A caracteriza¸c˜ao da fronteira da ´area de atra¸c˜ao apresentada nas se¸c˜oes anteriores sugere o seguinte algoritmo conceitual para o c´alculo da fronteira da ´area de atra¸c˜ao. Algoritmo:
1. Calcule todos os elementos cr´ıticos de (4.1).
2. Dentre os elementos cr´ıticos, encontre aqueles cujas variedades inst´aveis tem interse¸c˜ao n˜ao vazia com a ´area de atra¸c˜ao.
3. A fronteira da ´area de atra¸c˜ao ´e formada pela uni˜ao das variedades est´aveis dos pontos de equil´ıbrio selecionados no passo 2.
Do ponto de vista num´erico, este algoritmo apresenta diversos problemas. No passo 1, n˜ao sabemos de antem˜ao quantos elementos cr´ıticos existem e qual seria sua localiza¸c˜ao aproximada, al´em disto, sistemas n˜ao lineare podem ter infinitos elementos cr´ıticos. No caso de pontos de equil´ıbrio temos que encontrar os zeros da equa¸c˜ao f (x) = 0. Em geral, m´etodos como o Newton-Raphson s˜ao utilizados para resolver esta equa¸c˜ao. Estes m´etodos exigem estimativas iniciais da localiza¸c˜ao dos zeros. Encontrar ´orbitas fechadas n˜ao ´e uma tarefa simples. Existem na literatura algum m´etodos promissores para encontrar ´orbitas fechadas em sistemas dinˆamicos n˜ao-lineares. Ver, por exemplo, o ”shooting method” em [32] e [2].
O item 2, embora dispendioso do ponto de vista computacional, pode ser reali- zado com certa facilidade. Entretanto o item 3 ´e muito complicado pois envolve o c´alculo de variedades de dimens˜ao elevada o que ´e em geral impratic´avel do ponto de vista computacional.
Para evitar a realiza¸c˜ao do passo 3, utilizamos a fun¸c˜ao energia para estimar a ´area de atra¸c˜ao, ou seja, procura-se por um conjunto de n´ıvel da fun¸c˜ao energia que esteja contido na ´area de atra¸c˜ao. A seguir apresenta-se o embasamento te´orico para obter estimativas ´otimas da ´area de atra¸c˜ao via fun¸c˜oes energia.
Embora j´a tenhamos explorado este resultado nas se¸c˜oes anteriores, vamos mostrar formalmente que a fun¸c˜ao energia ´e limitada inferiorrmente na fronteira da ´area de atra¸c˜ao.
Teorema 4.3.1 Seja V uma fun¸c˜ao energia associada ao sistema dinˆamico n˜ao linear (4.1) e seja xs um ponto de equil´ıbrio atrativo de (4.1). Ent˜ao V ´e uma
33 Demonstra¸c˜ao: Seja p um ponto arbitr´ario em ∂A(xs). Ent˜ao, existe uma seq¨uˆencia
de pontos {xi}, com xi ∈ A(xs) e xi → p quando i → ∞. A continuidade de V
garante que V (xi) → V (p) quando i → ∞. Al´em disto, a condi¸c˜ao 1 da defini¸c˜ao
4.1.1 garante que V (xi) ≥ V (p) para todo i ∈ N. Portanto, V (p) ≥ V (xs), ou seja,
V (p) ´e limitada inferiormente por V (xs). A arbitrariedade da escolha de p completa
a demonstra¸c˜ao deste teorema. Corol´ario 4.3.2 A fun¸c˜ao energia possui m´ınimo global na fronteira da ´area de atra¸c˜ao.
Uma conseq¨uˆencia importante do teorema 4.3.1 ´e que trajet´orias na fronteira da ´area de atra¸c˜ao s˜ao limitadas para t ≥ 0 mesmo que a ´area de atra¸c˜ao seja um conjunto n˜ao limitado.
Teorema 4.3.3 Seja V uma fun¸c˜ao energia associada ao sistema n˜ao linear (4.1) e seja xs um ponto de equil´ıbrio atrativo de (2.1). Se p ∈ ∂A(xs), ent˜ao ϕ(t, p) ´e
limitada para t ≥ 0.
Demonstra¸c˜ao: Seja p ∈ ∂A(xs). A condi¸c˜ao 1 da defini¸c˜ao 4.1.1 garante que
V (ϕ(t, p)) ≤ V (p) para todo t ≥ 0. A invariˆancia de ∂A(xs) e o Teorema 4.3.1
garntem que V (ϕ(t, p)) ≥ V (xs) para todo t ≥ 0. Portanto, V (ϕ(t, p)) ´e limitada
para t ≥ 0 e a condi¸c˜ao 3 da defini¸c˜ao 4.1.1 garante que ϕ(t, p) ´e limitada para t ≥ 0.
O seguinte teorema ´e muito importante para a obten¸c˜ao de estimativas da ´area de atra¸c˜ao.
Teorema 4.3.4 Seja V uma fun¸c˜ao energia associada ao sistema (4.1). M´ınimos locais de energia na fronteira da ´area de atra¸c˜ao ocorrem em pontos de equil´ıbrio. Demonstra¸c˜ao: Suponha que p seja um ponto de m´ınimo local em ∂A(xs) e que
p /∈ E. A invariˆancia de ∂A garnte que ϕ(t, p) ∈ ∂A para t ∈ R. Como p /∈ E, ent˜ao ϕ(t, p) /∈ E para todo t ∈ R. Al´em disto, as condi¸c˜oes 1 e 2 da defini¸c˜ao 4.1.1 garantem que dado tε > 0 arbitrariamente pequeno existe um tempo t∗ ∈ (0, tε)
tal que V (ϕ(t∗, p)) < V (p). Isto significa que arbitrariamente pr´oximo de p existem
pontos em ∂A com energia V menod do que V (p), logo chegamos a uma contradi¸c˜ao provando o resultado. Agora estamos em posi¸c˜ao para apresentar o seguinte teorema referente a obten¸c˜ao de estimativas da ´area de atra¸c˜ao via conjuntos de n´ıvel de fun¸c˜oes energia.
Teorema 4.3.5 Seja V uma fun¸c˜ao energia associada ao sistema dinˆamico n˜ao linear (4.1) e seja xs um ponto de equil´ıbrio assintoticamente est´avel de (4.1). Sejam
xi, i = 1, 2, . . . os pontos de equil´ıbrio na fronteira da ´area de atra¸c˜ao de xs. Defina
L := miniV (xi) e seja Sc(L) a componente conexa do conjunto de n´ıvel {x ∈ Rn :
V (x) < L} contendo o equil´ıbrio xs. Ent˜ao S
c(L) ´e uma estimativa da ´area de
Demonstra¸c˜ao: Suponha que Sc(L) n˜ao esteja contido em A(xs). Ent˜ao existe
p ∈ Sc(L) tal que p /∈ A(xs). Da conexidade de Sc(L), existe um caminho γ em
Sc(L) que conecta os pontos xs e p. Como xs ∈ A e p /∈ A, deve existir pelo menos
um ponto q em γ tal que q ∈ ∂A. Mas isto implica que V (q) ≥ L o que nos leva a uma contradi¸c˜ao. Logo Sc(L) ⊂ A.
A estimativa Sc(L) ´e a melhor estimativa da ´area de atra¸c˜ao que podemos obter
via curvas de n´ıvel da fun¸c˜ao energia V . Este resultado portanto sugere o seguinte algoritmo conceitual para estimar a ´area de atra¸c˜ao de um ponto de equil´ıbrio as- sintoticamente est´avel.
Algoritmo:
1. Calcule todos os elementos cr´ıticos de (4.1).
2. Dentre os elementos cr´ıticos, encontre aqueles cujas variedades inst´aveis tem interse¸c˜ao n˜ao vazia com a ´area de atra¸c˜ao. Sejam eles xi, i = 1, 2, . . ..
3. Calcule L = miniV (xi).
4. A componente conexa Sc(L) do conjunto de n´ıvel {x ∈ Rn : V (x) < L} ´e uma
Cap´ıtulo 5
Fun¸c˜ao Energia Generalizada,
Conjuntos Limites e Estimativas
da ´Area de Atra¸c˜ao
Na se¸c˜ao anterior, mostrou-se que a existˆencia de uma fun¸c˜ao energia garante que o conjunto limite de qualquer solu¸c˜ao de 4.1 ´e composto apenas por pontos de equil´ıbrio. Do ponto de vista pr´atico, encontram-se as seguintes dificuldades:
• Muitos sistemas f´ısicos n˜ao possuem uma fun¸c˜ao energia; em geral devido a presen¸ca de comportamentos mais complexos como ciclos limites e ´orbitas ca´oticas;
• Existem sistemas que teoricamente admitem a existˆencia de uma fun¸c˜ao ener- gia mas n˜ao se consegue express´a-la por uma express˜ao anal´ıtica em termos de fun¸c˜oes elementares.
A fun¸c˜ao energia estendida foi definida para acomodar a presen¸ca de ciclos limites. Entretanto, do ponto de vista pr´atico o teorema 4.1.5 e a defini¸c˜ao 4.2.1 apresentam os seguintes problemas:
1. Dificilmente encontra-se fun¸c˜ao V satisfazendo as condi¸c˜oes 1)-3) da defini¸c˜ao 4.2.1.
2. N˜ao existem m´etodos eficazes para procurar e calcular ciclos limites principal- mente em espa¸coes de dimens˜ao elevada.
Embora a defini¸c˜ao de fun¸c˜ao energia generalizada apresentada no cap´ıtulo an- terior seja adequada e poderosa para tratar problemas em que possam existir ciclos limites e ´orbitas peri´odicas na fronteira da ´area de atra¸c˜ao, ela n˜ao ´e pr´atica na medida em que dificilmente encontram-se fun¸c˜oes satisfazendo todas as condi¸c˜oes de uma fun¸c˜ao energia generalizada. Nesta se¸c˜ao, as exigˆencias sobre a fun¸c˜ao V s˜ao relaxadas. Com isto, ganha-se a possibilidade de tratar problemas que possuam
qualquer tipo de conjunto limite na fronteira da ´area de atra¸c˜ao. Obviamente, o pre¸co a pagar por esta generaliza¸c˜ao ´e que as conclus˜oes n˜ao s˜ao t˜ao fortes e os procedimentos computacionais s˜ao mais complexos.
5.1
Fun¸c˜ao Energia Generalizada e Conjuntos Li-
mites
Considere novamente o sistema dinˆamico n˜ao-linear autˆonomo:
˙x = f (x) (5.1)
onde x ∈ Rn ´e o vetor de estados e o campo vetorial f : Rn → Rn ´e uma fun¸c˜ao de
classe C1.
Seja V : Rn → R uma fun¸c˜ao de classe C1 e defina os conjuntos
C := nx ∈ Rn: ˙V (x) > 0o e M := nx ∈ Rn: ˙V (x) = 0o. Usualmente, o conjunto
C ´e composto por uma cole¸c˜ao enumer´avel de componentes conexas. Denotaremos por Ci a i-´esima componente conexa de C. Admitiremos que os conjuntos Ci′s s˜ao
isolados, isto ´e, existe uma cole¸c˜ao enumer´avel de conjuntos abertos e disjuntos Di′s
satisfazendo ¯Ci ⊂ Di para todo i.
Observa¸c˜ao 5.1.1 Alternativamente, pode-se supor que C ´e um conjunto que cont´em o conjunto onde a derivada de V ´e positiva, isto ´e, {x ∈ Rn : ˙V (x) > 0} ⊂ C, e
que as componentes conexas Ci′s de C s˜ao isoladas no sentido previamente des-
crito. Todos os resultados apresentados podem ser facilmente demonstrados com esta defini¸c˜ao alternativa de C. Embora as estimativas dos conjuntos atrativos e das respectivas ´areas de atra¸c˜ao tendam a ser mais conservadoras neste caso, esta defini¸c˜ao alternativa abrange uma classe maior de problemas. Al´em disto, em muitas situa¸c˜oes pr´aticas, n˜ao se conhece precisamente o conjunto {x ∈ Rn : ˙V (x) > 0},
mas apenas uma estimativa deste, isto ´e, um conjunto que o cont´em ´e conhecido. Defini¸c˜ao 5.1.2 Uma fun¸c˜ao V : Rn → R de classe C1 ´e uma fun¸c˜ao energia
generalizada do sistema (5.1) se
(C1) O n´umero de componentes conexas Ci de C ´e finito.
(C2) O conjunto Ci ´e limitado para todo i.
(C3) supt≥0|V (φ(t, xo))| < ∞ implica que φ(t, xo) ´e limitado para t ≥ 0.
Este novo conceito de energia permite que a derivada da mesma ao longo das trajet´orias seja positiva nos conjuntos limitados Ci′s. Apesar desta flexibilidade com
rela¸c˜ao `a derivada, o pr´oximo teorema mostra que algumas conclus˜oes a respeito dos conjuntos limites aindam podem ser obtidas.
37 Teorema 5.1.3 Seja V uma fun¸c˜ao energia genralizada do sistema (5.1). Suponha que a trajet´oria ϕ(t, xo) do sistema dinˆamico (5.1) seja limitada para t ≥ 0, ent˜ao
ou
(i) existe um n´ıvel L ∈ R tal que ω(xo) ⊂ (M ∩ {x ∈ Rn: x ∈ V−1(L)}) ou
(ii) existe pelo menos uma componente conexa Cj de C tal que ω(xo) ∩ ¯Cj 6= ∅.
Demonstra¸c˜ao: Por hip´otese, a trajet´oria ϕ(t, xo) ´e limitada, logo o conjunto
omega-limite ω(xo) ´e n˜ao vazio, fechado, invariante e conexo. Suponha que ϕ(t, xo) /∈
C para todo t ≥ 0. Ent˜ao, V (t) = V (ϕ(t, xo)) ´e uma fun¸c˜ao n˜ao crescente em
t limitada inferiormente. Portanto, existe um n´umero real L tal que V (t) → L quando t → ∞. Se p ∈ ω(xo), existe uma seq¨uˆencia de tempos {tn} ↑ ∞ tal que
ϕ(tn, xo) → p quando n → ∞. Portanto V (ϕ(tn, xo)) → L quando n → ∞ e, devido
a continuidade de V , V (p) = L. Como isto ´e verdade para qualquer ponto em ω(xo), ω(xo) ⊂ {x ∈ Rn : x ∈ V−1(L)}. Usando a invariˆancia de ω(xo) conclui-se
que ˙V (p) = 0 para qualquer p ∈ ω(xo) e portanto ω(xo) ⊂ M. Neste caso (i) ´e
verdadeiro.
Suponha agora que a trajet´oria ϕt(xo) := {φ(t, xo) ∈ Rn: t ≥ 0} tenha interse¸c˜ao
n˜ao vazia com o conjunto C. Ent˜ao existe uma componente conexa Cj1 tal que ou
xo ∈ Cj1 ou existe um par de tempos t1 e t ∗
1 tais que ϕ(t, xo) /∈ C para 0 ≤ t ≤ t1 e
ϕ(t, xo) ∈ C para t1 < t < t∗1. Se ϕ(t, xo) permanece dentro de ¯Cj1 para todo tempo
t ≥ t1, isto ´e, t∗1 = +∞, ent˜ao V (t) ´e uma fun¸c˜ao n˜ao decrescente de t limitada supe-
riormente para t ≥ t1. Usando argumentos similares aqueles utilizados na primeira
parte da demonstra¸c˜ao, conclu´ımos que ω(xo) ⊂ (M ∩ {x ∈ Rn : x ∈ V−1(L)}) e (i)
´e verdadeiro. Se t∗
1 < ∞, ent˜ao temos novamente duas possibilidades. Ou ϕ(t, xo) /∈ C para
t ≥ t∗1 ou existe uma componente conexa Cj2 e um par de tempos t2 e t ∗
2 tais que
ϕ(t, xo) /∈ C para t∗1 ≤ t ≤ t2 e ϕ(t, xo) ∈ Cj2 para t2 < t < t ∗
2. A partir deste
ponto, a an´alise ´e repetida. Se o n´umero de vezes que a an´alise ´e repetida for finito, ent˜ao (i) ´e verdadeiro. Caso contr´ario, existe uma seq¨uˆencia de tempos {tn} ↑ ∞
e uma seq¨uˆencia de componentes conexas {Cjn} tais que ϕ(tn, xo) ∈ Cjn. Como o
n´umero de componentes conexas Cide C ´e finito, existe pelo menos uma componente
Cjk que ´e visitada pela trajet´oria infinitas vezes. Em outras palavras, existe uma
subseq¨uˆencia de tempos {tni} de {tn} tal que xi := ϕ(tni, xo) ∈ Cjk. Como ¯Cjk ´e um
conjunto compacto, existe uma subseq¨uˆencia convergente {xiv} de {xi} convergindo
para algum ponto ˜x ∈ Cjk. Por defini¸c˜ao, ˜x ´e um ponto ω-limite de xo e portanto
ω(xo) ∩ ¯Cjk 6= ∅. Neste caso, (ii) ´e verdadeiro.
O Teorema 5.1.3 estabelece a rela¸c˜ao entre os conjuntos limites de trajet´orias limitadas do sistema dinˆamico n˜ao linear (5.1) e as fun¸c˜oes energia generalizadas. Ele assegura que se as solu¸c˜oes limitadas n˜ao se aproximam do conjunto onde a derivada de V ao longo das trajet´orias ´e igual a zero, ent˜ao o conjunto ω-limite ne- cessariamente intercepta pelo menos uma das componentes conexas Cide C. Figura
5.1 ilustra este fato. ´E importante ressaltar que o conjunto ω-limite pode interceptar mais do que uma componente conexa Cj de C como mostra a Figura 5.2.
()t 1 φ ()t 2 φ i C j C k C ()t 3 φ 0 = V
Figura 5.1: Ilustra¸c˜ao geom´etrica do Teorema 5.1.3. Trˆes possibilidades podem ocor- rer: (i) a solu¸c˜ao limitada φ1(t) converge para o conjunto M :=
n
x ∈ Rn: ˙V (x) = 0o
quando t → ∞, (ii) a solu¸c˜ao limitada φ2(t) tem intersec¸c˜ao n˜ao vazia com Cj, (iii)
φ3(t) ´e ilimitada.
limit set i
C Cj
Figura 5.2: Ilustra¸c˜ao do Teorema 5.1.3. O conjunto ω-limite pode interceptar mais do que uma componente conexa Cj de C. Nesta figura um ciclo limite tem
intersec¸c˜ao n˜ao vazia com duas componentes conexas Ci e Cj de C.
A principal diferen¸ca entre a fun¸c˜ao energia estendida e a generalizada ´e que a fun¸c˜ao energia estendida requer que todos os conjuntos limites estejam contidos no conjunto onde a derivada de V ao longo das trajet´aorias ´e igual a zero enquanto que a fun¸c˜ao energia generalizada relaxa esta condi¸c˜ao. Contudo, a pr´oxima observa¸c˜ao mostra que pontos de equil´ıbrio, em particular, necessariamente pertencem ao con- junto M onde a derivada de V ao longo das trajet´orias ´e igual a zero tanto para a fun¸c˜ao energia generalizada quanto para a estendida.
39 Observa¸c˜ao 5.1.4 Como ˙V (x) =< gradV, f (x) >, todos os pontos de equil´ıbrio pertencem ao conjunto M =nx ∈ Rn: ˙V (x) = 0o.
A energia generalizada n˜ao exclui a possibilidade de conjuntos limites gerais pertencerem ao conjunto M, entretanto, dificilmente encontra-se uma fun¸c˜ao energia satisfazendo esta condi¸c˜ao em problemas pr´aticos.