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Para melhor podermos analisar os resultados obtidos iremos apresentá-los numa série de quadros que os resumem. Assim, no quadro 4.1 apresentamos as estatísticas descritivas relativas às dimensões do estilo atribuicional (o quadro 4.1 encontra-se na página seguinte). O quadro 4.2 apresenta, detalhadamente, as estatísticas descritivas relativas às várias dimensões do estilo atribuicional, repartidas por nacionalidade (portuguesa ou eslovena), género (masculino ou feminino) e tipo de modalidade praticada (individual ou colectiva), este quadro encontra-se na página 91. No quadro 4.3 (presente na página 93) apresentamos as estatísticas descritivas relativas aos níveis de auto-estima, também organizadas por nacionalidade, género e tipo de modalidade praticada. Finalmente, também na página 93, apresentamos o quadro 4.4 que descreve os resultados obtidos relativamente à diferença em termos de dimensões do estilo atribucional quando comparamos as atribuições realizadas para eventos positivos com as atribuições realizadas para eventos negativos. O quadro 4.4.

também apresenta os resultados repartidos por nacionalidade, género e tipo de modalidade praticada.

Quadro 4.1 – Resultados nas dimensões do estilo atribucional

N Média Desvio-Padrão Mínimo Máximo

Internalidade Positiva 149 5,57 ,87 1,6 7,0 Estabilidade Positiva 149 5,72 ,81 2,6 7,0 Globalidade Positiva 149 4,32 1,33 1,0 7,0 Controlabilidade Positiva 149 2,73 ,98 1,0 6,0 Intencionalidade Positiva 149 2,61 1,10 1,0 6,2 Internalidade Negativa 149 5,33 ,91 2,6 7,0 Estabilidade Negativa 149 4,03 1,16 1,0 7,0 Globalidade Negativa 149 3,77 1,24 1,0 6,8 Controlabilidade Negativa 149 3,48 1,11 1,4 6,6 Intencionalidade Negativa 149 5,04 1,17 1,8 7,0

O quadro 4.1 mostra que encontramos valores bastante discrepantes comparando as atribuições realizadas para eventos positivos com as atribuições realizadas para eventos negativos. Encontram-se pequenas diferenças na dimensão de internalidade, e grandes diferenças nas dimensões de estabilidade, controlabilidade, globalidade e intencionalidade. É de notar ainda que o valor que apresenta maior discrepância é a intencionalidade, que regista uma diferença de 2,43, entre atribuições realizadas para eventos positivos e atribuições realizadas para eventos positivos, o que corresponde a passar-se de atribuições essencialmente intencionais em eventos positivos para atribuições com um grau muito baixo de intencionalidade quando nos referimos a atribuições realizadas para eventos negativos. Também a estabilidade merece ser destacada pela sua grande discrepância (1,69) de resultados entre atribuições realizadas para eventos positivos e eventos negativos. Em termos de resumo podemos afirmar que os sujeitos tendem a realizar atribuições mais internas, estáveis, globais, controláveis e intencionais em eventos positivos do que em eventos negativos.

No quadro 4.2 podemos observar que, quando analisamos a internalidade, encontramos resultados bastante discrepantes. Os atletas eslovenos apresentam maior internalidade tanto em eventos positivos como para eventos negativos. As atletas femininas apresentam valores bastante superiores de internalidade para eventos negativos, relativamente aos atletas masculinos. Também os atletas de modalidades individuais apresentam maior internalidade tanto em eventos positivos como em eventos negativos.

Ao analisarmos a estabilidade verificamos que, em termos de eventos positivos, a maior diferença que encontramos se deve à nacionalidade. Os atletas portugueses realizam atribuições mais estáveis do que os atletas eslovenos. As diferenças encontradas em termos de género e tipo de modalidade praticada são reduzidas (0,12) Quando analisamos a estabilidade em eventos negativos, encontramos um único resultado que se destaca pela sua discrepância. Assim, os atletas portugueses realizaram atribuições muito mais estáveis para eventos negativos do que os atletas eslovenos. Em termos de género e de tipo de modalidade praticada, os resultados obtidos são homogéneos.

Na globalidade encontramos as maiores diferenças em termos de eventos negativos. Os atletas portugueses mostram-se mais globais que os atletas eslovenos, as atletas femininas mais globais do que os atletas masculinos, e os atletas de modalidades individuais mais globais do que os atletas de modalidades colectivas. Nos eventos positivos, as diferenças encontradas são bastante menores com os atletas portugueses a apresentarem maior nível de globalidade do que os atletas eslovenos, os atletas masculinos a apresentarem maior globalidade do que as atletas femininas, e os atletas de modalidades individuais a apresentarem atribuições mais globais do que os atletas de modalidades colectivas.

Em termos de controlabilidade e intencionalidade para eventos positivos, bem como de controlabilidade para eventos negativos, encontramos resultados bastante próximos ao longo dos vários factores. Em termos de intencionalidade para eventos negativos apenas encontramos resultados mais divergentes quando comparamos atletas de modalidades colectivas com atletas de modalidades individuais, com os primeiros a apresentarem valores mais elevados, o que significa que realizam atribuições menos intencionais para eventos negativos do que os atletas de modalidades individuais.

Quando analisamos o quadro 4.3, podemos afirmar que não encontramos grande discrepância, em termos de níveis de auto-estima, em nenhum dos factores. Todos os grupos apresentam, assim, resultados bastante convergentes.

No quadro 4.4, verificamos que, em termos de internalidade, os resultados se apresentam relativamente homogéneos em termos de tipo de modalidade praticada, mas bastante divergentes em termos de género. Os atletas masculinos apresentam uma maior diferença de internalidade entre eventos positivos e negativos. Já na dimensão da estabilidade, a nacionalidade emerge como o factor que apresenta maior discrepância. Os atletas eslovenos apresentam um maior diferença de estabilidade das suas atribuições realizadas para eventos positivos face aos eventos negativos.

Na análise à globalidade podemos afirmar que, enquanto os resultados em termos de nacionalidade são homogéneos, o mesmo não se verifica em termos de género e de tipo de modalidade praticada. Os homens e os atletas de modalidades colectivas apresentam uma maior diferença entre atribuições realizadas para eventos positivos e negativos relativamente às mulheres e aos atletas de modalidades individuais.

Os resultados obtidos em termos de diferença entre atribuições realizadas para eventos positivos e negativos na dimensão da controlabilidade foram bastante homogéneos, apenas com uma diferença entre grupos um pouco maior quando olhamos para a nacionalidade. Os atletas portugueses apresentam uma maior diferença do que os atletas eslovenos.

Em termos de intencionalidade os resultados não demonstram grandes diferenças ao longo dos vários factores. Os atletas portugueses e os atletas eslovenos apresentam a maior diferença (0,21) entre si de média, sendo os atletas portugueses que apresentam uma maior diferença entre níveis de intencionalidade, comparando as atribuições realizadas para eventos positivos, com as realizadas para eventos negativos.