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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.6 Matriz de Análise de Política (MAP)

2.6.6 Estudos de casos com a MAP

Neste subitem, faz-se uma revisão da literatura que aborda os produtos agrícolas estudados sob o método da Matriz de Análise de Política (MAP), assim como algumas apreciações correspondentes. Inicialmente, expõem-se os trabalhos elaborados no Brasil, ressaltando-se os produtos agrícolas, como milho, palmito, trigo, algodão, soja, feijão.

Vieira (1996) apresentou a Matriz de Análise de Política (MAP) como um mecanismo adequado para a análise e composição de sistemas públicos para a agricultura.

Já Santos e Kouri (1999) estudaram, no Ceará, os problemas substanciais de competitividade e eficiência na cadeia produtiva de algodão herbáceo por meio da Mariz de Análise de Políticas.

Lopes e Lopes (2000) tiveram como objetivos a medição de indicadores de eficiência econômica e competitividade, aplicando a Matriz de Análise de Política na cadeia têxtil.

Vieira et al. (2001) fizeram um estudo com relação à análise da competitividade de 11 cadeias produtivas brasileiras, a respeito de tecnologias novas, utilizando a Matriz de Análise de Política. Milho, soja, arroz, algodão, leite, feijão, cacau, trigo, mandioca, tomate industrial e café foram as cadeias produtivas analisadas.

Milhomem e Teixeira (2001) avaliaram a competitividade dos métodos de produção de café no Brasil, com 16 modos de produção, no corredor do produtor ao porto de Santos, utilizando a Matriz de Análise de Políticas.

Utilizando-se da Matriz de Análise de Política, Martins e Araújo (2004) fizeram uma análise da competitividade e eficiência da cadeia produtiva de leite em pó nos principais estados de produtividade de leite do Brasil.

Alvim et al. (2004) pesquisou sobre a competitividade da produção de soja nos meios de plantio convencional e direto, por meio da Matriz de Análise de Política na região do Cerrado do Brasil.

Alvim e Oliveira Júnior (2005) desenvolveram um estudo sobre a competitividade de produção de soja no sistema de plantio direto, fazendo uso da Matriz de Análise de Política, no Estado do Mato Grosso do Sul.

Baseados na Matriz de Análise de Política, Gonçalves, Rezende e Bitencourt (2006), examinaram a competitividade da cotonicultura no Triângulo Mineiro.

No Estado da Bahia, Almeida (2006) fez uma análise da inclusão do biodiesel na sede energética, adotando como base as diretrizes do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel.

Em um estudo dos coeficientes técnicos e gastos associados à cadeia produtiva de frango no Oeste catarinense, Martins, Talamini e Souza (2007), usaram dados para analisar, usando o método da Matriz de Análise de Política, os quatro elos da cadeia.

Soares e Silva (2010), em comparação com variadas localidades do Brasil, fizeram com base na MAP uma análise da competitividade da produção de celulose de fibra curta.

Soares et al. (2010) procederam a um ensaio da competitividade e dos preços da celulose e da madeira de eucalipto no Brasil, tendo como base a MAP (Matriz de Análise de Políticas).

Soares et al. (2011) também estudaram a competitividade do palmito de pupunha no Brasil com o uso da Matriz de Análise de Política.

Com a intenção de comprovar as aplicações de políticas sobre a competitividade e eficiência da cadeia produtiva de biodiesel de dendê no Baixo Sul da Bahia, Souza, Pires e Rosado (2011) realizaram um estudo baseado na MAP.

Sousa et al. (2011) analisaram a competitividade da produção de palmito de pupunha em São Paulo e no Espírito Santo por via da Matriz de Análise Politica.

Lopes et al. (2012) expuseram a metodologia da Matriz de Análise de Política, com base nos estudos realizados por Monke e Pearson (1989). Esse estudo teve como meta disponibilizar um manual atualizado e corrigido pelos pesquisadores da EMBRAPA, com a ajuda da Secretaria de Gestão Estratégica e da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Ele é dividido em duas partes: I – conceitos e metodologia; II – forma de se aplicar a metodologia e determinados exemplos sobre a cadeia de produção de frango, maçã, carne e de arroz irrigado. De acordo com os autores do manual, o método da MAP é constantemente usado para avaliar a eficácia econômica do País, além da competitividade internacional e dos abalos sobre as cadeias agroindústrias em diversos âmbitos e países.

Baseando-se na Matriz de Análise de Política, Tosto et al. (2005) estudaram os efeitos das políticas públicas na produção de borracha natural nos Estados do Mato Grosso e São Paulo.

Os métodos revisados a seguir tratam de estudos realizados em outros países, que não o Brasil, todos sobre a revisão da Matriz de Análise de Política (MAP), na produção agrícola, especialmente para as cadeias produtivas de trigo, arroz, algodão e soja.

Fazendo uso da Matriz de Análise de Política, Nelson e Panggabean (1991) fizeram um estudo da política de custos para a produção de açúcar em áreas irrigadas e de sequeiro em Java (principal região produtora de açúcar na Indonésia).

Combinada com padrões de oferta e demanda, a Matriz de Análise de Política foi usada por Erjavej et al. (2000) para desenvolver um estudo de análise de políticas que poderia ser usado para estimar alterações nas políticas públicas, políticas macroeconômicas e alterações estruturais na agricultura eslovena.

Mohanty, Fang e Chaudhary (2003) realizaram um estudo com o intuito de avaliar a competitividade do algodão nos cinco estados produtores da Índia, sob a óptica da Matriz de Análise de Política.

Anwar, Hossain e Javed (2005) analisaram, por meio da Matriz de Análise de Política, a competitividade e a vantagem comparativa da produção de trigo no Paquistão.

Tadeo, Reig e Estruch (2007) aplicaram a Matriz de Análise de Política e a Matriz de Análise de Desempenho, respectivamente, com o intuito de comprovar o aumento do lucro em relação aos custos e receitas, assim como a lucratividade da orizicultura.

A Matriz de Análise de Políticas foi utilizada Chaudhary, Khan e Akhtar (2009) para analisar economicamente a cultura do algodão no Paquistão.

Mane-Kapaj et al. (2010) fizeram uma análise sobre a competitividade e a vantagem comparativa do azeite de oliva na Albânia.

Sob a óptica da Matriz de Análise de Política, Oguntade (2011) fez um estudo do benefício comparativo e da competitividade no processamento de arroz em casca para arroz branqueado básico na Nigéria.

Meliko, Chauke e Oni (2012) realizaram um estudo, usando como base a Matriz de Análise de Política, sobre a competitividade e a vantagem comparativa de várias culturas, adotando sistemas de irrigação em diminutas escalas versus métodos de agricultura de sequeiro, em Limpopo na África do Sul (nos anos de 2006/2007).

Longwe-Ngwira, Simtowe e Siambi (2012), por meio da Matriz de Análise de Política, fizeram um estudo analisando a competitividade da produção de amendoim em Malawi.

Kazal (2012) fez uma análise da lucratividade de várias culturas agrícolas, além de uma avaliação da vantagem comparativa, fazendo uso da Matriz de Análise de Política.

Pode-se averiguar, pelos trabalhos revisados, que, em geral os estudos estão mais direcionados para a análise da produtividade agrícola, tanto no País quanto no Exterior. Em sua maioria, os trabalhos demonstraram resultados positivos na lucratividade privada, em que a renda do produtor é transferida para a sociedade. Alguns desses produtores estudados, no entanto, se mostraram desprotegidos de políticas públicas e, por isso, se vê que eles precisam de ações públicas com o intuito de trazer benefícios para a cadeia produtiva.