4. GUIA ORIENTADOR EUROPEU EM
5.3. D ESCRIÇÃO DAS S OLUÇÕES C ONSTRUTIVAS
De acordo com a compilação técnica do empreendimento, as soluções construtivas encontradas não
exigiram meios tecnológicos diferentes dos usuais ou muito exigentes em termos de execução ou
manutenção. Assim, de seguida serão mencionadas as soluções construtivas segundo o que foi
reportado na compilação técnica.
A nível estrutural foram usadas soluções de lajes, paredes e pilares em betão.
Quanto ao EFM - Paredes interiores, estas foram construídas, na maioria dos casos, em alvenarias
normais de diferentes espessuras, e excecionalmente em alvenarias acústicas. Os lambrins nos espaços
de trabalho de seminários, aulas e nos gabinetes são revestidos com mdf. Nos espaços de circulação
principal e nas escadas são revestidos com calcário Ataíja amarelo, e nos espaços correspondentes a
outras circulações foram revestidos em mdf para pintar. No CDI/Biblioteca, na cafetaria e no
restaurante os lambrins foram executados em lamelados folheados desenrolados de tola, encabeçados
com madeira maciça de carvalho. As instalações sanitárias dos funcionários de serviço, a cozinha,
copa e restantes serviços foram revestidos com soluções cerâmicas de grés. As instalações sanitárias
para os alunos e para a Direção são revestidas com pedra Ataíja.
O EFM - Paredes exteriores, é em alvenaria acústica e também térmica. A contenção térmica do
edifício foi executada pelo exterior e realizada com o sistema “ETICS” de poliestireno ou, em solução
variante, com cortiça (paredes). Também foi realizado através de corte térmico nos caixilhos metálicos
com vidro duplo.
O EFM – Coberturas caracteriza-se por coberturas invertidas, com contenção térmica em lajetas
térmicas, tipo “Grisol”, ou em placas de poliestireno protegido por lajetas em betão pousadas por pés
apropriados.
As soluções acústicas foram pensadas para todos os espaços da escola, nomeadamente para a as salas
de aula e seminários, para os auditórios e anfiteatros, para o CDI/Biblioteca, para a
cafetaria/restaurante e para as circulações. As soluções de ventilação mecânica foram apontadas nos
regulamentos vigentes e complementadas com ventilação natural proveniente da abertura de caixilhos
em todos os espaços da escola. Os sistemas de escoamento são do tipo “Geberit”, de modo a que haja
maior flexibilidade e durabilidade no sistema de evacuação pluvial.
Interiormente, adotaram-se soluções que aliam o conforto e agradabilidade com a eficácia, o controlo
de custos e de manutenção e as exigências técnicas especiais que este tipo de espaço de trabalho exige.
Relativamente ao EFM - Pavimentos interiores, nos espaços de trabalho de seminários, aulas e
gabinetes estes são revestidos com soluções contínuas de linóleo. Para se conseguir um acréscimo de
conforto e um ambiente mais quente e acolhedor, o CDI/Biblioteca, a cafetaria e o restaurante foram
revestidos com soluções de madeira para envernizar nos soalhos. Na sala Harvard, no Anfiteatro
Principal e na sala do Conselho, a alcatifa de grande tráfego é solução de revestimento dos
pavimentos, para que haja uma confortável solução visual e também acústica. Por sua vez, os espaços
de circulação principal, incluindo escadas, têm os pavimentos revestidos com calcário Ataíja amarelo.
A cozinha, copa e restantes serviços foram revestidos com soluções cerâmicas de grés, bem como as
instalações sanitárias dos funcionários de serviço. As instalações sanitárias para a Direção e para os
alunos são revestidas com calcário Ataíja. Os espaços de armazenagem, espaços técnicos e
estacionamento em cave têm o revestimento mínimo exigido pelas circunstâncias e, por razões de
contenção de custos, não têm revestimento.
O EFM - Teto foi executado com três tipos de tetos falsos: em “pladur” para emassar e pintar, em
“pladur” com furos nos casos acústicos e em mosaicos tipo Armstrong sistema Vector. Nos espaços de
armazenagem, espaços técnicos e estacionamento em cave não há tetos falsos e as infraestruturas estão
acessíveis.
As soluções de iluminação foram tratadas caso a caso, havendo armaduras com lâmpadas económicas
com luz direta e indireta, existindo “blackouts” em alguns destes espaços, onde foram colocadas
cortinas interiores, por vezes em calha.
As portas interiores (EFM – Vãos interiores) foram executadas em madeira com caixilho de vidro, ou
opacas, com diferentes dimensões e são revestidas com uma pintura contínua, abrangendo as seis faces
da porta. Estas possuem ainda borrachas de vedação nos três batentes e mesmo no pavimento, quando
exigido. As guarnições em ombreiras e padieiras foram executadas em mdf hidrófugo para pintar. Os
caixilhos envidraçados interiores, em alguns casos – corredores do Bloco 1 e panos de vidro nas
circulações dos módulos de seminário/aulas/gabinetes – foram realizados com soluções mistas de
madeira (partes móveis) e aço para pintar (partes fixas).
Os portões são metálicos em estrutura e têm chapas de revestimento pintadas.
Quanto ao EFM - Vãos exteriores, segundo a compilação técnica, a grelha de ensombramento exterior
foi feita em perfis horizontais e verticais em aço para metalizar e pintar. No entanto, na realidade as
lâminas são em ferro. Os caixilhos exteriores têm corte térmico e são metálicos com vidro duplo com
acabamento lacado. Não existem superfícies com grandes panos de vidro, mas sim superfícies
divididas com elementos de caixilho predominantemente horizontais. Alguns destes caixilhos são
revestidos numa só face com placa de Viroc.
Os lagos foram executados com os fundos em telas como se tratassem de vulgares e correntes piscinas
e o sistema de rega está associado à água dos mesmos.
Por último, o pavimento em deck das esplanadas é em madeira de pinho tratado sobre estrutura de
madeira e drenagem apropriada.
No documento
Plano de Manutenção de Edifícios - Análise de guia orientador
(páginas 73-75)