• Nenhum resultado encontrado

Os resultados experimentais foram obtidos utilizando-se o mesmo protótipo anterior,

ou seja, para o modo de operação com razão cíclica menor que meio (D<0,5). O circuito de

potência juntamente com o circuito de comando estão mostrados na Fig. 3.4 e a fotografia do

conversor na Fig. 3.5.

Os resultados do protótipo foram adquiridos para potência de saída de 1 kW. Este

valor esta abaixo do nominal, pois para D>0,5 os valores de corrente são menores. As tensões

V1 = 200 V tensão de entrada;

Vo = 150 V tensão de saída;

fs = 30 kHz freqüência de comutação dos interruptores;

Io = 6,66 A corrente de carga;

∆IL = 1,33 A Ondulação de corrente através de L (20% de Io);

∆V = 1,50 V Ondulação de tensão sobre Co (1% da tensão de saída Vo). A partir da experimentação são mostradas as principais formas de onda de tensão e

corrente que circula através dos elementos do conversor. Percebe-se que todas as formas de

onda possuem as características bem próximas das formas de onda idealizadas comprovando

o funcionamento do conversor. As escalas de tensão, de corrente e de tempo são mostrados

nas próprias figuras.

Na Fig. 4.1, as curvas 1 e 2 mostram as tensões sobre os diodos D1 e D2

respectivamente, e as curvas 4 e 3 mostram as correntes que circulam através do diodo D1 e

do interruptor S2 respectivamente. Vale salientar que os valores de tensão e corrente em D1

são iguais aos valores de tensão e corrente em D2. Nesta figura observa-se que quando o

interruptor S2 é acionado (curva 3) o diodo D2 é polarizado reversamente.

Na Fig. 4.2, as curvas 2 e 1 mostram as tensões sobre os interruptores S1 e S2

respectivamente, e as curvas 4 e 3 mostram as correntes que circulam através dos diodos D1 e

D2 respectivamente. Então, quando S1 abre o diodo D1 conduz. O mesmo ocorre com D2 que

Fig. 4.1 – Tensão nos diodos D1(1) e D2(2) e a corrente que circula através do diodo D1(4) e do interruptor S2(3).

Fig. 4.2 – Tensão sobre os interruptores S1 (2)e S2 (1) e a corrente que circula através dos diodos D1 (4) e D2 (3). 1 2 3 4 3 2 1 4

Na Fig. 4.3, as curvas 1 e 2 mostram as tensões sobre os interruptores S1 e S2

respectivamente, a curva 4 mostra a corrente que circula através do diodo D2 e a curva 3

mostra a corrente que circula através do interruptor S2.

Fig. 4.3 – Tensão sobre os interruptores S1 (1) e S2 (2) e corrente que circula através do diodo D2 (4) e do interruptor S1 (3).

Na Fig. 4.4, as curvas 1 e 2 mostram as tensões sobre os interruptores S1 e S2

respectivamente, a curva 4 mostra a corrente que circula através do indutor L e a curva 3

mostra a corrente que circula através do interruptor S1. Nesta figura são mostradas as

freqüências de chaveamento dos interruptores e da corrente sobre o indutor. Observa-se que a

freqüência da corrente sobre este, é o dobro da freqüência de chaveamento dos interruptores.

Na Fig. 4.5, a curva 4 mostra a tensão de saída, a curva 3 mostra a corrente de entrada

e a curva 2 mostra a corrente que circula através do indutor L. Observa-se nesta figura que a

corrente de entrada embora pulsada, apresenta baixa ondulação e é contínua, ou seja, não

atinge zero. Isso demonstra uma grande vantagem em relação ao conversor Buck clássico

onde a corrente de entrada é sempre descontínua para todos os modos de operação, o que faz

com que o filtro de entrada para o Buck clássico, quando utilizado, tenha maior volume.

2

1

3

Fig. 4.4 – Tensão sobre os interruptores S2 (1) e S1(2), corrente que circula através do interruptor S1 (3) e a corrente que circula através do indutor IL(4).

Fig. 4.5 – Tensão de saída Vo, corrente de entrada Ii (3) e corrente que circula através indutor IL (2).

A Fig. 4.6 apresenta a característica de saída em função da corrente de carga e a Fig.

4.7 mostra o rendimento do conversor em função da potência de saída. Como pode ser

2 3 4 2 1 3 4

observado nesta figura, o rendimento para D>0,5 foi maior que para D<0,5. Este resultado

comprovado experimentalmente decorre da redução das perdas em condução dos

componentes do conversor, além da redução em particular das perdas em condução dos

interruptores, pois estes processam em paralelo a energia durante o carregamento do indutor.

0 ,5 0,55 0 ,6 0,65 0 ,7 0,75 0 ,8 0,85 0 ,9 0,95 1 4 ,3 4 ,6 4 ,9 5 ,2 5 ,5 5,8 6,1 6,4 6,7 7,0

Corrente de carga (Io)

G a n ho ( G v )

Fig. 4.6 – Característica de saída em função da corrente de carga.

9 0 ,0 9 1 ,0 9 2 ,0 9 3 ,0 9 4 ,0 9 5 ,0 9 6 ,0 9 7 ,0 9 8 ,0 9 9 ,0 10 0 ,0 4 0 0 4 5 0 5 0 0 5 50 60 0 6 50 7 0 0 7 5 0 8 00 8 50 90 0 9 5 0 1 .0 00 Potência de saída (W) R e n d im en to (% )

Fig. 4.7 –Rendimento em função da potência de saída.

Experimental − − • − − ______ Teórico

Experimentalmente foi comprovado que a assimetria dos pulsos gerados pelo circuito

de comando, isto é, se o comando de um interruptor apresentar razão cíclica diferente do

comando de outro interruptor, haverá um desbalanceamento das células o que prejudicará o

funcionamento do conversor. Portanto os pulsos gerados pelo circuito de comando devem

estar defasados em 180º, e com razão cíclica variando de 0 a 100% simetricamente. Na

literatura [15] é mostrado que para eliminar este desequilíbrio, pode-se fazer o controle do

conversor por modo de corrente de pico, o que também é feito para o conversor push-pull que

nesta situação apresenta o mesmo problema.

Para mostrar esta característica do conversor, são apresentadas as formas de onda na

Fig. 4.8 para pulsos de gate dos MOSFETs simétricos. Na Fig. 4.9 são apresentadas formas de

onda para pulsos assimétricos, com a diferença da largura dos pulsos de gate entre S1 e S2 em

torno de 100 ns. Tanto na Fig. 4.8 como na Fig. 4.9 as curvas 2 e 4 mostram as correntes que

circulam através dos interruptores S1 e S2 respectivamente, curva 1 mostra a tensão sobre

interruptor S1 a curva 3 mostra a corrente de entrada.

Fig. 4.8 - Tensão sobre o interruptor S2 (1), corrente que circula através dos interruptores S1 (4) e S2 (2) e corrente de entrada Ii(3).

2

1

3

Fig. 4.9 - Tensão sobre o interruptor S2 (1), corrente que circula através dos interruptores S1 (4) e S2 (2) e corrente de entrada Ii (3).

4.6-CONCLUSÕES

São apresentados neste capítulo uma metodologia de projeto, os resultados de

simulação em condições ideais e os resultados experimentais do protótipo do conversor buck

operando com razão cíclica maior que 0,5, no modo de condução contínua. Como pôde ser

visto, os resultados foram extraídos utilizando o conversor implementado para D menor que

0,5, que segundo o projeto do capítulo 4, está sobre dimensionado para esta aplicação. Desta

maneira conclui-se que o conversor projetado para D menor que 0,5 pode ser utilizado para

qualquer valor de razão cíclica.

As etapas de operação e as principais formas de onda de tensão e de corrente, traçadas

no estudo teórico no capítulo 2, são validadas por meio da simulação numérica e da

experimentação.

2

1

3

A característica de saída deste conversor, obtida através de ensaios do protótipo,

apresentou o mesmo comportamento daquela obtida analiticamente. A curva de rendimento

deixa claro a alta eficiência deste conversor, devido principalmente à distribuição de correntes

simétrica entre os interruptores. Além disso, o rendimento apresenta elevado valor desde

carga baixa até plena carga.

Ainda neste capítulo, observou-se que a existência da assimetria dos pulsos gerados

pelo circuito de comando provoca um desbalanceamento das células, o que prejudicará o

Documentos relacionados