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ESQUEMA VACINAL

No documento cadderno saúde da criança (1) (páginas 59-63)

O PAPEL DO ACS NO CUIDADO AO A DOLECENTE

ESQUEMA VACINAL

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Orientação

Orientar para procurar a UBS quando o adolescente não tiver a carteira de vacinação ou caderneta de saúde do adolescente e/ou se estiver com o esquema de vacinação incompleto ou atrasado.

SEXUALIDADE

Na adolescência, afloram-se muitos questionamentos relacionados à identidade sexual, às transformações do corpo e à vivência das primeiras experiências sexuais. A sexualidade não está restrita ao ato sexual. Envolve desejos e práticas relacionados à satisfação, ao prazer, à afetividade e autoestima.

É importante para todas as pessoas e especialmente para os adolescentes e jovens conhecer o funcionamento do seu corpo. Para promover a saúde sexual e a saúde reprodutiva de adolescentes e jovens, é fundamental a realização de ações educativas que tenham como princípio a igualdade entre homens e mulheres, incentivo ao respeito mútuo nas relações e que sejam rejeitadas todas as formas de violência e atitudes discriminatórias – discriminação contra homossexuais ou a ridicularização dos que não sejam sexualmente ativos, entre outras. Essas atividades podem ser realizadas nos diversos espaços comunitários (clubes, escolas, grêmios recreativos, associações).

Utilizando uma linguagem acessível, simples e objetiva, devem ser dadas informações completas e precisas sobre sexualidade, contracepção, gravidez, proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e realização do preventivo de câncer do colo uterino. O início da atividade sexual, cedo/precoce ou tardia, deve ser precedido das informações necessárias para uma vida sexual saudável, livre de doenças e de problemas.

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)

A atividade sexual sem a utilização de preservativos torna os adolescentes e jovens mais expostos às DST. Todo adolescente com suspeita de DST que apresente os sinais ou queixas deve ser orientado a procurar a UBS para um exame clínico.

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Alguns sinais e queixas que indicam o surgimento de DST:

Às vezes, não aparecem sintomas ou sinais visíveis por fora, e isso é comum ocorrer com as mulheres. Mas, mesmo assim, a doença pode ser passada para o parceiro ou parceira sexual.

Quem apresenta mais risco de contrair DST?

1. Qualquer um pode pegar DST – casado, solteiro, jovem, adulto, rico ou pobre; 2. Quem tem relações sexuais sem camisinha/preservativo;

3. Pessoas que usam drogas injetáveis e compartilham seringas;

4. Companheiro de usuários de drogas injetáveis que compartilham seringas; 5. Pessoas que receberam transfusão de sangue não testado.

Você deve:

1. Conversar sobre sexualidade, convidando o adolescente a refletir sobre afeto, carinho, respeito, autoestima, valores e crenças implicados para uma vivência responsável de sua sexualidade;

2. Conversar com o adolescente sobre a importância de fazer sexo seguro – uso da camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais e orientar onde e como consegui-las;

3. Orientar para não compartilhar seringas e agulhas;

4. Identificar áreas de maior vulnerabilidade de acesso às drogas, entre elas, bares, pontos de prostituição, casas ou locais de uso de drogas. Nelas podem ser

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desenvolvidas ações preventivas importantes, facilitando o acesso aos materiais de prevenção e o encaminhamento aos serviços de saúde;

5. Identificar pessoas e famílias em situação de maior vulnerabilidade, respeitando o direito de privacidade e facilitando o vínculo com o serviço de saúde. Nem todas as pessoas se sentem à vontade para falar de assuntos íntimos, como sexo e uso de drogas, devendo, portanto, ser respeitado o limite que é dado pela pessoa; 6. Orientar para que o adolescente procure atendimento na UBS se houver algum

sinal ou sintoma;

7. Orientar as pessoas de grupos prioritários (menores de 21 anos, portadores de HIV e outros grupos vulneráveis) para a vacinação contra hepatite B;

8. Orientar a realização do exame preventivo, que deve ser feito a cada ano. Caso dois exames seguidos (em um intervalo de um ano) apresentarem resultado normal, o exame poderá ser feito a cada três anos.

As DST têm cura?

Quando identificada no início e devidamente tratada, a maioria das DST tem cura. A Aids, que é uma DST, não tem cura, mas pode ser tratada e controlada com medicamentos adequados.

Para um bom resultado durante e após o tratamento, é necessário que algumas orientações sejam seguidas pelos portadores de DST:

1. Seguir rigorosamente o tratamento indicado pelo profissional de saúde;

2. Os medicamentos devem ser tomados na quantidade e hora certas, conforme a receita;

3. O tratamento deve ser seguido até o fim, mesmo que não haja mais sinal ou sintoma da doença;

4. Os parceiros devem ser conscientizados a fazer o tratamento, para evitar que o problema continue;

5. Durante o tratamento, as relações sexuais devem ser evitadas e, quando ocorrerem, devem ser sempre com camisinha;

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Planejamento reprodutivo

O planejamento reprodutivo é um direito e vai muito além da adoção de um método anticoncepcional. Envolve um conjunto de ações para concepção e anticoncepção desde que não coloque em risco a vida e a saúde das pessoas, sendo garantida a liberdade de opção.

A orientação não deve significar escolher no lugar das pessoas, mas sim ajudar no processo de tomada de decisão, respeitando o princípio de autonomia no qual tanto o homem quanto a mulher têm o direito de decidir se querem ou não realizar o planejamento reprodutivo.

Embora o adolescente tenha o direito de decidir e programar se deseja ou não ter filhos, em que época de sua vida e como tê-los, a gravidez em menores de 15 anos é considerada de risco. Nesse caso o ACS deve dar atenção especial a essa adolescente e orientá-la a procurar a UBS o quanto antes para iniciar o pré-natal e estimular a participação do companheiro e familiares em todas as etapas.

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