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EXECUÇÃO DA COOPERAÇÃO FINANCEIRA Artigo 79.º

No documento Proposta de DECISÃO DO CONSELHO (páginas 52-55)

Princípio geral

Salvo disposições em contrário da presente decisão, a assistência financeira da União é executada em conformidade com os objetivos e princípios da presente decisão, do Regulamento Financeiro e do [Regulamento NDICI], em especial o título II, capítulo I, com exceção do artigo 13.º, do artigo 14.º, n.os 1 e 4, e do artigo 15.º, capítulo III, com exceção do artigo 21.º, n.º 1, do artigo 21.º, n.º 2, alíneas a) e b), e do artigo 21.º, n.º 3, e capítulo V, com exceção do artigo 31.º, n.os 1,4,6 e 9, e do artigo 32.º, n.º 3. O procedimento previsto no artigo 80.º da presente decisão não é aplicável ao casos abrangidos pelo artigo 21.º, n.º 2, alínea c), do [Regulamento NDICI].

Artigo 80.º

Adoção de programas indicativos plurianuais, de planos de ação e de medidas

A Comissão, no âmbito da presente decisão, adota sob a forma de «documentos únicos de programação», os programas indicativos plurianuais a que se refere o artigo 12.º do [Regulamento NDICI], juntamente com os correspondentes planos de ação e medidas referidos no artigo 19.º do [Regulamento NDICI], em conformidade com o procedimento de exame previsto no artigo 88.º, n.º 5, da presente decisão. Esse procedimento também é aplicável aos reexames referidos no artigo 14.º, n.º 3, do [Regulamento NDICI] que tenham por efeito alterar significativamente o conteúdo do programa indicativo plurianual.

No caso da Gronelândia, os planos de ação e medidas referidos no artigo 19.º do [Regulamento NDICI] podem ser adotados separadamente dos programas indicativos plurianuais.

Artigo 81.º

Elegibilidade para o financiamento territorial

1. As autoridade públicas dos PTU podem beneficiar do apoio financeiro previsto na presente decisão.

2. Sob reserva do acordo das autoridades dos PTU em causa, as entidades ou organismos seguintes podem beneficiar igualmente do apoio financeiro previsto na presente decisão: (a) Organismos públicos ou semipúblicos locais, nacionais e/ou regionais, as autarquias locais

dos PTU, nomeadamente as suas instituições financeiras e bancos de desenvolvimento; (b) Sociedades e empresas dos PTU e de grupos regionais;

(c) Sociedades e empresas de um Estado-Membro, a fim de lhes permitir, para além da sua própria contribuição, empreender projetos produtivos no território de um PTU;

(d) Intermediários financeiros dos PTU ou da União que promovam e financiem investimentos privados nos PTU; e

(e) Intervenientes na cooperação descentralizada e outros intervenientes não estatais dos PTU e da União, a fim de lhes permitir empreender projetos e programas económicos, culturais, sociais e educativos nos PTU, no âmbito da cooperação descentralizada, referida no artigo 12.º da presente decisão.

Artigo 82.º

Elegibilidade para o financiamento regional

1. Uma dotação regional pode ser utilizada para operações que beneficiem e em que participem: (a) Dois ou mais PTU, independentemente da sua localização;

(b) Os PTU e a União no seu conjunto;

(c) Dois ou mais PTU, independentemente da sua localização, e, pelo menos, um dos seguintes participantes:

i) Uma ou mais regiões ultraperiféricas referidas no artigo 349.º do TFUE; ii) Um ou mais Estados ACP e/ou um ou mais Estados e territórios não ACP; iii) Dois ou mais organismos regionais de que sejam membros os PTU;

v) Uma ou mais entidades, autoridades ou outros organismos de pelo menos um PTU, membros de um AEGT, em conformidade com o artigo 8.º da presente decisão, uma ou mais regiões ultraperiféricas e um ou mais Estados e territórios vizinhos ACP e/ou não ACP.

2. No âmbito da dotação regional referida no artigo 74.º, pode ser utilizada uma dotação inter-regional para operações que beneficiem e em que participem:

(a) Um ou mais PTU e uma ou mais regiões ultraperiféricas referidas no artigo 349.º do TFUE; (b) Um ou mais PTU e um ou mais Estados ou territórios vizinhos ACP e/ou não ACP;

(c) Um ou mais PTU, uma ou mais regiões ultraperiféricas e um ou mais Estados ou territórios ACP e/ou não ACP;

(d) Dois ou mais organismos regionais de que sejam membros os PTU;

(e) Uma ou mais entidades, autoridades ou outros organismos de pelo menos um PTU, membros de um AEGT, em conformidade com o artigo 8.º da presente decisão, uma ou mais regiões ultraperiféricas e um ou mais Estados e territórios vizinhos ACP e/ou não ACP.

3. O financiamento para permitir a participação dos Estados ACP, das regiões ultraperiféricas e de outros países e territórios nos programas de cooperação regional dos PTU deve ser complementar em relação aos fundos atribuídos aos PTU ao abrigo da presente decisão. 4. A participação dos Estados ACP, das regiões ultraperiféricas e de outros países em programas

estabelecidos ao abrigo da presente decisão só deve ser prevista na medida em que:

(a) Existam disposições equivalentes no quadro dos programas da UE pertinentes ou nos programas de financiamento pertinentes dos países terceiros e territórios não abrangidos pelos programas da União; e

(b) O princípio da proporcionalidade seja respeitado. Artigo 83.º

Elegibilidade para outros programas da União

1. As pessoas singulares de um PTU, tal como definidas no artigo 50.º e, quando aplicável, os organismos e instituições públicos e/ou privados competentes de um PTU são elegíveis para participar nos programas da União e para beneficiar de um financiamento a título desses programas, sob reserva das regras e dos objetivos dos programas, bem como das disposições suscetíveis de serem aplicadas ao Estado-Membro aos quais o PTU está ligado.

2. Os PTU são igualmente elegíveis para um apoio no âmbito de programas e instrumentos de cooperação da União com outros países, designadamente o [Regulamento NDICI], sob reserva das regras, objetivos e disposições previstas nesses programas.

3. Os PTU apresentam à Comissão um relatório anual sobre a participação em programas da União, com início em 2022.

Artigo 84.º

Relatórios

A Comissão analisa os progressos alcançados na execução da assistência financeira prestada aos PTU ao abrigo da presente decisão e, a partir de 2022, apresenta um relatório anual ao Conselho sobre a execução e os resultados da cooperação financeira. O relatório é enviado ao Parlamento Europeu, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões.

Artigo 85.º

Controlos financeiros

1. A responsabilidade pelo controlo financeiro dos fundos da União incumbe, em primeiro lugar, aos PTU. Esta é exercida eventualmente em coordenação com o Estado-Membro ao qual o PTU está ligado, segundo as disposições nacionais aplicáveis.

2. A Comissão assume a responsabilidade de:

a) Assegurar a existência e o bom funcionamento, no PTU em questão, dos sistemas de gestão e de controlo de forma que os fundos da União sejam utilizados de forma correta e eficaz; e

b) Em caso de irregularidades, enviar recomendações ou pedidos de medidas corretivas para corrigir as insuficiências de gestão ou as irregularidades.

3. A Comissão, os PTU e, eventualmente, os Estados-Membros aos quais os PTU estejam ligados desenvolvem a sua cooperação com base em acordos administrativos, por meio de reuniões anuais ou bianuais destinadas a coordenar os programas, a metodologia e a execução dos controlos.

4. No atinente às correções financeiras:

a) O PTU em causa é o primeiro responsável pela deteção de irregularidades e pelas correções financeiras;

b) Contudo, em caso de incumprimento pelo PTU em questão, se o PTU não proceder às necessárias correções e se as tentativas de conciliação não permitirem encontrar uma solução, a Comissão intervirá para reduzir ou suprimir o saldo da dotação global correspondente à decisão de financiamento do documento de programação.

PARTE V

No documento Proposta de DECISÃO DO CONSELHO (páginas 52-55)

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