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Dentro da análise do Planejamento, tem-se a análise das etapas que envolvem esse planejamento e resultam na programação do mesmo. Essas etapas funcionam como uma complementação para a obtenção do planejamento em níveis.

Conforme foi citado, a partir da EAP de orçamento, elaborou-se a EAP do planejamento e definiu-se as durações e precedências das atividades. Essas informações foram colocadas no software Microsoft Project®, como está apresentado na Figura 20, gerando, portanto, o cronograma da obra, e tendo como dados de saída o caminho crítico da obra e seu diagrama de rede.

Figura 20 - EAP da obra adicionada ao Microsoft Project®.

Fonte: Empresa X.

Portanto, pôde-se analisar nesse trabalho, o primeiro cronograma disponível da obra, referente a Março de 2017, que englobava as atividades já realizadas, e os cronogramas sequentes de cada mês até Julho de 2017, período em que a autora começou a realização do controle na obra. Comparando-se o primeiro cronograma da obra (Março de 2017), a Baseline (Maio de 2017) e o cronograma de quando a autora iniciou a pesquisa na obra (Julho de 2017), pode-se observar uma variação pequena na data de término da obra, do dia 27 de Março de 2018 para o dia 30 de Março de 2018. Porém houve muita variação nas datas de início e término das atividades que fazem parte da EAP.

A Curva S é resultante do Avanço Físico-Financeiro da obra, a partir do custo envolvido na execução das atividades de cada mês e é elaborada no Microsoft Excel, através dos custos diretos da obra gerados no Microsoft Project® e os custos indiretos adicionados ao Microsoft Excel. Em Março de 2017, o avanço físico-financeiro estava em 50,78% da obra. Dessa forma, a primeira Curva S foi projetada a partir desse avanço, como mostra a Figura 21,

tendo como base o custo de execução das atividades por mês até o prazo final da obra: Março de 2018. A Figura 22 mostra a Curva S gerada a partir da baseline em Maio de 2017.

Figura 21 - Avanço físico-financeiro da obra em Março de 2017.

Fonte: Empresa X.

Figura 22 - Avanço físico-financeiro da obra em Maio de 2017 (Baseline).

Por fim, foi feita a análise da Linha de balanço do empreendimento. A linha de balanço comumente empregada no Planejamento possui a representação do tempo na abscissa e a quantidade de unidade produzidas na ordenada, com cada atividade representada por uma reta, conforme foi apresentado na Revisão Bibliográfica desse trabalho.

Diferente do que foi apresentado na literatura, a linha de balanço utilizada na obra é uma adaptação da linha de balanço original e é chamada de plano de ataque. Esse plano de ataque possui os pacotes de trabalho na abscissa e o tempo na ordenada, com os pavimentos representados no gráfico, para cada pacote de trabalho de acordo com a data que serão executados. A Figura 23 representa parte do plano de ataque gerado, do dia 10 de Março de 2017 ao dia 07 de Abril de 2017, e alguns pacotes de trabalho a serem realizados nos pavimentos da torre (do tipo 1 ao tipo 8 e ático). Pode-se observar que, para a maioria das atividades apresentadas na figura, tentou-se manter o mesmo ritmo: de cinco dias por pavimento.

Figura 23 - Linha de balanço utilizada para os pavimentos tipos da obra.

Fonte: Empresa X.

Essa linha de balanço se difere da original no modo como é apresentada, porém, se o dado de entrada for a data, obtém-se para cada pacote de serviço o andar que deveria estar sendo executado, de acordo com o cronograma. Enquanto na original, com o dado de entrada sendo a data, obtém-se qual serviço vai estar sendo realizado por pavimento.

De acordo com o que foi citado na literatura, a principal vantagem da linha de balanço é a sua facilidade de uso e visualização, sendo seu uso indicado em reuniões com empreiteiros. Porém, na obra, a linha de balanço não é utilizada e não é atualizada com frequência, perdendo- se a principal vantagem dela.

Uma das ferramentas utilizadas pela gestão da obra é o Plano de compras. Este funciona como um planejamento direcionado para o pedido de materiais e para a contratação

de serviços, para que os mesmos andem alinhados ao planejamento da obra e não provoquem atrasos.

O plano de compras da obra é elaborado pelo setor de planejamento. Primeiro foi elaborado um plano genérico que contém a duração necessária para cada item presente no plano de compras: projeto e especificações técnicas; levantamento quantitativo e solicitação; quadro de concorrência (orçamento); negociação; aprovação; contratação; e, prazo de entrega. E, com base no planejamento, foi estabelecida uma data prevista para o início do serviço. Esse plano foi elaborado para todos os serviços presentes na obra. De acordo com isso, as datas são calculadas para o Plano de compra mensal, com as atividades que serão realizadas no mês. Por exemplo, Comunicação visual da obra tem como prazo de entrega 21 dias e contratação 7 dias, porém o serviço se inicia na obra em 7 de fevereiro de 2018, portanto, como a contratação vem antes do pedido de entrega, o pedido deve ser realizado até 17 de janeiro de 2018 (21 dias antes da data de início do serviço) e a contratação deve ser feita até o dia 10 de janeiro de 2018 (7 dias antes da data do pedido).

Na Figura 24 pode-se ver um modelo do Plano genérico utilizado e na Figura 25 pode- se ver o modelo do Plano de compras mensal, sendo que os responsáveis se dividem em Setor de Projetos, Setor de Operações (obra) e Setor de suprimentos da empresa.

Figura 24 - Modelo de plano genérico da obra.

Fonte: Empresa X.

Figura 25 - Modelo de plano de compras da obra.

Normalmente, o Plano de compras mensal é levado para as reuniões de suprimentos realizadas entre os gestores das obras, o engenheiro de planejamento e o setor de suprimentos e as datas são avaliadas, assim como, também é calculada a aderência do Setor de operações e do Setor de suprimentos em relação ao plano, fazendo a relação de atividades realizadas pelo total de atividades previstas, e a análise dos motivos que levaram à não conclusão de todas as atividades previstas.

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