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Estudos acerca das atitudes e do efeito de programas de sensibilização em relação à inclusão

Capítulo II Revisão de Literatura

2.4 Estudos acerca das atitudes e do efeito de programas de sensibilização em relação à inclusão

sensibilização em relação à inclusão de alunos com NEE nas aulas de

EF

Vários autores de referência na área da inclusão (Block, 1995; Hutzler, 2003; Hutzler e Levi, 2008; Kudlaček et al., 2011; Slininger et al., 2000; Tripp et al., 1995) têm estudado as atitudes dos alunos sem NEE face à inclusão dos seus pares com NEE nas aulas de EF, demonstrando que diferentes variáveis podem influenciar de forma positiva ou negativa as suas atitudes. O “género” destaca-se como uma das variáveis que mais influencia as atitudes, apresentando o género feminino atitudes

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mais positivas face à inclusão na EF (Block, 1995; Hutzler, 2003; Slininger et al., 2000; Tripp et al., 1995). Na maioria dos estudos (Block, 1995; Hutzler, 2003; Hutzler e Levi, 2008; Kudlaček et al., 2011) verifica-se também que o “contacto prévio com pessoas com deficiência” é uma variável que influencia as atitudes relativamente à inclusão, sendo que os alunos que relatam “contacto prévio com pessoas com deficiência” evidenciam atitudes mais positivas em relação à inclusão. No que se refere ao “nível de competitividade” dos alunos, parece não haver consenso na literatura relativamente à influência desta variável nas atitudes sendo que em alguns estudos esta variável não é analisada (Panagiotou et al., 2008; Xafopoulos et al., 2009; Yang et al., 2010). Ainda assim, Block (1995) e Panagiotou et al. (2008) demonstraram que os alunos com um maior “nível de competitividade” apresentam atitudes menos positivas comparativamente com os alunos que se classificam como menos competitivos. É possível, então, concluir que apesar da inclusão ser uma normativa legislativa ao nível social e educativo, diferentes variáveis podem influenciar as atitudes dos indivíduos e por este motivo a inclusão de alunos com NEE nas aulas de EF não garante por si só que os alunos sem NEE contribuam para a inclusão dos seus pares.

Neste sentido, Lieberman e Houston-Wilson (2002) defendem a implementação de atividades de sensibilização em relação às NE e ao desporto adaptado como forma de ultrapassar o desconhecimento relativamente à área e, consequente, combater a discriminação e ausência de interação social entre alunos com e sem NEE. Frese e Yun (2007) acrescentam que os programas de sensibilização devem focar as capacidades das pessoas com NEE em vez das suas limitações, para que haja uma adequada compreensão e aceitação da diferença nas aulas de EF.

Lieberman e Houston-Wilson (2002) sistematizaram a estrutura que os programas de sensibilização na área das NE devem evidenciar, identificando três níveis de intervenção, nomeadamente: i) nível de exposição, ii) nível de experiência e, iii) nível de aquisição ou ownership. O nível de exposição caracteriza-se por expor as crianças sem NEE ao contacto com pessoas com NEE, através de diálogos e debates acerca da deficiência, através da visualização de vídeos ou websites acerca de pessoas NE, ou ainda através do contacto direto com pessoas com NEE, permitindo às crianças a obtenção de conhecimentos sobre o que é a deficiência e,

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dessa forma, melhorarem a sua compreensão acerca deste assunto (Lieberman e Houston-Wilson, 2002). Relativamente ao nível de experiência, os alunos vivenciam situações que implicam a simulação da condição de deficiência por um curto período de tempo (e.g., deslocamento em cadeira de rodas; exercícios de orientação com olhos vendados). É fundamental que neste nível a abordagem do professor e o ambiente de simulação conduzam a experiências positivas, de modo a que os alunos se sintam à vontade para explorar a situação e assim colocarem todas as suas dúvidas. Por fim, o nível de aquisição pressupõe que os alunos aceitem a deficiência e que passem a adotar uma postura em sua defesa enquanto agentes inclusivos, contribuindo para a sensibilização da comunidade, em geral, relativamente à deficiência e à diversidade. Os autores referidos anteriormente consideram que os princípios básicos para a elaboração de programas de sensibilização são os seguintes:

1. Apresentar a proposta do programa aos alunos com NEE para garantir que se sintam confortáveis com o acontecimento;

2. Os pais de todos os alunos devem tomar conhecimento da realização do programa;

3. Sempre que é feita uma referência a um indivíduo com NE devemos utilizar o seu nome ou a “terceira pessoa”;

4. Promover a ideia de capacidade acima das limitações;

5. O programa de intervenção deve ocorrer ao longo do ano letivo; 6. No fim do programa as crianças devem atingir o nível de aquisição.

Block (2007) e Lindsay e Edwards (2013) também defendem a utilização destes mesmos critérios para a criação de programas de sensibilização. Block (2007) acrescenta ainda como estratégia de sensibilização, a apresentação de indivíduos famosos que tenham algum tipo de NE, discutindo com os alunos as possíveis alterações às regras em algumas modalidades desportivas de forma a que as pessoas com NE possam estar verdadeiramente incluídas.

Do mesmo modo que a investigação tem reconhecido a importância e o impacto dos programas de sensibilização nas atitudes das crianças sem NEE face à

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inclusão nas aulas de EF, também o Comité Paralímpico Internacional tem contribuído para o reconhecimento do valor educacional do movimento paralímpico através da implementação de programas educacionais de sensibilização (Comité Paralímpico de Portugal, s.d.). O Comité Paralímpico Internacional considera que a integração no sistema educacional, dos ideais e valores paralímpicos, é um método pedagógico que contribui de forma significativa para a melhoria da consciência e compreensão em relação às pessoas com NE. Assim, os objetivos da Educação Paralímpica são: fomentar o conhecimento e a sensibilização em relação ao desporto paralímpico; criar uma melhor compreensão da aplicação prática da inclusão na educação e atividade física; transmitir os diferentes conceitos de desporto para pessoas com NE; aumentar o uso de desportos para pessoas com NE; facilitar a mudança de perceção e atitude em relação à pessoa com NE; promover atividades de investigação e estudos em relação à educação paralímpica (Internacional Paralympic Comitte, s.d.-a).

O Dia Paralímpico na Escola é um programa educacional desenvolvido pelo Comité Paralímpico Internacional (Internacional Paralympic Comitte, s.d.-b) que surge a partir do movimento paralímpico. Este programa consiste num conjunto de atividades de caráter prático, lúdico e informativo, desenvolvidas num ambiente divertido, que educam as crianças e os jovens acerca dos desportos paralímpicos e das diferenças das pessoas com NE. Estas atividades podem ser desenvolvidas durante um dia normal de escola e para um público-alvo entre os seis e os quinze anos de idade. A versão original deste programa foi distribuída por mais de cento e setenta Comités Paralímpicos Nacionais e traduzida em cinco línguas europeias (Internacional Paralympic Comitte, s.d.-b).

A nível nacional, o Comité Paralímpico de Portugal (CPP) também tem desenvolvido alguns programas no sentido de promover o movimento paralímpico em contexto educativo. Em 2012 o CPP realizou o primeiro “Dia Paralímpico” na cidade de Loures, dando à comunidade a oportunidade de vivenciar, conhecer e experimentar um grande número de modalidades adaptadas. A partir do reconhecimento da importância e do impacto do “Dia Paralímpico”, em 2013 e 2014, decorreu o mesmo programa nas cidades de Coimbra e Évora, respetivamente, contando com a participação de alunos de várias escolas (Comité Paralímpico de Portugal, s.d.).

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Devido ao reconhecimento do Comité Paralímpico Internacional e Nacional relativamente à importância dos programas de sensibilização, nomeadamente o “Dia Paralímpico”, vários estudos têm sido desenvolvidos com o intuito de compreender o efeito deste programa nas atitudes das crianças sem NEE face às pessoas com NEE. No estudo realizado por Obrusníková et al. (2003) foi analisado o efeito de um programa de intervenção nas atitudes de 430 alunos de duas escolas básicas. O programa foi constituído por atividades de simulação em relação a vários tipos de deficiência, envolvendo situações de mobilidade, orientação e comunicação. Os resultados demonstraram que as atitudes das raparigas foram significativamente mais positivas depois da intervenção comparativamente com os rapazes. Também Panagiotou et al. (2008) avaliaram o efeito do programa “Dia Paralímpico na Escola” nas atitudes de alunos sem NEE, face à inclusão de alunos com NEE nas aulas de EF. A amostra foi composta por 187 alunos (95 rapazes e 92 raparigas), sendo que 106 pertenciam ao grupo experimental e 81 ao grupo controlo. Os autores apenas reportaram diferenças significativas no grupo experimental nas atitudes gerais. Quanto à variável “género” não foram apresentadas diferenças nas atitudes dos participantes. Importa salientar que Panagiotou et al. (2008) consideram que o “Dia Paralímpico na Escola” contribuiu de forma significativa para a melhoria de atitudes dos alunos sem NEE face à inclusão dos seus pares nas aulas de EF.

Biesen et al. (2006) analisaram o impacto do “Dia Paralímpico” em três escolas primárias tendo verificado melhorias significativas nas atitudes dos alunos em duas escolas. Ao contrário do esperado, os alunos de uma das escolas que afirmaram ter tido contacto prévio com pessoas com NE não obtiveram melhorias significativas nas atitudes em relação à inclusão de alunos com NEE nas aulas de EF. De uma forma geral, as raparigas apresentaram melhorias significativas nas atitudes. Quanto ao “nível competitividade”, os resultados demonstraram que quanto maior o nível competitivo menor o valor das atitudes. Este estudo conclui que a implementação do “Dia Paralímpico” teve influência positiva nas atitudes dos alunos em relação à inclusão de colegas com NEE nas aulas de EF. Xafopoulos et al. (2009) também analisaram a influência do “Dia Paralímpico na Escola” nas atitudes de 71 alunos. Os resultados demonstraram diferenças estatisticamente significativas apenas nas atitudes gerais entre o género, sendo que as raparigas apresentaram atitudes mais positivas do que os rapazes.

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Mais recentemente, (Campos, in press), realizou ao nível nacional a implementação de um programa de intervenção que envolveu 509 participantes. Os resultados indicaram diferenças significativas entre os géneros, sendo que as raparigas demonstraram atitudes mais positivas em relação à inclusão nas aulas de EF do que os rapazes. Em relação ao contacto prévio com pessoas com NE também ocorreram diferenças significativas, pois as crianças que afirmaram ter um familiar, amigo ou vizinho com NE ou um colega com NEE na turma ou nas aulas de EF, tiveram atitudes mais positivas. Para além disso, foi sugerido que os alunos que assumem ter um nível de competitividade alto têm atitudes negativas em relação às pessoas com NE.

Desta forma, compreende-se o efeito positivo que os programas de sensibilização causam na promoção de atitudes positivas em relação às atitudes dos alunos sem NEE face à inclusão dos seus pares com NEE nas aulas de EF. Contudo, verifica-se alguma divergência nos resultados apresentados pelos estudos, em relação aos fatores que influenciam as atitudes. É unânime entre os estudos apresentados que haja mais investigações dentro desta temática no sentido de uma melhor compreensão acerca dos fatores que realmente podem influenciar as atitudes e como é que os programas de sensibilização se podem tornar mais eficazes.

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