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O levantamento de dados foi realizado em uma edificação que se caracteriza por sediar uma organização administrativa militar que faz parte do Poder Público. Localizada na região sul da cidade de São Paulo, com uma área útil construída de

7801,71 m2, essa edificação apresenta uma funcionalidade de escritório.

Ressalta-se a importância da edificação objeto de estudo que se caracteriza como um empreendimento típico do segmento administrativo militar representando uma tendência de distribuição de ambientes associado a particularidades de uso e

execução das atividades profissionais que se estendem por cerca de 30 edificações só no estado de São Paulo e 200 em nível nacional.

Composto de seis andares e possuindo cerca de 400 ocupantes, a edificação possui 275 dependências, divididas em quatro tipos de ambientes: de escritório, de depósito, de banheiro e de circulação de acordo com o exposto na tabela 4.

Tabela 4 – disposição das dependências por tipo de ambiente no interior da edificação

escritório depósito banheiro circulação

térreo 16 5 6 5 primeiro 34 3 6 2 segundo 32 3 6 2 terceiro 32 4 5 5 quarto 37 4 9 5 quinto 22 2 6 7 sexto 3 - 8 6 quantidade total 176 21 46 32 área util (m2) 5398,19 550,51 625,18 1227,83

De acordo com as recomendações da referida regulamentação no que tange aplicação dos valores médios de iluminamento, deve-se adotar os limites mínimos da NBR 5413 – Iluminância de interiores (ABNT, 1992), obtendo as referências para o ambiente de escritório de 500 lux, de depósito de 100 lux, de banheiro de 100 lux e de circulação de 75 lux.

O primeiro estudo foi elaborado a partir do levantamento de dados realizado, no qual é aplicada a metodologia proposta na regulamentação para etiquetagem voluntária do nível de eficiência energética de edifícios comerciais, de serviços e públicos no que tange a sistemas de iluminação, obtendo a classificação do nível de eficiência energética para cada ambiente.

Para cada dependência da edificação será obtido o índice K e a potência total de iluminação (W) possibilitando o cálculo da densidade de potência total instalada (W/m2).

Com o nível de iluminamento (lux) de cada ambiente, procede-se a obtenção da densidade de potência de iluminação (DPIRF), aplicando a metodologia proposta na

regulamentação para etiquetagem voluntária do nível de eficiência energética de

edifícios comerciais, de serviços e públicos. Com o DPIRL, obtido com a interpolação

(regressão linear) da tabela 3 através do uso do software datafit 2, estabelece-se a classificação do nível de eficiência energética em iluminação para cada ambiente.

Foram realizados mais dois estudos distintos, considerando a aplicação de dois tipos diferentes de luminárias com intuito de comparar os ganhos em eficiência energética

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com a situação atual da edificação objeto de estudo com a aplicação da proposta da regulamentação para etiquetagem voluntária do nível de eficiência energética de edifícios comerciais, de serviços e públicos.

No segundo estudo será utilizado como referência uma luminária de embutir em forro, para duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32W e de 16W, com corpo em chapa de aço tratada com acabamento em pintura eletrostática epóxi-pó na cor branca. Esta luminária possui refletor em alumínio anodizado de alto brilho e está equipada com porta-lâmpada antivibratório em policarbonato, com trava de segurança e proteção contra aquecimento dos contatos e com um reator eletrônico com fator de potência mínimo de 0,98 incorporado para cada luminária. O rendimento dessa luminária é de 84%. No decorrer deste trabalho, esta luminária é identificada como luminária 1.

No terceiro estudo foi utilizada como referência uma luminária de embutir em forro, para duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32W e de 16W, com corpo e aletas planas em chapa de aço tratada com acabamento em pintura eletrostática epóxi-pó na cor branca. Esta luminária possui refletor em alumínio anodizado de alto brilho e está equipada com porta-lâmpada antivibratório em policarbonato, com trava de segurança e proteção contra aquecimento dos contatos e com um reator eletrônico com fator de potência mínimo de 0,98 incorporado para cada luminária. O rendimento dessa luminária é de 73%. No decorrer deste trabalho, esta luminária é identificada como luminária 2.

No segundo estudo, foi utilizado o software softlux3 para determinação do nível de iluminamento médio de cada ambiente. O referido software adota o método dos

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lúmens como referência. Nesta aplicação, foram considerados os dados obtidos com o dimensionamento dos equipamentos de iluminação (luminária 1) e os níveis de iluminância de acordo com a norma ABNT 5413 - iluminância de interiores (ABNT, 1992).

A partir da entrada de dados de dimensões do ambiente (comprimento, largura, pé direito, altura do plano de trabalho e altura de suspensão das luminárias), índices de cores e refletâncias, tipo de ambiente e condições do local (limpo, médio ou sujo) e tipo de luminária o software softlux dimensiona a quantidade dos referidos equipamentos bem como o nível de iluminância médio do local.

Para cada dependência da edificação, a partir dos índices K obtidos (que não variam) e a potência total de iluminação (W) estabelece-se o cálculo da densidade de potência total instalada (W/m2).

Com o nível de iluminância (lux) de cada ambiente, procede-se a obtenção da densidade de potência de iluminação (DPIRF), aplicando a metodologia proposta na

regulamentação para etiquetagem voluntária do nível de eficiência energética de

edifícios comerciais, de serviços e públicos. Com o DPIRL, obtido com a interpolação

(regressão linear) da tabela 3 através do uso do software datafit, estabelece-se a classificação do nível de eficiência energética em iluminação para cada ambiente.

No terceiro estudo, adotou-se a metodologia análoga a realizada no segundo estudo, com a utilização da luminária 2 e mantendo-se a mesma quantidade de luminárias projetada para o segundo estudo. Com a utilização do software softlux, obtem-se o

nível de iluminamento médio de cada ambiente, a partir da quantidade de luminárias proposta.

Em resumo, adotou-se a metodologia exposta no fluxograma da figura 7, com a utilização do sistema de iluminação artificial existente na edificação para o primeiro estudo. No segundo e terceiro estudo, foram utilizadas as luminárias 1 e 2, respectivamente, considerando a mesma sistemática apresentada.

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