No inicio do ano de 2008, o Hospital Universitário Antonio Pedro, Niterói Rio de Janeiro, solicitou um estudo para digitalização do setor de diagnóstico, com objetivo de promover a redução de custo no setor. Nesse caso existe apenas um equipamento gerador de imagem, uma Tomografia Computadorizada, que já permite a comunicação com o sistema digital (já possui o protocolo DICOM). No processo analógico todos os exames eram impressos em uma impressora a seco (DRY). Este estudo foi pedido por causa do alto preço dos insumos utilizados no processo (filmes radiológicos de tomografia).
Durante a análise foram levantados vários problemas no fluxo de trabalho da instituição. Existia um alto números de pacientes que não voltavam para retirar os exames, pacientes que eram tratados dentro da instituição, por isso não precisavam dos exames registrados. Existia também um atraso na liberação de laudos superior a dois meses.
A ausência de médicos para laudos os exames também era um problema para o hospital. Em um primeiro momento levantou-se os custos do setor, no que diz respeito a filmes de tomografia, como podemos ver na planilha a seguir. Esta planilha mostra também o volume de exames dentro do setor.
Equipamento Tomografia
Pacientes por dia 30
Peliculas por exams 3
Total de filmes por dia 108
Valor da caixa de filme (100 pel.) R$ 998,00 Valor mensal da radiologia(filmes) R$ 29.940,00
OBS: 30 dias por mês
Planilha 5.1 – Custo mensal da radiologia
Como vimos acima, o numero de filmes utilizados para atender o hospital é um numero expressivo. Temos também atribuído à planilha o valor da caixa de filmes, que vem com 100 películas.
O estudo está correto, mas o valor que o hospital investia em insumo era menor, por que antes do final do mês os filmes já tinham acabados, e com isso o equipamento ficava obsoleto, já que não podia documentas os exames, com isso a população ficava sem exames de tomografia. A redução foi baseada no numero de paciente que não retiram exames, no numero de pacientes que são tratados dentro da instituição (internados). Se a imagem chegar direto nos andares, setores e consultórios via rede local, o filme torna-se desnecessário. O aumento do numero de exames também foi previsto no projeto, já que o equipamento não era utilizado o mês inteiro, com a solução digital o aparelho de tomografia ficara operante o mês inteiro.
Os médicos também serão beneficiados com o sistema, pois imediatamente após o exame ser realizado, as imagens já estão disponíveis. Isso vai reduzir a demora na emissão de laudos, agilizando os tratamentos das patologias. Como se trata de um hospital universitário, o beneficio científico também foi levado em consideração, já que o sistema permite que as patologias sejam armazenadas e selecionadas por tipos, logo se um residente quiser ver um tipo de patologia, ele pode buscar dentro do banco de dados, logo ele terá as imagens correspondentes à patologia consultada.
Hoje este recurso é bastante utilizado dentro da instituição pelos residentes, médicos e professores.
Veremos abaixo como o projeto foi viabilizado, baseado na redução de filmes.
Redução de consumo de filmes (Mensal)
Custo total com filmes R$ 29.940,00
Pacientes que não retiram exames 20%
Pacientes internados 60%
Custo com exames impressos R$ 5.988,00
Redução com impressão multiquadrática / CD 50%
Custo com Impressão de filmes atual R$ 2.994,00
Custo atual da radiologia R$ 2.944,00
Custo de locação do sistema R$ 7.800,00
Economia alcançada R$ 19.196,00
Planilha 5.2 – Redução de custo na Radiologia
Após a implantação do sistema de PACS, o Hospital teve uma redução significativa no setor de radiologia. Esta redução possibilitou pagar o investimento no sistema, assim como o investimento em computadores e infra- estrutura.
A melhoria no fluxo de trabalho, junto com a solução PACS possibilitou um aumento de 30% no volume de exames realizados. Os laudos são entreguem com o dobro de velocidade, comparando com o sistema analógico. Com a segunda fase do projeto, laudo remoto e aumento no numero de estações de diagnóstico, espera-se reduzir ainda mais o tempo de emissão dos laudos no setor.
CONCLUSÃO
O setor de saúde no Brasil sempre foi muito carente de investimentos, principalmente no setor publico, mas de um tempo pra cá temos visto no uma
mudança significativa nesse cenário. Temos visto clinicas e hospitais investindo maciçamente em equipamentos e na melhoria de processos.
Existem varias causas para a mudança desse cenário, temos aumento da tecnologia, aumento da exigência do mercado (exames mais sofisticados), necessidade de estudos científicos e principalmente a concorrência acirrada no setor. Todo o investimento, quando é planejado e realizado junto com alterações (melhorias) dos processos da instituição, tem uma chance bem maior de obter os resultados esperados.
No Setor de diagnóstico por imagem (radiologia) não é diferente. Para que os projetos nesse setor consigam atingir seus objetivos, devem ser feitos com o envolvimento de médicos, setor de TI, administradores, diretores e todas as pessoas que serão beneficiados, direta ou indiretamente com a instalação do sistema que permitira a digitalização de exames em clinicas e em hospitais. Só com o envolvimento de todos os stakeholders (pessoas interessadas ou que serão afetadas pelo projeto), é que o projeto com investimentos tão significativos, como a digitalização de exames é que os projetos e melhoria de processos vão surtir o resultado esperado, conforme o resultado obtido pelo Hospital Universitário Antonio Pedro.
Carestreamhealth,
http://pw.carestreamhealth.com/pt/global/pt/health/index.jhtml.htm
Climag
http://climag.com.br/detalhes_Informativo.aspx?id=6
Jornal Interação Diagnóstica, junho/julho – ano 2000. Número 50.
Revista Radiação, Informativo do CRTR, Edição ano I, Maio 2009.
Siemens
http://www.siemens.com.br
Sul Imagem Produtos para diagnóstico LTDA.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 02
CAPÍTULO I - Diagnóstico por Imagem 04 CAPÍTULO II - Ambiente analógico 05
2.1- Aparelho de Raios-X 07
2.2- Aparelho de Tomografia 08 2.3 - Aparelho de Ressonância Magnética 09 2.4- Aparelho de Mamografia 11
2.5– Revelação de filmes 12
2.6– Fluxo de trabalho analógico 13 CAPÍTULO II I – Novos Produtos e Tecnologia 16
3.1- PROTOCOLO DICOM 17 3.2- CR 18 3.3- DR 19 3.4- PACS 20 3.4- Fluxo Digital 22 3.5- Estudo de viabilidade 24
CAPÍTULO IV –Estudo de Caso 25
CONCLUSÃO 28 BIBLIOGRAFIA 29 ÍNDICE 30 ÍNDICE DE FIGURA 31 FOLHA DE AVALIAÇÃO 32
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 01 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Raios_X 02
Figura02 http://fcgi.rime.pt/media/upload/image/Raiox 03
Figura 2.1 http://images.google.com.br/images 07
Figura 2.2 Proposta Empresa Sul-Imagem produtos Diagnóstico (documento
interno) 08
Figura 2.3http://images.google.com.br/images 09
Figura 2.4http://images.google.com.br/images 11
Figura 2.6 http://images.google.com.br/images 13
Figura 2.6.1 Proposta Empresa Sul-Imagem produtos Diagnóstico (documento
interno) 15
Figura3.2http://pw.carestreamhealth.com/pt/global/pt/health/productsByType/in
dex.jhtml-pq-path=2970.htm 18
Figura3.3http://pw.carestreamhealth.com/pt/global/pt/health/productsByType/in
dex.jhtml-pq-path=2970.htm 20
Figura 3.4 Proposta Empresa Sul-Imagem produtos Diagnóstico (documento
interno) 22
Planilha5.1 Documento interno Hospital Universitário Antonio Pedro 26