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Material e Métodos

ENVOLVIMENTO DE LINFONODO REGIONAL (N) NX Os linfonodos regionais não podem ser avaliados

4.7 ESTUDO IMUNO-HISTOQUÍMICO

4.7.1 Técnica

A amostra selecionada, fixada em formol a 10% e incluída em parafina, foi submetida a cortes com 3 µm de espessura, os quais, por sua vez, foram estendidos em lâminas de vidro devidamente preparadas com adesivo à base de organosilano (3-aminopropiltrietoxisilano, Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, USA). Posteriormente, as amostras foram submetidas a uma temperatura de 60ºC em estufa para uma desparafinização antes de serem submetidas à técnica imuno- histoquímica, utilizando os anticorpos monoclonais anti-Ki-67 e anti-IMP3 (Quadro 5) Como controle positivo para os anticorpos anti-Ki-67 e anti-IMP3 foi utilizado cortes histológicos de tonsila. O controle negativo consistiu na substituição dos anticorpos primários por albumina de soro bovino a 1% (BSA - Bovine Serum

Albumin) em solução tampão. A técnica utilizada seguiu o protocolo descrito a seguir:

 Desparafinização: 2 banhos em xilol, à temperatura ambiente (10 minutos cada);

 Re-hidratação em cadeia descendente de etanóis: • Álcool etílico absoluto I (5 minutos);

• Álcool etílico absoluto II (5 minutos); • Álcool etílico absoluto III (5 minutos); • Álcool etílico 95°GL (5 minutos); • Álcool etílico 80°GL (5 minutos);

 Remoção de pigmentos formólicos com hidróxido de amônia a 10% em etanol 95°, à temperatura ambiente (10 minutos);

 Lavagem em água corrente (10 minutos)

 Passagens rápidas em água destilada (2 trocas);

 Recuperação antigênica de acordo com as especificações sugeridas pelo fabricante de cada anticorpo;

 Lavagem em água corrente (10 minutos);

 Passagens rápidas em água destilada (2 trocas);

 Duas incubações dos cortes em solução de peróxido de hidrogênio 3% 10 volumes, em proporção de 1/1, para o bloqueio da peroxidase endógena tecidual (10 minutos cada);

 Lavagem em água corrente (10 minutos);

 Passagens rápidas em água destilada (2 trocas);

 Duas passagens em solução de Tween 20 a 1% em TRIS-HCl pH 7,4 (5 minutos cada);

 Incubação dos cortes com anticorpos primários anti-Ki-67 e anti-IMP3, em solução diluente (Antibody diluent with background reducing components, Dako North America Inc., Carpinteria, CA, USA);

 Duas passagens em solução de Tween 20 a 1% em TRIS-HCl pH 7,4 (5 minutos cada);

 Para o Ki-67 foi utilizado o sistema LSAB + system-HRP (Dako) – aplicação do anticorpo secundário Biotinylated Link Universal por 30 min. em temperatura ambiente (T.A)

 Para o IMP-3 foi utilizado como anticorpo secundário o sistema Envision + Dual Link System-HRP (Dako) por 30 min em TA.

 Duas passagens em solução de Tween 20 a 1% em TRIS-HCl pH 7,5 (5 minutos cada);

 Duas passagens em solução de Tween 20 a 1% em TRIS-HCl pH 7,4 (5 minutos cada);

 Revelação da reação com solução cromógena de 3,3-diaminobenzidina (Liquid DAB+ Substrate, Dako North America Inc., Carpinteria, CA, USA) (7 minutos);

 Lavagem em água corrente (10 minutos);

 Passagens rápidas em água destilada (2 trocas);

 Contracoloração com hematoxilina de Mayer, à temperatura ambiente (5 minutos);

 Desidratação em cadeia ascendente de etanóis: • Álcool etílico 80°GL (2 minutos);

• Álcool etílico 95°GL (2 minutos); • Álcool etílico absoluto I (5 minutos); • Álcool etílico absoluto II (5 minutos); • Álcool etílico absoluto III (5 minutos);  Passagens rápidas em xilol (3 trocas);

 Montagem em resina Permount® (Fisher Scientific Inc., Fair Lawn, NJ, USA).

Quadro 5 - Especificidade, clone, fabricante, diluição, recuperação antigênica e tempo de incubação dos anticorpos primários utilizados no estudo.

Especificidade Clone Fabricante Diluição Recuperação Antigênica Incubação Ki-67 (MIB-1) Dako North America 1:200 Citrato pH6,0 Pascal, 3’ 60’ IMP-3 69.1 Dako North America 1:50 Citrato pH6,0 Pascal, 3’ 18h (overnight)

4.7.2 Análise do perfil Imuno-histoquímico

4.7.2.1 IMP-3

A marcação positiva para o IMP-3 foi considerada a citoplasmática de coloração acastanhada, independente da intensidade, nas células epiteliais das QAs e células tumorais dos CELI e observadas em microscópio óptico em um aumento de 40x. A análise foi realizada por um único examinador em um estudo cego. A análise foi adaptada da metodologia do estudo de Li et al. (2011a) (Quadro 6), onde a porcentagem de células imunomarcadas foram avaliadas de acordo com a seguinte escala : de 0 a +3, onde o escore 0 correspondeu a (0%); +1, (até 30% das células marcadas); +2, (entre 30% a 60% das células marcadas) e +3, (acima de 60% das células marcadas). Posteriormente, os casos foram classificados em sem marcação (escore 0), baixa expressão (escore +1) e alta expressão (escores +2 e +3), conforme realizado por Clauditz et al (2013).

Quadro 6 - Classificação por escore do IMP-3 adaptada de Li et al (2011a). Anticorpo Percentual de Imunoexpressão Escore IMP-3 0% 0 ≤30% +1 >30% a ≤60% +2 >60% +3 4.7.2.2 Ki-67

Os espécimes foram escaneados pelo Scanner Panoramic MIDI (3DHISTECH® Kft.29-33, Konkoly-Thege M. str.Budapest, Hungary, H-1121) e as imagens obtidas foram observadas através do programa de visualização Panoramic Viewer 1.15.2 (3DHISTECH® Kft.29-33, Konkoly-Thege M. str.Budapest, Hungary, H-1121). Com o auxílio desse programa foi possível observar toda a extensão do

espécime. A imagem foi aumentada em 40x, de acordo com as especificações do programa, onde foram fotografados vários campos consecutivos de cada caso com o auxílio do mesmo programa de visualização anteriormente citado. Em lesões ulceradas, estas áreas foram evitadas. Com auxílio do programa Imaging Processing and Analysis in Java (ImageJ®, National Institute of Mental Health, Bethesda, Maryland, USA) foi realizada então uma análise quantitativa da imunomarcação para o Ki-67, sendo contadas 1.000 células epiteliais positivas e negativas para o anticorpo nas células neoplásicas do front de invasão para os casos de CEL e células epiteliais para os casos de QA. Foram consideradas células positivas aquelas que apresentaram coloração acastanhada nuclear, independente da intensidade da coloração. De posse do número de células positivas neoplásicas e epiteliais, foi estabelecido um índice de positividade (IP) para o Ki-67. Para isso, o número de células neoplásicas e epiteliais positivas foi multiplicado por 100 e dividido por 1.000, culminando com a obtenção de resultados percentuais. Essa avaliação foi uma adaptação da metodologia preconizada por Kurokawa et al. (2005). No sentido de correlacionar a expressão do IMP-3 com o índice de proliferação celular, estabeleceu-se escores semelhantes ao utilizado para o IMP-3, transformando os percentuais obtidos na análise do Ki-67 em escores. Após estabelecer o IP para cada caso, os mesmos foram gradados utilizando os escores 0, +1, +2 e +3, para as lesões que apresentaram um IP de 0%, ≤30%, >30% a ≤60% e >60%, respectivamente e classificados em sem marcação (escore 0), baixa expressão (escore +1) e alta expressão (escores +2 e +3) (Quadro 7). O estudo foi do tipo cego onde o examinador não teve acesso às informações clínico patológico dos casos.

IP = Número de Células Positivas × 100 1000

Quadro 7 - Classificação por escore do Ki-67 adaptada de Li et al (2011a)

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