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Figura 7 – Estatística de Setembro de 2016 do site da Justiça Federal 2ªRegião

http://portaldeestatisticas.trf2.gov.br/Portal/pages/CJF_Page_ProvimentoGrid.aspx?Tipo=%27SIMPLIFI CADO13%27&UF=%27RJ%27&Tabela=S1# (2016)

A Justiça Federal não nasceu e se consolidou de pronto, e sim que foi objeto de uma lenta e gradual evolução, cercada de polêmicas e repetidas tentativas de sua extinção. Divide a história da Justiça Federal em três momentos: (a) da República Velha até o Estado Novo, com sua extinção em 1937; (b) sua recriação pelo Ato Institucional nº 2/1965, em pleno Regime Militar; (c) o período após a Constituição de 1988. Conclui que só com a Constituição de 1988 que a Justiça Federal efetivamente integrou-se à realidade brasileira e aproximou-se do jurisdicionado.

A sede da Seção Judiciária do Rio de Janeiro está localizada na capital. Abaixo, o mapa da jurisdição, para que antes de entrar com um processo, o cidadão visualize onde responde pelo município que reside.

Figura 8 – Jurisdição da Justiça Federal do RJ

Fonte: http://www10.trf2.jus.br/corregedoria/wp-content/uploads/sites/41/2016/03/mapa-jurisdicao-federal-do-estado-do-rio-de-janeiro.pdf (2016)

Através do site da justiça federal e de pesquisa documental no arquivo geral da JF no Bairro de São Cristóvão foi possível obter a informações necessárias. O Tribunal Regional Federal 2ª Região (que compreende a Justiça Federal do Rio de Janeiro e a Justiça Federal do Espírito Santo) foi instalado em 30 de março de 1989 com três Turmas compostas, cada uma delas, por quatro magistrados. Mais tarde, a Lei 8.915, de 12 de julho de 1994, ampliou a composição do TRF2 de 14 para 23 magistrados. O TRF2 fica na Rua Acre, 80 – Saúde – RJ.

A primeira instância da Justiça Federal no RJ, fica nos seguintes endereços: Avenida Rio Branco, 134, Avenida Venezuela, 343 – Saúde e Rua Manaí, 81 – Campo Grande, e parte administrativa na avenida Almirante Barroso – Centro – RJ.

A primeira instância corresponde ao órgão que analisará e julgará inicialmente a ação apresentada ao Poder Judiciário. As decisões por ela proferida poderão ser submetidas à apreciação da instância superior, dando oportunidade às partes conflitantes de obterem o reexame da matéria. É a garantia do duplo grau de jurisdição.

A Justiça Federal é composta pelos tribunais regionais federais e juízes federais, e é de sua competência julgar ações em que a União, as autarquias ou as empresas públicas federais forem interessadas. Existe a Justiça Federal comum e a especializada, que é composta pelas Justiças do Trabalho, Eleitoral e Militar.

2.6.1 A percepção do cidadão ao conflito

Gibson e colaboradores (1990) propõem-nos que “a percepção é o processo pelo qual o indivíduo conota de significado ao ambiente.” Dar significado ao ambiente requer de uma integração da informação sensorial com elementos cognitivos como, por exemplo, com nossas lembranças, com nossas presunções básicas do que é o mundo, com nossos modelos ideais etc., com o fim último de construir o mundo que nos rodeia.

A incerteza é um caso particular dentro do processo perceptual que se apresenta quando nos enfrentamos a uma situação cujo significado não é claro, e que em consequência nos cria dúvida e insegurança; não podemos dizer como nos pode afetar, se é perigoso, neutro ou benigno. A incerteza tem efeitos importantes sobre o indivíduo, que em general são negativos, porque entre outras coisas desorganiza-o e o transtorna, pois ao não conhecer como é a potencial conexão entre o objeto ou a situação conosco não podemos gerar um elemento conductual ou cognitivo de relevância.

O presente trabalho é com base no Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) que tem o objetivo tornar-se um sistema de indicadores de percepção social que seja capaz de

fornecer ao IPEA o aprimoramento de pesquisas e também serve ao Estado para subsidiar análises e decisões e ainda informar a sociedade, fornecendo-lhe condições para melhor conhecer e avaliar os resultados alcançados pelas políticas públicas vigentes.

O SIPS foi formulado como pesquisa quantitativa do tipo survey. A técnica amostral utilizada para a confecção da pesquisa pode ser denominada como “amostragem por cotas”.

O autor da pesquisa, Fábio de Sá e Silva (2010), sugere que a educação em direitos é uma medida necessária para ampliar a consciência de violação em casos como de relações de trabalho ou contratos.

Problemas de família, nas relações de trabalho e entre vizinhos são os três conflitos mais comuns enfrentados pelo brasileiro. Juntos, os três itens respondem por 52% entre os 13 problemas mais graves indicados por cidadãos na segunda parte de um estudo sobre a percepção da Justiça, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os problemas de família lideram as queixas, com 24,86%.

A pesquisa também mostra que os brasileiros não gostam de levar todos os conflitos para a Justiça, mesmo os que ocorrem com frequência. O quesito “problemas com empresas com as quais fez negócio”, que ocupa o sexto lugar entre os conflitos mais comuns, é aquele em que os brasileiros menos gostam de acionar a Justiça.

Outros problemas comuns em que há pouca disposição para recorrer à Justiça envolvem a cobrança de impostos, questões de vizinhança e conflitos com pessoas com as quais se fez negócio. A pesquisa ainda apontou que o único caso em que o brasileiro se mostra bastante disposto a acionar a Justiça são os problemas com crime e violência.

2.6.2 O Centro Judiciário de Solução de Conflitos – CESOL/RJ

O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Seção Judiciária do Rio de Janeiro – CESOL foi criado em 05/08/2011 na seção judiciária do Rio de Janeiro em consonância com a Resolução nº 125 para a criação dos Centros Judiciários.

O CESOL é atualmente coordenado pelos juízes federais Marcel Corrêa e Aline Miranda, e funcionalmente vinculado ao Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos da 2ª Região (NPSC2).

O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CESOL) em atendimento a Resolução. nº 4 do TRF2, publicada em abril, tornou permanente o Projeto Piloto de Conciliações Prévias, que visa à solução de conflitos em matérias cíveis, antes mesmo da citação das partes, e ampliou a competência do CESOL para atuar em outras matérias

Entre os assuntos que podem ser encaminhados por esses juízos ao CESOL estão:

demandas propostas em face dos Correios (ECT); pela Caixa (CEF), ou em face dela, para questionar cobrança em fatura de crédito, saque fraudulento, débitos indevidos, depósitos não efetuados, entre outros, ou em face da União (AGU) quanto a gratificações de desempenho, entre outros.

O projeto permite que, logo após a distribuição do processo, as partes possam resolver o conflito de maneira consensual, por meio de uma audiência de conciliação, a ser realizada na sede do CESOL - Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, na Av. Rio Branco, 247- Anexo I – 10º andar, Centro. Nesse momento, quando é possível chegar a um entendimento, a própria Ata de audiência tem força de Alvará, o que permite o pagamento em até 30 dias, se for este o caso. Tudo muito simples e rápido.

A iniciativa de conciliar atende às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça, que desde 2010 dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesse no âmbito do Poder Judiciário. Para 2015, o CNJ estabeleceu para todo o Poder Judiciário a meta 3 que visa a “aumentar o percentual de casos encerrados por conciliação em relação ao ano anterior”.

Figura 9: Cerimônia de abertura do Projeto piloto de audiências prévias no CESOL/RJ

Fonte: do autor

“É um avanço para o Poder Judiciário fazer com que o litígio seja resolvido, amigavelmente, antes da instauração do processo”. A declaração é do desembargador federal do TRF2 José Ferreira Neves Neto, em discurso na solenidade de abertura das “Sessões Pré-Processuais e Audiências de Mediação e Conciliação” no dia 13 de outubro, no Foro da

Justiça Federal do Rio de Janeiro, localizado na Av. Rio Branco. A realização de audiências de conciliação pré-processuais são uma determinação do novo Código de Processo Civil.

O desembargador federal Ferreira Neves lembrou que o país é um caos em matéria de litígio, as estatísticas mostram que a relação é de um processo para cada dois cidadãos, considerando que há cerca de 100 milhões de processos em tramitação e 200 milhões de habitantes.

Figura 10: Cerimônia de abertura das audiências pré-processuais no CESOL/RJ

Fonte: do autor

Figura 11: Salão de Audiências do CESOL/RJ

Fonte: do autor

Figura 12: Entrada para o salão de audiências do CESOL/RJ

Fonte: do autor