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5.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS

5.1.3 Estação de tratamento

Enquanto os operários realizavam o tratamento dos efluentes, as atividades eram monitoradas e acompanhadas para a aprendizagem do processo e garantia da qualidade dos efluentes tratados.

Durante o tratamento, a qualidade dos efluentes era verificada através de testes de bancada, mostrado na figura 12, que dependendo da concentração do íon de interesse, apresentava uma coloração específica. O resultado do teste era comparado com o padrão disponível em tabelas que pode ser vista na figura 13. Os testes eram executados de acordo com as instruções encontradas no frasco dos reagentes.

23 Figura 12 - Testes de bancada

Fonte: autor.

Figura 13 - Tabelas comparativas para a determinação da concentração aproximada de alguns íons

24 A sequência geral para tratamento dos efluentes é a seguinte:

1º - Oxidação de cianetos 2º - Redução do cromo 3º - Precipitação de metais 4º - Sedimentação

5º - Filtração

6º - Descarte dos efluentes tratados

Também foi feito o acompanhamento do tratamento da água utilizada em alguns processos, que deve apresentar condutividade zero. Para garantir a total ausência de íons, a água, antes de ser utilizada, é passada por colunas de regeneração, ocorrendo a desmineralização, até que apresente a condutividade desejada. As colunas podem ser vistas na figura 14.

Figura 14 - Colunas de troca iônica

25 5.1.4 Processo de galvanoplastia

Algumas vezes, os processos de produção das peças eram acompanhados, tanto para garantir a conformidade de alguns parâmetros e exigências, quanto para descobrir o que estava ocasionando o aparecimento de algumas características não desejáveis. Os principais parâmetros monitorados eram: temperatura, pH e amperagem. As medidas eram realizadas com pistola de temperatura, medidor de pH e medidor de amperagem, os equipamentos utilizados podem ser vistos na figura 15. As peças, na maioria das vezes, seguiam uma sequência inicial padrão, e depois, em certo ponto, dependendo do tipo de processo, seguiam para sequências de banhos diferentes.

Mas, no geral, o processo segue essa sequência: 1º - Tratamento mecânico 2º - Tratamento químico 3º - Lavagem 4º - Sequências de banhos 5º - Lavagem 6º - Secagem

Figura 15 - Equipamentos para controle de parâmetros do processo

26 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

As análises realizadas visavam o controle e manutenção da qualidade dos depósitos metálicos, garantindo o bom desempenho do processo e a produção de peças bem-acabadas.

A verificação das concentrações das matérias-primas constituintes das soluções galvânicas, para possível reposição no banho, foi realizada através da técnica analítica de titulação. Durante os procedimentos de titulação, foi possível relacionar à prática, os conteúdos aprendidos nas disciplinas de química analítica. Dentre eles, destacam-se os métodos volumétricos e como são aplicados na identificação de compostos, e técnicas experimentais.

Para avaliação da qualidade dos depósitos metálicos era executada a análise em célula de Hull, um teste que permite a verificação de alguns parâmetros do processo. Parâmetros como espessura e penetração da camada metálica, brilho, nivelamento, presença de contaminantes, temperatura e pH, eram verificados na realização do teste. A análise em célula de Hull, foi uma nova técnica aprendida extra sala de aula. Os conhecimentos adquiridos através das disciplinas de físico-química auxiliaram no entendimento e execução da técnica.

Durante o acompanhamento na E.T.E., foi possível aprender os processos de tratamento de efluentes galvânicos, e também, preocupar-se quanto aos limites de emissão para o ambiente. A execução do tratamento é de extrema importância tendo em vista a alta toxicidade dos compostos presentes nos efluentes. Como o volume de efluentes produzidos é muito elevado é mais viável para a empresa efetuar o tratamento na própria fábrica do que terceirizar o serviço, o que elevaria mais o custo do processo. Também foi possível verificar e aprender sobre o funcionamento de colunas de trocas iônicas, utilizadas para a desmineralização da água.

Ao acompanhar o processamento das peças foi possível aprender sobre o processo de galvanoplastia, e associar na prática os conceitos eletroquímicos envolvidos. O aprendizado sobre o processo galvanoplástico, pode ser aplicado a

27 qualquer outra indústria do ramo galvânico, dessa forma, essa supervisão, contribuiu para agregar habilidade, experiência e conhecimento técnico-profissional.

Algumas outras atividades não descritas foram realizadas durante o estágio. Pode-se citar a realização de testes de novos produtos juntamente com representantes de empresas fornecedoras de matéria-prima, o controle na liberação de peças provenientes do setor de verniz cataforético, realizando testes de resistência de camada nas peças, e auxílio à produção quando necessário a demanda.

28

7 CONCLUSÕES

O estágio possibilitou o contato direto com a realidade profissional do químico e a inserção no mercado de trabalho. Também permitiu o desenvolvimento de habilidades e técnicas que contribuem para uma melhor desenvoltura profissional.

Foi possível associar os conhecimentos acadêmicos às atividades práticas do dia a dia, aprimorando as técnicas anteriormente conhecidas, e aplicando os conceitos teóricos aprendidos. Houve, também, o aprendizado de técnicas e processos que não foram vistos durante a graduação, sendo de grande valor para o aumento do conhecimento técnico, ressaltando a experiência adquirida na área de galvanoplastia.

Durante o estágio, ficou evidente a importância da realização do controle de qualidade das peças e dos processos, para o bom funcionamento da fábrica e para que se tenha um bom retorno financeiro.

29 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT – associação brasileira de normas técnica. NBR 12235 – armazenamento de

resíduos sólidos perigosos.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 357 de 17 de março de 2005.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 430 de 13 de maio de 2011.

FOLDES, P. A. Galvanotécnica Prática II. São Paulo: Polígono, 1974

OLIVIER, Samantha. Avaliação dos impactos ambientais gerados pela produção de resíduos industriais do ramo metálico: recuperação e reciclagem. 2006. Dissertação (Pós-graduação em Gestão e Políticas Ambientais), Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil, 2006.

PONTE, H. A. Tratamento de efluentes líquidos de galvanoplastia. Evento de Extensão, Departamento de Tecnologia Química, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006.

SILVA , Carlos Sérgio da. Um estudo crítico sobre a saúdes dos trabalhadores de galvânicas, por meio das relações entre as avaliações ambientais, biológicas e otorrinolaringológicas. São Paulo: FUNDACENTRO, 1998.

VOTORANTIM. Guia de boas práticas de galvanoplastia. Disponível em: http://www.crq4.org.br/downloads. Acesso em outubro de 2017.

30 ANEXOS

Figura 16 - Setor de níquel

Fonte: autor.

Figura 17 - Sistema do verniz cataforético

31 Figura 18 - Setor de tamboreamento

Fonte: autor.

Figura 19 - Reatores da E.T.E

32 Figura 20 - Filtro prensa da E.T.E

Fonte: autor.

Figura 21 - Depósito de resíduos sólidos

33 Figura 22 - Leito de secagem do lodo galvânico

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