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3.1- Preâmbulo

Neste capítulo debruçamo-nos sobre o estudo empírico, descrevendo os primeiros encontros com os membros do AA, bem como encontros com os pesquisadores na área. Apresentamos a metodologia da pesquisa e os participantes do estudo. Fazemos, ainda, considerações sobre o levantamento dos dados de cada entrevista referente à percepção e ao entendimento dos coordenadores de grupo de estudo da filosofia dos Doze Passos para a educação e controle do adoecimento da dependência química, em especial o alcoolismo. Finalizamos com a análise e discussão dos resultados.

3.2- Metodologia da pesquisa

Esta investigação é uma pesquisa qualitativa que utilizou como instrumento para a coleta de dados a entrevista direta com perguntas semiabertas. Foram entrevistados um total de dez coordenadores do estudo da filosofia dos Doze Passos nos grupos de Alcoólicos Anônimos, sendo cinco do Brasil e cinco de Portugal, no que se refere aos aspectos educativos do estudo da filosofia dos Doze Passos nos referidos grupos.

A recolha dos dados foi feita, com os coordenadores portugueses, através de entrevistas, tendo um guião previamente construído para tal fim, e quanto aos entrevistados brasileiros, a coleta dos referidos dados também seguiu o mesmo guião, mas o procedimento utilizado foi por escrito, via e-mail, em virtude da limitação do uso da ferramenta tecnológica Skype, anteriormente planejada.

A entrevista está dividia em três blocos de perguntas, estando o seu foco centrado em: a) o perfil dos coordenadores, como cada um sente, entende e percebe a sua função; b) a questão do estudo dos Doze Passos; c) a importância e as especificidades que os coordenadores atribuem ao estudo e ao grupo.

No que se refere ao perfil dos coordenadores, fizemos o levantamento relativa a idade, tempo de coordenação, escolaridade, número de participantes do grupo coordenado, postura e pré-requisitos para coordenar. Quanto à função de coordenar, listámos como cada um entende e designa a sua função, como afeta e é afetado pelo grupo e sobre as diferenças de compreensão do conteúdo quando coordena e quando é coordenado. Sobre as questões do estudo, levantámos as diferenças entre fazê-lo em grupo e individualmente, o uso da literatura e livros de destaque, os pré-requisitos para a aprendizagem e fatores que facilitam o entendimento do estudo. Finalmente no que se refere ao grupo, levantámos as contribuições do mesmo para a aprendizagem, fatores de êxito do estudo em grupo, bem como os aspectos importantes das dinâmicas nas salas de AA.

Em termos de procedimentos, começámos por recolher os dados dos entrevistados portugueses, seguidos dos entrevistados brasileiros. Na continuidade fizemos a análise dos dados, articulando com os teóricos das ciências da educação que, entendemos, oferecem subsídios valiosos para a referida prática educativa nas salas de AA. Finalmente procedemos às nossas conclusões, tendo por objetivo a formulação de hipóteses para oferecer recomendações da sua aplicabilidade em outros cenários pedagógicos e em especial nas salas de aula.

3.3- Participantes no estudo

Nesse ponto incluímos todos os participantes que de forma direta e menos direta contribuíram para este estudo. De forma indireta obtivemos as contribuições do grupo de Alcoólicos Anônimos - AA da freguesia dos Anjos em Lisboa, e de informantes chave como o médico psiquiatra Dr. Domingos Neto, dedicado ao tratamento de álcool e outras drogas, a doutora e pesquisadora em antropologia, Catarina Frois, que investigou sobre a dependência, estigma e anonimato nas associações de Doze Passos, bem como três membros de Alcoólicos Anônimos, sendo um de Portugal, um de Angola e outro do Brasil. Com os participantes de forma direta, fizemos uma entrevista a dez coordenadores do grupo de estudo dos Doze Passos nas salas de Alcoólicos Anônimos, sendo cinco de

Portugal e cinco do Brasil. Iniciámos o estudo com as entrevistas aos coordenadores de grupo de estudo nas salas de AA em Lisboa.

Concomitante às pesquisas em Portugal, fizemos os contatos com os coordenadores de grupos de estudo da filosofia dos Doze Passos nas salas de AA no Brasil, com a ajuda de um dos membros da irmandade no Brasil, a fim de realizar a referida investigação, dessa vez por Skype. Durante o processo de investigação, no que diz respeito ao Brasil, ficou patente a dificuldade em obtermos as referidas entrevistas via Skype, pois esta ferramenta, para muitos dos coordenadores de grupo, se transformava em um impedimento quanto à habilidade do seu uso. Por esse motivo optou-se por recolher os referidos dados enviando as perguntas das entrevistas para que os mesmos respondessem por escrito e enviassem via e-mail. Assim ocorreu e, finalmente, todos os dados necessários foram colhidos.

3.3.1- Informantes chave

Os informantes chave aqui apresentados esclarecem algumas particularidades a respeito dos caminhos que a investigação pode tomar, oferecendo, em muitos casos, um valioso norte para o processo de pesquisa. Foi assim que obtivemos o contato e marcámos um encontro com o Dr. Domingos Neto, renomado professor e psiquiatra responsável pela implantação do Modelo Minnesota bem como a filosofia dos Doze Passos em Portugal. Dr. Domingos Neto nos recebeu em seu consultório, onde em uma breve conversa pudemos conhecer um pouco mais sobre o seu trabalho com a dependência química e um pouco da sua história sobre o contato com o Modelo Minnesota e o estudo dos Doze Passos, que se iniciou por volta do ano de 1986. O Dr. Domingos Neto informou-nos que, nessa oportunidade, em uma comunidade terapêutica dirigido por ele, foi procurado por um membro do AA que, naquele momento, fazia o pedido para usar o espaço a fim de realizar reuniões da irmandade de AA, para estudo, ao que ele acedeu. No entanto o Dr. Domingos Neto confessou que, na altura, lançava um olhar de descrédito quanto ao AA, bem como se sentiu intrigado em ver um homem tão bem vestido se dizer alcóolatra em recuperação, olhar esse bem diferente atualmente.

Foi em contato com a realidade dos grupos de AA, a partir desse encontro, que o Dr. Domingos Neto, dez anos depois, em 1996, se desloca aos Estados Unidos da América a fim de entrar em maior contato com o Modelo Minnessota e a filosofia dos Doze Passos. De volta a Portugal, cria o Centro de Alcoologia de Lisboa e a sua trajetória se apresenta cada vez mais consistente, oferendo um valioso contributo para a questão da drogadição em Portugal. Questionado por nós sobre a sua visão a respeito dos aspectos pedagógicos do estudo do programa dos Doze Passo nos grupos de AA, o mesmo afirmou que, para ele, o referido programa não se reduz a um modelo psicopedagógico, porque ele é muito maior que isso.

Em outra oportunidade, estivemos em Angola por três meses e aproveitámos a para entrar em contato com os grupos de AA em Luanda. Tomámos conhecimento que na Igreja da Sagrada Família, no centro de Luanda, existia um grupo que lá se reunia. Através do endereço eletrônico do AA em Angola, entrámos em contato com um membro do grupo que prontamente marcou um encontro conosco para uma conversa informal. Importante destacar a facilidade de entrar em contato e a inteira disposição dos membros em ajudar no que fosse possível, quando o assunto diz respeito aos grupos de AA. E notória a atenção e a disposição de ajudar seja em que continente for, americano, europeu ou africano pelos seus membros, a qualquer um que os procure.

O membro do grupo que neste estudo é designado por o nome fictício de João se colocou ao nosso inteiro dispor. Ele, um trabalhador braçal em uma construção de um centro comercial perto de onde residíamos, se prontificou em nos encontrar ao lado do canteiro de obras, ao final do expediente.

Conforme a sua narrativa, Luanda contava com apenas dois grupos de AA, que os mesmos eram pequenos, cerca de 4 a 6 membros, e que o primeiro grupo de AA em Luanda se iniciou no ano de 2007. Fácil verificar o quanto esse grupo tem tido dificuldade de crescer pois, nove anos depois, continua com o mesmo cenário frágil. No entanto os que ali estavam, conforme nos relatava, eram quase sempre os mesmos, não havendo novos membros.

Quando colocámos o assunto do processo de aprendizagem nesses grupos, ele se antecipou para falar do nível de analfabetismo em Luanda, o que nos trouxe a impressão

de ser esse um dos elementos fundamentais para a pouca representatividade da irmandade de AA em Angola.

Voltando a Portugal e a fim de iniciar o processo de investigação empírica com as entrevistas, entrámos em contato telefônico com o AA de Lisboa e solicitámos um encontro com algum membro a fim de poder explicar e apresentar o referido trabalho investigativo e o pedido de ajuda nessa questão. Depois de alguns telefonemas e encaminhamentos, fomos recebidas por uma distinta senhora, um membro de AA de Lisboa, para uma conversa informal, como o objetivo de averiguar a possibilidade de fazer um levantamento sobre os que poderiam ser objeto da nossa investigação. Em nossa conversa sobre ser membro do AA e seu percurso, algo em especial nos chamou a atenção, no decorrer da conversa, que descrevemos a seguir:

Quando eu entrei no AA, eu tinha algo muito forte em mente, eu dizia: quero minha vida de volta, quero voltar a minha vida antes de eu me tornar o que tornei uma alcoólatra, esse era meu objetivo. Com o tempo fui descobrindo que não era mais essa vida que eu tinha antes de me tornar uma alcoólatra que queria de volta, essa vida também não era a melhor. Queria a vida que tinha agora. Essa vida depois de passar pela experiência do alcoolismo, é que é verdadeira vida!

A reflexão dessa senhora, quanto à sua vida antes e depois da experiência do abuso do álcool, nos levou a Swora (2004) quando diz:

Para muitos membros, o alcoolismo torna-se uma “doença divina”; os membros veem o seu alcoolismo como algo que os conduziu a uma vida melhor e mais significativa do que teriam tido caso não tivessem sido alcoólatras (p.206)

Ainda no processo de investigação do tema, entrámos em contato com a publicação da Doutora em Antropologia Cultural e Social no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Catarina Frois. O seu trabalho de investigação foi desenvolvido junto das associações de Doze Passos em Lisboa, Portugal. Por e-mail, solicitámos uma oportunidade para nos encontrar, para uma conversa mesmo que informal sobre o tema, do qual se prontificou de imediato para um encontro ainda na mesma semana. Reunimo-nos

no Instituto Universitário de Lisboa- ISCTE, em um encontro rápido, mas proveitoso. Nos falou sobre o seu trabalho de investigação e suas impressões sobre a investigação desenhada por nós até àquele momento. Corroborou em grande parte com o nosso raciocínio sobre educação em saúde e os caminhos por nós percorridos. Chamou a atenção para o fato de que devemos estar muito atentos aos discursos dos entrevistados a fim de observar as nuanças e subtextos neles contidos.

3.3.2- Coordenadores de grupo de estudo do AA

Os coordenadores de grupo de estudo dos Doze Passos nas salas de alcoólicos Anônimos são o centro da pesquisa. Foram escolhidos os coordenadores de grupos pois eles são os membros dos alcoólicos Anônimos que estiveram no papel de receptores / estudantes do programa de estudo dos Doze Passos e depois passaram a exercer a função de coordenadores do mesmo estudo do qual foram receptores/estudantes. São homens e mulheres numa faixa etária que varia entre 40 e 70 anos, na sua maioria com escolaridade de nível superior e com cerca de 10 anos na função de coordenação de grupo.

3.4 - Considerações sobre o levantamento dos dados das entrevistas.

Nas entrevistas foram investigados aspectos relacionados com o perfil dos

coordenadores, a função de coordenar o grupo, questões referentes ao estudo e ao grupo. Apresentaremos a seguir os dados de cada um desses aspectos, sendo no primeiro momento referente aos entrevistados portugueses, a que se seguem os entrevistados brasileiros. No final apresentamos uma comparação e conclusão dos referidos dados (ver Anexos).

Quanto aos entrevistados portugueses foi possível observar o seguinte:

1- No que se refere ao perfil dos coordenadores de grupo, os mesmos têm entre 45 e 70 anos, 60% deles são do gênero feminino, têm uma média de 10 anos de coordenação e o nível de escolaridade na sua maioria é licenciado. Coordenam em média 10 membros no grupo e destacam como perfil ideal para coordenar serem assertivos, não protagonistas, empáticos, honestos, conhecer e ter experiência no assunto a ser trabalhado, gostar de ler, ter boa vontade, conhecer as tradições, ter respeito e saber ouvir o outro.

2-No que se refere à função do coordenador de grupo nas salas de AA, descrevem como entendem a referida função como sendo a de orientar, motivar as pessoas a seguir o programa, conduzir o tema sem se sobressair ao assunto, dar a conhecer o programa de forma clara e sem imposição. Em relação a afetar e ser afetado durante o processo de estudo dos passos, todos são unânimes em dizer que o afetar e o ser afetado está intimamente relacionado com a identificação que vierem a ter de cada partilha feita nos grupos, quer seja uma identificação positiva ou negativa. No que se refere à existência ou não de diferenças de compreensão do conteúdo quando estão a coordenar e quando se é coordenado, todos concordam que sim. Descrevem alguns aspectos que consideram relevantes como o fato de ao elaborar o raciocínio, bem como quando estudam para coordenar um tema, o aprendizado se faz de forma mais efetiva e por isso o ato de coordenar favorece mais o aprendizado, pois o comprometimento com o tema a ser estudado é maior.

3- Quando respondem sobre as questões referente ao estudo dos Doze Passos, a totalidade dos entrevistados concordam que estudar em grupo os referidos temas é de maior valor do que individualmente, e atribuem esse valor ao fato de que, durante esse processo, a partilha das experiências enriquece e facilita o entendimento dos temas estudados. Quando falam sobre a literatura, descrevem o modo como cada um faz uso da mesma e 90% dos entrevistados destacam o livro “Viver Sóbrio” como sendo o de maior importância para a sua recuperação, seguida do livro “Alcoólicos Anônimos”. Referente aos pré-requisitos necessários para facilitar o entendimento do estudo dos Doze Passos, 90% afirma que é necessário ter boa vontade, humildade e mente aberta. No que se refere aos fatores que consideram ser imprescindíveis para o entendimento do que é estudado, destacam o respeito, as partilhas das experiências, o espírito de grupo e a crença de que se uns conseguiram eles também podem conseguir, trazendo ali a questão da esperança.

4-Referente às questões relacionadas com o grupo, destacam que as contribuições para o aprendizado se dão quando do sentimento de integração e pertença, um lugar onde se pode expressar sem ser criticado, onde se pode ser ouvido e ouvir respeitosamente e

aprender com as experiências de todos. Quando questionados sobre os fatores que consideram responsáveis pelo grande êxito do grupo, destacam como sendo o fato de terem um programa simples de vida aplicado ao cotidiano, um programa de estudo constante onde há o exercício dos passos e o cumprimento do programa. Outro destaque se refere ao fato de ter um alcoólatra, um igual, conduzindo o estudo em grupo. No que se refere aos aspectos importantes da dinâmica nas salas de AA, são destacados o fato de não haver obrigatoriedade e sim sugestões, o fato de todos poderem e serem estimulados a falar, a questão da ordem das intervenções e o respeito pela partilha de cada um, contribuindo assim para o aprendizado do ouvir.

Quanto aos entrevistados brasileiros foi possível verificar os seguintes elementos:

1-No que se refere ao perfil dos coordenadores de grupo, os mesmos têm entre 45 e 70 anos, 90% deles são do gênero masculino, têm uma média de 5 anos de coordenação e o nível de escolaridade na sua maioria é licenciado. Coordenam em média 15 membros no grupo e destacam como perfil ideal para coordenar serem membros do AA, ter experiências no serviço, ter liderança e ser facilitador, não monopolizar, saber manter a ordem, ser sereno, ter conhecimento da literatura e saber encaminhar as questões na sala. 2- No que se refere a função do coordenador de grupo nas salas de AA, descrevem como entendem a referida função como sendo a de passar o conhecimento do AA, acreditar no programa, mostrar a aplicação na vida cotidiana, realizar um serviço para a irmandade e liderar como serviço de ajuda. Em relação a afetar e ser afetado durante o processo de estudo dos passos, todos são unânimes em dizer que o afetar e o ser afetado está intimamente relacionado com a identificação que vierem a ter de cada partilha feita nos grupos, onde a experiência é a grande mola propulsora na narrativa das histórias de vida. No que se refere se à existência ou não de diferenças de compreensão do conteúdo, quando estão a coordenar e quando se é coordenado, todos concordam que sim, há diferenças valiosas quando o fazem em grupo. Descrevem alguns aspectos que consideram relevantes como a troca de experiência, a comparação de antes e depois de aplicarem o programa, o

amadurecimento quando desenvolvem a escuta ativa e com isso a capacidade de aceitação e empatia com o outro, facilitando assim o desenvolvimento individual e em grupo.

3- Quando respondem sobre as questões referente ao estudo dos Doze Passos, a totalidade dos entrevistados concorda que estudar em grupo os referidos temas é de maior valor do que individualmente, e atribuem esse valor ao fato de que, durante esse processo, a partilha das experiências enriquece e facilita o entendimento dos temas estudados. Destacam questões como: identificação com o outro, aprofundamento e melhor compreensão da literatura quando em grupo. Quando falam sobre a literatura, descrevem o modo como cada um faz uso dos mesmos e 80% dos entrevistados destaca o livro “Viver Sóbrio” como sendo o de maior importância para a sua recuperação, seguida do livro “Alcoólicos Anônimos”. Referente aos pré-requisitos necessários para facilitar o entendimento do estudo dos Doze Passos, 90% afirma que é necessário ter boa vontade, humildade e mente aberta, e 10% acrescenta a necessidade de se ter fé no futuro. No que se refere aos fatores que consideram ser imprescindíveis para o entendimento do que é estudado, destacam o fato de ser um serviço gratuito e haver o estímulo para dar de graça o que receberam de graça. Outro ponto diz respeito ao fato de ser ele um programa de vida simples com práticas cotidianas, bem como o fato de ser dirigido por outro alcoólatra. 4-Referente as questões relacionadas com o grupo, destacam com grande ênfase o valor do mesmo para a recuperação. Relatam o valor das narrativas e da dinâmica com as trocas de experiências que trazem identificação e fazem crescer individualmente. Quando questionados sobre os fatores que consideram responsáveis pelo grande êxito do grupo, destacam como sendo o fator preponderante a unidade do grupo, o aprofundamento dos conhecimentos de forma constante e o ouvir e passar adiante exercendo o que sugere o 12º passo. No que se refere aos aspectos importantes da dinâmica nas salas de AA, 90% menciona o fato de poderem se expressar sem se sentirem julgados ou interrompidos; outro destaque diz respeito a haver várias formas de levar a mensagem.

.5- Análise e discussão dos dados

A apresentação dos quadros abaixo segue uma estrutura por categoria e subcategorias, conforme guião de perguntas das entrevistas. Os dados estão tratados por percentual e a partir da análise dos entrevistados portugueses e brasileiros.

Relativamente ao perfil dos coordenadores, não iremos nos deter aos dados quantitativos dos entrevistados, mas analisaremos com atenção a subcategoria que diz respeito ao entendimento dos coordenadores e aos requisitos necessários para a prática de coordenação nas salas de AA, pois endentemos que a referida subcategoria nos oferece subsídios teóricos significativos para a nossa investigação.

Quadro 1- Perfil dos Coordenadores

ATEGORIA SUBCATEGORIAS INDICADORES/ MÉDIA

Perfil

Dos Coordenadores

- Idade e Gênero

Entrevistado Português Entrevistado Brasileiro - 55 Anos.

- 80% Feminino.

-50 Anos. - 90% Masculino.

- Tempo de Coordenação - 13 Anos. - 4 Anos.

- Nível de escolaridade - Licenciado. - Licenciado.

-Nº de participantes da

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