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EVOLUÇÃO DO COEFICIENTE DE DESGASTE E A RELAÇÃO COM O REGIME PERMANENTE

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4 MATERIAIS E MÉTODOS

5.5 EVOLUÇÃO DO COEFICIENTE DE DESGASTE E A RELAÇÃO COM O REGIME PERMANENTE

5.5.1 Amostras sem tratamento

A Figura 61 (a) mostra que, para carga de ensaio de 0,3 N e concentração de abrasivo de 0,01 g/cm³, há uma tendência ao início do regime permanente em uma distância de deslizamento próxima a 28 metros. Ressalta-se que o gráfico apresenta

a) b)

a tendência da entrada do material em regime permanente, mas, o valor mencionado (28 m) está baseado na metodologia do trabalho, onde se considerou o alcance do regime permanente do material quando a variação do coeficiente de desgaste foi menor do que 7% ao longo dos quatro últimos resultados de cada ensaio. O comportamento do volume de desgaste está de acordo com a Equação de Archard , onde o volume é proporcional a distância de deslizamento (Figura 61 (b)).

FIGURA 61 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 0,3 N e concentração de abrasivo de 0,01 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

A relação da borda difusa com o alcance do regime permanente, relatado por Cozza (2006), não foi observada neste trabalho para nenhuma das condições ensaiadas. A Figura 62 apresenta, como exemplo, uma imagem da calota obtida por microscópia óptica na distância de deslizamento de aproximadamente 29 metros para o ensaio com carga de 0,3 N e concentração de 0,01 g/cm³ de lama abrasiva.

b) a)

FIGURA 62 – Imagem de microscópia óptica da calota gerada durante o ensaio de desgaste microabrasivo no momento em que o desgaste alcançou o regime permanente.

Fonte: Autor, 2015.

A Figura 63 (a) mostra que, com o aumento da concentração de abrasivo (0,1 g/cm³) para a mesma carga de ensaio, o regime permanente de degaste é alcançado em uma distância de deslizamento um pouco menor (aproximadamente 25 metros). O volume desgastado também é proporcional à distância de deslizamento (Figura 63 (b)).

Aspecto difuso na borda da calota, observado pela coloração mais clara.

FIGURA 63 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 0,3 N e concentração de abrasivo de 0,1 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

A Figura 64 comprova que, mesmo ao alcançar o regime permanente de desgaste, a calota apresenta uma borda difusa. No entanto o aumento da concentração de lama abrasiva, além de reduzir a distância de deslizamento para entrada no regime permanente de desgaste, diminuiu o aspecto difuso da borda.

FIGURA 64 – Imagem de microscopia óptica da calota gerada durante o ensaio de desgaste microabrasivo no momento em que o desgaste alcançou o regime permanente.

Fonte: Autor, 2015.

Para carga de 0,3 N e concentração de abrasivo de 0,3 g/cm³ o regime permanente foi alcançado próximo aos 25 metros de distância de deslizamento (Figura 65 (a)),

b) a)

assim como na concentração de 0,1 g/cm³. Verifica-se a linearidade da reta para o volume desgastado (Figura 65 (b)), alcançando uma aproximação, R², de 0,991, valores similares aos encontrados por Trezona e Hutchings (1999).

FIGURA 65 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 0,3 N e concentração de abrasivo de 0,3 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

Não foi observada qualquer relação da borda da calota com o alcance do regime permanente nesse caso. A calota também apresenta um aspecto com borda difusa muito similar ao aspecto verificado na condição de ensaio com carga de 0,3 N e concentração de 0,1 g/cm³.

A Figura 66 (a) mostra que, o regime permanente de desgaste, para a concentração de 0,75 g/cm³ e carga de 0,3 N, foi alcançado em aproximadamente 29 metros, o que não está de acordo com a evolução observada de 0,01 g/cm³ para 0,1 g/cm³. De 0,3 g/cm³ para 0,75 g/cm³ há um aumento na distância de deslizamento para o alcance do regime permanente de desgaste. Destaca-se que independente da concentração de lama abrasiva o regimente permanente de desgaste ocorreu em uma distância de deslizamento entre 25 e 30 metros. Uma vez que o ensaio é realizado em intervalos de aproximadamente 3 metros, pode-se inferir que a concentração de abrasivo quase não influencia na entrada do regime permanente de desgaste do material estudado, para cargas de ensaio de 0,3 N. O volume desgastado, novamente, foi proporcional a distância de deslizamento, apresentando uma aproximação linear muito boa (Figura 66 (b)).

b) a)

FIGURA 66 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 0,3 N e concentração de abrasivo de 0,75 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

O aspecto difuso da borda foi verificado, também, para a condição de 0,3 N e 0,75 g/cm³, confirmando que, para a carga ensaiada, não há uma relação direta entre a formação da calota e a entrada do desgaste em regime permanente.

A Tabela 3 apresenta a distância de deslizamento, em que se verificou o alcance do regime permanente de desgaste, para cada concentração de abrasivo em carga de ensaio de 0,3 N.

Tabela 3 – Distância de deslizamento até o alcance do regime permanente de desgaste para carga de 0,3 N.

Concentração de abrasivo (g/cm³) Distância de deslizamento (m)

0,01 29

0,1 25

0,3 25

0,75 29

Fonte: Autor, 2015.

A Figura 67 (a) mostra que o aumento da carga de 0,5 N na concentração de 0,01 g/cm³ acarreta em uma entrada do desgaste em regime permanente a uma distância mais longa (aproximadamente 42 metros). O volume desgastado mantem-se proporcional à distância de deslizamento e com uma boa aproximação da reta (Figura 68 (b)).

b) a)

FIGURA 67 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 0,5 N e concentração de abrasivo de 0,01 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

Observando a Figura 68 (a), nota-se que para concentração de 0,1 g/cm³ e carga de 0,5 N, o regime permanente de desgaste é alcançado em uma distância de deslizamento de aproximadamente 29 metros. A Figura 68 (b) mostra que o volume desgastado de material, para esse caso, obedece a Equação de Archard com uma boa aproximação da reta.

FIGURA 68 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 0,5 N e concentração de abrasivo de 0,1 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

A Figura 69 mostra que o regime permanente de desgaste, de acordo com a metodologia adotada neste trabalho, foi alcançado, para carga de 0,5 N e concentração de 0,3 g/cm³, em aproximadamente 22 metros, ou seja, há uma redução gradativa da distância de deslizamento para entrada no regime permanente com o aumento da concentração de abrasivo. Boa aproximação linear da reta do

b) a)

volume desgastado em função da distância de deslizamento pode ser observada conforme a Figura 69 (b).

FIGURA 69 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 0,5 N e concentração de abrasivo de 0,3 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

A Figura 70 mostra que na concentração de 0,75 g/cm³ o regime permanente foi alcançado, assim como na concentração de 0,3 g/cm³, próximo aos 22 metros de distância de deslizamento. A Figura 70 (b) apresenta a evolução do volume desgastado em função da distância de deslizamento.

FIGURA 70 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 0,5 N e concentração de abrasivo de 0,75 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

Para carga de ensaio de 0,5 N, pode-se afirmar que o aumento da concentração de abrasivo promove o alcance do regime permanente de desgaste em distâncias mais curtas. Apesar de a elevação da concentração de 0,3 g/cm³ para 0,75 g/cm³, aparentemente, apresentar a mesma distância de deslizamento, ressalta-se novamente que os intervalos de medição durante o ensaio são realizados a cada 3

a) b)

b) a)

metros aproximadamente, não evidenciando, dessa forma, o momento exato do início do regime permanente de desgaste. A Tabela 4 apresenta a distância de deslizamento, onde foi alcançado o regime permanente de desgaste, para cada concentração de abrasivo em carga de ensaio de 0,5 N.

Tabela 4 – Distância de deslizamento até o alcance do regime permanente de desgaste para carga de 0,5 N.

Concentração de abrasivo (g/cm³) Distância de deslizamento (m)

0,01 42

0,1 29

0,3 22

0,75 22

Fonte: Autor, 2015.

Comportamento semelhante ao ensaio realizado com carga de 0,5 N foi observado para carga de 1,0 N, ou seja, o aumento da concentração de lama abrasiva promove a entrada do desgaste em regime permanente a uma distância de deslizamento mais curta. As Figuras 71 (a) e (b) a 74 (a) e (b) apresentam esse comportamento, assim como os gráficos do volume desgastado em função da distância de deslizamento.

Não foi observado, nas condições de carga de 1,0 N e concentração de 0,01 g/cm³, uma boa aproximação da reta para o volume desgastado em função da distância de deslizamento. A tendência à linearização ocorre a partir de aproximadamente 40 metros (Figura 71 b) e, assim como relatado por Cozza (2011), pode está relacionada ao alcance do regime permanente de desgaste. A concentração de abrasivo influencia diretamente no comportamento do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para carga de 1,0 N. Nota-se (Figuras 71 (b) a 74 (b)) que com o aumento da concentração de abrasivo a linearização da reta, R², é cada vez mais próxima de 1.

FIGURA 71 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 1,0 N e concentração de abrasivo de 0,01 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 72 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 1,0 N e concentração de abrasivo de 0,1 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 73 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 1,0 N e concentração de abrasivo de 0,3 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

a) b)

a) b)

FIGURA 74 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 1,0 N e concentração de abrasivo de 0,75g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

A Tabela 5 apresenta a distância de deslizamento, onde foi alcançado o regime permanente de desgaste, para cada concentração de abrasivo em carga de ensaio de 1,0 N.

Tabela 5 – Distância de deslizamento até o alcance do regime permanente de desgaste para carga de 1,0 N.

Concentração de abrasivo (g/cm³) Distância de deslizamento (m)

0,01 45

0,1 42

0,3 29

0,75 29

Fonte: Autor, 2015.

Para os ensaios realizados em carga de 2,0 N o comportamento da curva do coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento, não obedeceu ao mesmo padrão que os ensaios realizados com carga de 0,5 N e 1,0 N. As Figuras 75 a 78 apresentam esse comportamento, assim como os gráficos do volume desgastado em função da distância de deslizamento.

FIGURA 75 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 2,0 N e concentração de abrasivo de 0,01 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 76 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 2,0 N e concentração de abrasivo de 0,1 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 77 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 2,0 N e concentração de abrasivo de 0,3 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015

a) b)

a) b)

FIGURA 78 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L(não nitretado). Carga de ensaio de 2,0 N e concentração de abrasivo de 0,75 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

A Tabela 6 apresenta a distância de deslizamento, onde foi alcançado o regime permanente de desgaste, para cada concentração de abrasivo em carga de ensaio de 2,0 N.

Tabela 6 – Distância de deslizamento até o alcance do regime permanente de desgaste para carga de 2,0 N.

Concentração de abrasivo (g/cm³) Distância de deslizamento (m)

0,01 22

0,1 38

0,3 35

0,75 35

Fonte: Autor, 2015.

Com exceção do ensaio realizado com carga de 2,0 N e concentração de abrasivo de 0,1 g/cm³, todos os demais promoveram um comportamento do coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento muito similar. Nota-se que o ensaio se inicia com um alto coeficiente de desgaste (variações entre 23X10-13 a 9X10-13 m²/N) e tendem a cair até alcançarem o regime permanente de degaste. Cozza (2011) afirma que, até o material alcançar o regime permanente de desgaste, a curva de desgaste pode apresentar qualquer tendência. Para o caso das amostras

sem tratamento, essa afirmação não foi validada, pois, todas apresentaram uma tendência semelhante ainda que com valores alternando em função das condições de ensaio. Entretanto, tal comportamento pode ser verificado para todas as amostras nitretadas.

5.5.2 Amostras nitretadas

Em todas as condições de carga e concentração de abrasivo, adotadas nos ensaios, não há um comportamento estabelecido das curvas de desgaste. Os gráficos das Figuras 79 a 94 apresentam o comportamento do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) o volume desgastado em função da distância de deslizamento, para as diversas condições de ensaio das amostras nitretadas.

Para carga de ensaio de 0,3 N e concentração de 0,01 g/cm³ o comportamento da curva de coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento é totalmente aleatório (Figura 79 a), entretanto, destaca-se que o valor do coeficiente de desgaste do início do ensaio (1,04 X 10-13 m²/N) é muito próximo ao valor final (1,54 X 10-13 m²/N) se comparado com a amostra sem tratamento ensaiada nas mesmas condições (inicial - 11,69 X 10-13 m²/N, final – 2,81 X 10-13 m²/N), em todas as concentrações ensaiadas essa aproximação foi verificada. Apesar do comportamento atípico da curva do coeficiente de desgaste, a reta do volume desgastado em função da distância de deslizamento se apresentou bem linear, conforme demonstra a Figura 79 b.

O regime permanente de desgaste, obtido pela metodologia adotada, foi alcançado em aproximadamente 42 metros.

FIGURA 79 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 0,3 N e concentração de abrasivo de 0,01 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 80 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 0,3 N e concentração de abrasivo de 0,1 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 81 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 0,3 N e concentração de abrasivo de 0,3 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

a) b)

a) b)

FIGURA 82 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 0,3 N e concentração de abrasivo de 0,75 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

A Tabela 7 apresenta a distância de deslizamento, onde foi alcançado o regime permanente de desgaste das amostras nitretadas, para cada concentração de abrasivo em carga de ensaio de 0,3 N.

Tabela 7 – Distância de deslizamento até o alcance do regime permanente de desgaste para carga de 0,3 N. Amostras nitretadas.

Concentração de abrasivo (g/cm³) Distância de deslizamento (m)

0,01 42

0,1 26

0,3 35

0,75 26

Fonte: Autor, 2015.

Nota-se que não há nenhum padrão definido para o alcance do regime permanente de degaste em função da concentração de abrasivo, para essa condição de ensaio. A variação do coeficiente de desgaste inicial e final para todas as concentrações, também foi muito baixa se comparada às amostras sem tratamento, ensaiadas sobre as mesmas condições.

Os ensaios realizados com carga de 0,5 N , assim como em 0,3 N, não apresentaram nenhum padrão no que se refere à relação de concentração de abrasivo para alcance do regime permanente.

FIGURA 83 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 0,5 N e concentração de abrasivo de 0,01g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 84 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 0,5 N e concentração de abrasivo de 0,1 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

a) b)

FIGURA 85 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 0,5 N e concentração de abrasivo de 0,3 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 86 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 0,5 N e concentração de abrasivo de 0,75 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

Comparando os resultados alcançados em ensaios com carga de 0,5 N com os resultados com carga de 0,3 N não se percebe um padrão estabelecido, tampouco, a influência da carga no início do regime permanente de desgaste. É fato que há uma pequena diferença entre as distâncias de deslizamento, analisando cada concentração, porém, vale ressaltar o erro relativo (ainda que baixo) e os intervalos de 3 metros a cada medição.

A Tabela 8 apresenta a distância de deslizamento, onde foi alcançado o regime permanente de desgaste das amostras nitretadas, para cada concentração de

a) b)

abrasivo em carga de ensaio de 0,5 N. As Figuras 84 (a) e (b) a 87 (a) e (b) apresentam o comportamento do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e do (b) volume desgastado em função da distância de deslizamento.

Tabela 8 – Distância de deslizamento até o alcance do regime permanente de desgaste para carga de 0,5 N. Amostras nitretadas.

Concentração de abrasivo (g/cm³) Distância de deslizamento (m)

0,01 26

0,1 26

0,3 35

0,75 22

Fonte: Autor, 2015.

As Figuras 87 (a e b) a 90 (a e b) mostram ocomportamento do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e do (b) volume desgastado em função da distância de deslizamento em todas as concentrações de lama abrasiva para a carga de 1,0 N. Assim como em outras condições de carga não se nota um padrão do alcance do regime permanente em função da alteração da concentração de abrasivo.

FIGURA 87 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 1,0 N e concentração de abrasivo de 0,01 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 88 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 1,0 N e concentração de abrasivo de 0,1 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 89 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 1,0 N e concentração de abrasivo de 0,3 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 90 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 1,0 N e concentração de abrasivo de 0,75 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

a) b)

a) b)

As distâncias de deslizamento, para a carga de 1,0 N, nas quais o regime permanente de desgaste foi alcançado, podem ser verificadas na Tabela 9.

Tabela 9 – Distância de deslizamento até o alcance do regime permanente de desgaste para carga de 1,0 N. Amostras nitretadas.

Concentração de abrasivo (g/cm³) Distância de deslizamento (m)

0,01 22

0,1 38

0,3 35

0,75 19

Fonte: Autor, 2015.

As Figuras 91 a 94 mostram o comportamento do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e do (b) volume desgastado em função da distância de deslizamento em todas as concentrações de lama abrasiva para a carga de 2,0 N. Assim como em outras condições de carga não se nota um padrão do alcance do regime permanente em função da alteração da concentração de abrasivo.

FIGURA 91 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 2,0 N e concentração de abrasivo de 0,01 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 92 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 2,0 N e concentração de abrasivo de 0,1 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

FIGURA 93 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 2,0 N e concentração de abrasivo de 0,3 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

a) b)

FIGURA 94 – Variação do (a) coeficiente de desgaste em função da distância de deslizamento e (b) do volume desgastado em função da distância de deslizamento, para o aço 316L nitretado. Carga de ensaio de 2,0 N e concentração de abrasivo de 0,75 g/cm³.

Fonte: Autor, 2015.

A Tabela 10 apresenta a distância de deslizamento, onde foi alcançado o regime permanente de desgaste das amostras nitretadas, para cada concentração de abrasivo em carga de ensaio de 2,0 N.

Tabela 10 – Distância de deslizamento até o alcance do regime permanente de desgaste para carga de 2,0 N. Amostras nitretadas.

Concentração de abrasivo (g/cm³) Distância de deslizamento (m)

0,01 19

0,1 15

0,3 38

0,75 10

Fonte: Autor, 2015.

Para as amostras não nitretadas, ensaiadas em cargas de 1,0 N, a distância para alcance do regime permanente de desgaste diminui com o aumento da concentração de lama abrasiva. O mesmo pode se afirmar para cargas de 0,5 N, onde na concentração de 0,01 g/cm³ o regime é obtido em 42 metros, essa distância

cai para 29 metros em concentração de 0,1 g/cm³ e se mantem estável em 22 metros para concentrações de 0,3 g/cm³ e 0,75 g/cm³. Em cargas de 0,3 N, ainda para as amostras sem tratamento, quase não há influencia da concentração da lama abrasiva, nesse caso a distância deslizada para o início do regime permanente está entre 25 e 29 metros. Não se observa um padrão para as cargas de 0,5 N e 2,0 N . As amostras que passaram pelo tratamento de nitretação não apresentaram um padrão definido para a variação da concentração de abrasivo, quando analisadas para a mesma carga de ensaio. Entretanto nota-se que na concentração de 0,01 g/cm³ o aumento da carga promove uma queda da distância de deslizamento para entrada do desgaste em regime permanente. O mesmo comportamento pode ser observado para concentração de 0,3 g/cm³ e 0,75 g/cm³.

5.6 ASPECTO VISUAL DAS CALOTAS E A INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS

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