderiam dar continuidade a essa prá- tica do uso das TICs (tecnologias de informação e comunicação) em seu trabalho como futuro docente de língua inglesa, bem como outros professores de língua inglesa de diferentes locali- dades, que almejam implantar projetos diferenciados e criativos em suas aulas.

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