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2.3 BALANCED SCORECARD

2.3.3 Etapas para implantar o Balanced Scorecard

Veiga (2013), salienta que são necessárias quatro etapas para a implementação do Balanced Scorecard em uma organização que são: montagem do programa; inter-relacionamento dos objetivos estratégicos; elaboração e escolha dos indicadores; e a elaboração do plano de implementação.

Ainda, o autor explica cada uma das etapas: primeiramente é necessário fazer com que todos os setores da organização entendam o futuro do negócio e quais os caminhos que ele deve seguir para atingir o objetivo proposto. É a montagem do programa, etapa em que deve ser promovida tanto a compreensão quanto uma análise crítica dos gestores da empresa, bem como é o momento em que as diretrizes estratégicas devem ser revistas, analisando o quanto são ou não coesas com o que se planeja para o futuro da empresa. Uma vez que os objetivos são compreendidos e revistos, é chegado o momento de se colocar com os objetivos estratégicos em todas as quatro dimensões do Balanced Scorecard, fazendo com que se inter-relacionem para que faça, sentido e trabalhem juntas.

É importante nessa etapa que não fiquem lacunas que possam atrapalhar essas relações, sendo que, caso surjam devem ser suprimidas ou preenchidas com

novas análises e discussões relacionadas a fazer com que a organização funcione corretamente.

Após feito, vem a terceira etapa, que diz respeito à escolha e elaboração dos indicadores, ou seja, identificar cada um dos indicadores de maneira quem melhor passam o significado e sentido da estratégia elaborada. Depois de concluída, chega- se na última etapa que é a elaboração do plano de implementação. É aí que são definidas as metas, planos de ação e responsáveis por cada uma delas, com o intuito de implementar aquilo que foi planejado de maneira coerente e que funcione.

Já a consultoria Masci (2017), entende que também são necessárias quatro etapas para a implementação que são:

 Estratégia e Resultados projetados: tendo em mente os objetivos definidos no planejamento estratégico e qual o cenário, é necessário enumerar os indicadores e fazer uma projeção através dos meses;  Resultados Reais e Balanced Scorecard: a realidade da organização

tem grandes chances de ser diferente do que foi projetado, sendo fundamental analisar o índice de sucesso da estratégia proposta e como cada uma das perspectivas está;

 Mapa Estratégico: após definir as primeiras etapas, que são voltadas para a medição, é preciso traçar o mapa estratégico, que é o conjunto de objetivos e ações por departamento.;

 Painel de Gráficos: que significa traçar a perspectiva entre o real e o projetado para visualizar melhor seus objetivos e, assim, definir os melhores caminhos para a gestão da organização.

Para Scopi (2017), se baseia em seis etapas citadas por Kaplan e Norton no livro The Execution Premium, para implementar o Balanced Scorecard que são:

 Desenvolver a estratégia: definir para onde vai a empresa nos próximos anos, assim como seus objetivos estratégicos;

 Traduzir a estratégia em um mapa estratégico de execução: alinhar metas aos objetivos estratégicos;

 Alinhar funcionários e todas as unidades da empresa na mesma estratégia: assim como as metas, os planos de ações também precisam ser alinhados aos objetivos;

 Vincular as melhorias operacionais às prioridades estratégias: verificar se a agenda dos gestores impacta diretamente no objetivo de longo prazo.

 Realizar reuniões de revisão de estratégia para monitorar e guiar a implementação da mesma: através destes encontros, é possível reconhecer e corrigir os desvios de rotas e desperdícios de recursos;  Periodicamente, testar e adaptar a estratégia em curso: é necessário

revisar o plano constantemente.

De acordo com Dekker (2018), ele destaca sete passos para a implementação do Balanced Scorecard:

 Vasculhar o passado (ciclo anterior do planejamento estratégico): todo conhecimento obtido ao longo dos anos pela organização é primordial para embasar as decisões para o ciclo do planejamento estratégico. Portanto, antes de formular e implementar o mesmo, é necessário olhar com atenção para o planejamento anterior. Deve-se analisar: a eficiência dos instrumentos de avaliação de desempenho e gestão estratégica antes utilizados; os resultados alcançados; e as lacunas que foram identificadas ao longo da implementação do processo anterior;

 Análise SWOT e Diagnostico estratégico: a definição da SWOT deve estar baseada nos diálogos juntamente com os gestores da empresa. Com todos os subsídios em mãos (relatório do ciclo anterior do planejamento estratégico e a análise SWOT), a organização terá um potente diagnóstico estratégico em mãos;

 Revisão da identidade organizacional: através do diagnóstico estratégico, será possível orientar os gestores sobre qual identidade a instituição precisa assumir e consolidar para obter os resultados esperados, podendo incluir em uma reconstrução de missão, visão e valores. Além disso, a empresa, conseguirá ter uma visão estratégica, demonstrando como a mesma deseja ser reconhecida na realização de suas ações e projetos;

 Elaboração do planejamento estratégico com o Balanced Scorecard: após a identidade organizacional construída e a visão estratégica apurada, é possível iniciar o processo de elaboração do planejamento estratégico. Com a visão estratégica será dissolvida em objetivos estratégicos em cada uma das perspectivas do Balanced Scorecard;  Elaboração do Mapa Estratégico: o mapa estratégico é peça-chave. A

organização elaborará uma estrutura visual que parte do planejamento estratégico e dos objetivos. Através disto é possível comunicar de forma simples e funcional da empresa;

 Construção ou revisão de metas crucialmente importantes e indicadores de desempenho: nesta etapa, os objetivos estratégicos serão transformados em metras importantes e indicadores de desempenho. As metas precisam ser construídas em formato simples e práticos chamados de “formato de x para y”. Significa que a meta terá uma linha de partida e uma linha de chegada. Para cada meta é necessário definir indicadores de desempenho preditivos e influenciáveis, específicos para o negócio da empresa. Preditivos, pois medem algo que te levara a empresa ao alcance da meta. E influenciáveis porque, a ação da equipe deve conseguir influenciar diretamente no resultado;

 Melhoria continua com o PDCA: nesta última fase, pode-se utilizar uma ferramenta de gestão complementar, o PDCA (Plan, Do, Check and Act) que tem por significado planejar, fazer, checar e agir. Através desta ferramenta auxilia a construir uma cultura de melhoria contínua da organização.

Vistas as conceituações bibliográficas acerca do tema, na seção seguinte aborda-se a metodologia aplicada.

3 METODOLOGIA

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