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3.1 O PROJETO

3.1.3 Estudo da Radiação Local

Este levantamento será feito através do banco de dado do Atlas Brasileiro de Energia Solar (PEREIRA et al., 2006) que apresenta dados de irradiação solar do Brasil. Como a abrangência deste banco envolve uma área muito grande, a resolução não permite uma posição exata de latitude e longitude do local desejado. Assim, foram identificadas as coordenadas mais próximas, Latitude de -24,05° (Sul) e longitude - 50,44° (Leste), conforme a Figura 26, os valores encontrados nesta coordenada adotada como sendo a mesma do local, conforme Figura 27.

Figura 26 - Irradiação Local Global Horizontal (Coordenadas mais próximas do local desejado) Fonte: Pereira et al. (2006).

Figura 27 - Distância entre coordenadas da madeireira com o Atlas Brasileiro de Energia Solar Fonte: Google Earth (2017).

Para estas coordenadas, obtém-se as médias diárias mensais e anual de irradiação em kWh/m², as quais são inseridas no software RADIASOL.

O RADIASOL utiliza internamente modelos matemáticos disponíveis na literatura, desenvolvidos por outros autores ou por integrantes do Laboratório da UFRGS. No programa os cálculos são realizados através de rotinas que determinam o efeito da inclinação da superfície receptora e da anisotropia da radiação solar em suas componentes direta e difusa. O usuário pode selecionar o modelo de distribuição da radiação e obterá na tela, imediatamente, um conjunto de dados adicionais na forma de tabelas ou gráficos. Curvas ou tabelas podem ser exportadas através da área de transferência do WINDOWS para outros aplicativos, onde poderão ser utilizadas para cálculos em projetos ou para apresentação de relatórios (LABSOL, 2015).

Figura 28 - Banco de dados do ATLAS Brasileiro inserido no software RADIASOL Fonte: RADIASOL (2017).

Através do RADIASOL foi simulada a irradiação incidente em Wh/m² e foi considerado o azimute de 12,05° Oeste para Barracão 01 e 36,27° Oeste para Barracão 2. O ângulo de inclinação dos módulos fotovoltaicos é de 22°, que é o ângulo de inclinação da cobertura da edificação, sendo este então instalado junto ao nível do telhado, obtendo-se assim respectivamente uma média anual de 5.542,3 Wh/m².dia e 5.472,05 Wh/m².dia, conforme Figura 31 e Figura 34

Foi também extraído do programa dados quanto à radiação solar horária, onde se consegue observar os níveis de radiação durante o decorrer do dia, conforma a Figura 29 e Figura 32. As Figura 30 e Figura 33 mostram os níveis de radiação solar diária em kWh/m².dia do local estudado.

Figura 29 - Radiação Solar Barracão 01 Fonte: Radiasol (2017).

Figura 30 - Radiação Solar Diária Média Mensal no Barracão 01 Fonte: Radiasol (2017).

Figura 31 - Irradiância mensal local Barracão 01 em Wh/m².dia Fonte: Radiasol (2017).

Radiação Solar Diária (kWh/m²)

0 2 4 6 8 J F M A M J J A S O N D 22 12

JANEIRO FEVEREIRO MARCO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO ANUAL

5886 5953 5881 5498 4415 4464 4819 5414 5669 6064 6229 6216 5542,3

Figura 32 - Radiação Solar Barracão 02 Fonte: Radiasol (2017).

Figura 33 - Radiação Solar Diária Média Mensal no Barracão 02 Fonte: Radiasol (2017).

Figura 34 - Irradiância mensal local Barracão 02 em Wh/m².dia Fonte: Radiasol (2017).

Radiação Solar Diária (kWh/m²)

0 2 4 6 8 J F M A M J J A S O N D 22 36

JANEIRO FEVEREIRO MARCO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO ANUAL

5919 5945 5825 5382 4287 4293 4633 5254 5583 6036 6249 6264 5472,5

3.1.4 Normativa 482/2012 e 687/2015

Conforme Normativa 482 de 17 de abril de 2012, com redação da 687 de 24 de novembro de 2015, disposta pela ANEEL, ficou definida que:

 Minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 MW para fontes hídricas ou menor ou igual a 5 MW para cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou para as demais fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.

 A potência instalada da microgeração e da minigeração distribuída fica limitada à potência disponibilizada para a unidade consumidora onde a central geradora será conectada, nos termos do inciso LX, art. 2º da Resolução Normativa nº 414, de 9 de setembro de 2010.

 Caso o consumidor deseje instalar central geradora com potência superior ao limite estabelecido no §1º, deve solicitar o aumento da potência disponibilizada, nos termos do art. 27 da Resolução Normativa nº 414, de 9 de setembro de 2010, sendo dispensado o aumento da carga instalada.

 É vedada a divisão de central geradora em unidades de menor porte para se enquadrar nos limites de potência para microgeração ou minigeração distribuída, devendo a distribuidora identificar esses casos, solicitar a readequação da instalação e, caso não atendido, negar a adesão ao Sistema de Compensação de Energia Elétrica.

 Para fins de compensação, a energia ativa injetada no sistema de distribuição pela unidade consumidora será cedida a título de empréstimo gratuito para a distribuidora, passando a unidade consumidora a ter um crédito em quantidade de energia ativa a ser consumida por um prazo de 60 (sessenta) meses.

 No faturamento de unidade consumidora integrante do sistema de compensação de energia elétrica devem ser observados os seguintes procedimentos: i) deve ser cobrado, no mínimo, o valor referente ao custo de disponibilidade para o consumidor do grupo B, ou da demanda

contratada para o consumidor do grupo A, conforme o caso; ii) em cada unidade consumidora participante do sistema de compensação de energia elétrica, a compensação deve se dar primeiramente no posto tarifário em que ocorreu a geração e, posteriormente, nos demais postos tarifários, devendo ser observada a relação dos valores das tarifas de energia – TE (R$/MWh), publicadas nas Resoluções Homologatórias que aprovam os processos tarifários, se houver; iii) os créditos de energia ativa expiram em 60 (sessenta) meses após a data do faturamento e serão revertidos em prol da modicidade tarifária sem que o consumidor faça jus a qualquer forma de compensação após esse prazo; iv) os créditos são determinados em termos de energia elétrica ativa, não estando sua quantidade sujeita a alterações nas tarifas de energia elétrica;

 Os custos de adequação do sistema de medição para a conexão de minigeração distribuída e de geração compartilhada são de responsabilidade do interessado.

 A distribuidora deverá adequar o sistema de medição e iniciar o sistema de compensação de energia elétrica dentro do prazo para aprovação do ponto de conexão, conforme procedimentos e prazos estabelecidos na seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST.”

3.1.5 Levantamento do Consumo da Indústria

Primeiramente, será analisado o modelo de cobrança da fatura da Copel, calculando os valores dispostos na conta de energia elétrica e, posteriormente, dimensionar um sistema fotovoltaico compatível à necessidade do consumidor em questão, para saber quanto de energia solar ele irá precisar.

Este consumidor, por ser industrial, está enquadrado no Grupo A (Grupo Alta Tensão), pois sua tensão contratada é de 13,8 kV. Dentro das modalidades de cobrança tarifária, esse consumidor está classificado como ‘Modalidade Tarifária Horária Verde’.

O cliente possui duas entradas de serviços para atender a demanda de cada Barracão, logo, ele possui duas faturas de cobrança conforme a Figura 35 (Barracão 01) e Figura 36 (Barracão 02).

Figura 35 – Fatura do Barracão 01 Fonte: Acervo próprio

Figura 36 – Fatura do Barracão 02 Fonte: Fornecido pelo Cliente (2017)

Conforme capítulo 3.1.4 Normativa 482 e 687/2012, a compensação de

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