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Eu sou do parecer daquele grande artista que admira o mistério das coisas

No documento João do Rio e as ruas do Rio (páginas 134-147)

visíveis, acha o homem um animal

desarrazoado e considera que as grandes

belezas são para meditar.

João do Rio

Apesar de ser o mais jovem escritor a ocupar uma vaga na Academia Brasileira de Letras e de obter reconhecimento quanto à capacidade de captar o sentido da cidade, João do Rio recebeu muitas críticas ao longo de sua vida profissional. Muitas vezes, acusações e ofensas eram dedicadas ao cronista: acusações de plágio além de injúrias por meio de paródias, preâmbulos de livros e quadrinhas. Não só críticas, mas também elogios preencheram a vida do cronista. Tais elogios exaltavam ora seu fascínio pela vida mundana da cidade carioca ora sua forma diferenciada de escrita, tendo na crônica o melhor meio para a prática desta forma.

Vale mencionar que, as crônicas utilizadas neste estudo mostram a intensidade de ações e de conquistas realizadas e vividas por Paulo Barreto que se construiu enquanto João do Rio e se fez inovador por sua narrativa atrelada ao seu próprio tempo presente. Entre tantos pseudônimos adotados por Paulo Barreto, João do Rio tornou-se o mais famoso. Como destaca Renato Cordeiro Gomes, era no pseudônimo João do Rio que a cidade do Rio de Janeiro se fazia presente. Além de pseudônimos, adotou máscaras como a do flâneur e do dândi para andar pelas ruas da cidade e, assim, encontrar assunto para suas crônicas. Sob as máscaras do flâneur e do dândi, João do Rio podia circular pelas diferentes camadas sociais, indo dos salões frequentados pela elite às favelas e tantos outros lugares lúgubres habitados por gente pobre e miserável como o morro de Santo Antônio.

125 Em A alma encantadora das ruas, Cinematógrafo e Vida vertiginosa, João do Rio ressaltava a alma e a fisionomia das pessoas e também das ruas da cidade carioca em meio a tantas transformações decorrentes do processo de modernização dos primeiros anos do século XX. Transformações ocasionadas pelo Projeto “bota-abaixo” de Pereira Passos que se deixou entusiasmar pelas novidades provenientes da cidade modelo a ser seguida: a Paris de Haussmann. Na verdade, nestas coletâneas de crônicas, João do Rio expressava as consequências sofridas pela cidade do Rio de Janeiro com a chegada da modernização além da influência dos novos aparatos tecnológicos como o cinema, a fotografia e o automóvel.

João do Rio apresentava, em outras palavras, o indivíduo comum e os acontecimentos ou situações vividos ou vivenciados na cidade que adquiria uma nova imagem para que a ordem e o progresso, segundo Cordeiro Gomes, pudessem ser encenados. Seus olhos mostravam-se atentos a tudo aquilo que estava a sua volta tais como o retorno para casa das mulheres operárias após um longo dia de trabalho, a greve dos operários da Companhia de Gás, a chegada do automóvel enquanto um dos símbolos de modernidade e tantos outros indivíduos e/ou situações presentes na rua.

Para João do Rio, este espaço – a rua – simbolizava o fator da vida das cidades modernas. É na rua que a diversidade e a diferença tornam-se evidentes, que relações, hábitos, valores são constituídos. É na rua que o cronista carioca encontrava assunto para seus textos. Assunto que ao ser registrado favorece uma certa memória a respeito de indivíduos e/ou situações que permearam a vida cotidiana da cidade do Rio de Janeiro no início do século XX. Aqui, o conceito de memória é considerado um fenômeno submetido a permanentes mudanças e transformações à medida que a memória representa as impressões ou mesmo um ponto de vista sobre um tempo vivido. No dizer de Maurice Halbwachs, a memória individual nada mais é que um determinado ponto de vista da memória coletiva.

João do Rio transformava tudo o que estava a sua volta em objeto de análise, deixando uma grande contribuição por meio de suas obras. Porém, o mesmo não se mostrava interessado em transmitir uma informação, ou seja, em narrar o “puro em si” de sua vivência pelas ruas e vielas da cidade. Enquanto narrador-flâneur, narrador-dândi, ou mesmo, narrador-repórter, João do Rio ia pessoalmente conversar, entrevistar, misturar-se à matéria viva de seus textos. Dessa forma, João do Rio inaugurava o jornalismo in loco, sendo o primeiro jornalista, no dizer de Zuenir Ventura, a frequentar as camadas mais

126 desfavorecidas do Rio de Janeiro. João do Rio era capaz de transitar livremente pela elite e pelo bas fond da sociedade carioca. Ao avançar na vivência do jornalismo in loco, João do Rio mesclava características pertencentes tanto ao jornalismo quanto à literatura. Em João do Rio, tal mescla representava uma inovação quanto ao modo de escrever, pois associar o jornalismo à literatura não representava desvalia para a crônica: gênero que fez de João do Rio um escritor por excelência das duas primeiras décadas do 1900 brasileiro.

Enfim, os indivíduos anônimos e comuns e o cotidiano das ruas cariocas sob o processo de modernização de Pereira Passos eram temas constantes em textos de João do Rio. Daí, as crônicas “Pequenas Profissões, Os trabalhadores da estiva, A fome negra, As mariposas de luxo, As mulheres mendigas, Os Humildes” e várias outras presentes nas três já citadas obras utilizadas como corpus de análise deste estudo. Vale comentar que a relação do jornalismo e da literatura gerou a elaboração de O Momento Literário. Era nesta obra que o cronista trazia à tona a preocupação quanto ao valor do jornalismo sobre a literatura – inquietação presente em muitos escritores como Elísio de Carvalho, Guimarães Passos, Rocha Pombo, Luís Edmundo, Medeiros e Albuquerque e tanto outros.

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No documento João do Rio e as ruas do Rio (páginas 134-147)