• Nenhum resultado encontrado

ESTOCAGEM DE CARBONO EM LAGOS AMAZÔNICOS

A importância do acúmulo de carbono em áreas úmidas é amplamente reconhecida. Estes ecossistemas são um dos principais sumidouros de carbono do mundo (ALIN; JOHNSON, 2007; TRANVIK et al., 2009). A evidência de sua importância é comprovada por planícies temperadas e boreais, mas ainda precisa ser demonstrada em áreas tropicais. Apesar da provável importância que as várzeas amazônicas têm para o balanço do carbono na zona tropical úmida, só recentemente a atenção tem sido dada ao papel desempenhado por esses sistemas na acumulação global de carbono (MOREIRA-TURCQ et al., 2004; MOREIRA et al., 2012).

No lago Quistococha, por meio de análises orgânica e mineralógica, dois regimes sedimentares contrastantes foram caracterizados durante o Holoceno. O ambiente de várzea dos lagos Quistococha (unidade II) e Hubos, e do lago Quistococha (unidade I) com menor ou quase nenhuma influência fluvial, apresentaram diferentes taxas de acúmulo de carbono. Durante os períodos de maior influência do Amazonas (6100-4900 anos cal AP), o registro sedimentar do lago Quistococha foi caracterizado por elevadas taxas de sedimentação (até 0,7cm ano-1) (Tabela 6.10 e Figuras 7.9) que gerou significativa acumulaçãode carbono nos sedimentos de 29 e 14 gC m-2ano-1 (Tabela 6.16). Estes resultados são semelhantes aos medidos por Moreira et al. (2012, 2013), em sistemas de várzea, na Amazônia brasileira, fortemente influenciados pelo rio durante os últimos mil anos. As elevadas taxas de sedimentação, impostas pelo regimes de altas águas durante esta fase, podem ser a principal responsável pelas altas taxas de acúmulo de carbono no lago Quistococha, apesar das baixas concentrações de carbono. Estudos utilizando cronologia 210Pb nos lagos Jacaretinga e Cristalino, na várzea do rio Solimões, Brasil, mostraram altas taxas de acúmulo de carbono de cerca de 44 e 28 gCm-2ano-1, respectivamente, para o século passado (DEVOL et al., 1984) em lagos caracterizados por baixas concentrações de carbono. No lago Santa Ninha, Moreira- Turcq et al. (2004) determinou acúmulo médio de carbono de 100 gCm-2ano-1nos últimos 100 anos em um Lago também caracterizado por baixos teores de carbono orgânico (em média 1%). Costa (2006) determinou uma taxa de acúmulo médio de carbono para o Lago Acarabixi, situado às margens do rio Negro de 265 gCm-2ano-1 para o Holoceno Superior, sendo este um lago de águas pretas rico em carbono orgânico (25%). Em contraste, as taxas de sedimentação média para o lago Hubos entre 4130 e aproximadamente 2870 anos cal AP foram de 0,03 e 0,08 cm ano-1 que geraram um acúmulo de 5,8 g C m-2 ano-1 em HUB1 e 1,42 g C m-2 ano-1 em HUB2. Apesar de o lago estar inserido na planície de inundação do Rio

Ucayali, suas taxas de sedimentação são da ordem das taxas de sedimentação de lagos isolados. Isto porque, durante este período, o lago provavelmente estava distante do canal principal e sob pouca influencia do Rio Ucayali, além disso, como reportado na discussão do lago Quistococha, este provavelmente corresponde a um período de seca na região e na Amazônia de um modo geral (ABSY et al., 1991; BEHLING et al., 2001; SIFEDDINE et al., 2001; MAYLE et al., 2000; TURCQ et al., 1998, 2002, 2007; WENG et al., 2002; IRION et al., 2006; BUSH et al., 2007; CORDEIRO et al., 2008b; MAYLE; POWER, 2008; MOREIRA et al., 2012), que culminou na interrupção da sedimentação do lago Hubos após 2800 anos cal AP. No entanto, este parece ser um evento erosivo, já que este período corresponde a um aumento das precipitações na região.

A partir de 2600 anos cal AP as taxas de sedimentação no lago Quistococha reduzem para cerca de 0,02 cm ano-1nos testemunhos QUI1 e QUI2 durante o Holoceno Superior. Estas baixas taxas de sedimentação na unidade I, refletem o isolamento do lago da influência do rio e resultam em baixas taxas de acúmulo de carbono (5 e 8 gC m-2 ano-1) (Figura 7.10), apesar dos altos percentuais de COT, entre 0,7% e 32,7%. Estes resultados estão na mesma ordem de grandeza dos lagos isolados da dinâmica fluvial, estudados por Cordeiro et al. (2008a) na região de Carajás, Brasil. Estes autores estimaram uma taxa de acúmulo de 4,4 gCm-2ano-1, para o período entre 2800 e 1300 anos cal AP, que também foi acompanhado por aumento no nível do lago. A taxa de acúmulo de carbono de 8 gCm-2ano-1 foi estimada para os últimos 2000 anos para o lago Caracaranã (SIMÕES FILHO, 2000). A comparação entre as taxas de acúmulo de carbono entre as unidades I e II do lago Quistococha, mostram que os lagos de várzea na Amazônia sob forte influência da hidrologia do rio também podem constituir importante sumidouro de carbono orgânico produzido in situ ou oriundo do aporte dos rios. Estes resultados também apontam que a quantidade de carbono depositado em lagos de várzea pode ser da mesma ordem de grandeza do que a encontrada nos "peat land" da Amazônia peruana (LÄHTEENOJA et al., 2009).

Figura 7.10 – Taxas de acumulação de carbon para os três testemunhos do lago Quistococha (QUI1, QUI2 e QUI3).

8 CONCLUSÃO

As alterações hidrológicas dos rios Ucayali e do Amazonas nos últimos 6100 e 4420 anos cal AP, respectivamente, afetaram sobremaneira a sedimentação nos lagos Hubos e Quistococha. O registro sedimentar dos três testemunhos do lago Quistococha, sugere uma sequência de dois regimes distintos de sedimentação. Entre 6100 e 5900 anos cal AP, o lago foi fortemente influenciado pelo Rio Amazonas. Esta conclusão baseia-se: i) nas altas taxas de sedimentação; ii) na composição de matéria orgânica sedimentar e mineralogia semelhantes à doAmazonas; iii) na presença de material mais grosso na parte inferior do testemunho e; iv) na presença de laminações. Após 5900 anos cal AP influênciado rio Amazonas, diminuiu gradativamente e deixou de existir à cerca de 4900 anos cal AP devido a avulsão do rio em direção a sua posição atual. A causa desta avulsão, seja climática ou tectônica, não está esclarecida. No entanto, observa-se um hiato sedimentar entre 4900 e 2600 anos cal AP. O Holoceno Médio na Amazônia é caracterizado por ser um período seco. Durante este período, entre 4420 e 2870 anos cal AP, a sedimentação no lago Hubos também foi reflexo deste clima regional, sem no entanto perder a conexão com o Rio Ucayali, cuja influência na sedimentação do Lago Hubos impôs características orgânicas e mineralógicas sobre a sedimentação do lago. O hiato sedimentar no lago Quistococha e a sedimentação lenta no Hubos, refletem o clima mais seco e variável na Amazôniadurante o Holoceno Médio, provavelmente devido ao enfraquecimento do Sistema deMonção da América do Sul.

A intensificação das monções durante o Holoceno Superior teriam levado ao retorno da umidade. Uma interrupção no registro sedimentar do lago Hubos após 2870 anos cal AP, foi causada pela forte dinâmica do Ucayali, que além de retirar material das várzeas, também é responsável por fortes eventos erosivos dos bancos lateriais onde o material mais antigo foi remobilizado. No lago Quistococha, a partir de 2600 anos cal AP, o aumento da umidade propiciou estabelecimento das características atuais do lago. A taxa de sedimentação e parâmetros de matéria orgânica são semelhantes aos de outros lagos isolados da dinâmica fluvial, e a mineralogia indica a sedimentação de material intemperizado, típico dos solos amazônicos. Apesar do sedimento do período atual ser consideravelmente mais rico em carbono orgânico do que no passado, quando o lago era influênciado pelo Rio Amazonas, a taxa de acúmulo de carbono era menor, pois a sedimentação na várzea é mais rápida e o material mineral enterra consigo quantidades significativas de matéria orgânica. Estas observações colocam em evidência a importância de uma forte dinâmica hidrológica do rio sobre os processos de acumulação de carbono nos lagos de várzea da Amazônica.

Os resultados desta pesquisa contribuem com informações relevantes sobre o papel das várzeas na acumulação de carbono no Alto Amazonas. Além de melhorar a resolução espacial, também levantam questionamentos sobre a diversidade de climas regionais durante este período durante o Holoceno Médio e Tardio.

9 REFERÊNCIAS

AALTO, R.; MAURICE-BOURGOIN, L.; DUNNE, T.; MONTGOMERY, D. R.; NITTROUER, C. A.; GUYOT, J. L. Episodic sediment accumulation on Amazonian flood plains influenced by El Niño/Southern oscillation. Nature, v. 425, p. 493-497, 2003.

ABBOTT, M. B.; WOLFE, B. B.; WOLFE, A. P.; SELTZER, G. O.; ARAVENA, R.; MARK, B. G.; POLISSAR, P. J.; RODBELL, D. T.; ROWE, H. D.; VUILLE, M. Holocene paleohydrology and glacial history of the central Andes using multiproxy lake sediment studies. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, Amsterdam, v. 194, p. 123- 138, 2003.

ABSY, M. L. A palynological study of Holocene sediments in the Amazon basin. PhD thesis, Univesity of Amsterdam, Holanda, 1979.

ABSY, M. L. Palynology of Amazonia: the history of the forests as revealed by the palynological record. In: PRANCE, G. T.; LOVEJOY, T. E. (Eds.). Key environments Amazonia. Oxford: Pergamon Press, 1985. p. 72-82.

ABSY, M. L. et al. Mise en évidence de quatre phases d'ouverture de la forêt dense dans le sud-est de l'Amazonie au cours des 60000 dernières années. Première comparaison avec d'autres régions tropicales. C. R. Acad. Sci. Paris, v. 312, p. 673-678, 1991.

ACEITUNO, P.; MONTECINOS, A. Circulation anomalies associated with dry and wet periods in the South American Altiplano. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON SOUTHERN HEMISPHERE METEOROLOGY, 4., 1993, Australia. Anais… Hobart, Austrália: American Meteorological Society, 1993. p. 330-331.

AMARASEKERA, K. et al. ENSO and the natural variability in the flow of tropical rivers. Journal of Hydrology, Amsterdam, v. 200, p. 24-39, 1997.

AMORIM, M. A. et al. Origem da deposição dos sedimentos superficiais na Várzea do Lago Grande de Curuai, Pará, Brasil. Acta Amazônica, Manaus, v. 39, n. 1, p. 165-172, 2009.

ANICETO, K. C. P. et al. Hydrological changes in west Amazonia over the past 6 ka inferred from geochemical proxies in the sediment record of a floodplain lake. Procedia Earth and Planetary Science, v. 10, p. 287-291, 2014.

ANICETO, K. C. P. et al. Holocene paleohydrology of Quistococha Lake (Peru) in the upper Amazon Basin: influence on carbon accumulation. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, Amsterdam, v. 415, p. 165-174, 2014. Doi: 10.1016/j.palaeo.2014.08.018.

ARRHENIUS, S. On the Influence of Carbonic Acid in the Air upon the Temperature of the Ground. Philosophical Magazine and Journal of Science, London, Series 5, v. 41, p. 237-276, 1896.

AUFDENKAMPE, A. K. et al. Riverine coupling of biogeochemical cycles between land, oceans and atmosphere. Front Ecol Environ, v. 9, p. 53-60, 2011.

BAKER, T. R. et al. Increasing biomass in Amazonian forest plots. Phil. Trans. R. Soc. Lond. B, v. 359, p. 353-365, 2004.

BARTLETT, K. B.; HARRISS, R. C. Review and assessment of methane emissions from wetlands. Chemosphere, Oxford, v. 26, p. 261-320, 1993.

BEHLING, H.; COSTA, L. D. Holocene environmental changes from the Rio Curuá record in the Caxiuana region, Eastern Amazon Basin. Quaternary Research, California, v. 53, p. 369- 377, 2000.

BEHLING, H.; HOOGHIEMSTRA, H. Late Quaternary palaeoecology and palaeoclimatology from pollen records of the savannas of the Llanos Orientales in Colombia. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, Amsterdam, v. 139, p. 251-267, 1998.

BEHLING, H.; HOOGHIEMSTRA, H. Late Quaternary palaeoecology and palaeoclimatology from pollen records of the savannas of the Llanos Orientales in Colombia. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, Amsterdam, v. 139, p. 251-267, 1999.

BEHLING, H.; HOOGHIEMSTRA, H. Holocene Amazon rainforest–savanna dynamics and climatic implications: high-resolution pollen record from Laguna Loma Linda in eastern Colombia. Journal of Quaternary Science, Karlow, v. 15, n. 7, p. 687-695, 2000.

BEHLING, H. et al. Holocene environmental changes in the Central Amazon Basin inferred from Lago Calado (Brazil). Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, Amsterdam, v. 173, p. 87-101, 2001.

BEHLING, H. Carbon storage increases by major forest ecosystems in tropical South America since the Last Glacial Maximum and the early Holocene. Global and Planetary Change, Amsterdam, v. 33, n. 1-2, p. 107-116, 2002.

BOUCHEZ, J. et al. Relation entre dynamique sédimentaire et altération dans les grands fleuves : exemple de l'Amazone. University Paris Diderot - Institut de Physique du globe de Paris, 2009. In : MOQUET, J. S.; CRAVE, A.; VIERS, J. et al. Chemical weathering and atmospheric/soil CO2 uptake in the Andean and Foreland Amazon basins. Chemical Geology, Amsterdam, v. 287, p. 1-26, 2011.

BRACONNOT, P. et al. How the simulated change in monsoon at 6 ka BP is related to the

simulation of the modern climate: results from the Paleoclimate Modeling Intercomparision Project. ClimateDynamics, Berlim, v. 19, p. 107-121, 2002.

BRINKMAN, W. L. F.; RIBEIRO, M. N. G. Air temperatures in Central Amazônia. III Vertical temperature distribuition on a clearcut area and in a secondary forest near Manaus (cold front conditions July 10th 1969). Acta Amazônica, Manaus, v. 2, n. 3, p. 25-29, 1972.

BROWN, E. T. et al. Abrupt change in tropical African climate linked to the bipolar seesaw over the past 55,000 years. Geophysical Research Letters, Washington, v. 34, n. 20, 2007. Doi: 10.1029/2007GL031240.

BUI, E. N.; MAZULLO, J.; WILDING, L. P. Using quartz grain size and shape analysis to distinguish between aeolian and fluvial deposits in the Dallol Bosso of Niger (West Africa). Earth Surface Processes and Landforms, v. 14, p. 157-166, 1990.

BURBRIDGE, R.; MAYLE, F. E.; KILLEEN, T. J. Fifty-thousand-year vegetation and climate history of tional Park, Bolivian Amazon. Quaternary Research, Califórnia, v. 61, p. 215-230, 2004.

BURNETT, A. P. et al. Tropical East African climate change and its relation to global climate: A record from Lake Tanganyika, Tropical East Africa, over the past 90+ kyr. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, Amsterdam, v. 303, p. 155-167, 2011.

BUSH, M. B. Two histories of environmental change and human disturbance in eastern lowland Amazonia. The Holocene, London, v. 10, n. 5, p. 543-553, 2000.

BUSH, M. B. et al. A 17,000 year history of Andean climatic and vegetation change from Laguna de Chochos, Peru. J. Quat. Sci., Karlow, v. 20, p. 703-714, 2001.

BUSH, M. B. et al. A 17,000 year history of Andean climatic and vegetation change from Laguna de Chochos, Peru. J. Quat. Sci., Karlow, v. 20, p. 703-714, 2005.

BUSH, M. B.; SILMAN, M. R.; LISTOPADL, C. M. C. S. A regional study of Holocene climate change and human occupation in Peruvian Amazonia. Journal of Biogeograph, Oxford, v. 34, p. 1342-1356, 2007.

CALLÈDE, J. et al. Evolution du debit de l’AmazoneaObidos de 1902 a1999. Hydrological Sciences Journal, v. 49, p. 85-97, 2004.

CALLÈDE, J.; RONCHAILl, J. ; GUYOT, J.-L. Deboisement amazonien: son influence sur le débit de l’Amazone a Óbidos (Brésil). Revue des Sciences de l’Eau, v. 21, p. 59-72, 2008.

CAMPOS, I. D. O. et al. Temporal variations of river basin waters from Topex/Poseidon satellite altimetry. Application to the Amazon basin. Earth and Planetary Sciences, Amsterdam, v. 333, p. 633-643, 2001.

CARNEIRO, A. et al. Amazonian Paleodunes Provide Evidence for Drier Climate Phases during the Late Pleistocene-Holocene. Quaternary Research, Califórnia, v. 58, n. 2, p. 205- 209, 2002.

CAVALCANTI, I. F. A. Um estudo sobre interações entre sistemas de circulação de escala sinótica e circulações locais. São José dos Campos, 1982. 113 f. Dissertação (Mestrado em Metereologia) – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, 1982.

COEHN, J. C. P.; SILVA DIAS, M. A. F.; NOBRE, C. A. Aspectos climatológicos das linhas de instabilidade na Amazônia. Climanálise - Boletim de Monitoramento e Análise Climática, v. 4, n. 11, p. 34-40, 1989.

COLINVAUX, P. A. et al. Discovery of permanent Amazon lakes and hydraulic disturbance in the upper Amazon basin. Nature, v. 313, p. 42-45, 1985.

CORDEIRO, R. C. Mudanças paleoambientais e ocorrência de incêndios nos últimos 7.400 anos, na região de Carajás, Pará. Niterói, 1995. 114 f. Dissertação (Mestrado em Geociências - Geoquímica) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1995.

CORDEIRO, R. C. et al. Holocene environmental changes in Carajás region (Pará, Brazil) redorded by lacustrine deposits. Verh. Internat. Verein Limnol, v. 26, p. 814-817, 1997.

CORDEIRO, R. C. et al. Acumulação de carbono em Lagos Amazônicos como indicador de eventos paleoclimáticos e antrópicos. Oecologia Brasiliensis, v. 12, p. 130-154, 2008a.

CORDEIRO, R. C. et al. Holocene fires in east Amazonia (Carajás), new evidences, chronology and relation with paleoclimate. Global and Planetary Change, Amsterdam, v. 61, p. 49-62, 2008b.

COSTA, J. B. Caracterização e constituição do solo. 3. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1973.

COSTA, J. B. S. et al. Tectonics and paleogeography along the Amazon River. Journal S Am Eart Sci, v. 14, p. 335-347, 2001.

COSTA, R. L. Reconstrução paleohidrológica do Lago Acarabixi. Niterói, 2006. 132 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2006.

DEER, W. A.; HOWE, R. A.; ZUSSMAN, J. An introduction to the rockforming minerals. 2. ed. England: Pearson education, 1992. 696 p.

DE FREITAS, H. A. et al. Late quaternary vegetation dynamics in the Southern Amazon basin inferred from carbon isotopes in soil organic matter. Quatern. Res., Califórnia, v. 55, p. 39-46, 2001.

DEVOL, A. H.; ZARET, T. M.; FORSBERG, B. R. Sedimentary organic matter diagenesis and its relation to the carbon budget of tropical Amazon floodplain lakes. Verh. Internat. Verein. Limnol., v. 22, p. 1299-1304, 1984.

DEWES, C. de F. Análise da variabilidade climática de um modelo do clima da América do Sul no presente e em 6 ka AP. São Paulo, 2007. 118 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

DREVER, J. I. Clay minerals and cation exchange. In: ______ . The geochemistry of natural waters. 3. ed. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall, 1997.

DUMONT, J. F.; LAMOTTE, S.; KAHN, F. Wetland and upland forest ecosystems in Peruvian Amazonia: Plant species diversity in the light of some geological and botanical evidence. Forest Ecology and Management, v. 33/34, p. 125-139, 1990.

DUNNE, T. et al. Exchanges of sediment between the floodplain and channel of the Amazon River in Brazil. GSA Bulletin, v. 110, n. 4, p. 450-467, 1998.

EDMOND, J. M. et al. Fluvial geochemistry of the eastern slope of the northeastern Andes and its foredeep in the drainage of the Orinoco in Colombia and Venezuela. Geochimica et Cosmochimica Acta, London, v. 60, n. 16, p. 2949-2974, 1996.

ESTEVES, F. de A. Estrutura, funcionamento e manejo de ecossistemas brasileiros. Oecologia Brasilinsis, v. 1, p. 117-128, 1995.

ESPINOZA, J. C. et al. Contrasting regional discharge evolutions in the Amazon basin (1974–2004). Journal of Hydrology, Amsterdam, v. 375, p. 297-311, 2009.

ESPINOZA, R. V. Monitoramento das dinâmicas espaciais e temporais dos fluxos sedimentares na Bacia Amazônica a partir de imagens de satélite. Brasília, 2013. 226 f. Tese (Doutorado) - Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

FEARNSIDE, P. M. Greenhouse gases from deforestation in Brazilian Amazonia: Net committed emissions. Climatic Change, Dordrecht, v. 35, n. 3, p. 321-360, 1997.

FIGUEROA, S. N.; NOBRE, C. A. Precipitions distribution over Central and Western Tropical South America. Climanálise -Boletim de Monitoramento e Análise Climática, v. 5, n. 6, p. 36-45, 1990.

FILIZOLA, N. O fluxo de sedimentos em suspensão nos rios da Bacia Amazônica brasileira. Publ. ANEEL, Brasília, 63 p., 1999.

FILIZOLA, N. Transfert sédimentaire actuel par les fleuves amazoniens: Unpub. Ph.D. thesis, Paul Sabatier University, Toulouse, França, 2003. 292 p.

FISCH, G.; MARENGO, J. A.; NOBRE, C. A. Uma revisão geral sobre o clima na Amazônia. Acta Amazônica, Manaus, v. 28, n. 2, p. 101-126, 1998.

FISCH, G. et al. Simulações climáticas do efeito do desmatamento na região Amazônica: estudo de caso em Rondônia. Revista Brasileira de Metereologia, v. 12, n. 1, p. 33-34, 1997.

FRANZINELLII, E.; LATRUBESSE, E. Neotectonic in the central parto f the Amazon Basin. Bull INQUA Neotecton Comm, v. 16, p. 1013, 1993.

FOLK, R. L.; WARD, W. C. Brazos River bar: a study in the significance of grain size parameters. Journal of Sedimentary Petrology, v. 27, p. 3-26, 1957.

GAILLARDET, J. et al. Chemical and physical denudation in the Amazon River Basin. Chemical Geology, Amsterdam, v. 142, p. 141-173, 1997.

GAN, M. A.; RAO, V. B.; MOSCATI, C. L. The influence of the Andes Cordillera on transient disturbances. Mon. Wea. Rev., v. 122, p. 1141-1157, 1994.

GAN, M. A.; KOUSKY, V. E.; ROPELEWSKI, C. F. The South America Monsoon Circulation and Its Relationship to Rainfall over West-Central do Brasil. Journal of Climate, Boston, v. 17, p. 47-66, 2004.

GARREAUD, R.; WALLACE, J. M. Summertime incursions of midlatitude air into tropical and subtropical South America. Mon. Wea. Rev., v. 126, p. 2713-2733, 1998.

GAUTIER, E. et al. Channel and floodplain sediment dynamics in a reach of the tropical meandering Rio Beni (Bolivian Amazonia). Earth Surf. Process. Landforms, v. 35, p. 1838- 1853, 2010.

GIBBS, R. J. The geochemistry of the Amazon river system: part I. The factors that control the salinity and the composition and concentration of the suspended solids. Geological Society of America Bulletin, New York, v. 78, p. 1203-1232, 1967.

GOULDING, M.; BARTHEM, R.; FERREIRA, E. The Smithsonian Atlas of the Amazon. Washington: Smithsonian Institution Press, 2003.

GRIMM, A. M.; VERA, C.; MECHOSO, R. The South American Monsoon System. In: CHANG, C. P.; WANG. B.; LAU, N. C. G. (Eds.). The Global Monsoon System: Research and Forecast. New Jersey: World Scientific, 2005. p. 542.

GUYOT, J. L. Hydrogeochimie des fleuves de l’Amazonie bolivienne. Paris: Editions de lORSTOM, 1993. 261 p.

GUYOT, J. L. et al. La variabilite hydrologique actuelle dans le bassin amazonien. Bulletin de I’Institut Francais des Etudes Andines, v. 27, p. 779-788, 1998.

GUYOT, J. L. et al. Clay mineral composition of river sediments in the Amazon basin. Catena, v. 71, p. 340-356, 2007a.

GUYOT, J. L. et al. Suspended sediment yields in the Amazon basin of Peru: a first estimation: Water Quality and Sediment Behaviour of the Future: Predictions for the 21st Century, p. 3-10, 2007b.

HAFFER, J. Specification in Amazonian forests birds. Science, v. 165, p. 131-137, 1969.

HARRISON, S. P. et al. Mid-Holocene climates of the Americas: a dynamical response to changed seasonality. Climate Dynamics, Berlim, v. 20, p. 663-688, 2003.

HASTENRATH, S.; GREISHAR, L. Circulation mechanisms related to Northeast Brazil rainfall anomalies. J. Geophys. Res., Washington, v. 98, p. 5093, 1993.

HAUG, G. H. et al. SouthwardMigration of the Intertropical Convergence Zone Through the Holocene. Science, v. 293, p. 1304-1308, 2011.

HEMMING, S. R. et al. Provenance change coupled with increased clay flux during deglacial times in the western equatorial Atlantic. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, Amsterdam, v. 142, p. 217-230, 1998.

HOFMANN, P. et al. Climate–ocean coupling off North-West Africa during the Lower Albian: The Oceanic Anoxic Event 1b. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, Amsterdam, v. 262, p. 157-165, 2008.

HORBE, A. M. C. et al. Environmental changes in the western Amazônia: morphological framework, geochemistry, palynology and radiocarbon dating data. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 83, n. 3, p. 863-874, 2011.

HOORN, C. An environmental reconstruction of the palaeo-Amazon River system (Middle to late Miocene, NW Amazonia). Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, Amsterdam, v. 112, p. 187-238, 1994.

HOORN, C. et al. Amazonia Through Time: Andean Uplift, Climate Change, Landscape Evolution, and Biodiversity. Science, v. 330, p. 927-931, 2010.

HOUGHTON, R. A. et al. Annual fluxes of carbon from deforestation and regrowth in the Brazilian Amazon. Nature, v. 403, p. 304-307, 2001.

HOUGHTON, R. A. Why are estimates of the terrestrial carbon balance so different? Global Change Biology, Oxford, v. 9, p. 500-509, 2003.

HOUGHTON, R. A. Aboveground forest biomass and the global carbon balance. Global Change Biology , Oxford, v. 11, p. 945-958, 2005.

HOUGHTON, R. A. et al. The spatial distribution of forest biomass in the Brazilian Amazon: a comparison of estimates. Global Change Biology , Oxford, v. 7, p. 731-746, 2001.

HUHEEY, J. E.; KEITER, E. A.; KEITER, R. L. Inorganic Chemistry: 71 principles of structure and reactivity. 4. ed. New York: Harper Collins College Publishers, 1993.

IRION, G. et al. The Late Quaternary river and lake development in Central Amazonia. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM OF HYDROLOGICAL AND GEOCHEMICAL PROCESSES IN LARGE SCALE RIVER BASINS, 1999, Manaus. Anais… Manaus, 1999.

Documentos relacionados