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Essa atividade, em que o texto de um aluno é analisado e aper feiçoado por todos, exige o consentimento dele para tal e pressu-

No documento MEMÓRIAS-Se-Bem-Me-Lembro (páginas 142-146)

põe um grupo em que exista respeito mútuo e cooperação. Caso

nenhum de seus alunos autorize o aprimoramento de seu texto

coletivamente, utilize o exemplo deste caderno.

se bem me lembro...

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Divida a lousa em dois. No lado esquerdo, copie o texto; no lado direito, as sugestões dos alunos.

Usando os comentários como apoio, vá fazendo perguntas aos alunos, ajudando a turma a perceber os problemas. Quando encontrarem juntos a melhor forma para resolver as questões apontadas, reescreva o texto, incluindo as sugestões, no lado direito da lousa.

Estimule-os a pensar, trocar ideias e tirar conclusões. Organi- ze-os para que fale um de cada vez. Quando for preciso, escla- reça dúvidas, aponte as questões que eles não conseguiram identificar e as possíveis soluções.

No final, peça aos alunos que comparem as duas colunas e mostre-lhes como um texto pode ganhar em qualidade depois de ser revisto.

Vamos ao exemplo exposto, do aluno José Luís, nas páginas 144 e 145.

se bem me lembro...

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Comentários Texto original: “Dona Dulce e suas histórias” Sugestões de aprimoramento

O texto está em terceira pessoa. A proposta é produzir um texto em primeira pessoa, pois trata das “memórias” do entrevistado.

Dona Dulce tem 74 anos. Nasceu e cresceu em Marlândia, numa época mais tranquila. Ela me contou que desde que nasceu até hoje Marlândia mudou bastante.

Nasci e cresci em Marlândia, numa época bem mais tranquila. Desde que nasci, há 74 anos, até hoje, a cidade mudou bastante.

O autor poderia trazer suas impressões sobre o lugar, descrevendo cores, cheiros, fazendo comparações entre o passado e o presente. Poderia buscar uma linguagem literária que enredasse mais o leitor.

A cidade era simples e pequena, com poucas casas, quase todas feitas de taipa. As poucas ruas que existiam eram de terra, por onde passavam a boiada, charretes e apenas alguns poucos carros. A cidade tinha muita poeira e tudo era mais mato do que casas.

A casa era ainda mais simples. O chão era terra pura, as camas eram cavaletes, o fogão era a lenha. Na prateleira dava para colocar poucas coisas como pratos que foram da minha avó e as panelas que minha mãe areava.

Tinha meia dúzia de cadeiras velhas para as visitas.

A cidade era simples e pequena, com poucas casas, ainda de taipa. Pelas ruas de terra, passavam boiada, charretes e, bem diferente de hoje, apenas alguns poucos carros. A cidade tinha cheiro de poeira e de mato.

A casa onde eu morava era ainda mais simples: chão de terra vermelha, camas feitas de cavaletes e o cheiro do fogão a lenha avisava o que estava no fogo. A prateleira, apesar de pequena, exibia os pratos herdados de vovó e panelas areadas, que serviam de espelho. Fora isso, meia dúzia de cadeiras com a madeira já gasta pelo tempo esperavam as visitas.

Iniciar o parágrafo com uma expressão como “Naquele tempo” ajuda a situar o leitor na época em que os fatos ocorreram.

Falou que brincava bastante de boneca, que era feita de sabugo de milho. Também costumava fazer bichinhos com legumes e jogar queimada com bola de meia.

Naquele tempo, eu brincava bastante com as bonecas de sabugo de milho. Fazíamos bichinhos com legumes e jogávamos queimada com bola de meia.

Trazer impressões e sentimentos que poderiam ajudar a

despertar as emoções do leitor.

Ela contou que quando estudava a escola era para poucos, e qualquer erro tinha castigos severos. Os alunos ficavam em cima do milho e levavam palmadas de palmatória. Ela sentia muito medo da professora. Teve uma vez em que um menino foi parar no hospital depois dos castigos que recebeu.

Quando eu estudava, a escola era difícil e para poucos. A qualquer deslize era palmatória e joelhos no milho, no canto da sala. Certa vez, um garoto foi parar no hospital depois que a professora exagerou no corretivo. Quando a professora se aproximava minhas mãos tremiam e eu me transformava numa verdadeira estátua de gelo.

O texto precisa ser concluído, trazendo, por exemplo, o entrevistado ao tempo atual.

Dona Dulce diz que muito tempo se passou e hoje ela vive com seus netos, relembrando o passado.

O tempo passou depressa e hoje vivo com meus netos e as lembranças do passado.

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Comentários Texto original: “Dona Dulce e suas histórias” Sugestões de aprimoramento

O texto está em terceira pessoa. A proposta é produzir um texto em primeira pessoa, pois trata das “memórias” do entrevistado.

Dona Dulce tem 74 anos. Nasceu e cresceu em Marlândia, numa época mais tranquila. Ela me contou que desde que nasceu até hoje Marlândia mudou bastante.

Nasci e cresci em Marlândia, numa época bem mais tranquila. Desde que nasci, há 74 anos, até hoje, a cidade mudou bastante.

O autor poderia trazer suas impressões sobre o lugar, descrevendo cores, cheiros, fazendo comparações entre o passado e o presente. Poderia buscar uma linguagem literária que enredasse mais o leitor.

A cidade era simples e pequena, com poucas casas, quase todas feitas de taipa. As poucas ruas que existiam eram de terra, por onde passavam a boiada, charretes e apenas alguns poucos carros. A cidade tinha muita poeira e tudo era mais mato do que casas.

A casa era ainda mais simples. O chão era terra pura, as camas eram cavaletes, o fogão era a lenha. Na prateleira dava para colocar poucas coisas como pratos que foram da minha avó e as panelas que minha mãe areava.

Tinha meia dúzia de cadeiras velhas para as visitas.

A cidade era simples e pequena, com poucas casas, ainda de taipa. Pelas ruas de terra, passavam boiada, charretes e, bem diferente de hoje, apenas alguns poucos carros. A cidade tinha cheiro de poeira e de mato.

A casa onde eu morava era ainda mais simples: chão de terra vermelha, camas feitas de cavaletes e o cheiro do fogão a lenha avisava o que estava no fogo. A prateleira, apesar de pequena, exibia os pratos herdados de vovó e panelas areadas, que serviam de espelho. Fora isso, meia dúzia de cadeiras com a madeira já gasta pelo tempo esperavam as visitas.

Iniciar o parágrafo com uma expressão como “Naquele tempo” ajuda a situar o leitor na época em que os fatos ocorreram.

Falou que brincava bastante de boneca, que era feita de sabugo de milho. Também costumava fazer bichinhos com legumes e jogar queimada com bola de meia.

Naquele tempo, eu brincava bastante com as bonecas de sabugo de milho. Fazíamos bichinhos com legumes e jogávamos queimada com bola de meia.

Trazer impressões e sentimentos que poderiam ajudar a

despertar as emoções do leitor.

Ela contou que quando estudava a escola era para poucos, e qualquer erro tinha castigos severos. Os alunos ficavam em cima do milho e levavam palmadas de palmatória. Ela sentia muito medo da professora. Teve uma vez em que um menino foi parar no hospital depois dos castigos que recebeu.

Quando eu estudava, a escola era difícil e para poucos. A qualquer deslize era palmatória e joelhos no milho, no canto da sala. Certa vez, um garoto foi parar no hospital depois que a professora exagerou no corretivo. Quando a professora se aproximava minhas mãos tremiam e eu me transformava numa verdadeira estátua de gelo.

O texto precisa ser concluído, trazendo, por exemplo, o entrevistado ao tempo atual.

Dona Dulce diz que muito tempo se passou e hoje ela vive com seus netos, relembrando o passado.

O tempo passou depressa e hoje vivo com meus netos e as lembranças do passado.

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Atividades

Terminada a empreitada, é hora de valorizar essa conquista. Prepare uma cerimônia especial para o lançamento do livro, sugerido no início deste Caderno. Convide os pais e os entrevistados. Leia alguns textos.

Como o livro traz memórias da cidade, você pode “doar” um exemplar à biblioteca municipal. E, claro, reservar um também para a biblioteca da escola.

Outra ideia é enviar algumas histórias para o jornal do bairro, da igreja ou de outra instituição. Mas, para isso, confira se os textos não apresentam erros de gramática e de ortografia.

2ª - etapa

No documento MEMÓRIAS-Se-Bem-Me-Lembro (páginas 142-146)

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