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Estudo II: Avaliação da consistência interna do Instrumento de Recolha de Dados

1. Estratégias para enfrentar a Restrição hídrica

Estratégia Unidades de Registo

Só beber álcool em dias de festa “bebidas alcoólicas, também não sou de beber muito, é muito raro, só em dias de festa ou qualquer coisa é que eu posso beber…”(E1)

Reduzir o volume de líquido ingerido

“bebo uma pinga de água para tomar os comprimidos quando eles são maiores porque custam mais a engolir…”(E1);

“Bebo uma chávenazinha assim pequenina,”(E2); “não bebo muito, mas bebo”(E2);

“Eu bebo água, bebo uma média de dois decilitros de água por dia…”(E3); “é só aquela medida mais ou menos que eu bebo.”(E3); “Em relação aos líquidos, às vezes apetecia-me comer sopa e não como.”(E4);

“Tento beber menos quantidade. Tento reduzir a quantidade de cada vez…”(E6); “tento não beber às refeições. Sobretudo é reduzir a

quantidade do que bebo. Não é que deixe de beber, porque bebo mas bebo menos quantidade.“(E6);

“Bebo água quando tenho de tomar os comprimidos e pouco mais. Pouco mais bebo. Ás vezes, ao almoço e jantar, meio copinho pequeno de vinho, mas tirando isso, eu não bebo praticamente líquidos nenhuns.”(E7); “eu primeiro bebia tudo num copo, ou bebia leite numa caneca ou numa chávena grande. Agora, por exemplo, bebo leite numa chávena de café.”(E8);

“às vezes poderia beber mais um sumo e não bebo porque o sumo sabe bem fresco, mas depois, mais tarde dá um pouco mais de sede, e portanto, corta-se no sumo… Portanto, essa foi um bocado a estratégia que eu utilizei para dar a volta, para beber muito menos água que aquilo que bebia…”(E9);

“Só para tomar os comprimidos. Sei que não posso tomar e não

bebo.”(E13); “Eu sei é que é aquele bocadinho de água que bebo e mais nada. Tenho uma coisinha da água assim no fundo do copo, só para tomar os comprimidos.”(E13) “Não abusar dos líquidos”(E13); “a única coisa que bebo de água é só assim um bocadinho de água para tomar os comprimidos de manhã, à hora de almoço e o resto, durante o dia bebo um bocadinho, meia de leite ou isso, à tarde com o lanche.”(E13); " eram os dois decilitros e meio e nunca bebia os dois decilitros e meio, que era para depois se me apetecer alguma coisinha, eu

guardar…”(E15);

“consegui-me adaptar, de alguma maneira á grande redução de ingerir água… e consigo aguentar a beber… sete… sete, oito e meio a um litro por dia.”(E16);

“Não bebo mesmo água. Há dias em que não bebo mesmo. À noite deixei de lado… aliás aquilo que toco na água é só para tomar os comprimidos, pura e simplesmente, mais nada”(E17);

“A única coisa que eu… é tentar beber o menos possível, mais nada. Sim, de facto, mais nada. Não bebo, hoje naturalmente queria beber mais do que bebi…”(E18);

“Tenho que guardar para tomar os comprimidos, a pouca água que bebo.”(E20); “mas quando tenho sede bebo um bocadinho de água… não molho só a boca, que isso de deitar fora também não é solução, penso… bebo, dois, três golinhos de água, bebo…”(E20); “Bebo um bocadinho de café de manhã, feito em casa… ou um pouco de chá, meia

caneca…”(E20);

Avaliar a diurese “Ainda há coisa de uns 3 meses, medi e ainda consegui acabar quase a garrafa de litro e meio, nas 24 horas.”(E1)

“Urino bastante, eu devo… sei lá… quase um litro.”(E8); “Agora tenho um medidor e geralmente ao fim-de-semana, como tenho mais cuidado, é

que meço. Mas eu primeiro media sempre, porque o médico disse-me que se eu fizer meio litro de xixi posso beber meio litro de água.”(E8);

“Agora a uma terça-feira de manhã, que estou sem fazer hemodiálise domingo e segunda, sou capaz ainda de fazer aí umas 800, 750 mililitros. Depois nos outros dias, sou capaz de fazer, no total, aí meio litro por dia ou á volta disso.”(E9); “É assim, eu como ainda faço xixi e consigo ainda deitar para fora líquido, sou capaz de beber mais um ou dois copos de água por dia porque sei que isso vai sair. Por acaso, se de um momento para o outro deixar de fazer, é lógico que sou capaz de beber menos, os tais dois copos de água por dia, porque sei que já não faço e que não consigo deitar cá para fora. E como nesta situação não pode haver um excesso de líquidos, essa é uma situação… é importante saber que faço para saber aquilo que bebo. Se não fizer então beberei menos com medo que haja um excesso não é, mas é muito importante saber qual é o valor que ainda posso beber de água por dia.”(E9); “eu meço a urina que faço, quando faço e tenho a ideia de que… portanto, se bebi mais dois ou três copos de água por dia, do que aquilo que é normal, porque eu conto, eu conto.”(E9);

“Ah, urino à vontade um litro. Sim, sim.”(E14);

“Ainda urino cerca de três vezes por dia…e á partida essa água que ingiro… (…) Aí à volta de um litro”(E16);

“Na segunda-feira, nas 24 horas anda à volta aí de seis decilitros, na segunda-feira, porque nos outros dias, três, quatro…nas 24

horas.”(E18);

“Eu tenho a impressão que urinei mais de meio litro, mas á vontade, à vontade. Pelas vezes que eu vou à casa de banho durante o dia ou durante a noite, de certeza de é mais de meio litro. É mais de meio litro (…) faço uma média, mais ou menos.”(E19);

“De sábado para domingo é muito menos, à volta de meio litro. De domingo para segunda, faço sete e meio quase oito.”(E20); “comprei um bacio de plástico (risos) e depois vi como estava e marquei por fora a quantidade. Então vejo se aquilo está mais ou menos.”(E20); “Junto as 24 horas, de sábado de manhã a domingo de manhã. Primeira de manhã faço fora e depois junto, até à primeira de domingo. E depois noto que, de domingo para segunda, faço um bocadinho mais. E tenho por fora marcado… vejo se ficou neste risco ou se ficou naquele, ou se fica no intermédio de um ou outro.”(E20);

Limitar a ingestão hídrica ao volume de uma garrafa

“Tenho uma medida, uma garrafinha, uma garrafinha daquelas de dois decilitros e meio.”(E2);

“Encho uma garrafa de água de três decilitros, dessas garrafas

pequenas, de plástico. (…) Isso tem que me dar para todo o dia. Quando estou em casa tem de me dar para todo o dia, para tomar comprimidos, para o almoço, jantar. Tem que ser essa medida, não pode ultrapassar essa medida.”(E3);

“Utilizo a garrafa. Não bebo pelo copo, a não ser à mesa para tomar o comprimido. Mas para beber durante o dia utilizo a garrafa.”(E4); “Ponho a água em duas garrafas de três decilitros. Bebendo aquelas duas garrafas eu sei automaticamente que eu não devia beber mais, não é?. Antes eu enchia uma de meio litro, só que eu bebia mais rápido. E assim encho duas e bebo mais ou menos o mesmo e a água rende mais. Porquê? É a ilusão que uma pessoa tem duas garrafas… Bem, já bebi muito e não bebeu…”(E8);

“quando vou trabalhar levo uma garrafa pequenina e sei que não posso beber mais do que aquela garrafa, portanto tenho que a dosear.”(E10); “Um dia inteiro, uma garrafinha daquelas… num dia todo não chego a beber uma aquelas de 33 cl, aquelas garrafinhas mais pequenas de água.”(E13); “é aquelas garrafinhas de água de 3 decilitros, mais ou menos o dia todo, nem digo que beba a garrafa toda…”(E13); “quando tinha aquela gula, tinha aquilo ali [garrafa de 2,5 dl] para beber. Quando me apetecesse ia beber dois golinhos de água fresquinha,

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sempre fresca.”(E15);

“uma garrafinha daquelas de três decilitros se calhar dá-me para dois dias…e às vezes ainda mais”(E20);

Comer sopa mais espessa “como um bocadinho de sopa (…) bastante grossa e não como muita.”(E2);

“a sopa não se pode comer com caldo, tem que ser comida com um garfo…”(E3); “A sopa também só com garfo e não é sempre (…) senão é muito líquido que entra…”(E3);

“A minha mulher faz canja. Tira a canja um bocadinho mais grossa para não ficar com tanta água.”(E13); “como não posso beber a canja, não bebo, tenho de tirar a mais grossa e então como com a colher.”(E13);

Beber água morna “Bochecho com água morna”(E2);

“Eu até se sentir muita sede, muita sede que não aguento, sou capaz de amornar um bocadinho de água e beber.”(E15);

Beber pouco de cada vez De vez em quando bebo um golinho”(E2); “Agora bebo menos, bebo assim um golinho”(E2);

“Não bebo um copo de água, se bem que me apetecesse beber a garrafa toda, não bebo, mas bebo aos bocadinhos.”(E4);

“Quando me apetecesse ia beber dois golinhos de água”(E15);

Controlar o ganho de peso interdialítico

“Agora nunca trago muito peso. De um dia para o outro trago um quilo, um quilo e trezentas, o que é óptimo.”(E2); “ainda este fim de semana, e foi porque eu bebi um bocadinho de líquidos a mais porque fui até à praia com o meu marido, estava o sol muito quente e tive um bocadinho de sede e pronto, acabei por beber só assim um bocadinho de água da garrafa. E ainda trouxe, ainda tinha água. Mas trazia dois quilos e cem. Mas são dois dias…”(E2);

“E tenho menos peso no fim-de-semana do que de um dia para o outro, talvez porque tenha mais cuidado, sempre são dois dias. Num Domingo é capaz de ir a um litro. Nos dias em que não vou (à diálise), meio litro, um bocadinho mais e ao Domingo, para aí um litro. (E4);

“faço o possível por não entrar aqui com pesos que passem, entre sessões regulares, dos dois quilos”(E5);

“Por isso eu trago muito pouco peso, por exemplo eu hoje trouxe 800 gramas.”(E8);

“saio sempre com o peso seco, às vezes até menos que o peso seco. Respeito mais ou menos, pá… é raro trazer peso muito exagerado… portanto, controlo as coisas mais ou menos. Controlo as coisas, sem deixar de comer ou beber aquilo que me apetece.”(E14);

“com a balança eu verificava o peso e então podia beber mais água ou não”(E18);

“acho que vai tudo de uma pessoa mentalizar-se, para não vir com muito peso”(E20);

Beber líquidos gelados “Tenho sempre a garrafa no frigorífico, no verão”(E2);

“tenho uma garrafinha sempre no frigorífico, gosto de água gelada. Muito gelada. Mesmo em pleno Inverno”(E4);

“tomo sumos com gelo, para refrescar e para diluir um bocado mais o sumo enquanto o gelo derrete, para matar a sede. É isso que eu faço…”(E12);

“Quando me apetecesse ia beber dois golinhos de água fresquinha, sempre fresca”(E15); “Mas tinha de ser água fresquinha… sempre fresca, o mais fresco possível.”(E15);

Bochechar “Bochechar a boca de vez em quando com água”(E3); “bochecho e passa-me aquela secura que eu tenho…”(E3);

Deixo estar a água um grande bocado de tempo na boca e depois engulo. É para saborear. Saboreio a água.”(E4);Nesta caso agora. Eu não estou com sede, tenho a boca seca. Aqui lá vou, um copinho de água, bochecho, engulo e pronto.”(E12); “Bebo um bocadinho e deito fora, não posso beber”(E13);

Minimizar o problema “Eu acho que nos vamos conhecendo e sabendo o que é que podemos fazer, as coisas que podemos fazer com a nossa doença. E sei que ainda

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