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O projecto Multimédia Super Corridor1 (MSC) foi uma iniciativa lançada pelo governo da Malásia para promover a indústria das TIC e criar uma plataforma base de TIC para apoio à indústria. Uma das iniciativas lançadas em 1997 por este organismo foi as Smart School [SS, 1996] - escolas inteligentes - que conjuntamente com o Ministério da Educação da Malásia criou o projecto piloto das “88 Smart Schools”. Com este projecto o governo da Malásia pretendia capitalizar a existência de tecnologia de ponta e o rápido desenvolvimento da infra-estrutura da MSC para dar o salto tecnológico nas suas escolas.

A esta equipa juntou-se representantes da indústria e posteriormente em 1999 a empresa Telekom com o objectivo de transformar o sistema educativo da Malásia num processo tecnologicamente avançado dando origem à Telekom Smart School TSS2. Em Dezembro de 2002 o governo atribui à TSS o contracto para implementar a solução Smart School Integrated Solution [SSIS, 2005] em 90 escolas piloto distribuídas pelo território. Posteriormente, e com base nos resultados destas escolas, o programa vai sendo alargado às 10.000 escolas do país até 2010. As principais componentes das SSIS desenvolvidas e implementadas foram:

- Ensino e aprendizagem - na forma de software ou impressos em papel; - Sistema de gestão das funções administrativa e de gestão;

- Infra-estrutura tecnológica integrando hardware e software; - Sistema de integração do software da escola com outros;

- Serviço de apoio incluindo o HelpDesk, manutenção e apoio à implementação das Smart

Schools.

Para encorajar a implementação das Smart School e uma participação activa de utilização das TIC foi implementado um sistema de avaliação: Smart School Qualification Standards [SSQS, 2007] com uma escala de 1 a 5 estrelas que ficou acordado pelo Ministério da Educação em 2006. Os resultados do desempenho das escolas estão focados nos resultados académicos como o ranking de escola. No entanto há muito poucos padrões comparativos para medir a implementação das TIC e a sua utilização nas escolas numa base nacional. Os principais objectivos das SSQS são:

- Desenvolver um sistema (conjunto de indicadores) para medir a utilização das TIC na educação;

- Fornecer uma base para o planeamento de políticas e programas de melhorias; - Aumentar os padrões de educação;

- Servir de catalisador das mudanças educativas; - Enriquecer professores e alunos.

A estratégia adoptada pela equipa das SSQS foi o acompanhamento e monitorização das actividades das Smart School no local ou on-line e programas de reforço de actividades podendo incluir acções de formação práticas e apoio à infra-estrutura.

1 Fonte: http://www.mscmalaysia.my/home 2 http://www.tss.com.my/

4.5.1

Classificação Smart School Qualification Standards

Na Malásia, a implementação de uma normalização para a avaliação das escolas envolve várias áreas com vários parâmetros e com pesos em cada área. Esta norma foi denominada como SSQS - Smart School Qualification Standards e envolve uma escala de 1 a 5 estrelas em cada área e a mesma escala para a avaliação global envolvendo a atribuição dos pesos a cada área.

A metodologia de escala em estrelas é uma ferramenta de monitorização e a sua implementação desenvolve-se em 4 passos:

1 - Indicadores de desempenho;

2 - Sondagens e validação dos dados com sondagem trimestral;

3 - As normas de qualificação das Smart School que focarão 4 áreas: Utilização, Capital Humano, Aplicações e Infra-estrutura Tecnológica;

4 - Escala em estrelas: Básico, Básico mais, Médio, Avançado e Avançado mais.

Para se obter a qualificação de Smart School é necessário ter pelo menos uma estrela em cada uma das 4 áreas.

Seguem-se as quatro áreas em que incidiu o método de avaliação de apoio à sondagem das SSQS com as respectivas ponderações em percentagem e que em anexo (B) se apresenta de modo mais detalhado.

1ª área: Utilização (ponderação 40%) - Integração das TIC no ensino, nas aprendizagens e administração da escola.

2ª área: Capital Humano (ponderação 30%) - Envolvendo professores, alunos e órgão de gestão capazes de integrar as TIC no processo de ensino-aprendizagem e na administração escolar.

3ª área: Aplicações (ponderação 20%) - Disponibilização de Conteúdos e Sistemas baseados nas TIC

4ª área: Infra-estrutura Tecnológica (ponderação 10%) - Disponibilização de equipamento tecnológico

É de salientar o pormenor, como se apresenta no Anexo B, com que são contabilizados os parâmetros para cada uma das áreas ao contrário dos métodos mais usados internacionalmente em que a avaliação é feita pelo número de computadores por aluno e número de computadores por aluno com ligação à Internet.

É também interessante notar que a área da infra-estrutura de rede é a que menos peso tem em relação às outras áreas, ou seja é aquela que é dada menor importância. As áreas que esta metodologia privilegia e atribui maior peso, são aquelas que envolvem os professores e alunos na utilização das TIC em contexto de ensino-aprendizagem.

Capítulo 5

Estudo de um caso “ESMGA”

5.1 Introdução

O planeamento correcto e adequado de uma rede torna-se cada vez mais importante devido não só ao crescente aumento do número de computadores em rede, mas também ao de serviços disponibilizados à rede. A ideia generalizada da insegurança, não fiabilidade, indisponibilidade e até aversão aos computadores deve-se à falta generalizada de conhecimentos técnicos para instalação e configuração dos equipamentos e desconhecimento das potencialidades de uma rede bem estruturada e funcional. A título de exemplo temos o armazenamento e transporte da informação em disquete que, embora se apresente como um dispositivo de baixa fiabilidade, fazendo com que as pessoas se sintam inseguras com a informação neste dispositivo digital, foi durante muito tempo comum nas escolas pois ou não existiam sistemas de gravação de CD ou os utilizadores não possuíam essa competência de gravação em CDs.

Apesar da campanha crescente para a utilização de outros dispositivos de memória mais fiáveis como CD, DVD, pendrive ou para a utilização da rede/Internet (caixa de email, google docs, yahoo Groups), para o armazenamento ou transporte da informação em formato digital, a disquete ultrapassou o seu tempo de vida normal sendo o dispositivo preferido entre alguns alunos e professores pela sua simplicidade de utilização e/ou pela inércia à mudança evidenciada por estes.

Daí, a necessidade premente de técnicos com bons conhecimentos de instalação e configuração de computadores/redes para que se consiga adquirir maior fiabilidade nos sistemas, aumentar a produtividade e segurança e se possa usar o enorme potencial das TIC que se obtém com o trabalho numa rede funcional. Neste capítulo proceder-se-á ao estudo de caso da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida e da evolução da rede a curto e médio prazo. A proposta a longo prazo é feita pela implementação da infra-estrutura de rede prevista pelo PTE para a escola.