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Há estrutura física e de pessoal para atendimento das atribuições da Operadora Federal do PISF?

2. Há capacidade e qualidades institucionais, ou seja, domínio de competências, prontidão para atuar, capacidade de atuação na escala do problema e modelos de

2.2. Há estrutura física e de pessoal para atendimento das atribuições da Operadora Federal do PISF?

Não. Para a Codevasf absorver essa nova atribuição de Operadora Federal do PISF, além do crescimento de seu quadro, precisaria desenvolver novos processos de trabalho com a finalidade de sustentar todos os processos e atividades necessárias à Operação e Manutenção do PISF. Ocorre que a Codevasf teve uma solicitação de pessoal e estrutura frustrada perante o MP e para atender provisoriamente as demandas do PISF, criou a Gerência de Operação do Projeto de Integração do São Francisco, a Unidade Regional de Operação do Projeto de Integração São Francisco na 3ª Superintendência Regional e o Escritório de Apoio Técnico na cidade de Salgueiro/PE.

Fundamento:

Com o intuito de apresentar o detalhamento das providências adotadas para a sua estruturação física e de seu pessoal em face do recebimento das atribuições de Operadora Federal do PISF, a Codevasf encaminhou cópia dos processos que tratam da solicitação de ampliação do quadro de pessoal em 200 vagas e de criação de 78 funções para atender o incremento dos programas de governo e para a reposição de 89 empregados cedidos, dos quais 62 de forma irrecusável.

Tal solicitação, embasada em relatório, com proposta de estrutura funcional, com organograma e atribuições, produzido por grupo de trabalho, foi encaminhada pela Codevasf ao MI em 18/6/2014. Por sua vez, o MI encaminhou-a ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MP em 9/7/2014.

Nesse relatório, consta a informação de que o impacto da ampliação do quadro de pessoal e da criação de funções na folha de pagamento do exercício de 2014 seria de R$ 24.138.071,05, correspondendo a um acréscimo de 7,68% nas despesas do órgão com pessoal.

Antes de analisar o mérito da solicitação da Codevasf, o MP solicitou a sua consultoria jurídica manifestação acerca das vedações impostas pela Lei nº 9.504/1997 (Lei Eleitoral) e pela Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF) ao atendimento do pleito, obtendo a informação de que a ampliação do quadro de pessoal e a criação de funções gratificadas estariam vedadas de acordo com o parágrafo único do art.21 da LRF, desde 5/7/2014 até a posse dos eleitos. Com isso, o MP devolveu o pleito à Codevasf, em 15/10/2014, informando da vedação imposta pela LRF.

A posição da CGU foi de que o fracasso de pleito ao MP deveria causar preocupação, mas não poderia desencorajar a continuidade da solicitação de aumento de pessoal. Ocorre que a Codevasf, para absorver essa nova atribuição, além do crescimento de seu quadro, precisa desenvolver novos processos de trabalho com a finalidade de sustentar todos os processos e atividades necessárias à Operação e Manutenção do PISF.

é preciso salientar, ainda, que, para o adequado desempenho das atividades, haverá necessidade de capacitação dos servidores visando a absorção de conhecimentos técnicos e desenvolvimento de habilidades específicas, bem como o treinamento deles visando o exercício de funções no andamento dos novos processos de trabalho.

Frisa-se, por fim, que deverá ser montada estrutura com nível de agilidade capaz de decidir e atender de forma tempestiva as demandas de operação e manutenção, sendo oportuno, então, observar que é normal haver um tempo de maturação mínimo para que as equipes de trabalho dominem os novos fluxos e rotinas com vistas a imprimir andamento regular aos novos processos de trabalho.

Assim, é primordial que a adequação da estrutura e do quadro de pessoal seja equacionada rapidamente de forma a possibilitar o treinamento dos servidores e estabelecimento das rotinas e processos em tempo hábil para viabilizar as atividades de Operação e Manutenção do PISF. Ocorre que as mudanças dos dirigentes do MI e da Codevasf implicaram na paralisação dos encaminhamentos até que houvesse a definição do novo núcleo estratégico dessas instituições. Com efeito, a Codevasf se comprometeu que, após a avaliação pelo novo núcleo estratégico as negociações deveriam ser retomadas junto ao MI e Ministério do Planejamento.

De qualquer forma, para atender provisoriamente as demandas do PISF, a Codevasf criou a Gerência de Operação do Projeto de Integração do São Francisco, a Unidade Regional de Operação do Projeto de Integração São Francisco na 3ª Superintendência Regional e o Escritório de Apoio Técnico na cidade de Salgueiro/PE.

Cabe ressaltar que a necessidade de estrutura da Codevasf irá aumentar com o tempo e de forma ainda imprevisível. Os trechos de obras e o patrimônio serão sucessivamente recebidos em um cronograma desconhecido. Além disso, os modelos de contratos a serem firmados entre a Operadora Federal e os Estados receptores para adução de água bruta e demais serviços envolvidos definirão de forma mais clara sua atuação e os editais a serem lançados de contratação de O&M e de serviços técnicos especializados.

Recomendação à Codevasf:

Sobre o assunto, foi realizada à Codevasf seguinte recomendação:

• Apresentar novo pleito ao Ministério do Planejamento com vistas à criação de estrutura com a finalidade de sustentar todos os processos e atividades necessárias à Operação e Manutenção do PISF.

Providências da Codevasf:

Por meio do ato administrativo nº 1645, de 25 de novembro de 2016, a presidente da Codevasf constituiu o grupo de trabalho para realizar diagnóstico da estrutura organizacional da Codevasf, procedendo à análise e avaliação das Unidades Especiais e Escritórios de Representação, e propor nova estrutura para alinhar-se às novas diretrizes governamentais, em especial à operação do Projeto de Integração dos rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional - PISF, à execução do Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco - Novo Chico, e ao atendimento à Lei nº 13.303/2016, que estabelece o Estatuto jurídico das Estatais e observância, no que couber, às Resoluções da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societária da União - CGPAR, do Ministério, Desenvolvimento e Gestão.

Espera-se, portanto, que após concluído o diagnóstico, o novo pleito seja submetido ao Ministério da Integração Nacional, ministério supervisor, e consequentemente ao Ministério do Planejamento.

Conclusão sobre as providências da Codevasf:

O ato administrativo nº 1645 representa uma medida concreta com vistas à criação de estrutura com a finalidade de sustentar todos os processos e atividades necessárias à Operação e Manutenção do PISF. Após a realização do diagnóstico há a expectativa que se obtenha melhor fundamentação para a submissão de novo pleito ao Ministério do Planejamento.

3. Há mecanismos de direcionamento estratégico e controle que proporcionem maior